sábado, 25 de março de 2017

Lição 13 CPAD - 1° Trimestre 2017


LIÇÕES BÍBLICAS CPAD / ADULTOS

Título: As Obras da Carne e o Fruto do Espírito — Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente

Comentarista: Osiel Gomes

 


 
TEXTO ÁUREO:Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto” (Jo 15.2).

 
VERDADE PRÁTICA: O crente só terá uma vida frutífera se estiver ligado à Videira Verdadeira, Jesus Cristo.

 
OBJETIVO GERAL: Explicar que o crente só terá uma vida frutífera se estiver ligado à Videira Verdadeira.

 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Compreender a singularidade da videira e seus ramos;

II. Mostrar o fundamento da frutificação espiritual;

III. Explicar que fomos chamados para frutificar.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Graças a Deus por mais um trimestre concluído. Com certeza você e seus alunos estão experimentando um tempo de frutificação. Fomos chamados pelo Pai para produzirmos bons frutos a fim de que o nome dEle seja glorificado. Os dons espirituais são importantes para o crente, mas estes precisam ser acompanhados do fruto, pois o fruto está relacionado ao caráter de Cristo em nós. Ele evidencia a nossa comunhão com o Pai e o quanto temos aprendido com Ele. Ore por seus alunos. Peça ao Senhor que todos possam ter uma vida frutífera até a volta de Jesus Cristo.


INTRODUÇÃO
Nesta última lição do trimestre, estudaremos a respeito da frutificação na vida do crente. Você tem produzido o fruto do Espírito? Precisamos frutificar! Por isso, necessitamos estar ligados à Videira Verdadeira. É Cristo em nós que nos permite produzir o fruto do Espírito. Sem Ele nada podemos (Jo 15.4). O propósito de uma vida frutífera é tão somente glorificar o Pai (Jo 15.8).

 
PONTO CENTRAL: O crente precisa frutificar.

 

I. A VIDEIRA E SEU RAMOS

1. A parábola da vinha.
No texto da Leitura Bíblica em Classe, encontramos uma parábola, ou alegoria, a respeito da videira. A videira é o próprio Senhor Jesus Cristo e os ramos são todos os discípulos de Cristo. Como discípulos precisaram estar ligados à videira para termos uma vida frutífera (Jo 15.1). Como lavrador, o Pai tem cuidado de nós com zelo e amor para que possamos produzir frutos em abundância. Fomos alcançados unicamente pela graça divina, e a única coisa que Ele exige de nós é que venhamos a frutificar.


2. Condição para ser produtivo.
Segundo os agrônomos, a videira leva três anos para dar os primeiros frutos. As uvas não nascem logo depois da semente germinar no solo. É preciso tempo e muitos cuidados. Na vida espiritual, é preciso discipulado, ensino da Palavra de Deus. Contudo, para ser frutífero é imprescindível estar ligado a Cristo, a Videira Verdadeira. Longe dEle não existe vida, apenas morte. Quando os ramos se afastam da Videira, logo deixam de receber da sua seiva, tornando-se secos e infrutíferos.


3. A poda.
Podar é aparar os ramos que estão atrapalhando o desenvolvimento da planta. A poda ajuda a produzir novos ramos, fazendo com que a produção de frutos seja maior. Na vida espiritual, também somos podados e cuidados pelo Senhor. Ele retira de nós tudo que nos impede de frutificar. Contudo, se depois de cuidados não produzirmos frutos, não resta alternativa a não ser o corte e o descarte no fogo (Jo 15.2). Na vinha do Senhor, não há ramos para enfeitar, todos precisam ser frutíferos.

 
SÍNTESE DO TÓPICO (I): Para frutificar, precisamos estar ligados à Videira.
 

SUBSÍDIO DIDÁTICO

A poda dos ramos (Jo 15.1-10)
‘Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador’. Neste versículo, ‘eu’ e ‘verdadeira’ em grego são enfáticos. Assim, em contraste com os outros (os líderes religiosos) que reivindicam ser parte do verdadeiro povo de Deus, Jesus e seus seguidores emergem como o verdadeiro povo. Isto enfatiza sua singularidade como o caminho para Deus.
No versículo 2, surge o assunto desta seção: a santificação. A palavra que a expressa é o verbo ‘limpar’ (cortar, desbastar, podar). Esta palavra pertence ao aspecto religioso de ‘tornar santo’ ou ‘santificar’. O que se presume, então, é uma visão da Igreja discutida acima, mas o que fica óbvio é que Deus limpa o crente; e esta alegoria da vinha apropriadamente expressa isso. Também deve ser observado que a santificação é um processo normal do discipulado. O propósito da poda é aumentar a frutificação.
Os versículos 3 a 5 falam da união de Jesus e os crentes em termos figurativos dos ramos e do tronco. Jesus expressa o fato dessa união de palavras: ‘Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado’ (v.3). Mas resultado dessa união é o processo de crescimento — em termos figurativos: dar frutos. Considerando que um ramo não pode dar frutos a menos que esteja ligado ao tronco (a pessoa tem que permanecer em Cristo), o fruto tem um significado certo. No contexto dos capítulos 13 a 17, o fruto é o amor, característica fundamental de Deus. Para poder viver como Deus, a pessoa tem de nascer de novo e segui-lo. Este amor tem de ser desenvolvido pelo ‘processo da poda’ (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 4ª Edição. Volume 1. RJ: CPAD, 2009, p.586).

 

CONHEÇA MAIS

Sendo produtivos

Uma videira que produz muito fruto glorifica a Deus, pois Ele envia diariamente a luz do sol e a chuva para fazer crescer as colheitas, e nutre constantemente cada planta, preparando-a para florescer. Que momento de glória será para o Senhor quando a colheita for trazida aos celeiros, madura e pronta para usar! Ele fez isto acontecer! Esta analogia agrícola mostra como Deus é glorificado quando estamos em um relacionamento correto com Ele e começamos a ‘dar muito fruto’ em nossas vidas”. Para conhecer mais, leia Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal, CPAD, p.578.

 

II. O FUNDAMENTO DA FRUTIFICAÇÃO ESPIRITUAL

1. Firmados no amor de Cristo.
O amor é o fruto excelente (Gl 5.22). Fomos alcançados pela graça e o amor de Cristo (Rm 3.24). A graça divina, além de destruir os pecados, enxerta em nós a semente do amor. O amor nos ajuda a vencer os efeitos da arrogância, o egoísmo e a incredulidade.
Cristo é o nosso exemplo por excelência de amor altruísta. Ele se sacrificou pelos pecadores (Jo 3.16). O que nos identifica como discípulos de Jesus é o amor. O amor nos leva a servir ao nosso próximo e esse servir é sem interesses ou vantagens materiais.
 

2. Por que o amor é à base da frutificação?
Porque ele é o alicerce de todas as virtudes (1Co 13.13). Não podemos nos esquecer de que o amor deve ser revelado em atitudes. Não adianta dizer que ama e tem fé se não tiver as boas obras (Tg 2.14). A fé sem obras e sem amor é morta (Tg 2.17,26). O amor precisa ser visto mediante as nossas obras. Existem muitas pessoas carentes e necessitadas que precisam do nosso amor e ajuda.


3. Cheios do Espírito e de amor.
O amor é gerado em nossos corações pela ação do Espírito Santo. Não podemos nos esquecer de que somos templo, habitação do Consolador. Esta virtude era uma das características mais marcantes da Igreja Primitiva. Por quê? Porque todos ali eram cheios do Espírito. O amor fazia com que repartissem seus bens: “Não havia, pois, entre eles necessitado algum [...]” (At 4.34). Levava também os crentes a amarem, mesmo sofrendo perseguição e morte (At 7.60).

 
SÍNTESE DO TÓPICO (II): O fundamento da frutificação espiritual está em ser cheio do Espírito Santo e de amor.

 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O princípio da frutificação está revelado no primeiro capítulo de Gênesis (Gn 1.1). Note que a lei agrária estabelecida por Deus determina que cada planta e árvore produza fruto segundo a sua espécie.
A frutificação espiritual segue o mesmo princípio. João Batista, o precursor do Messias, exigiu dos seus convertidos: ‘Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento’ (Mt 3.8). Em João 15.1-16, Jesus enfatizou este princípio deixando claro aos seus seguidores que para darem fruto exuberante para Deus, necessário é que antes cresçam em Cristo e nisso perseverem seguindo os ensinos da Palavra de Deus. Boas condições de crescimento e desenvolvimento da planta no reino vegetal, sem esquecer-se da boa saúde da semente e do meio ambiente ideal e da limpeza, são elementos indispensáveis para a boa frutificação. É também o que ocorre no reino espiritual, na vida do crente, na Igreja, para que haja em todos nós fruto abundante para Deus.
De que tipo de fruto Jesus estava falando em João 15.1-16? A resposta nos é dada em Gálatas 5.22: ‘O fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança’. Em outras palavras, o fruto do Espírito é no crente a existência de um caráter semelhante a Cristo: um caráter que testemunha de Jesus e que o revela em seu viver diário. É a breve vida de Cristo manifesta no cristão. Como é que o povo à nossa volta está vendo Cristo em nós? Em família, no emprego, nas viagens, na escola, na igreja, nos relacionamentos pessoais, nos tratos, no lazer, no porte em geral, na vida cristã?”(Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.1723)”.

 
 
III. CHAMADOS PARA FRUTIFICAR

1. Revestidos de amor.
Em Colossenses 3.12, Paulo orienta os crentes para que se vistam de misericórdia, benignidade, mansidão e longanimidade. Busquemos “as coisa que são de cima” (Cl 3.1,2). Suas atitudes devem refletir tal verdade. Mediante a fé no sacrifício de Cristo, já retiramos a “roupa velha”, nossos trapos de imundícia, que é a natureza pecaminosa.

O amor, fruto do Espírito, em nossa vida nos conduz:

a) A frutificar em nosso relacionamento espiritual. Passamos a experimentar uma maior comunhão com o Pai mediante a oração, o jejum e a leitura da Palavra de Deus.

b) A ter um relacionamento conjugal frutífero. Se amarmos a Deus amamos também o nosso cônjuge com um amor altruísta. Amar a esposa é um principio divino para os maridos: “Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesma se entregou por ela” (Ef 5.25).

c) A ter um relacionamento familiar frutífero. A esposa será submissa ao marido e os filhos lhe serão obedientes (Ef 5.22, 6.1)
 

2. Se a Palavra estiver em nós.
Só é possível frutificar se Cristo e suas palavras estiverem plantados em nós. Essa também é a condição para que as nossas orações sejam ouvidas e respondidas (Jo 15.7). É por intermédio das palavras de Jesus, ou seja, por meio de seus ensinamentos, que podemos orar corretamente, segundo a vontade do Pai. As palavras de Jesus fazem com que venhamos nos tornar semelhantes a Ele.


3. Cumprindo a lei.
Na Epístola aos Romanos, Paulo trata com profundidade a respeito da lei. Ele mostra que somente o que ama tem condições de cumprir a lei: “[...] quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm 13.8). O apóstolo também exorta os crentes, afirmando que “o cumprimento da lei é o amor” (Rm 13.10). O amor de Cristo, em nós, nos ajuda a observar os mandamentos e princípios divinos para a nossa vida.

 
SÍNTESE DO TÓPICO (III): Fomos chamados do mundo para frutificar para a glória de Deus.

 
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Copie no quadro o esquema abaixo. Depois faça aos alunos a seguinte pergunta: “Qual o propósito da frutificação na vida do crente?”. Incentive a participação de todos e ouça as respostas dos alunos. Explique que no Reino de Deus tudo tem um propósito. Em relação ao fruto do Espírito Santo não é diferente. Em seguida, utilize o quadro para mostrar os reais propósitos da frutificação espiritual.
 

CONCLUSÃO
O amor de Deus por nós é singular. Quando experimentamos desse amor somos transformados e, então, passamos a produzir o fruto do Espírito. Que venhamos a frutificar em todas as áreas da nossa vida, a fim de que o nome de Jesus, o nosso amado, seja glorificado e exaltado.

 
PARA REFLETIR

A respeito de uma vida de frutificação, responda:


1° O que é preciso para o crente frutificar?
Resp: Ele precisa estar ligado à Videira Verdadeira. É Cristo em nós que nos permite produzir o fruto do Espírito. Sem Ele nada podemos (Jo 15.4).

 

2° Qual o propósito de uma vida frutífera?
Resp: O propósito de uma vida frutífera é tão somente glorificar o Pai (Jo 15.8).

 

3° No texto de João 15 quem é a videira? Quem são os ramos?
Resp: A videira é o próprio Senhor Jesus Cristo e os ramos são todos os discípulos de Cristo.

 

4° O que significa podar?
Resp: Podar é aparar os ramos que estão atrapalhando o desenvolvimento da planta.

 

5° Quem é o nosso exemplo perfeito de amor?
Resp: Jesus Cristo.

 
 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

Uma vida de frutificação
 
Só é possível frutificar no Reino de Deus se estivermos em Cristo Jesus. Esta é a conclusão que seu aluno precisa chegar ao final deste trimestre. Ao longo dele, vimos o caráter bíblico e prático acerca do Fruto do Espírito como oposição às Obras da Carne. Neste trimestre, destacamos o embate que se dá na vida do cristão em relação ao “frutificar” no Reino de Deus e o de manifestar as obras da carne. Nesse aspecto, trabalhamos as seguintes oposições: Alegria x Invejas; Paz x Inimizades; Paciência x Dissensões; Benignidade x Porfias; Bondade x Homicídios; Fidelidade x Idolatria e Heresias; Mansidão x Pelejas; Temperança x Prostituição e Glutonaria. Concluindo que o amor é a razão ímpar para frutificarmos na presença do Senhor. Propositalmente, o tema do amor foi colocado como o último na lista do Fruto do Espírito.
Por isso, a parábola da vinha ganha uma grande importância em nosso estudo. Fomos chamados para dar fruto no Reino de Deus, onde, segundo o teólogo Benny C. Aker, “Jesus é o tronco, o Pai é o jardineiro e os crentes em Jesus são os ramos” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, p.587). O que João 15 deixa muito claro é que ninguém pode frutificar no Reino de Deus se não estiver firmado em nosso Senhor: “Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer” (15.5). Todo discípulo é chamado por Jesus para dar muito fruto. Mas há uma pergunta imediata que precisa ser feita: Que fruto é este?
O texto bíblico responde taxativamente: “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. [...] Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. [...] Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros” (vv.12, 14,17). De modo que o teólogo Donald Stamps confirma esse entendimento e o amplia conforme Gálatas 5: “Todos os cristãos são escolhidos ‘do mundo’ (v.19) para ‘dar fruto’ para Deus (vv.2, 4,5). Essa frutificação se refere (1) às virtudes espirituais tais como as mencionadas em Gl 5.22,23 — amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança (cf. Ef 5.9; Cl 1.10; Hb 12.11; Tg 3.18) e (2) à conversão a Cristo doutras pessoas (4.36,12. 24)” (Bíblia de Estudo Pentecostal, p.1603).
Portanto, conscientize os alunos a buscarem a frutificar no Reino de Deus, na força do Espírito Santo amando a Deus e ao próximo na perspectiva do Fruto do Espírito.
 
 

quinta-feira, 23 de março de 2017

Encerramento do 1º Trimestre 2017 da E.B.D. Pedro José Nunes



Prezados Irmãos
Faremos o encerramento do 1º Trimestre 2017 da Escola Bíblica Dominical neste próximo domingo 26-03-2017.
Teremos nossa confraternização com Cafezão para todos os alunos e professores no termino da Palestra 
Bênçãos de Deus será derramada em nossas vidas, para Glória de Jesus.
 
Atc,
Superintendência EBD


sábado, 18 de março de 2017

Lição 12 CPAD - 1° Trimestre 2017


LIÇÕES BÍBLICAS CPAD / ADULTOS

Título: As Obras da Carne e o Fruto do Espírito — Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente

Comentarista: Osiel Gomes

 

TEXTO ÁUREO:A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei” (Rm 13.8).

 
VERDADE PRÁTICA: Amar a Deus e ao próximo é cumprir plenamente a lei divina.

 
OBJETIVO GERAL: Explicar que amar a Deus e ao próximo é cumprir plenamente a lei divina.

 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Compreender a singularidade do amor ágape;

II. Mostrar que precisamos amar a Deus e ao próximo;

III. Explicar que sob a tutela do amor, devemos rejeitar as obras das trevas.

 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Estamos nos aproximando do término do trimestre. Esperamos que você e seus alunos tenham produzido muitos frutos, nesse período, para a glória de Deus. O crente precisa ter uma vida frutífera. Na lição de hoje estudaremos o amor como fruto do Espírito. Sem esse fruto é impossível ser manso, paciente, longânimo etc, ou seja, todos os outros frutos dependem dele. Uma das características mais marcantes do crente é o amor. Deus é amor e quem não ama, não o conhece. Quem ama a Deus ama também o próximo, cumprindo então a lei divina.

 
INTRODUÇÃO

Já estudamos alguns aspectos do fruto do Espírito e obras da carne. Deixamos para tratar a respeito do amor em uma única lição, pois o objetivo é que venhamos compreender a singularidade e a importância desse aspecto do fruto do Espírito.
Podemos agrupar os nove aspectos do fruto do Espírito Santo da seguinte maneira: Os atributos que tratam do nosso relacionamento com Deus: amor, paz e alegria. Os que tratam do nosso relacionamento com o próximo: longanimidade, benignidade e bondade. Os que tratam do nosso relacionamento com nós mesmos: fidelidade, mansidão e domínio próprio. Porém, nesta lição, veremos o aspecto do amor. A maior marca de uma igreja não é sua teologia, seu templo, tradições, mas sim o seu amor para com o Senhor Jesus e para com o próximo.

 
PONTO CENTRAL: Quem ama a Deus ama o próximo e cumpre a lei.

 
I. A SINGULARIDADE DO AMOR ÁGAPE

1. Amor, um aspecto do fruto.
O amor é o primeiro aspecto do fruto que encontramos na relação de Gálatas 5.22. Podemos afirmar que tal sentimento é o solo onde os demais aspectos do fruto devem ser cultivados. Paulo relata a suprema excelência do amor em 1 Coríntios 13. A língua grega possui três vocábulos para denominar o amor: ágape, amor divino; philéo, amor entre amigos e eros, amor entre cônjuges.


2. O amor ágape.
O amor de Deus é expresso no grego pela palavra ágape. Tal vocábulo significa “amor abnegado e profundo”. Um dos atributos do nosso Deus é o amor (1Jo 4.8). Seu amor por nós é ímpar. Não podemos nos esquecer de que hoje amamos ao Pai e ao próximo porque o amor divino nos alcançou primeiro: “Nós o amamos porque ele nos amou primeiro” (1Jo 4.19). O que fizemos para merecer tal amor? Nós não fizemos nada. O mérito de tal sentimento não é nosso. Mas Ele nos amou quando éramos ingratos e maus e nos deu o seu Filho Unigênito para morrer em nosso lugar (Jo 3.16).


3. O amor ágape derramado em nós.
Quando recebemos, pela fé, o Senhor Jesus, nos tornamos uma nova criatura (Jo 3.3). E, assim, foi-nos enxertado o amor que é a essência do Pai. Se somos discípulos de Cristo, amamos ao Pai e ao próximo. O amor de Deus em nós nos proporciona: paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança (Gl 5.22). Quem tem o amor de Deus considera o próximo e está sempre disposto a servir a todos, assim como o nosso Mestre (Mc 10.45).

 
SÍNTESE DO TÓPICO (I): O amor de Deus, o amor ágape, é singular.

 
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor inicie o primeiro tópico da lição fazendo a seguinte indagação: “Quais são as três dimensões do amor ágape?”. Ouça os alunos e incentive a participação de todos para que aula se torne dinâmica. Em seguida, desenhem no quadro duas linhas: uma vertical e uma horizontal. Depois desenhe um ponto. A seguir explique que o amor divino possui três dimensões: (1) A dimensão vertical (aponte para a linha vertical). Diga que é o amor em direção a Deus. (2) Dimensão horizontal (aponte para a linha horizontal). Fale que é amor em direção ao nosso semelhante. (3) Dimensão interior (mostre o ponto). É o amor em direção a nós mesmos. Diga que se conseguirmos cumprir essas três dimensões, cumprimos toda a lei. Para concluir, peça que um aluno leia Lucas 10.27: “Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo”. Explique que como crentes precisamos viver esses três aspectos.

 
II. AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO

1. O amor a Deus.
O amor de Deus por nós é altruísta, abnegado e ímpar. E a única coisa que Ele nos pede é que também venhamos a amá-lo com todo o nosso coração: [...] “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração [...]” (Mt 22.37). Como podemos expressar nosso amor a Deus? De diferentes formas: sendo fiéis em nossos dízimos e ofertas, louvores, orações, lendo a Bíblia, etc. Mas a melhor maneira de expressar nosso amor a Deus é abandonar o pecado e procurar ter uma vida santa. Quem ama a Deus não tem prazer na prática do pecado. Quem se encanta com o pecado não ama ao Senhor e nunca o conheceu. Por isso, Jesus afirmou que muitos dirão naquele Dia: “Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios?” (Mt 7.22). A resposta do Senhor para estes é apenas uma: [...] “Nunca vós conheci [...]” (Mt 7.23).


2. O amor a si mesmo.
Amar a si mesmo pode parecer narcisismo, mas não é. Pois se você não se amar e aceitar-se, como poderá amar a Deus? Amar a si mesmo é acima de tudo um mandamento divino: “[...] Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 24.9). Certamente não gostamos das nossas falhas e imperfeições. Não somos perfeitos, mas precisamos colocar diante do Senhor tudo o que somos para que Ele venha nos transformar.


3. O amor ao próximo.
Para amar o próximo com o amor ágape é preciso amar a Deus primeiramente. O apóstolo João diz que Deus é amor, quem não ama, jamais o conheceu (1Jo 4.7,8, 12,20). Certa vez, um fariseu perguntou a Jesus qual era o grande mandamento da Lei. Então, o Mestre ensinou que amar ao Senhor de todo o coração e ao próximo é um resumo de todos os mandamentos (Mt 22.37-40). É importante ressaltar que amor não é somente sentimento, mas ação. Não basta amar somente de palavras.
O amor como fruto do Espírito faz com que eu queira para o outro aquilo que desejo para mim. Faz com que eu tenha prazer em doar meu tempo, meus dons e talentos para o bem do meu próximo.

 
SÍNTESE DO TÓPICO (II): Quem ama a Deus ama o próximo.

 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO

O amor fraternal (philia)
Como visto em 2 Pedro 1.7, há um segundo tipo de amor, o qual é chamado amor fraternal ou bondade fraterna. Este amor é amizade, um amor humano que é limitado. Amamos se somos amados. Lucas 6.23 diz: ‘Se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam’. A bondade ou amizade fraterna é essencial nas relações humanas, mas é inferior ao amor ágape, porque depende de uma relação recíproca; quer dizer, somos amigáveis e amorosos com aqueles que são amigáveis e amorosos conosco (GILBERTO, Antônio. O Fruto do Espírito: A Plenitude de Cristo na vida do crente. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.36).
Todos os que se dedicam a Jesus Cristo pela fé, também devem dedicar mútuo amor uns aos outros, como irmãos em Cristo (1 Ts 4.9,10), com afeição sincera, bondosa e terna. Devemos preocupar-nos com o bem-estar, as necessidades e a condição espiritual dos nossos irmãos, sendo solidários e assistindo-os nas suas tristezas e problemas. Devemos referir-nos em honra uns aos outros, devemos estar dispostos a respeitar e honrar as boas qualidades dos outros crentes” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.1723).

 
CONHEÇA MAIS

Lei e amor
Toda a lei cumpre-se numa só palavra, nesta: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo’ (5.14). Este tema é desenvolvido em Romanos 13.8-10. O que Paulo quer dizer em cada passagem é que tanto o amor quanto à lei estão relacionados com a justiça. Elas não estão em conflito a este respeito”. Para conhecer mais, leia Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, CPAD, p.412.

 
III. SOB A TUTELA DO AMOR, REJEITEMOS AS OBRAS DAS TREVAS

1. Debaixo da tutela do amor.
O que é uma tutela? A tutela é um “encargo jurídico de velar por, representar na vida civil e administrar os bens de menor, interdito ou pessoa desaparecida”. Logo, ter um tutor significa ter alguém para amparar, defender e proteger. Fora da tutela do amor ágape, amor divino, o crente pode voltar à prática das velhas obras infrutuosas da carne. Sem o amor de Deus, em nós, somos capazes de amar mais as trevas que a luz (Jo 3.19).


2. Amor, antídoto contra o pecado.
Quem ama não trai o seu cônjuge, não mata, não rouba, não cobiça, não dá falso testemunho, ou seja, não faz nada que possa desagradar ao Pai Celeste. Se quisermos evitar as obras da carne, precisamos nos encher do Espírito Santo e do seu amor (Ef 5.18). O amor nos faz agir de modo cortez e paciente, demonstrando ao mundo que somos discípulos de Cristo (Jo 13.35).


3. O amor leva à obediência.
O amor, fruto do Espírito, não é um mero sentimento. Amar envolve ação, atitude (1Jo 3.18). O que torna uma igreja forte não são seus recursos financeiros, seus líderes ou o número de membros, mas o amor revelado em atitudes e palavras. Quem ama tem prazer em ouvir e obedecer a Palavra de Deus: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra. [...] Quem não me ama não guarda as minhas palavras” (Jo 14.23,24). Quem ama obedece e vive de modo a agradar o Pai.

 
SÍNTESE DO TÓPICO (III): Sob a tutela do amor, temos condição para rejeitar as obras das trevas.

 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO

Romanos 13.10
Pratica-se o amor não somente por mandamentos positivos (Rm 12.9-21; 1Co 13.4,6, 7), mas também por negativos. Todos os mandamentos mencionados aqui são negativos na sua forma (v.9; cf. 1Co 13.4-6).

(1) O amor é positivo, e ao mesmo tempo é negativo, pelo fato da propensão humana para o mal, o egoísmo e a crueldade. Oito dos dez mandamentos da Lei são negativos, porque o mal surge naturalmente e o bem, não. A primeira evidência do amor cristão é apartarmos do pecado e de tudo aquilo que causa dano e tristeza ao próximo.

(2) A ideia de que a ética cristã deve ser novamente positiva é uma falácia baseada nas ideias da presente sociedade, que procura esquivar-se das proibições que refreiam os desejos descontrolados da carne (Gl 5.19-21) (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.1723).

 
CONCLUSÃO
Como nova criatura, você precisa amar e evidenciar esse amor mediante suas atitudes e palavras. Que venhamos rogar ao Pai um coração amoroso, capaz de amar até mesmo aqueles que se declaram nossos inimigos (Mt 5.44).

 
PARA REFLETIR

A respeito de quem ama cumpre plenamente a lei divina, responda:


1° Qual é o primeiro fruto que encontramos na relação de Gálatas 5.22?
Resp: O amor.

 

2° Cite três vocábulos da língua grega para denominar o amor.
Resp: Ágape, amor divino; philéo, amor entre amigos e Eros, amor entre cônjuges.

 

3° O que significa o amor ágape?
Resp: Tal vocábulo significa “amor abnegado e profundo”.

 

4° O que o amor de Deus em nós proporciona?
Resp: Ele faz com que venhamos obedecer a Deus.

 

5° Nossa obediência a Deus e a sua Palavra é resultado de quê?
Resp: É resultado do amor altruísta do Pai em nós.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 


Quem ama cumpre plenamente a Lei Divina

O Deus amoroso deu o seu Filho Unigênito em favor do ser humano. Ninguém mais que o Deus Altíssimo sabe as implicações desse amor, pois Ele, em essência, é o verdadeiro Amor. Doeu em Deus Pai dar o seu Filho por amor. Mas Ele não se arrependeu de insistir em nós, pois nos amou desde a fundação do mundo. Logo, relacionamentos baseados neste amor sacrificial abrem a porta para o mistério do verdadeiro sentido da vida: amar como Deus nos amou. Logo, baseado em 1 Coríntios 13, descobrimos que:

• Sem o amor real, não adianta evocar frases de efeito, grandiloquentes e arrebatadoras, pois seriam como o barulho gélido de um sino.
• Sem o amor, não adiantaria sacrificar a mente e o corpo na profissão, galgando riquezas materiais, quando as riquezas do coração, as do compromisso, as da parceria e as da presença pessoal são ignoradas.
• Sem amor, restam impaciência, maldade, ciúmes, orgulho e vaidade; quem ama é paciente, bondoso, não ciumento e humilde.
• Sem amor, sobram grosserias, egoísmo e mágoas; quem ama não é grosseiro nem egoísta, não magoa nem se deixa dominar pela mágoa.
• Sem amor, sobra “alegria” com a falha do outro; mas quem ama se alegra quando o outro acerta.
• Quem ama não desiste nunca! Suporta tudo com fé, esperança e paciência.
 
Por exemplo, no casamento procuramos levar um ao outro a uma vida mais plena por intermédio desse amor que Deus nos concedeu. Claro que é muito difícil se afastar do orgulho, da vaidade, da impaciência. Entretanto, se tomarmos uma decisão solene, na presença de Deus, não importando qual seja a dificuldade, estaremos compromissados com o caminho do amor generoso.
Quando um dia aceitamos iniciar a vida do casamento, alinhando-nos com o ensino da Palavra de Deus sobre o amor que se sacrifica — “amai como cristo amou a Igreja e se entregou por ela” —, decidimos nos encontrar com o verdadeiro sentido da vida para a glória de Deus.
Por isso, o amor nos transforma à medida que vivemos no compromisso de enxergar em cada ser humano a obra-prima de Deus. Entretanto, o convite para viver esse amor nunca deve ser pela coerção, pois para mudar o nosso próximo, em primeiro lugar, precisamos refrear as nossas ambições. Antes de pensarmos em mudar o outro, olhemos para nós mesmos e vejamos o que há de errado conosco.