segunda-feira, 31 de março de 2014

Encerramento 1° Trimestre 2014


Com muita alegria e prazer, que terminamos mais um trimestre, nossos agradecimento ao nosso bom Deus, quero agradecer o empenho de cada um que está envolvido na EBD Pedro José Nunes, desejo-lhe prosperidade em vossas vidas, neste novo trimestre com certeza será melhor, onde a vida espiritual do aluno será a mais beneficiada com ensino, enfim estamos satisfeito e temos a certeza que nosso Deus tem aprovado esta agência de ensino.
















 
 
 
 

sábado, 29 de março de 2014

INTERPRETAÇÃO BÍBLICA - Os Filhos de Deus

 


Considere esse versículo dentro de seu contexto:

 
"1. E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas,
2. Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram.3. Então disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos.
4. Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama."
Gênesis 6:1-4

 
Essa é uma das passagens mais difíceis de se entender na Bíblia, por conta do versículo dois, pois se desenvolveu suposições para a interpretação desse versículo. A questão principal é saber quem são os "filhos de Deus", que o texto se refere.

 
Duas teorias pelo menos foram desenvolvidas, veja: teorias pelo menos foram desenvolvidas, veja:

1ª teoria: Os filhos de Deus seriam anjos decaídos:
De acordo com essa vertente os filhos de Deus seriam aqueles que caíram com Satanás quando ele foi expulso do céu. Essa teoria é defendida por poucos teólogos, dos quais Finis Jennings Dake autor da conhecida Bíblia de estudos Dake, essa teoria é defendida também por autores que desenvolvem crenças obscuras.
Segundo Dake, os filhos de Deus não poderiam ser filhos de Sete, pois essas uniões teriam ocorrido em data anterior ao nascimento de Enos, filho de Sete. Um ponto talvez que favoreça os defensores dessa teoria seria o relato de Jó 1.6, onde se afirma que Satanás se apresenta juntamente com os filhos de Deus, dando uma ideia de que esses filhos de Deus se refiram a anjos. Dake defende ainda que os gigantes que surgiram dessas uniões teriam sido os personagens da mitologia grega.
Outras fontes afirmam que esses anjos decaídos estariam tentando corromper o DNA da raça humana, para inviabilizar a promessa da vinda do Messias.
Essa teoria também encontra amparo no livro de Enoque, um livro conhecido dos judeus, escrito pelo próprio Enoque, porém que não é considerado canônico e nem deuterocanônico.

 
2ª Teoria: Os filhos de Deus seriam os descendentes de Sete: 
Essa teoria afirma que após Sete começou-se a invocar o nome do Senhor Gn 4.26 surgindo assim uma nova geração de adoradores, porém essa geração "os filhos de Deus", teriam sido atraídos pelas mulheres filhas daqueles que não adoravam ao Senhor, "as filhas dos homens".
Essa teoria á mais defendida por teólogos mais modernos pela sua racionalidade e explicação simples. A base para essa teoria é a negação da primeira, pois o Senhor Jesus afirmou em Mc 12.25 que os anjos não se casam, sugerindo que eles não se reproduzem. Parece também não haver nenhuma lógica na afirmação de anjos terem relações sexuais com mulheres humanas. Por que então essa prática não perdura ainda hoje? E se esses anjos tivessem executado possessões de corpos masculinos e assim possuído as mulheres, o que teria modificado o DNA humano para a geração de gigantes? O existência de gigantes na terra não é um fato completamente comprovado pela arqueologia e não há maiores explicações na Bíblia a não ser a passagem de Gn 6.4.
  
Conclusão
Nessas teorias parece estar contida a luta da superstição contra a razão, da fantasia contra a lógica. A primeira teoria é baseada nas ideias mais fantasiosas, enquanto a segunda tende a manter uma explicação mais racional. Embora a fantasia seja mais emocionante do que qualquer história baseada na razão, não podemos deixar de lado a análise das passagens.
É preciso ter cuidado com as posições defendidas nos púlpitos das igrejas, pois já existem muita superstição cristã introduzida em nosso meio.
Embora a primeira teoria seja mais interessante, a segunda parece ter muito mais coerência e aplicação.
 
 
 
 
 

sexta-feira, 28 de março de 2014

Jesus e o paralítico de Betesda


 
Numa de suas caminhadas, Cristo chega a um dos tanques de Jerusalém conhecido como Betesda. Situado junto à Porta das Ovelhas, esse reservatório de água, que significa 'casa de misericórdia divina', era tido, nos tempos de Cristo, como um lugar de peregrinação, visto por muitos como um local onde suas águas tinham poder sobrenatural de cura. Dada a agitação das águas, aquele que mergulhasse primeiro seria plenamente curado de suas moléstias. O agitar das águas era visto como algo operado por um anjo de Deus que descia a realizar o movimento, conferindo, assim, às águas características de virtude sobrenatural. Em meio este cenário de peregrinação havia toda sorte de enfermos e miseráveis, coxos, paralíticos, cegos, todos esperando ansiosamente o movimento das águas a fim de mergulhar e ser curado. É bom lembrar que não há menção no Texto Sagrado que, de fato, haviam as curas, certo é, porém, que muitos passavam anos aguardando sua vez de mergulhar e subir curado. Esse é o caso de um paralítico que veremos.

Jesus sobe a Jerusalém, ao Norte, chegando ao Tanque de Betesda, local abarrotado de enfermos e um em especial lhe chama atenção. A sensibilidade do Mestre de Nazaré, que é incomparável, se fez presente de uma forma muito especial, onde, vendo aquele paralítico deitado, notou que sua situação necessitava de misericórdia e favor. Jesus, tendo suas características divinas, sabia o tempo que ele estava naquela situação, o qual era muito, e, voltando-se ao homem, fez uma pergunta simples e óbvia, disse:' Queres ficar são?'. Mas que pergunta, é claro que sim! A resposta foi positiva como bem sabemos, mas, o que mais chama a atenção é o complemento da resposta que o homem deu, veja:'...não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me coloque no tanque...' O homem tinha suas forças voltadas totalmente àquele local, tido como sagrado, poderoso. Sua esperança de cura era restrita totalmente àquele processo: desce o anjo, move a água, mergulha um enfermo. Inúmeras vezes ele viu isso acontecer, e o pior, não acontecia com ele pois ele não tinha alguém que o ajudasse, não acontecia porque ele não tinha um intercessor. Vendo Cristo face a face, olhando nos olhos de Bom Mestre, não cogitou a hipótese de receber seu milagre das mão do Messias.

Durante anos, vidas se perderam, deixando de serem vividas pelo simples fato de fincar suas raízes num lugar onde a única garantia que era dada era uma crença sem respaldo lógico ou bíblico. O paralítico que discursou com Jesus Cristo passou 38 anos tendo sua fé voltada para um tanque que, diga-se de passagem, não tinha ligação com o judaísmo. Numa análise do tanque em si mesmo, vemos que os arqueólogos descobriram nas escavações que esse tanque era ligado ao santuário do deus da cura. Não era um ambiente exclusivamente judaico. As águas que corriam pelo tanque saíam desse complexo do santuário desse deus da cura e por isso, acreditava-se que tinha poderes sobrenaturais. Prova disso é que o próprio Mestre não mandou que o homem mergulhasse no tanque, curando-o na borda.

O paralítico pôs sua esperança de cura num ritual místico, o qual arrancou de si os 38 anos que perdera naquela esperança. Cristo volta-se para aquele homem sabendo disso e mostra que a esperança, que a fé quando posta sobre um fundamento de corrupção espiritual cega e torna o homem miserável em sua existência. Prova disto é que quando Cristo pergunta se ele quer a cura, em sua resposta o homem não consegue desassociar o milagre ao tanque, ou seja, a ele a única perspectiva da vida dele no tocante a sua cura, e a consequente retomada de sua vida, era o tanque que tinha poderes sobrenaturais. O tanque, ou a esperança nele, tirou daquele homem até a percepção de com quem conversava, de quem era o que lhe falava. Considerando que aquele homem permanecia naqueles termos, naquele local religiosamente, não seria errado imaginar que a fama de Cristo houvesse chagado ali como aquele que tinha autoridade sobre as enfermidades. Alguns dos que estavam no local certamente largaram o tanque em busca de Cristo e forma curados, certamente, muito embora a bíblia não relate os casos. Analise a seguir aquilo que o homem carregava:

- Ritualismo-Seguia um rito no qual o centro de todo seu culto estava voltado a este local tido como capaz de curar as enfermidades;

- Ligação com o misticismo, a possibilidade de ligar-se com o espiritual por meio destes rituais, deixou o paralítico cego para sua própria vida buscando algo sobrenatural de ordem divina;

- Esperança destrutiva-Baseando sua existência unicamente na possibilidade de alcançar favor divino, abriu mão de sua própria vida a fim de viver a esperança em algo que a única comprovação era sua fé, irracional a qual tornou-o cego para todo o resto de sua vida.

Cristo, veio nos libertar da maldição da lei, veio libertar-nos da escravidão de nós mesmos, viu naquele momento, outra libertação, a libertação dos rituais que para nada prestam, incluindo os rituais que não correspondiam a Lei. Através da cura daquele homem, os que participavam daquele rito, tiveram a possibilidade de entender que não seriam as águas de um templo pagão que trariam cura e uma nova perspectiva de vida a eles, seria, antes, o encontro pessoal com o Cristo que mudaria completamente a vida de todos. Como aquele homem, muitos têm vivido esperando num ritual que mudará suas vidas, num movimento que revolucionará tudo, em algo temporal que, acreditam, mudará suas vidas, mas, como ao paralítico, Cristo não somente estende a pergunta, Cristo garante a cura e o milagre que mudará pra sempre o rumo da história de cada um. O homem, como sabemos, foi curado completamente, a esperança foi mudada, o foco espiritual agora era Cristo, e não mais águas que supostamente trariam transformação. A vida daquele homem foi mudada não somente pelas misericórdias de Jesus, mas, para mostrar que toda aquela esperança estava baseada em algo que não era agradável a Deus, mostrou aos outros que só Cristo é a real fonte de cura e restauração para todos nós.

(BASEADO EM JOÃO 5.1-15)

quinta-feira, 27 de março de 2014

segunda-feira, 24 de março de 2014

Na série O Caçador, TV Globo mostrará personagem evangélica em cenas de nudez e sexo


O flerte da TV Globo com os evangélicos parece não ter ido adiante, e a emissora pode ter voltado à antiga fórmula usada para atrair audiência: cenas de nudez e sexo em meio às tramas que são narradas em seus folhetins. A próxima personagem feminina evangélica que deverá causar incômodo aos cristãos é Marinalva, interpretada por Nanda Costa, na série O Caçador.
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Marinalva é uma ex-prostituta que se converteu ao Evangelho e largou a promiscuidade. Na trama, ela tentará provar a inocência do personagem André, interpretado por Cauã Reymond.
Apesar de usar roupas que cobrem o corpo, cabelo preso e se manter comportada, a ex-prostituta será mostrada nua em flashbacks, em cenas de sexo, durante o tempo em que atuava como garota de programa. “Sou uma atriz que se joga no trabalho, adoro desafios". A Marinalva está totalmente sem sex appeal, entrou para a igreja e está ali, toda coberta, mas já teve um passado de garota de programa. "Em cena procuro sempre dar o meu melhor, me surpreender comigo mesma. Gosto de desafios” afirmou Nanda Costa, que frequentou cultos de igrejas evangélicas como laboratório, e pegou dicas com uma prima evangélica a respeito do comportamento, figurino, etc.
Para Nanda Costa, atuar em cenas que exigem nudez não é um problema: “Visto a roupa da personagem, não tenho problema em me despir, para mim, a arte não tem limites”, disse a atriz que já foi capa de revista masculina. “A gente tem que saber onde está a sensualidade, a fragilidade, a beleza, a feiúra. A minha vaidade maior é estar contando a história da forma mais verdadeira possível. Se ele estará sexy ou não, isso não tem problema”, acrescentou.
A estreia do programa está marcada para o dia 11 de abril, por volta das 23h30, de acordo com informações do portal Uol.


Fonte: http://noticias.gospelmais.com.br/o-cacador-globo-personagem-evangelica-cenas-nudez-sexo-66203.html


Lição 13 CPAD - 1° Trimestre 2014

Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos

Lição 13: O Legado de Moisés

Data: 30 de Março de 2014

TEXTO ÁUREO: Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu ele o seu vigor (Dt 34.7).

VERDADE PRÁTICA: Moisés foi usado por Deus para tirar Israel do Egito e entregar os Dez Mandamentos para a humanidade.

 


INTERAÇÃO

Se há alguma coisa de valor transcendente que os líderes podem deixar aos sucessores é o seu legado. Queremos dizer com legado toda a disposição, tradição, exemplos e valores morais e espirituais, deixados pelo líder para o bem da igreja local.
Conta-nos a Bíblia a história de um rei chamado Jeorão (2Cr 21.4-20). Este era um opressor, sem qualquer sensibilidade humana e que andava nos caminhos dos reis de Israel. Esse rei não deixou qualquer legado edificante para os seus sucessores, ao ponto de o texto bíblico descrever o sentimento do povo quando da sua morte, desse modo: “e foi-se sem deixar de si saudades” (v.20). Que este não seja o legado dos líderes cristãos!

 
OBJETIVOS: Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

1° Conhecer a respeito dos últimos dias da vida de Moisés.

2° Explicar as características de Moisés como homem de Deus e pastor de Israel.

3° Aprender à luz do legado de Moisés sobre a comunhão, a piedade e a prudência.

 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, peça à classe que cite cinco características positivas e cinco negativas que possam existir numa liderança. À medida que responderem, anote as respostas na lousa em duas colunas respectivas (características positivas e negativas). Em seguida, diga aos alunos que um líder não é um super-homem. Ele é igualzinho a nós, pois se trata de um ser humano. Entretanto, as Escrituras convocam os líderes a apresentarem uma vida de serviço a Deus e à igreja que lideram. Conclua a lição dizendo que devemos amar os nossos líderes, pois são pessoas vocacionadas por Deus para fazer o bem à sua Igreja.

 


Palavra Chave: Legado: O que é transmitido às gerações que se seguem.

INTRODUÇÃO

Moisés nasceu quando Israel estava cativo no Egito, durante os terríveis dias em que Faraó ordenou que todos os recém-nascidos israelitas do sexo masculino fossem mortos (Êx 1.15,16). Casou-se com Zípora, filha de Jetro, sacerdote de Midiã, descendente de Abraão (Gn 25.1,2). Ele teve uma comunhão especial com o Senhor e nas Escrituras Sagradas é repetidamente chamado de “servo de Deus”, pois “foi fiel em toda a sua casa” (Hb 3.5). No último livro do Antigo Testamento, Deus chama Moisés de “meu servo” (Ml 4.4), e no último livro do Novo Testamento ele é chamado “Moisés, servo de Deus” (Ap 15.3). Moisés é uma figura tipológica de Cristo.

 
I. OS ÚLTIMOS DIAS DE MOISÉS

1. As palavras de despedida.
O ministério de Moisés chegaria ao fim em breve. Consciente deste fato, ele se despede ensinando o seu povo a guardar as leis.
No capítulo 32 do livro de Deuteronômio, temos o último cântico de Moisés. O servo do Senhor se despede com adoração e louvor. Moisés de forma bem didática faz um resumo de toda a história de Israel em forma de cântico. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, ele “fez o povo lembrar de seus erros, a fim de que não mais os repetisse e suscitou a nação a confiar apenas em Deus”.

 
2. Moisés incentiva o povo a meditar na Palavra.
Moisés era um homem que amava os preceitos divinos. Por isso, antes de sua partida ele incentiva e reforça a ideia de que os israelitas precisavam ouvir e obedecer às ordenanças de Deus, a fim de que prosperassem enquanto nação. Sabemos que todos que amam e meditam na lei de Deus são bem-aventurados (Sl 1.1-6).

 
3. Moisés vê a Terra Prometida e morre.
Antes de morrer, Moisés abençoou cada uma das tribos de Israel (Dt 33.1-29). Ele lutou em favor do seu povo e o amou até os últimos dias de sua vida. Ele foi fiel a Deus e à sua nação em tudo. Por ocasião de sua morte, por ordem de Deus, Moisés sobe até o monte Nebo e dali avista toda a Terra Prometida. Porém, não tem permissão para entrar nela. Moisés havia desobedecido a Deus ferindo a rocha (Nm 20). Ali no monte, solitário, o grande legislador vai se encontrar com o seu Deus. Ele foi sepultado pelo Senhor em um vale na terra de Moabe, todavia, o local nunca foi revelado a ninguém (Dt 34.6). Certamente Deus quis evitar que o local, assim como o corpo de Moisés, fossem venerados pelos israelitas. Durante trinta dias os israelitas choraram e lamentaram a morte de Moisés (Dt 34.8).

 
4. Moisés nomeia seu sucessor (Dt 31.1-8).
É necessário começar bem um ministério e terminá-lo de igual forma. Moisés preparou Josué para que este fosse o seu sucessor. O Legislador de Israel tinha consciência de que seu ministério um dia findaria. É muito importante que o líder do povo de Deus tenha esta consciência e prepare os seus sucessores ainda em vida, assim como fez Moisés (Dt 34.7-9).

 
SINOPSE DO TÓPICO (I): Em seus últimos dias de vida, Moisés dispensou palavras de advertências e exortações ao povo. Em seguida, viu a Terra Prometida e morreu.

 
II. MOISÉS, PASTOR DE ISRAEL

1. Homem de Deus.
No final de sua carreira, Moisés é chamado nas Escrituras de “homem de Deus” (Dt 33.1). Ele é também pastor e líder do povo de Israel sob a mão de Deus (Sl 77.20). Assim, Homem de Deus é o homem a quem Deus usa como Ele quer.

 
2. Homem de oração.
A vida de intensa oração de Moisés resultou em força, coragem, destemor, sabedoria e humildade, pois o povo de Israel era na época muito desobediente, murmurador e carnal. Moisés era um homem muito ocupado com seus encargos, mas conseguia levar sempre muito tempo em oração intercessória pelo povo. Era com a sabedoria do Alto que Moisés orava. Um exemplo disso está em Êxodo 33.13, quando ele diz: “rogo-te que [...] me faças saber o teu caminho”. No versículo 18, ele ora em continuação: “Rogo-te que me mostres a tua glória”. Essas duas orações não devem ser invertidas pelo crente, como alguns fazem por imaturidade ou fanatismo.
Moisés intercedeu diante do Senhor pedindo para entrar na tão sonhada Terra Prometida, mas Deus negou esse pedido (Dt 3.23-25).
Oremos sempre uns pelos outros, inclusive pelos desconhecidos. Intercedamos “por todos os homens” (1Tm 2.1), a fim de que alcancem a eterna Jerusalém.

 
3. Homem de fé.
Moisés agia por fé em Deus (Hb 11.24-29), daí, a quantidade de milagres realizados pelo Senhor através dele. Seus pais foram campeões da fé (Hb 11.23), pois a fé em Deus opera milagres (Mt 17.18-21; At 3.16; 6.8;). Aliás, um dos dons espirituais é o da fé (1Co 12.9); fé para operar maravilhas.
Moisés e Arão realizaram muitos milagres perante Faraó e seus oficiais no período que precedeu a saída de Israel do Egito (Êx 4-12). Esses milagres em forma de catástrofes tinham por objetivo demonstrar publicamente que os deuses do Egito nada eram diante do Deus verdadeiro e único de Israel (Êx 12.12; Nm 33.4).

 
SINOPSE DO TÓPICO (II): Moisés como pastor de Israel era um homem de Deus, de oração e de fé.

 
III. APRENDENDO COM MOISÉS

1. A cultivar comunhão com Deus.
“Cultivar”, significa incentivar, preparar para o crescimento. Muito antes de as primeiras flores aparecerem ou os sinais do fruto serem vistos, muito foi feito para preparar a planta para o fruto esperado. O lavrador cuida da planta com zelo para que esta seja mais produtiva. Este processo de carinho e atenção é o cultivo. É em nossa relação com Deus, mediante a comunhão contínua, que nossa vida é mudada e desenvolvida em direção à realização plena. Como filho de Deus, você desfruta de plena comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo? Cultive, como Moisés, esta comunhão, passando mais tempo com Deus em oração, leitura da Palavra e adoração. Moisés foi um homem que cultivou uma comunhão bastante íntima com Deus.

 
2. A ter comunhão com outros crentes.
Através da vida de comunhão com os santos, você é incentivado a viver a vida cristã saudável e abundante. Os primeiros cristãos tinham comunhão diária entre si (At 2.46). Não admira que suas vidas fossem testemunhos poderosos do Evangelho e fizessem com que as pessoas tivessem sede de salvação. Havia uma colheita diária de almas, à medida que o Senhor acrescentava à igreja os que iam sendo salvos (At 2.46,47). Moisés prezava pela comunhão em família e com todo o povo de Deus. Sigamos de perto o seu exemplo e busquemos a comunhão com os nossos irmãos, pois estamos também todos caminhando rumo à Terra Prometida.

 
3. A aceitar o ministério de líderes piedosos.
Os líderes são instrumentos de Deus para alimentar e nutrir seu povo. Efésios 4.11-13 enfatiza que o propósito dos ministérios de apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores na igreja é edificar o povo de Deus. Quando você aceita e aplica os ensinos de Deus, que nos são proporcionados por meio dos líderes que Ele chamou, você é levado a um lugar de maior fertilidade e de crescimento (Ef 4.16). Toda vez que os hebreus deixavam de obedecer a Moisés eles pecavam e eram grandemente prejudicados. Quando Miriã se rebelou contra a liderança de Moisés, seu irmão, ela ficou leprosa e o povo todo não pôde partir. Todos ficaram retidos pela desobediência de uma única pessoa.

 
4. A ter cuidado com os inimigos.
Ao entrarem na Terra Prometida, os israelitas tinham de destruir as nações ímpias que ali viviam. Esse era o plano de Deus, mas Israel não o seguiu. Em consequência disso, o povo de Israel foi seduzido pelos maus caminhos desses povos (Sl 106.34-36). Essa experiência é um aviso para nós. Cuidado com o Inimigo e as suas propostas. Vigie para que você e sua família não sejam seduzidos pelas coisas deste mundo. O mundo e a sua concupiscência é passageiro, mas os valores de Deus e a sua Palavra são eternos.

 
SINOPSE DO TÓPICO (III): A vida de Moisés nos ensina a cultivar a comunhão com Deus e com o próximo, a piedade e a prudência.

 
CONCLUSÃO
Moisés cumpriu sua carreira com fé em Deus, coragem e determinação. Em tudo ele buscou ser fiel ao Senhor. Sigamos o exemplo deste líder a fim de que possamos viver com sabedoria e a agradar a Deus em toda a nossa maneira de viver.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões Reais, Respostas Precisas, Fé Solidificada. RJ: CPAD, 2010.
HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.
ZUCK, R. B. (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009.

 
EXERCÍCIOS

1. Em que livro da Bíblia encontramos o último cântico de Moisés?

R. Deuteronômio.

 
2. De acordo com a lição, o que fez Moisés antes de morrer?

R. Moisés abençoou cada uma das tribos de Israel (Dt 33.1-29).

 
3. Por que Moisés não teve permissão para entrar na Terra Prometida?

R. Moisés havia desobedecido a Deus ferindo a rocha (Nm 20).

 
4. Descreva sobre Moisés como homem de oração.

R. Moisés era um homem muito ocupado com seus encargos, mas conseguia levar sempre muito tempo em oração pelo povo. Era com a sabedoria do Alto que Moisés orava.

 
5. Cite três coisas que podemos aprender com a vida de Moisés.

R. Cultivar a comunhão com Deus e com os outros crentes.

 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Bibliológico

“[Deuteronômio] 31.2 [...] Parece injusto que o Senhor negue a Moisés o acesso à Terra Prometida, por causa de uma explosão e descontrole por parte daquele homem (1.37; cf. Nm 20.12). Mas Moisés, aquele homem que havia recebido um privilégio especial, também foi incumbido de uma responsabilidade especial. Deixar de cumprir a sua responsabilidade de uma forma completa significava passar a ter uma má reputação, tanto para si mesmo como para o seu Deus. Por este motivo, ele não pôde entrar na terra, com a nova geração.
31.9 Este versículo confirma claramente a autoria mosaica, pelo menos do livro de Deuteronômio, se não todo o Pentateuco. Os que argumentam que editores do final da época anterior ao exílio, ou até mesmo durante o exílio, inseriram declarações como esta para indicar uma composição de autoria mosaica tardia, o fazem apenas com base em uma pressuposição de que Moisés não poderia ter escrito estes textos. Estas suposições infundadas podem surgir de um desejo de despir o Pentateuco, e a Bíblia como um todo, de qualquer credibilidade” (Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões Reais, Respostas Precisas, Fé Solidificada. RJ: CPAD, 2010, p.359)
 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Bibliológico

“Em um certo sentido, Deuteronômio, e na verdade todo o Pentateuco, termina como uma história incompleta. Deuteronômio se encerra sem que Moisés ou Israel adentrem a terra, embora Moisés tenha podido vê-la. O que Deus tinha prometido repetidas vezes aos patriarcas, desde Gênesis 12.7, não se concretiza até o fim do Pentateuco. Von Rad resolveu de modo fácil (e artificial) essa questão, bastando substituir o conceito de Pentateuco pelo de um Hexateuco. Ele traz Josué para o clímax final de um conjunto de seis livros, em vez de permitir que Deuteronômio e Moisés desempenhem esse papel em um conjunto de cinco livros.
Todavia, a forma como o Pentateuco é encerrado pode ser mais uma confirmação teológica que um problema teológico. Em primeiro lugar, como comenta Sanders, a posição de Deuteronômio entre Números e Josué, entre peregrinações e o fim das peregrinações, ‘tomou o lugar de Josué e suas conquistas como o clímax do perigo canônico de autoridade [...] A verdadeira autoridade é encontrada apenas no período de Moisés’.
Além disso, o Pentateuco termina com realismo (‘Vocês ainda não são o que Deus quer que vocês sejam’) e esperança (‘Logo vocês estarão no lugar que Deus lhes separou’). É no deserto que você está, mas não é no deserto que ficará. Para citar Walter Brueggemann: ‘O texto, de mais a mais, serve para todo o tipo de comunidades de exilados. O Pentateuco é, no final das contas, a promessa de um lar e de um retorno ao lar. É uma promessa dada pelo Deus de todas as promessas, que jamais se contentará com o deserto, o exílio ou o degredo’” (HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1 ed., RJ: CPAD, 2006, pp.534-35)

 
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

O Legado de Moisés

Moisés foi um importante profeta, poeta, legislador e acima de tudo servo do Senhor valoroso. Um homem de muita fé. A fé de Moisés fez com que ele acreditasse no impossível. Sem fé não teria conduzido por tantos anos um povo rebelde e contumaz. Sua vida foi um milagre, pois ainda bebê foi salvo da morte por seus pais. Embora tenha sido criado no Egito, ele se identificou com o seu povo (Hb 11.5). Moisés viveu no Egito, foi criado pela filha de Faraó, mas nunca permitiu que o Egito entrasse em seu coração. A Palavra de Deus nos exorta: “Não vos conformeis com este mundo” (Rm 12.2), o Egito é um tipo do mundo. Não podemos nos adequar à maneira de ser mundana. Vivemos neste mundo, mas não pertencem os a ele, estamos aqui de passagem. Em breve veremos não a Terra Prometida, mas a Nova Jerusalém.
Moisés foi escolhido e preparado pelo Senhor para conduzir os hebreus até a Terra Prometida. O povo peregrinou durante quarenta anos pelo deserto, e certa vez, Deus desejou exterminar o povo ali mesmo e prometeu a Moisés que faria dele uma grande nação: “Agora, pois deixa-me , que o meu furor se acenda contra eles, e os consuma; e eu farei de ti uma grande nação” (Êx 32.10). Todavia Moisés não buscava somente favores divinos para si. Ele amava seu ministério e suas ovelhas e intercedeu em favor delas (Êx 32.11-14). Moisés foi testado pelo Senhor. Deus também testa a fidelidade e o amor daqueles que Ele chama para conduzir seu povo. Tem você sido fiel?
Moisés era homem e como tal um dia seu ministério chegaria ao final. Porém, como líder ele se preocupava com seu povo e desejava instruí-los para que depois de sua partida continuassem tendo a Deus como o soberano e único Senhor. Antes de partir e estar para sempre com o Senhor, Moisés se preocupou em deixar toda a lei escrita, assegurando que o povo jamais a abandonaria.
Depois de atravessar o mar Vermelho, Moisés cantou um hino de adoração e louvor ao Senhor pela passagem e livramento milagroso. Perto de passar desta vida para a eternidade, Moisés canta novamente adorando a Deus. Seu cântico é um resumo de tudo que Deus fez em favor do seu povo. Moisés era grato a Deus por todos os Seus feitos. Moisés começou bem sua carreira e terminaria os seus dias também bem, todavia por desobedecer a Deus ele não entrou na Terra Prometida. Moisés vê a Terra Prometida e morre. O local da sua sepultura é um mistério que somente será revelado na eternidade.



sábado, 22 de março de 2014

CPAD: Livro de apoio à lição bíblica do 2º trimestre de 2014.




Lições Bíblicas, 2º trimestre de 2014: Dons Espirituais e Ministeriais - servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário e o livro de apoio aos professores.

 Este é o livro de apoio à Lições Bíblicas (CPAD) a ser disponibilizada no segundo trimestre de 2014 aos estudantes da Palavra de Deus, com os comentários do Pr. Elinaldo Renovato.

 

quinta-feira, 20 de março de 2014

Estudo Arqueológico Comprova Veracidade de 50 Personagens Bíblicos

 
Pesquisa acaba com dúvidas sobre relatos bíblicos

O arqueólogo Lawrence Mykytiuk liderou um estudo da Universidade Purdue comprovando a existência de pelo menos 50 pessoas mencionadas no Velho Testamento. O relatório apresenta uma lista de pessoas de destaque em Israel e governantes da região da Antiga Mesopotâmia.

O material da pesquisa foi publicado pela revista especializada Biblical Archeology Review em sua edição de março/abril. “Ao menos 50 pessoas mencionadas pela Bíblia foram identificadas no registro arqueológico. Seus nomes aparecem em inscrições condizentes com o período descrito pela Bíblia, na grande maioria dos casos”, escreveu o pesquisador Lawrence Mykytiuk

A revista Biblical Archeology afirma que a extensa documentação arqueológica é acompanhada de uma detalhada compilação das referências bíblicas referentes a cada uma dessa 50 pessoas. A maioria dos casos não era objeto de disputa, mas algumas, como o rei Davi, durante séculos tiveram sua autenticidade questionada. A revista dedicou um amplo espaço para mostrar como não há dúvidas da veracidade dos relatos, questão sempre disputada por estudiosos.

 

Veja abaixo um resumo do material apresentado:




Fonte: noticias.gospelprime.com.br/50-personagens-biblicos-arqueologia
 
 
 

segunda-feira, 17 de março de 2014

Lição 12 CPAD - 1° Trimestre 2014

Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antonio Gilberto
 
Data: 23 de Março de 2014
 
TEXTO ÁUREO: “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9.22).

VERDADE PRÁTICA: O sacrifício expiador de Cristo no Calvário foi perfeito, único e capaz de nos purificar de todo pecado.
 


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Êxodo 29.1-12.

1 - Isto é o que lhes hás de fazer, para os santificar, para que me administrem o sacerdócio: Toma um novilho, e dois carneiros sem mácula,

2 - e pão asmo, e bolos asmos amassados com azeite, e coscorões asmos untados com azeite; com flor de farinha de trigo os farás.

3 - E os porás num cesto e os trarás no cesto, com o novilho e os dois carneiros.

4 - Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água;

5 - depois, tomarás as vestes e vestirás a Arão da túnica, e do manto do éfode, e do éfode mesmo, e do peitoral; e o cingirás com o cinto de obra de artífice do éfode.

6 - E a mitra porás sobre a sua cabeça; a coroa da santidade porás sobre a mitra;

7 - e tomarás o azeite da unção e o derramarás sobre a sua cabeça; assim, o ungirás.

8 - Depois, farás chegar seus filhos, e lhes farás vestir túnicas,

9 - e os cingirás com o cinto, a Arão e a seus filhos, e lhes atarás as tiaras, para que tenham o sacerdócio por estatuto perpétuo, e sagrarás a Arão e a seus filhos.

10 - E farás chegar o novilho diante da tenda da congregação, e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça do novilho;

11 - e degolarás o novilho perante o Senhor, à porta da tenda da congregação.

12 - Depois, tomarás do sangue do novilho, e o porás com o teu dedo sobre as pontas do altar, e todo o sangue restante derramarás á base do altar.

 


INTERAÇÃO

Chegamos ao capítulo que detalha o cerimonial de consagração sacerdotal para o serviço no Tabernáculo: Êxodo 29. Este capítulo descreve o rito consagratório dos sacerdotes. Ele consistia na apresentação de um bezerro e dois carneiros sem mácula; pão asmo (sem fermento) e bolos asmos amassados com azeite; bolinhos asmos untados com azeite e feito com flor de farinha de trigo. Todos estes itens eram elementos que compunham todo o ritual para consagrar, isto é, separar, para o ministério sacerdotal, Arão e os seus filhos. Esta linhagem representaria o sacerdócio oficial da Casa de Israel.

 
OBJETIVOS: Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

1. Explicar como se dava a cerimônia de consagração sacerdotal.

2. Citar os elementos do sacrifício de posse.

3. Compreender que Cristo é o perpétuo e o mais perfeito Sumo Sacerdote.

 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Prezado professor, para ampliar a conclusão do primeiro tópico da aula desta semana, reproduza na lousa o seguinte texto: “O Novilho [Bezerro]. Quando os sacerdotes impunham as mãos na cabeça do novilho, isso simbolizava a sua identificação com o animal, como seu substituto e, talvez, a transferência dos pecados do povo para o animal. Assim, o novilho tornava-se um sacrifício vicário, que morria por causa dos pecados do povo (v.14). Essa cerimônia aponta para o sacrifício vicário de Cristo, que tornou-se a nossa oferta pelo pecado (Is 53.5; Gl 3.13; Hb 13.11-13)” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.165). Em seguida, explique que a suficiência do sacrifício de Jesus Cristo é a garantia de que Ele é o Sumo Sacerdote perfeito.

 
Palavra Chave: Consagração: Ação de dedicar-se a Deus; dedicação, sagração.

 
INTRODUÇÃO

Deus ordenou que Moisés separasse Arão e seus filhos para o sacerdócio. O vestiário, bem como o modo de proceder dos sacerdotes, foram dados por orientações do próprio Deus. Antes de oferecer sacrifícios em favor do povo, Arão deveria oferecer sacrifício para a remissão dos seus próprios pecados. Na lição de hoje, estudaremos a respeito do ato de consagração e purificação do sacerdócio, conforme as determinações de Deus.

 
I. A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS

1. A lavagem com água.
“Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água” (Êx 29.4). Muitos eram os rituais de preparação que os sacerdotes deveriam realizar antes de se achegarem à presença de Deus. Uma parte dos rituais era a lavagem com água, que simbolizava pureza e perfeição. Deus é santo e requer santidade do seu povo: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2). Atualmente o crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e pelo sangue de Cristo (1Jo 1.7). Sem pureza e santidade não podemos nos achegar à presença de Deus.
Uma importante razão pela qual o crente deve santificar-se é que a santidade de Deus, em parte, é revelada através do procedimento justo e da vida santificada do crente.

 
2. A unção com azeite (Êx 30.23-33).
O azeite da unção deveria ser derramado sobre a cabeça de Arão e seus filhos. O azeite é símbolo do Espírito Santo que viria habitar no crente pelo ministério intercessor de Jesus (Jo 14.16,17,26), bem como o batismo com o Espírito Santo (At 1.4,5,8). Assim também a igreja recebeu o penhor do Espírito (2Co 1.21,22), mas alguns de seus membros são individualmente separados para ministérios específicos, segundo os propósitos de Deus.

 
3. Animais são imolados como sacrifício (Êx 29.10-18).
Era necessário que antes de ministrar em favor do povo, o sacerdote oferecesse sacrifícios de holocausto por sua própria vida. Arão e seus filhos deveriam levar um cordeiro, sem mancha ou defeito, diante do altar. O cordeiro morto tipificava a morte vicária de Jesus Cristo, que “morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1Co 15.3). A morte vicária de Cristo proporciona ao homem pecador a reconciliação com Deus. Jesus morreu para expiar os nossos pecados (1Pe 1.18,19).

 
SINOPSE DO TÓPICO (I): A consagração do sacerdócio de Arão e de seus filhos decorria pela passagem da água, a unção com azeite e a imolação de animais como sacrifício.

 
II. O SACRIFÍCIO DA POSSE

1. O segundo carneiro da consagração (Êx 29.19-35).
Era necessário que outro animal inocente fosse morto. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “parte do sangue era colocada primeiramente na orelha direita, no dedo polegar da mão direita e no dedo polegar do pé direito”. O restante do sangue deveria ser derramado sobre o altar. Sem derramamento de sangue não há remissão de pecado (Hb 9.22). Tudo apontava para o Calvário, onde Cristo derramou seu sangue por nós.

 
2. Sacrifícios diários.
Diariamente eram oferecidos sacrifícios pelo pecado. Pela manhã e a tarde havia sacrifícios e um animal inocente era morto em resgate da vida de alguém. O sacrifício de Cristo foi perfeito e único. Por isso, hoje podemos nos achegar a Deus para adorá-lo livremente.
No Tabernáculo, tudo deveria estar sempre pronto a fim de que o culto diário a Deus nunca fosse interrompido. Os sacerdotes cuidavam para que o fogo do altar nunca se apagasse. A cada manhã, este era alimentado com nova lenha e novos holocaustos (Lv 6.12,13). Da mesma forma Deus quer que nos apresentemos a Ele, prontos e renovados espiritualmente (2Co 4.16).

 
SINOPSE DO TÓPICO (II): O sacrifício da posse consistia na consagração do segundo carneiro e nos sacrifícios diários.

 

III. CRISTO, PERPÉTUO SUMO SACERDOTE

1. Sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque.
A primeira referência a Melquisedeque como sacerdote encontra-se no livro de Gênesis 14.18. Poucos sabemos a respeito de Melquisedeque: “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida” (Hb 7.3). Melquisedeque é um tipo de Cristo.

 
2. O sacrifício perfeito de Cristo.
Arão e seus descendentes deveriam oferecer diariamente sacrifícios por seus pecados e também do seu povo. Hoje não precisamos fazer esses tipos de sacrifícios, pois o sacrifício de Cristo foi único, perfeito e perpétuo (Hb 7.25-28).

 
3. O sacrifício eterno de Cristo.
“Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo” (Hb 7.24). O vocábulo “perpétuo” significa “inalterável”. Jesus não pertencia à tribo de Levi, mas seu sacerdócio era segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 5.6,10; 7.11,12), logo, seu sacerdócio era superior ao de Arão. O sacerdócio de Cristo é superior, eterno e imutável.

 
SINOPSE DO TÓPICO (III): O sacrifício de Cristo é perfeito, eterno e perpétuo segundo a ordem de Melquisedeque.

 
CONCLUSÃO
Deus estabeleceu o sacerdócio e as cerimônias de purificação e consagração. Estas cerimônias apontavam para o sacrifício perfeito e o sacerdócio eterno de Cristo. Ele se ofereceu como holocausto em nosso lugar. Sem Cristo, jamais poderíamos nos achegar à presença santa e eterna de Deus e ter comunhão com Ele.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

GOWER, R. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2 ed., RJ: CPAD, 2012.
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
MERRIL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.

 
EXERCÍCIOS

1. Atualmente somos limpos mediante quê?

R. Atualmente o crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e pelo sangue de Cristo (1Jo 1.7).

 
2. O que o azeite simboliza?

R. O azeite é símbolo do Espírito Santo que viria habitar no crente pelo ministério intercessor de Jesus (Jo 14.16,17,26).

 
3. O que deveria ser feito com o restante do sangue do segundo carneiro?

R. O restante do sangue deveria ser derramado sobre o altar.

 
4. Cristo era Sacerdote segundo qual ordem?

R. Ordem de Melquisedeque.

 
5. De acordo com a lição, qual o significado do vocábulo “perpétuo”?

R. O vocábulo “perpétuo” significa “inalterável”.

 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Geográfico

“O sistema sacrificial
Quando os seres humanos entram em relação de aliança com Deus e mantêm o seu lado do trato, evitando todos os pecados conhecidos, surge o desejo de relacionar-se mais intimamente com Deus — entregar-se ao seu serviço, expressar agradecimento, apoiar seus servos, ter comunhão, e desculpar-se pelo mal cometido acidentalmente. O sistema sacrificial demonstrou que uma relação mais profunda com Deus era possível, mas para que isso acontecesse havia necessidade de uma purificação contínua do pecado.
Ao mesmo tempo, o sistema demonstrou suas próprias deficiências e resultou na necessidade de encontrar outro meio não só para estabelecer uma relação mais profunda com Deus, como também para tratar com todo o problema do pecado deliberado. Esse outro meio foi tornado possível mediante Jesus (Hb 10.1-8)” (GOWER, R. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2 ed., RJ: CPAD, 2012, p.325).

 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Bibliológico

“A Origem dos Sacrifícios
Em relação à origem dos sacrifícios, existem duas opiniões: (1) que eles têm sua origem nos homens, e que Israel apenas reorganizou e adaptou os costumes de outras religiões, quando inaugurou seu sistema sacrificial; e (2) que os sacrifícios foram instituídos por Adão e seus descendentes em resposta a uma revelação de Deus.
É possível que o primeiro ato sacrificial em Gênesis tenha ocorrido quando Deus vestiu Adão e Eva com peles para cobrir sua nudez (Gn 3.21). O segundo sacrifício mencionado foi o de Caim, que veio com uma oferta do ‘fruto da terra’, isto é, daquilo que havia produzido, expressando sua satisfação e orgulho. Entretanto, seu irmão Abel ‘trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura’ como forma de expressar a contrição de seu coração, o arrependimento e a necessidade da expiação de seus pecados (Gn 4.3,4).
Em Romanos 1.21, Paulo refere-se à revelação e ao conhecimento inicial que os patriarcas tinham a respeito de Deus, e explica a apostasia e o pecado dos homens do seguinte modo: ‘Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças’. Depois do Dilúvio, ‘edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de animal limpo e de toda a ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o altar’ (Gn 8.20). Muito tempo antes de Moisés, os patriarcas Abrão (Gn 12.8;13.18; 15.9-17; 22.2ss.), Isaque (Gn 26.25), e Jacó (Gn 33.20; 35.3) também ofereceram verdadeiros sacrifícios” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.1723).

 
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

A Cerimônia de Consagração do Sacerdócio
Moisés, segundo as instruções divinas, separou a Arão e seus filhos, Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar para o sacerdócio (Êx 28.1). Todos os dias o sacerdote deveria oferecer no altar do holocausto sacrifícios. Primeiro era necessário que um animal inocente fosse morto em resgate da vida do próprio sacerdote, e em seguida outro animal morreria em favor do povo de Deus.
Vários eram os ritos de purificação que os sacerdotes eram submetidos diariamente. Eles não poderiam jamais se apresentar diante do Altíssimo de qualquer maneira. As roupas deveriam estar limpas e em ordem, e os cabelos bem penteados. A Antiga Aliança não permitia falhas. Tudo apontava para Jesus Cristo, o homem perfeito, único capaz de cumprir toda a lei.
Água era aspergida sobre Arão e seus filhos, pois se tratava de uma lavagem simbólica: “Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água” (Êx 29.4). Qual era o propósito da lavagem? Era apontar para a pureza e perfeição de Cristo. A purificação se dava na porta da tenda para que todos os israelitas vissem. Deus é santo e o sacerdote deveria também ser santo: [...] “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Êx 19.2). Nossa santidade precisa ser vista por aqueles que não conhecem a Cristo a fim de que glorifiquem a Deus. Somos chamados para sermos “sal” e “luz” deste mundo, precisamos fazer a diferença no meio de uma sociedade perversa.
A água simboliza também a Palavra de Deus. Jesus declarou : “Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado” (Jo 15.3). A Palavra de Deus é pura e santa, por isso ela pode nos tornar limpos. Ela também tem o poder de penetrar no mais íntimo do nosso ser, ela chega onde nenhum homem pode alcançar (Hb 4.12).
O azeite da santa unção era derramado sobre a cabeça de Arão e seus filhos: “E disto farás o azeite da santa unção, o perfume composto segundo a obra do perfumista; este será o azeite da santa unção” (Êx 30.15). Este azeite era santo (separado) e só poderia ser utilizado neste ritual. O templo do Senhor, assim como seus móveis e objetos são santos e só devem ser utilizados na obra de Deus. Sabemos que um dos símbolos do Espírito Santo é o azeite.
Em o Novo Testamento vemos que Jesus, nosso Sumo Sacerdote, recebeu a unção do Espírito Santo antes de iniciar seu ministério, durante o seu batismo. Jesus foi ungido para servir (At 10.38; Lc 4.18,19). O batismo com o Espírito Santo nos torna aptos para o serviço a Deus.