quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Revista Lições Bíblicas Adultos / CPAD 1° Trimestre 2017


Esta é a capa e o tema do 1º trimestre de 2017 da Revista Lições Bíblicas Adultos

As Obras da Carne e o Fruto do Espírito - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.

Comentários: Pr. Osiel Gomes

 
Sumário:
 
 
 Lição 1 - As Obras da Carne e o Fruto do Espírito

 Lição 2 - O Propósito do Fruto do Espírito

 Lição 3 - O Perigo das Obras da Carne

 Lição 4 - Alegria, Fruto do Espírito; Inveja, Hábito da Velha Natureza

 Lição 5 - Paz de Deus: Antídoto contra as Inimizades;

 Lição 6 - Paciência: Evitando as Dissensões

 Lição 7 - Benignidade: um Escudo Protetor contra as Porfias

 Lição 8 - A Bondade que Confere Vida

 Lição 9 - Fidelidade, Firmes na Fé

 Lição 10 - Mansidão: Torna o Crente Apto para Evitar Pelejas

 Lição 11 - Vivendo de Forma Moderada

 Lição 12 - Quem Ama Cumpre plenamente a Lei Divina

 Lição 13 - Uma Vida de Frutificação


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Lição 5 CPAD - 4° Trimestre 2016


LIÇÕES BÍBLICAS CPAD / ADULTOS

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises
Comentarista: Elienai Cabral




TEXTO ÁUREO:O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura” (Pv 14.29).


VERDADE PRÁTICA: Não sejamos precipitados em nossas escolhas, pois a precipitação gera crises e erros irreparáveis.
OBJETIVO GERAL: Mostrar que as escolhas precipitadas podem gerar crises em nossa vida.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Especificar que é necessário ter cuidado com as escolhas;

II. Compreender que Ló foi traído por aquilo que viu;

III. Explicar porque Ló é um exemplo de prosperidade e perdas.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Você pede a orientação de Deus antes de tomar suas decisões e fazer suas escolhas? Então não terá dificuldade em trabalhar com seus alunos o tema da lição.
Uma escolha errada pode trazer prejuízos irreparáveis para a nossa vida. Ló, sobrinho de Abraão, é um exemplo bíblico dessa verdade. Ao se separar de seu tio ele escolheu um caminho que a seus olhos parecia ser o melhor. Ele não perguntou a vontade de Deus e não honrou Abraão, o chefe do clã, ao escolher primeiro as suas terras. Ló foi precipitado e seduzido pelo seu olhar. Não aja sem pensar e acima de tudo sem oração, pois Deus conhece todas as coisas. Ele sabe aquilo que é melhor.
Aproveite o tema da lição para ressaltar que as escolhas erradas podem trazer crises econômicas, espirituais e em diferentes áreas da nossa vida.

INTRODUÇÃO
Deus chamou Abraão enquanto ele vivia em Ur dos Caldeus. O Senhor prometeu ao patriarca que sua descendência seria grande. Abraão pela fé partiu rumo à terra Prometida. Talvez ele devesse partir sozinho, mas levou seu pai e o seu sobrinho, Ló. Estes o acompanharam levando mulheres, filhos, servos, servas, gado e tudo quanto podiam carregar. Durante um bom tempo, Abraão e Ló caminharam juntos e unidos. Porém, as confusões e as brigas começaram a surgir entre os servos de Abraão e Ló. Na lição de hoje, veremos a discussão que levou Abraão a se separar do seu sobrinho Ló. Veremos também que o sobrinho de Abraão, Ló, em um gesto precipitado, tomou uma decisão que acabou por gerar uma crise terrível.

 
PONTO CENTRAL: A crise pode ser uma consequência das escolhas erradas que fazemos.

 
I. O CUIDADO COM AS ESCOLHAS

1. A prosperidade de Abraão.
Deus fez de Abraão um homem próspero. Sua riqueza era resultado da sua obediência e confiança em Deus. Se Abraão não tivesse deixado Ur, obedecendo à voz divina, certamente não teria experimentado a provisão e a prosperidade do Senhor. A obediência a Deus nos faz prosperar. É importante ressaltar que o servo do Senhor não era um viajante solitário. Ele era o líder de um grande clã. Possuía muitos recursos e servos e servas.

2. Abraão fez a escolha certa.
Abraão deixou sua terra e sua parentela porque decidiu obedecer ao chamado de Deus. Embora não tivesse noção de para onde iria, decidiu confiar em Deus. Muitos estão enfrentando crises porque tomaram decisões sem consultar ao Senhor. Outros estão enfrentando dificuldades financeiras e familiares por desobediência a Deus. Contudo, é importante ressaltar que nem sempre as crises que enfrentamos são resultados da desobediência ou de escolhas precipitadas. Jó era um homem íntegro, obediente, porém experimentou terríveis crises em sua vida (Jó 1.1). Ele perdeu seus bens, seus filhos, sua saúde. Suas crises não foram resultado de decisões precipitadas.

3. Abraão passa pelo Egito.
Abraão também enfrentou algumas crises em sua vida. Porém, manteve sua fé em Deus. Ele não permitiu que as adversidades da vida matassem a semente da promessa que havia sido plantada em seu coração. Na vida, enfrentamos adversidades, contudo a nossa fé nos faz ter esperança e vencer os obstáculos. Abraão teve que descer ao Egito devido à fome, mas depois retornou com muitos bens (Gn 13.2). O Senhor fez Abraão prosperar mesmo estando no Egito. Ele ainda não estava na terra da promessa. Isso nos mostra que não importa o lugar em que estamos o Senhor nos faz prosperar. A nossa prosperidade vem do Senhor.

 
SÍNTESE DO TÓPICO (I): Precisamos ter cuidado com as escolhas que fazemos.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Professor procure enfatizar neste tópico que “Deus disse a Abraão que deixasse a sua parentela e fosse para Canaã (Gn 12.1), mas o patriarca levou consigo seu sobrinho Ló. Entretanto, a separação de Ló foi necessária para assegurar as bênçãos materiais e espirituais prometidas por Deus a Abraão. Seus rebanhos cresceram bastante. Com isso, compartilhar pasto e água passou a gerar conflitos familiares. Logo se fez necessária a separação entre tio e sobrinho. Deus convida Abraão a peregrinar por toda a terra e declara: ‘toda esta terra que vês te hei de dar a ti e à tua semente, para sempre’ (Gn 13.14-18)” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.34).

 
CONHEÇA MAIS
 


 Sodoma, região escolhida por Ló
A tradição localiza Sodoma na extremidade sul do Mar Morto. A desolação e a esterilidade dessa região fornecem um testemunho do julgamento pelo ‘fogo e enxofre’ sofrido por este local. Evidências geológicas nessa região de formações de sal, asfalto, enxofre e petróleo confirmam o registro bíblico. A parte oeste da região está dentro das fronteiras da moderna Israel. A cidade de Sidom funciona como um resort de saúde e um campo de repouso. Uma montanha peculiar quase exclusivamente de puro sal identifica Sodoma, e os guias locais referem-se a ela como ‘a mulher de Ló’”. Para conhecer mais leia, Dicionário Bíblico Wycliffe. CPAD, p.1846.

 
II. LÓ É ATRAÍDO POR AQUILO QUE VÊ

1. Briga entre os pastores de Abraão e Ló.
Ao deixar o Egito, Abraão seguiu com sua família para o norte. Ele acampou próximo a Betel e ali encontrou o altar que havia construído para o Senhor (Gn 13.3,4). Naquele lugar, Abraão invocou o nome do Altíssimo, pois era um homem grato a Deus. A ingratidão nos impede de ver as maravilhas de Deus. Tanto Abraão como Ló havia prosperado, possuindo servos, ovelhas e gado. Mas aquela prosperidade gerou uma crise entre o tio e o sobrinho, pois não havia mais espaço suficiente na terra para ambos. Faltava água e pastagem para tantos animais, e em pouco tempo, os pastores de Abraão e Ló começaram a brigar. A contenda estava instalada na família, e era preciso tomar uma decisão.

2. A decisão de Abraão.
O patriarca logo tentou resolver a situação conflituosa. Ele não adiou o problema, mas chamou seu sobrinho para uma conversa. Abraão mostrou querer uma solução pacífica para a situação ao sugerir que cada um deveria escolher o próprio caminho.

3. A escolha precipitada de Ló.
Abraão, em um gesto de bondade e mansidão, fez a seguinte proposta ao sobrinho: “Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; se escolheres a esquerda, irei para a direita; e, se a direita escolheres, eu irei para a esquerda” (Gn 13.9). Parece que Ló não pensou muito. De forma precipitada, fez a sua escolha optando por aquilo que parecia ser melhor aos seus olhos (Gn 13.10). Ele não buscou a Deus para tomar a decisão. Também não honrou seu tio deixando que ele escolhesse primeiro. Ló foi seduzido pela aparência do lugar. Essa história nos deve servir de exemplo: Não tome decisões ou faça escolhas sem consultar ao Senhor. Não julgue as pessoas pela aparência. Parecia que Ló havia ficado com a melhor parte, mas ele não podia ver o coração perverso dos habitantes daquele lugar. O homem vê somente o exterior, mas Deus conhece o interior das pessoas.

 
SÍNTESE DO TÓPICO (II): Não seja atraído somente por aquilo que você vê.

 
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
De acordo com os costumes da época, a solução do problema teria sido bastante simples. O líder do clã implementaria a solução que protegesse os próprios interesses com pouca consideração aos interesses do concorrente. Mas Abraão preferiu dar a vez ao sobrinho. Insistiu que Ló se apartasse do círculo da família de Abraão, mas deu ao homem mais jovem a opção de escolher a região da Palestina para apascentar seus rebanhos.
Do lugar onde estavam acampados perto de Betel, o vale do Jordão lhes seria visível a leste. Ló escolheu ir nessa direção. Em torno de Jericó, como hoje, os campos eram pontilhados de muitas fontes, e no lado sudeste do mar Morto ribeiros de águas descendo dos altiplanos irrigavam os campos férteis. A região era tão verdejante que dois símbolos de fertilidade, o jardim do Senhor e a terra do Egito, foram às únicas expressões adequadas para descrevê-la. Isto estava em nítido contraste com a terra seca da região montanhosa da Palestina.
Neste ponto, Ló não sabia do destino que se abateria sobre a terra que ele acabara de adotar. Mas a história recebe um clima de suspense com a observação de que Sodoma e Gomorra seriam destruídas. Sodoma é mencionada como cidade prejudicial à moral, pois eram maus os varões de Sodoma e grandes pecadores contra o Senhor” (Comentário Bíblico Beacon. 1ª Edição. Volume 1. RJ: CPAD, 2005, pp.59,70).
 

III. LÓ, UM CASO DE PROSPERIDADE E PERDAS

1. Ló e suas riquezas.
Ló também foi abençoado e se tornou um homem próspero. Certamente possuía muitos servos, servas e um grande rebanho. A separação entre Ló e Abraão era algo inevitável, porém a forma como se deu não foi das melhores. Tudo indica que Ló ficou deslumbrado com a fertilidade da terra, tomando uma decisão precipitada e não honrando seu tio. Não se deixe enganar pela beleza das coisas desse mundo passageiro. Não abra mão daquilo que é eterno.

2. A guerra dos reis.
A terra que Ló havia escolhido era boa, mas seus vizinhos não eram. Não demorou muito e Ló teve que enfrentar uma grande crise, uma guerra. Decisões precipitadas podem nos fazer viver tempos conturbados. Quatro reis decidiram atacar Sodoma e Gomorra (Gn 14.8). Ló foi levado cativo e todos os seus bens e alimentos foram tomados como espólio de guerra. Ele agora era um prisioneiro e todos os seus bens foram perdidos.

3. Abraão socorre Ló.
Quando a notícia de que Ló estava cativo chegou até Abraão, ele imediatamente partiu para ajudar o sobrinho. Abraão poderia ter se negado a ajudar Ló, pois ele mesmo tinha escolhido aquelas terras. Mas o amigo de Deus não tinha um coração rancoroso, vingativo. Ele reuniu seus criados, formando um pequeno exército, perseguiu o inimigo, o alcançou e o derrotou, libertando seu sobrinho e recuperando os seus bens. Tudo que pertencia a Ló foi recuperado (Gn 14.16). Embora Ló tivesse tomado uma decisão errada, o Senhor não permitiu que seus bens e sua família ficassem na mão do inimigo.
Mais tarde, a cidade de Sodoma foi destruída pelo fogo do julgamento divino, e Ló perdeu o que tinha.

 
SÍNTESE DO TÓPICO (III): Ló é um exemplo, para os crentes, de prosperidade e perdas.

 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

Levantou Ló os seus olhos (Gn 13.10)
As Escrituras declaram que ‘o SENHOR não vê como vê o homem’ (1Sm 16.7). Ló viu somente a campina bem regada de Sodoma. Deus viu os habitantes daquela cidade como ‘grandes pecadores’ que eram. Ló, ao deixar de discernir e aborrecer o mal trouxe morte e tragédia a sua própria família.
A grande falha de Ló foi amar as vantagens pessoais, mais do que abominar a iniquidade de Sodoma. (1) Se ele tivesse amado profundamente a retidão, isso o manteria separado dos maus caminhos e daquela geração ímpia. Ele, porém, tolerou o mal e optou por morar na cidade decaída de Sodoma. Talvez tenha raciocinado que as vantagens materiais, a cultura e os prazeres de Sodoma compensariam os perigos, e que ele tinha forças espirituais suficientes para permanecer fiel a Deus. Com isso em mente, ele juntamente com sua família, ficou exposto à imoralidade e à impiedade de Sodoma. Só, então, ele aprendeu a amarga lição de que sua família não era forte o suficiente para resistir às influências malignas de Sodoma. (2) Os pais de família devem tomar cuidado para não se envolverem de igual modo, nem a seus filhos, com nenhuma ‘Sodoma’, para não se arruinarem espiritualmente, como aconteceu à família de Ló” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.52).


CONCLUSÃO
Escolhas precipitadas, feitas somente pela aparência, podem causar muitos males. Antes de tomar qualquer decisão, ore ao Senhor. Peça o seu conselho, pois Ele conhece o coração do homem e sabe aquilo que é realmente melhor para nós.

PARA REFLETIR

A respeito das consequências das escolhas precipitadas, responda:
 
1° A prosperidade de Abraão era resultado de quê?
Resp: De sua riqueza, obediência e confiança em Deus.

 
2° Por que Abraão teve que descer ao Egito?
Resp: Devido a uma grave crise de alimentos.

 
3° Por que Abraão e Ló tiveram que se separar?
Resp: Porque não havia mais espaço suficiente na terra para ambos. Faltava água e pastagem para tantos animais.

 
Ló foi sábio em sua escolha ou ele foi precipitado?
Resp: Ló foi precipitado em sua escolha. Ele não honrou o seu tio como patriarca e não consultou ao Senhor.

 
O que Abraão fez quando soube que Ló havia sido capturado e levado cativo?
Resp: Ele imediatamente partiu para ajudar o sobrinho.

 

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

As Consequências das Escolhas Precipitadas
O livre-arbítrio é um presente de Deus ao ser humano, pois este foi criado de maneira autônoma, de modo que Deus jamais permitiria um ser humano autômato. Entretanto, aqui está a maior tensão da principal criação de Deus. Embora dotado de livre-arbítrio, um dom de Deus, o ser humano fez e continua a fazer o mau uso daquilo que deveria ser para a glória de Deus.
As Escrituras Sagradas dão testemunhos de várias personagens bíblicas que fizeram más escolhas e boas escolhas. As más escolhas geralmente foram tomadas num contexto de precipitação ou extraordinária pressão. Lembra-se da decisão equivocada de Abraão, que por influência da sua mulher, Sara, resolveu deitar-se com Agar e fez com que ela concebesse um filho chamado Ismael? Se o nosso pai da fé soubesse o problema que a decisão acarretaria à sua família, certamente não decidiria assim. Entretanto, qual era o contexto de Abraão? Um homem avançado em idade, onde sua mulher também era avançada em idade e não tinha nenhum filho herdeiro para assumir sua herança.

Quando temos a consciência de que a vida está passando e findando, naturalmente lembramo-nos dos herdeiros que deixaremos, ou de quem administrará a nossa herança. Mas Deus havia feito uma promessa de que Ele daria um filho fruto do casamento entre Abraão e Sara. Crer no improvável é uma prova, uma resistência de fé. Num primeiro momento, ambos falharam na perseverança da fé e optaram por tomar a pior decisão.
Devemos aprender com as Escrituras que qualquer decisão importante que tomarmos, não devemos fazê-la debaixo de pressão ou precipitadamente. A precipitação é um grande mal que deve ser evitado sempre. Quando nos precipitamos não raciocinamos, não prestamos atenção ao bom senso, não andamos por fé, mas apenas por vista. Quem tem a mente de Cristo deve sempre manter os pés no chão, pedir orientação a Deus e aguardar o calor dos acontecimentos passarem. Fácil?! Não, não é uma tarefa fácil, mas sem dúvida trata-se de uma atitude responsável e madura que leva em conta o fator global da circunstância e não somente parte dela, nem prioriza o fator emocional do acontecimento.
Mostrar aos nossos alunos o perigo de tomar uma decisão precipitada é o objetivo central desta lição. Para isso, use exemplo da própria vida ou outros vários que a Bíblia dispõe e enriqueça a sua aula para conscientizar o seu aluno sobre ter esse cuidado importantíssimo com a vida. Boa aula!

 

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Lição 4 CPD - 4° Trimestre 2016


LIÇÕES BÍBLICAS CPAD / ADULTOS

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises

Comentarista: Elienai Cabral




TEXTO ÁUREO: E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim, caminharam ambos juntos” (Gn 22.8).

VERDADE PRÁTICA: A declaração de Abraão se cumpriu plenamente quando Cristo morreu na cruz para perdão dos nossos pecados.

 
OBJETIVO GERAL: Ressaltar a provisão de Deus no monte do sacrifício.

 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
 
I. Mostrar que é necessário ter fé para subir ao monte do sacrifício;

II. Compreender que a fé de Abraão o fez vencer a provação no monte do sacrifício;

III. Explicar que Jesus é o Cordeiro de Deus que subiu ao monte do sacrifício por amor a nós.

 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, estudaremos a respeito da prova mais difícil enfrentada pelo patriarca Abraão. Ele durante anos enfrentou a crise da esterilidade de sua esposa e teve que esperar anos até que se cumprisse a promessa do seu herdeiro. O Deus que lhe deu de forma milagrosa um filho, seu único herdeiro, pede para que esse filho seja oferecido em sacrifício. Isso nos mostra que embora o Senhor nos ame, Ele também nos prova. Abraão foi provado e revelou o quanto amava a Deus. O Senhor era mais importante para ele do que o seu Isaque. Nunca permita que nada ocupe o lugar de Deus em seu coração.

 
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a respeito do teste mais difícil que Abraão poderia experimentar. Veremos também que Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, morreu em nosso lugar para a nossa salvação.
Deus estava provando a fé de Abraão, bem como o seu amor e fidelidade. Em meio à provação, Abraão não duvidou do poder sustentador de Jeová-Jirê, o Deus que provê. O Senhor pediu que Abraão sacrificasse o seu único filho, o filho da promessa. Pela fé, Abraão obedeceu à ordem de Deus indo ao lugar do sacrifício com seu filho Isaque.

 
PONTO CENTRAL: Pela fé Abraão pôde ver a provisão de Deus no monte do sacrifício.

 
 I. FÉ PARA SUBIR O MONTE DO SACRIFÍCIO

1. Abraão é provado.
Abraão faz parte da galeria dos heróis da fé (Hb 11). Ele é conhecido como o “pai da fé”. A prova a que Abraão fora submetido parece um paradoxo diante do Deus amoroso, justo e que jamais aceitaria um sacrifício humano. Deus pediu a Abraão algo fora do comum, visto que sacrifícios humanos eram praticados nas religiões pagãs. Mas o desafio foi feito e Abraão teria de provar sua lealdade e seu amor ao Senhor. Em outras ocasiões Abraão falhou como homem e desobedeceu a Deus, mas Ele não o abandonou. O Senhor via em Abraão qualidades que eram superiores às suas fraquezas. E o patriarca precisava aprender a depender de Deus. As dificuldades e provações fizeram com que Abraão desenvolvesse uma intimidade maior com o Senhor. Abraão já havia experimentado alguns momentos de frustração e amargura que lhe fizeram avaliar melhor suas decisões para com Deus.


2. No limite da capacidade humana.
O apóstolo Paulo, escrevendo aos coríntios, declarou: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1Co 10.13). A prova a que Abraão fora submetido fez com ele chegasse ao máximo da sua capacidade espiritual e emocional.


3. Um pedido difícil.
O pedido de Deus parecia ser ilógico, impróprio, irracional e impossível de ser aceito. Deus havia pedido, em holocausto, o seu único filho, “o filho da promessa”. Tem-se a impressão de que Deus estava pedindo a devolução de algo que dera ao seu amigo. Abraão, entretanto, em momento algum se negou a obedecer a Deus. Quantas vezes, em meio às dificuldades e provações, dizemos para Deus que não podemos obedecê-lo, que não podemos suportar o que Ele nos pede. Deus não quer o nosso mal, pois nos prova para que o conheçamos melhor.



 SÍNTESE DO TÓPICO (I): É necessário ter fé para subir o monte do sacrifício.

 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

A prova no limite da capacidade humana (1Co 10.13)
Abraão chegou ao máximo de sua capacidade emocional e intelectual para aceitar o desafio que Deus lhe fizera. Foi-lhe pedido algo impossível mediante a lógica do propósito divino para sua vida. Deus lhe pediu em holocausto ‘o filho da promessa’. Além da relação espiritual da existência desse filho, com a relação emocional familiar entre Abraão e Isaque e sua mãe, o velho Abraão não podia entender as razões de Deus. Era como se Deus estivesse pedindo devolução de algo que havia dado a Abraão. Isto se tornou um desafio a sua lógica, a sua racionalidade. Era, de fato, uma prova que superava todas as demais experimentadas pelo velho patriarca. Abraão pareceu chegar ao limiar da prova, do desânimo, da desistência. Na infinita sabedoria divina, somos conduzidos, às vezes, ao limite de nossa resistência para aprendermos a confiar no exaurível poder de sustentação de Deus. Quantas vezes confessamos nossas limitações e dizemos: ‘Não posso mais!’, ‘Não aguento mais!’, ‘Estou sem forças para reagir!’. Então Deus entra em ação e suaviza o nosso sacrifício. Ele não deixa que nossas resistências estourem sem que saibamos que Ele nos prova para que o conheçamos melhor (CABRAL, Elienai. Abraão: As experiências de nosso pai na fé. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002, pp.173-74).

 
II. PROVAÇÃO NO MONTE DO SACRIFÍCIO

1. Amor, obediência e fé no monte do sacrifício.
Esses três elementos eram a essência da prova a que Abraão estava sendo submetido. O primeiro elemento era o seu amor para com Deus. O Senhor queria provar se Ele estava em primeiro lugar no coração de Abraão. Deus tem de estar em primeiro lugar em nossos corações. Abraão amava o seu filho Isaque, mas obedecendo a Deus, deixou claro que era o Senhor que ocupava o primeiro lugar em sua vida. O segundo elemento era a obediência. Abraão prontamente obedeceu ao pedido que o Senhor lhe fizera, mesmo não compreendendo o porquê de tal petição. O terceiro elemento envolvido nessa prova era a fé. Se antes, em algumas circunstâncias, Abraão vacilou, como no caso de ter um filho com Agar, agora, amadurecido pelas crises, ele confia plenamente em Deus. Abraão confiou que Deus seria capaz de operar um milagre.


2. O clímax da prova.
Depois de três dias de viagem, Abraão, Isaque e os moços que estavam com eles chegaram à terra de Moriá (Gn 22.4). Os dois moços ficaram ao pé do monte, e Abraão e seu filho tomaram a lenha e o cutelo e subiram ao monte do sacrifício (Gn 22.4-6). Na subida, o pai e o filho conversavam. Isaque não sabia como seria feito esse sacrifício, pois eles não tinham consigo um animal (um cordeiro) para o holocausto. Isaque perguntou ao seu pai: “[...] Onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gn 22.7), e Abraão, de forma incisiva e confiante, respondeu: [...] “Deus proverá para si o cordeiro [...]” (Gn 22.8).


3. O momento decisivo da prova.
O caminho da obediência pode parecer o mais difícil, mas não impossível, porque Deus age no momento certo. O pai e o filho chegaram ao local do sacrifício. Abraão conhecia a fidelidade de Deus, e por isso não se desesperou. Isaque era um filho obediente, um menino de fé. Ele aceitou ser amarrado e colocado sobre a lenha. Abraão levantou o cutelo para imolar Isaque, mas o anjo do Senhor bradou forte e não deixou que ele o fizesse. Bem perto deles havia um cordeiro substituto. A intervenção divina na terra de Moriá (Gn 22.11,12) mostra que um dia, no Calvário, Jesus morreu em nosso lugar. Ele nos substituiu na cruz, morrendo por nossos pecados. Na verdade, Abraão viu, pela revelação da fé, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

 
SÍNTESE DO TÓPICO (II): Todo crente é provado pelo Senhor no monte do sacrifício.


SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Moriá”
Este termo se aplicava à região onde Abraão ofereceu Isaque (Gn 22.2), e ao local do Templo de Salomão (2Cr 3.1). Alguns desafiaram esta identificação devido às variantes textuais em 2 Crônicas 3.1, e por causa de sua proximidade a Berseba. Entretanto, com um jumento carregado, Abraão poderia ter levado 3 dias para viajar 80 quilômetros de distância até Moriá (Gn 22.4). Não há opositores e nenhuma razão adequada para se duvidar de que o monte Moriá (Gn 22.2), a eira de Araúna, o jebuseu (2Sm 24.16), e o local do Templo de Salomão (2Cr 3.1) sejam praticamente idênticos (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.1307).

 
CONHEÇA MAIS



Cordeiro
Por todo o Antigo Testamento, o cordeiro é tido como o animal preferido para o sacrifício. É o mais frequentemente especificado na lei levítica do sacrifício. Assim, é apropriado que o inocente, inofensivo cordeiro seja o principal símbolo sacrificial do Antigo Testamento. Jesus, o inocente Cordeiro de Deus, ofereceu-se como sacrifício por nós. Ele tomou nosso lugar, como o carneiro de Gênesis 22 tomou o lugar de Isaque. “Através do seu sofrimento, o inocente Filho de Deus expiou nossos pecados e nos tornou limpos” (Jo 1.29,36; 1Pe 1.19). Para conhecer mais leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.38.

 
III. JESUS, O CORDEIRO DE DEUS NO MONTE DO SACRIFÍCIO

1. O sacrifício do Cordeiro de Deus (Jo 1.29).
O Deus que proveu um cordeiro para substituir Isaque no monte do sacrifício é o mesmo que enviou seu Filho para nos substituir na cruz do Calvário. Deus entregou seu Cordeiro, Jesus Cristo, para morrer por nós. O sacrifício de Jesus foi necessário para o perdão dos nossos pecados.


2. A reconciliação mediante o sacrifício do Cordeiro.
O sacrifico de Jesus nos reconciliou com Deus. O sacrifício de Jesus Cristo foi único e definitivo para a nossa reconciliação com Deus (Ef 2.16). Jesus, o Cordeiro de Deus, é o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2). Sem Ele estaríamos perdidos, longe de Deus e condenados ao inferno. Temos um Criador que nos ama e que não negou dar o seu Unigênito para que tivéssemos a vida eterna.


3. A justificação mediante o Cordeiro de Deus.
Jesus, o Cordeiro de Deus, assumiu o castigo que era nosso. Ele tomou sobre si a nossa condenação. Na cruz, Cristo cumpriu a nossa pena, justificando-nos perante o Pai. Ele nos libertou da lei do pecado. Uma vez livres e justificados pela fé, temos paz com Deus (Rm 5.1).

 
SÍNTESE DO TÓPICO (III): Jesus é o Cordeiro de Deus que foi imolado por nós no monte do sacrifício.

 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

Deus proverá (Gn 22.8)
Deus proverá” (hb. Jeová-jiré), é uma expressão profética da providência divina de um sacrifício substituto, um carneiro (v.13). O cumprimento pleno da declaração de Abraão realiza-se quando Deus provê seu Filho Unigênito para ser o sacrifício expiador no Calvário, para a redenção da humanidade. Daí, o próprio Pai celestial fez aquilo que ele determinou que Abraão fizesse (Jo 3.16).
Isaque era um jovem nessa ocasião, perfeitamente capaz de resistir a seu pai, se assim quisesse. Mas, em total submissão a Deus e obediência ao seu pai, permitiu ser amarrado e deitado sobre o altar, assim como Jesus foi voluntariamente até à cruz.
As Escrituras dizem que Abraão ‘foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque’ (Tg 2.21). Isto é, a fé de Abraão manifestou-se em sincera obediência a Deus. “O lado oculto da verdadeira fé salvadora, inevitavelmente se manifestará numa vida de obediência” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.64).

 
CONCLUSÃO:  
Creia que Deus provê todas as nossas necessidades, em qualquer hora e lugar, desde que estejamos dispostos a reconhecer sua soberania e suprema vontade. Aprendemos com Abraão que é perfeitamente possível viver uma vida em consonância com as exigências divinas.

 
PARA REFLETIR

A respeito da provisão de Deus no monte do sacrifício, responda:

 
1° Deus nos dá tentação além do que podemos suportar? Confirme a resposta com uma referência.
Resp: Não. O apóstolo Paulo escrevendo aos coríntios declarou: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1Co 10.13).

 

2° O que Deus pediu a Abraão?
Resp: Deus pediu que ele sacrificasse seu único filho como oferta.

 

3° Quantos dias Abraão e Isaque tiveram que caminhar até chegar à terra de Moriá?
Resp: Acredita-se que eles caminharam durante três dias.

 

4° Qual a resposta de Abraão a Isaque quando perguntou a respeito do animal para o sacrifício?
Resp: “Deus proverá para si o cordeiro” (Gn 22.8).

 

5° Quem é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo?
Resp: Jesus Cristo.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 


 
A provisão de Deus no Monte do Sacrifício
Um pai cheio de amor pelo seu filho sobe ao monte Moriá para entregá-lo a fim de obedecer a Deus. Isaque era o filho da velhice de Abraão e de Sara. Foi uma promessa feita por Deus quando eles não podiam gerar filhos. Mas num belo dia, Deus o pediu de volta. Entregá-lo a Deus significava sacrificar literalmente a vida do pequenino filho de Abraão. É claro que Deus nunca aceitou sacrifícios onde o ser humano era a vítima. É bom lembrar de que quando Deus deu a ordem a Abraão para entregar o seu filho não havia nenhum sistema de lei, nenhum código de preceitos promulgado por Moisés no livro do Êxodo. A relação de Abraão com o Eterno era face a face, ele e Deus somente. De modo que o sacrifício imposto por Deus a Abraão era para prová-lo, como Jesus Cristo foi provado na tentação do deserto. De antemão, Deus estava provendo um cordeiro para tomar o lugar de Isaque.

A história de Abraão torna-se uma metáfora em que Deus proveu o Santo Cordeiro para a humanidade inteira. O Pai entregou o seu único Filho em favor do ser humano caído. Foi a grande reconciliação entre Deus e o ser humano: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longes, já pelo sangue de Cristo chegaram perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio, na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e, pela cruz, reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades” (Ef 2.13-16). Deus proveu o seu Filho como verdadeiro Cordeiro para nos reconciliar com Ele mesmo, sem imputar os nossos pecados e lançá-los em nosso rosto (2Co 5.19).
A maior necessidade que havia no coração humano, Deus a preencheu quando enviou o seu único Filho para morrer na Cruz em nosso lugar. A doutrina bíblica da Expiação de Cristo humilha por inteiro qualquer esforço do ser humano para salvar-se. Só Deus poderia suprir essa necessidade humana. Só o Pai poderia promover meios de não mais sermos achados perdidos, condenados e mortos para sempre. Por isso. Cristo chama todos os homens ao Arrependimento, pois a Expiação de Cristo só tem eficácia para o ser humano que se arrepende e crê no Filho de Deus.
Cristo Jesus é a maior provisão de Deus para o problema do pecado do ser humano!