quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Batismo nas Águas - 26-01-2014

 


Festa aconteceu no Templo-Sede da AD no Belenzinho (SP)

No último domingo deste mês de janeiro, dia 26, como já previa a agenda, a Assembleia de Deus em São Paulo, Ministério do Belém, sob a liderança do pastor presidente, José Wellington Bezerra da Costa realizou seu primeiro batismo em águas do ano de 2014. Com um grande culto festivo, mais 1.416 novos crentes foram acrescentados ao rol de membros deste que é o maior ministério das Assembleias de Deus no Brasil.

A mensagem do culto festivo que reuniu cerca de 3 mil pessoas foi ministrada pelo próprio pastor José Wellington, ao final, muitas pessoas que acompanhavam os candidatos aceitaram a Jesus como único e suficiente Salvador.

Segundo pastor José Wellington "A maior tarefa da Igreja é a evangelização, se a Igreja parar de evangelizar para nada ela serve" e devido a este incentivo sempre pregado por ele, a cada dois meses, cerca de 1,4 mil são batizados no Belenzinho.

 
Por Tiago Bertulino
Fotos Gabriel Santos

 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Lição 4 CPAD - 1° Trimestre 2014


Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos
 
Título: Uma Jornada de Fé – A Formação do povo de Israel e sua herança espiritual.
 
LIÇÃO 04 – A CELEBRAÇÃO DA PRIMEIRA PÁSCOA 

 

TEXTO ÁUREO: “[...] Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós(1Co 5.7b).

VERDADE PRÁTICA: Cristo é o nosso Cordeiro Pascal. Por meio do seu sacrifício expiatório fomos libertos da escravidão do pecado e da ira de Deus.

INTERAÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos uma das festas mais significativas para Israel e a Igreja — a Páscoa. Deus queria que seu povo nunca se esquecesse desta comemoração especial. Por isso, esta data foi santificada. No decorrer da lição, procure enfatizar que a Páscoa era uma oportunidade para os israelitas descansarem, festejarem e adorarem a Deus por tão grande livramento, que foi a sua libertação e saída do Egito. Hoje, o nosso Cordeiro Pascal é Cristo. Ele morreu para trazer redenção aos judeus e gentios. Cristo nos livrou da escravidão do pecado e sua condenação eterna. Exaltemos ao Senhor diariamente por tão grande salvação.

OBJETIVOS: Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

1. Analisar o significado da Páscoa para os israelitas, egípcios e para os cristãos.

2. Saber quais eram os elementos principais da Páscoa.

3. Conscientizar-se de que Cristo é a nossa Páscoa.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, para iniciar a lição faça a seguinte pergunta: “O que significa a palavra Páscoa?”. Ouça os alunos com atenção e explique que o termo significa “passar por”. Diga que este vocábulo tornou-se o nome de uma das mais importantes celebrações do povo hebreu. Diga que a festa da Páscoa acontece no mês de abibe (março/abril).

Utilizando o quadro abaixo, explique aos alunos o significado desta celebração para os egípcios, judeus e cristãos. Conclua, enfatizando que a Páscoa nos fala do sacrifício de Cristo, o nosso Cordeiro Pascal.

 
Palavra Chave: Páscoa: Uma das mais importantes festas do povo hebreu em que comemoravam a saída do Egito.

 
INTRODUÇÃO
A Páscoa foi instituída pelo Senhor para que os israelitas celebrassem a noite em que Deus poupou da morte todos os primogênitos hebreus. É uma festa repleta de significados tanto para os judeus quanto para os cristãos. Os judeus deveriam comemorar a Páscoa no mês de Abib (corresponde à parte de março e parte de abril em nosso calendário), cujo significado são as “espigas verdes”. Hoje estudaremos a respeito desta festa sagrada e o seu significado para nós, cristãos.

 
I. A PÁSCOA

1. Para os egípcios.
Para os egípcios a Páscoa significou o juízo divino final sobre o Egito, Faraó e todos os deuses cultuados ali. O Senhor havia enviado várias pragas e concedido tempo suficiente para que Faraó se rendesse, deixando o povo partir. Deus é misericordioso, longânimo e deseja que todos se salvem (2Pe 3.9b). Porém, Ele é também um juiz justo que se ira contra o pecado: “Deus é um juiz justo, um Deus que se ira todos os dias” (Sl 7.11). O pecado, a idolatria e as injustiças sociais suscitam a ira do Pai. O povo hebreu estava sendo massacrado pelos egípcios e o Senhor queria libertá-lo. Restava uma última praga. Então o Senhor falou a Moisés: “À meia-noite eu sairei pelo meio do Egito; e todo primogênito na terra do Egito morrerá” (Êx 11.4,5). Foi uma noite pavorosa para os egípcios e inesquecível para os israelitas.

 
2. Para Israel.
Era a saída, a passagem para a liberdade, para uma vida vitoriosa e abundante. Foi para isto que Cristo veio ao mundo, morreu e ressuscitou ao terceiro dia, para nos libertar do jugo do pecado e nos dar uma vida cristã abundante (Jo 10.10). Enquanto havia choro nas casas egípcias, nas casas dos judeus havia alegria e esperança. O Egito, a escravidão e Faraó ficariam para trás. Os israelitas teriam sua própria terra e não seriam escravos de ninguém.

 
3. Para nós.
Como pecadores também estávamos destinados a experimentar a ira de Deus, mas Cristo, o nosso Cordeiro Pascal, morreu em nosso lugar e com o seu sangue nos redimiu dos nossos pecados (1Co 5.7). Para nós, cristãos, a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo. No Egito um cordeiro foi imolado para cada família. Na cruz morreu o Filho de Deus pelo mundo inteiro (Jo 3.16).

 
SINOPSE DO TÓPICO (I): Para nós cristãos a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo.

 
II. OS ELEMENTOS DA PÁSCOA

1. O pão.
Deveria ser assado sem fermento, pois não havia tempo para que o pão pudesse crescer (Êx 12.8,11,34-36). A saída do Egito deveria ser rápida. A falta de fermento também representa a purificação, a libertação do fermento do mundo. Em o Novo Testamento vemos que Jesus utilizou o fermento para ilustrar o falso ensino dos fariseus (Mt 16.6, 11,12; Lc 12.1; Mc 8.15). O pão também simboliza vida. Jesus se identificou aos seus discípulos como “o pão da vida” (Jo 6.35). Toda vez que o pão é partido na celebração da Ceia do Senhor, traz à nossa memória o sacrifício vicário de Cristo, através do qual Ele entregou a sua vida em resgate da humanidade caída e escravizada pelo Diabo.

 
2. As ervas amargas (Êx 12.8).
Simbolizavam toda a amargura e aflição enfrentadas no cativeiro. Foram 430 anos de opressão, dor, angústia, quando os hebreus eram cativos do Egito.

 
3. O cordeiro (Êx 12.3-7). Um cordeiro sem defeito deveria ser morto e o sangue derramado nos umbrais das portas das casas. O sangue era uma proteção e um símbolo da obediência. A desobediência seria paga com a morte. O cordeiro da Páscoa judaica era uma representação do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). O sangue de Cristo foi vertido na cruz para redimir todos os filhos de Adão (1Pe 1.18,19). Aquele sangue que foi derramado no Egito, e aspergido nos umbrais das portas, aponta para o sangue de Cristo que foi oferecido por Ele como sacrifício expiatório para nos redimir dos nossos pecados.


SINOPSE DO TÓPICO (II): Os três elementos da Páscoa eram: o pão, as ervas amargas e o cordeiro sem mácula.


III. CRISTO, NOSSA PÁSCOA

1. Jesus, o Pão da Vida (Jo 6.35,48,51).
Comemos pão para saciar a nossa fome, porém, a fome da salvação da nossa alma somente pode ser saciada por Jesus. Certa vez, Ele afirmou: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome” (Jo 6.35). Apenas Ele pode saciar a necessidade espiritual da humanidade. Nada pode substituí-lo. Necessitamos deste pão divino diariamente. Sem Ele não é possível a nossa reconciliação com Deus (2Co 5.19).

 
2. O sangue de Cristo (1Co 5.7; Rm 5.8,9).
No Egito, o sangue do cordeiro morto só protegeu os hebreus, mas o sangue de Jesus derramado na cruz proveu a salvação não apenas dos judeus, mas também dos gentios. O cordeiro pascal substituía o primogênito. O sacrifício de Cristo substituiu a humanidade desviada de Deus (Rm 3.12,23). Fomos redimidos por seu sangue e salvos da morte eterna pela graça de Deus em seu Cordeiro Pascal, Jesus Cristo.

 
3. A Santa Ceia.
A Ceia do Senhor não é um mero símbolo; é um memorial da morte redentora de Cristo por nós e um alerta quanto à sua vinda: “Em memória de mim” (1Co 11.24,25). É um memorial da morte do Cordeiro de Deus em nosso lugar. O crente deve se assentar à mesa do Senhor com reverência, discernimento, temor de Deus e humildade, pois está diante do sublime memorial da paixão e morte do Senhor Jesus Cristo em nosso favor. Caso contrário, se tornará réu diante de Deus (1Co 11.27-32).


SINOPSE DO TÓPICO (III): A Ceia do Senhor é um memorial da morte redentora de Cristo por nós e um alerta quanto à sua vinda.

 
CONCLUSÃO
Deus queria que o seu povo Israel nunca se esquecesse da Páscoa, por isso a data foi santificada. A Páscoa era uma oportunidade para os israelitas descansarem, festejarem e adorarem a Deus por tão grande livramento, que foi a sua libertação e saída do Egito. Hoje o nosso Cordeiro Pascal é Cristo. Ele morreu para trazer redenção aos judeus e gentios. Cristo nos livrou da escravidão do pecado e sua condenação eterna. Exaltemos ao Senhor diariamente por tão grande salvação.

 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

COHEN, A. C. Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.
RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1 ed., RJ: CPAD, 2005.

 
EXERCÍCIOS

1. O que significou a Páscoa para os egípcios?
R. Para os egípcios a Páscoa significou o juízo divino final sobre o Egito, Faraó e todos os falsos deuses cultuados ali.

 
2. Qual o significado da Páscoa para Israel?
R. Era a saída, a passagem para a liberdade, para uma vida vitoriosa e abundante.

 
3. Qual o significado da Páscoa para os cristãos?
R. Para nós cristãos a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo.

 
4. Quais os elementos da primeira Páscoa?
R. Pães asmos, ervas amargas e cordeiro.

 
5. Por que Cristo é a nossa Páscoa?
R. Porque Ele morreu em nosso lugar para nos redimir de nossos pecados. Cristo nos livrou da escravidão do pecado e sua condenação eterna.

 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Bibliológico
“O propósito de Deus em instituir a Páscoa era estabelecer o marco inicial para a libertação de Israel do cativeiro egípcio e proclamar a redenção alcançada pelo sangue do Cordeiro, já revelada no sacrifício de Isaque (Gn 22.1-19), conforme mais tarde escreveram os apóstolos Paulo e Pedro: ‘e demonstrar a todos qual seja a dispensação do ministério, que, desde os séculos esteve oculto em Deus’ (Ef 3.9); ‘[...] o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, antes da fundação do mundo’ (1Pe 1.20).
Cristo é a nossa Páscoa (1Co 5.17). Ele é o Cordeiro de Deus (Jo 1.29). O cordeiro deveria ser separado para o sacrifício até ao décimo quarto dia do primeiro mês do ano (Êx 12.3-6) e tinha de ser sem defeito (Êx 12.5). Cristo cumpriu essa exigência (1Pe 1.18,19). Ele entrou em Jerusalém no dia da separação do cordeiro e morreu no mesmo dia do sacrifício. O cordeiro precisava ser imolado pela congregação, assim como Cristo foi sacrificado pelos líderes civis e religiosos de Israel e de Roma e pela vontade do povo. Nenhum osso do cordeiro poderia ser quebrado (Êx 12.46), também nenhum osso de Cristo foi partido (Jo 19.33-36)” (COHEN, A. C. Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998, p.42).

 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Bibliológico
“Êxodo 12 não diz respeito somente ao momento da Páscoa, ao porquê da Páscoa e a como ela deve ser observada, mas também quem deve participar (Êx 12.43-49). A Páscoa não era algo indiscriminadamente aberto para todos. Quem podia participar? A congregação de Israel (v.47); os escravos (v.44), quando circuncidados, por terem os mesmos privilégios dos hebreus; os estrangeiros (v.48), gentios que tivessem abraçado a fé em Jeová. Quem não podia participar? O forasteiro (v.43), pagão e incrédulo; o viajante (v.45) que, hóspede ou de passagem, ficava algum tempo no território de Israel; o servo assalariado (v.45), que pertencia a uma outra nação mas trabalhava em Israel. Essas distinções eram necessárias por causa da ‘mistura de gente’ (12.38) que deixou o Egito. Foi por isso que as instruções acerca da elegibilidade para participar da Páscoa (12.43-49) foram passadas logo após essa ‘mistura de gente’ deixar o Egito (12.37-39)” (HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco. 2 ed., RJ: CPAD, 2007, pp.191-92).

 
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

A celebração da primeira Páscoa
Deus desejava que o os israelitas se recordassem do dia triunfal em que no Egito seus filhos primogênitos foram libertos da morte (Êx 12.1-30). O Senhor também almejava que as novas gerações conhecessem a sua história e os Seus feitos a fim de que temessem o Seu nome. Então, o Senhor ordenou que o povo comemorasse a Páscoa. A Páscoa era um memorial ao Todo-Poderoso, por isso deveria ser celebrada todos os anos.
Cada família teria que ter o seu cordeiro sem mácula. Se a família fosse pequena poderia se unir a outra, pois neste dia nada poderia faltar ou sobrar. A medida de Deus é sempre justa, certa. O Senhor não desperdiça nada.
Um animal inocente deveria ser morto e seu sangue aspergido sobre as ombreiras e nas vergas das portas: “E tomarão do sangue e pô-lo-ão em ambas as ombreiras e na verga da porta [...]” (Êx 12.7). O cordeiro sem mácula e inocente apontava para Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29).
Para os egípcios, a Páscoa significava o juízo divino, para os israelitas, a passagem para uma vida de liberdade, longe da escravidão, e para nós os cristãos, ela significa a remissão dos nossos pecados. Hoje podemos afirmar que Cristo é a nossa Páscoa (1Co 5.7b). Assim como Israel não poderia se esquecer de tal celebração, nós também jamais poderemos nos esquecer do sacrifício remidor do nosso Redentor, Jesus Cristo. Jamais se esqueça que Cristo morreu em seu lugar. Este é um dos princípios da Ceia do Senhor. Jesus declarou: “Em memória de mim” (1Co 11.24,25). Todas as vezes que participarmos da Ceia temos que recordar da nossa passagem, da escravidão do pecado, para uma nova vida em Cristo (1Co 5.17). Israel foi salvo da ira divina e liberto do pecado. Nós também estávamos destinados a experimentarmos da ira divina, mas Cristo, o Cordeiro Pascal, nos substituiu na cruz do calvário. Em Cristo fomos redimidos dos nossos pecados. O sangue de um cordeiro foi aspergido nos umbrais das portas das casas, pois sabemos que “sem derramamento de sangue não há remissão de pecado” (Hb 9.2).

O pão. Apontava para Jesus o Pão da Vida: “eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome” (Jo 6.35).

As ervas amargas. Apontavam para toda a amargura e aflição vividos no cativeiro egípcio.

Um cordeiro sem mácula. A pontava para Jesus, “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).

Cristo é o nosso Cordeiro Pascal. Ele morreu para trazer a redenção a toda humanidade. Ele é o nosso Redentor.

 

 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Lição 3 CPAD - 1° Trimestre 2014

Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos
 
 
Título: Uma Jornada de Fé – A Formação do povo de Israel e sua herança espiritual.
 
 
LIÇÃO 03 – AS PRAGAS DIVINAS E AS PROPOSTAS ARDILOSAS DE FARAÓ 
 
 
Leitura Bíblica (Êx 3.19,20; 7.4,5; 8.8,25; 10.8,11,24)



INTRODUÇÃO

Na lição do próximo domingo dia 19 de janeiro, estudaremos o ambiente e as circunstâncias em que ocorreram as pragas e propostas de Faraó ao povo de Deus, também examinaremos duas situações que ocorreram por ocasião da presença dos israelitas no Egito: “AS PRAGAS ENVIADAS POR DEUS” e as “PROPOSTAS DE FARAÓ” no sentido de manter os israelitas no cativeiro Egípcio.
O Senhor desejava mostrar através destas pragas que os deuses egípcios não eram nada, analisaremos que cada praga enviada ao Egito estava relacionada com uma divindade adorada por eles, e que quando Faraó viu que não poderia deter os hebreus por muito tempo, tentou iludi-los com falsas e ardilosas promessas.

 

I – AS PROPOSTAS ARDILOSAS DE FARAÓ

Durante muito tempo pensava-se que esse Faraó fosse Ramsés II, mas hoje, as evidências arqueológicas confirmam Amósis I (1580 a.C.), que fundou a décima oitava dinastia do Egito e expulsou os hicsos (povo semita que governou o Egito nos dias de José, segundo alguns historiadores) do Egito. Isso levaria o êxodo para 1440-1400 a.C., que se harmoniza com os 480 anos de I Reis 6.1 (SOARES, 2003, p. 118). Faraó era considerado um deus, por isso foi necessário que Moisés se apresentasse diante dele com sinais e maravilhas. Porém, endureceu o seu coração e não deixou o povo partir (Êx 7.13,14,22; 8.15,19,32; 9.7,34,35; 4.21; 7.3; 9.12; 10.1,27; 11.10; 14.4,8,17). Com receio das pragas que já estavam atingindo duramente o Egito, Faraó decide fazer algumas propostas ardilosas para Moisés e Arão. Vejamos estas quatro propostas deste líder ardiloso:

 
1ª PROPOSTA:Ide, sacrificai ao vosso Deus nesta terra” (Êx 8.25).
Esta atitude representava a falta de santidade, de separação das coisas deste mundo. Deus exige santidade do seu povo: “E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor sou santo, e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv 20.26). Esta proposta exigia que Israel cultuasse a Deus NO EGITO, em meio aos falsos deuses. O ecumenismo também parte deste princípio. A proposta de Faraó era para Israel servir a Deus sem qualquer separação do mundo. Um povo separado por Deus e para Deus, e ao mesmo tempo misturado com os ímpios egípcios, como sendo um só povo, seria uma abominação ao Senhor. Esta é uma das causas de haver tantos crentes frios espiritualmente. O povo de Deus enfrenta “concessões egípcias” semelhantes hoje em dia, quando buscamos servir ao Senhor. O inimigo nos diz que não precisamos ser separados do pecado, pois podemos servir a Deus “nesta terra”.

 
2ª PROPOSTA: “Somente que indo, não vades longe” (Êx 8.28).
Isto representava uma separação, parcial do Egito. Atualmente muitos já aceitaram esta proposta e querem viver um cristianismo sem compromisso com Deus e sem a cruz. A segunda proposta de Faraó resultaria em o povo de Deus sair do Egito, mas o Egito não sair deles (Tg 4.4,5; 1 Jo 2.15). Assim fez a mulher de Ló, que saiu de Sodoma, mas não tirou Sodoma do seu coração e da sua mente, e perdeu-se (Gn 19.17,26; Lc 17.32). “Não vades longe” significa para o crente hoje o rompimento PARCIAL COM O PECADO E COMO MUNDO. É a vida cristã sem profundidade, sem expressão e por isso sempre vulnerável. Equivale ao crente viver sem compromisso com Deus, com a doutrina do Senhor, com a igreja, com a santidade. É a vida cristã superficial, sem consagração a Deus e ao seu serviço.

 
3ª PROPOSTA: “Deixai ir os homens” (Êx 10.7).
Isto fala de divisão familiar. Deus criou a família e deseja que ela viva unida, pois nenhum reino (ou instituição) dividido pode estar de pé (Mc 3.24), porém o Inimigo trabalha sempre para separá-la. Essa proposta atingia os chefes de família e demais adultos. Os demais membros da família ficariam no Egito (Êx 6.14,15,17,19). A família é universalmente a unidade básica da sociedade humana. A saída parcial do povo, como queria Faraó, resultaria no fracionamento e fragilização das famílias, dividindo-as. O propósito de Deus é sempre abençoar toda a família, no sentido de que ela seja salva, unida, coesa, forte, feliz e saudável. O Diabo quer a separação e a ruína do casamento (Êx 1.16).

 
4ª PROPOSTA: “Ide, servi ao Senhor; somente fiquem ovelhas e vossas vacas“ (Êx 10.24).
Esta atitude representava a falta de sacrifícios, de entrega ao Senhor e de adoração. Evangelho sem a cruz de Cristo não é evangelho autêntico. A quarta e última proposta. A ovelha e a vaca eram animais cerimonialmente “limpos” para oferendas de sacrifícios a Deus na época da Lei (1 Pe 2.25; Hb 13.15,16). Sem as ovelhas e vacas não haveria sacrifícios. Não haveria entrega ao Senhor.

 

II – AS DEZ PRAGAS DO EGITO E O FRACASSO DOS SEUS DEUSES

As dez pragas enviadas por Deus contra o Egito visavam ridicularizar os deuses do egípcios, e o propósito era dar provas do poder do Deus de Israel sobre esses falsos deuses. Repetidas vezes se declara que, por meio desses milagres, tanto Israel quanto os egípcios viriam a “…saber que o Senhor é Deus” (Êx. 6.7; 7.5,17; 8.22; 10.2; 14.4,18). As pragas foram à resposta de Deus à pergunta de Faraó: “Quem é o Senhor, cuja voz ouvirei?” (Êx 7.17).
Cada praga foi, por outro lado, um desafio aos deuses egípcios e uma censura à idolatria. Os egípcios prestavam culto às forças da natureza tais como o rio Nilo, o Sol, a Lua, a Terra, o Touro e muitos outros animais.
Vejamos abaixo uma rápida exposição das dez pragas e seus falsos deuses:

 

III - AS DEZ PRAGAS E OS DEUSES EGÍPIOS

1.ª praga – águas transformada em sangue (Êx 7.14-25).
Foi um golpe contra o deus Hapi, segundo a crença o deus protetor das inundações do Rio Nilo. O Rio Nilo era considerado um deus e o deus Hapi intervia junto o deus Nilo nas inundações. Deus resolveu zombar dessas divindades que não tiveram forças para impedir que suas águas apodrecessem e cheirassem mal.

 
2.ª praga – a invasão de rãs (Êx 8.1-15).
Heket, deusa com cabeça de sapo. Os egípcios relacionavam as rãs com a deusa da fertilidade Heket. Todos que queriam a fertilidade invocavam tal divindade. O Deus verdadeiro zombou também dessa divindade, pois ela não conseguiu impedir que o Egito fosse invadido por rãs.

 
3.ª praga – a invasão de piolhos (Êx 8.16-19).
Seti, deus do deserto. O pó da terra, considerado sagrado no Egito, converteu-se em piolhos importunadores. Os sacerdotes egípcios, não podiam entrar no templo se tivesse piolho, pois era uma abominação ao ministrarem nos lugares sagrados. Raspavam a cabeça e, antes de entrar para o lugar sagrado, examinavam minuciosamente, porque não podiam ter no seu corpo ou suas vestes qualquer inseto imundo. Devido a essa praga os sacerdotes egípcios ficaram impossibilitados de cumprirem seus rituais.

 
4.ª praga – a invasão de moscas (Êx 8.20-32).
Rá representado por uma mosca. Os egípcios tinham em deus chamado Belzebu, que na crença deles era poderoso para afugentar moscas. Enxames de moscas cobriram a terra do Egito. Perturbaram Faraó e seu povo. Sacerdotes e magos clamaram a Belzebu e nada aconteceu. Mais um deus foi desmoralizado.

 
5.ª praga – peste nos animais (Êx 9.1-7).
Foi um golpe contra Hátor ou Amom, o deus adorado em todo Egito. Tinha a forma de um carneiro, animal sagrado. No baixo Egito, Amom era adorado em forma de um touro, ou bode, deus protetor dos rebanhos do Egito. Como se pode notar, tal divindade foi incapaz de proteger o rebanho egípcio.

 
6.ª praga – úlceras (Êx 9.8-12).
Um duro golpe contra o deus Tifon ou Sekmet. Na crença deles essa divindade protegia os egípcios contra qualquer ferida que fosse causada por qualquer coisa. Os sacerdotes invocavam a Tifon e as cinzas do altar dele eram jogadas em todos os doentes. Agora, os próprios sacerdotes foram os primeiros a serem infectados.

 
7.ª praga – saraiva (Êx 9.13-35).
Um golpe contra a deusa Serafis, protetora da lavoura do Egito. A tempestade de trovões, raios e saraiva devastou a vegetação, destruiu as colheitas de cevada e de linho e matou os animais do Egito. Este tipo de tempestade era quase desconhecido do Egito. O termo trovão em hebraico significa literalmente “Vozes de Deus” e aqui insinua que Deus falava em juízo contra aquela nação pagã e contra seu panteão de deuses.

 
8.ª praga – invasão de gafanhotos (Êx 10.1-20).
Os egípcios além de Serafis, tinham também a Osíris que protegiam toda a vegetação de suas terras. A praga de gafanhotos trazida por um vento oriental consumiu a vegetação que havia sobrado da tempestade de saraiva. Osíris e Serafis deusas das colheitas foram impotentes para proteger o Egito dos gafanhotos.

 
9.ª praga – trevas (Êx 10.21-29).
As trevas encobriram o Egito inteiro, excetuando a terra de Gósen, onde Israel habitava. As trevas foram totais e absolutas. Um homem não conseguia ver o outro mesmo que estivesse a um palmo apenas na sua frente. Fora um grande golpe a todos os deuses do Egito, especialmente contra o deus Rá considerado o deus do sol. Os luminares celestes, objetos de culto, eram incapazes de penetrar à densa escuridão. Foi um golpe direto contra o próprio Faraó, suposto filho de Rá, Faraó era chamado de “O FILHO DE SOL”.

 
10.ª praga – a morte dos primogênitos (Êx 11.1-12.36).
O Egito estava completamente arruinado (Êx 10.7). Agora, passado alguns meses desde a primeira praga, vem o cumprimento da Lei da Semeadura. Os egípcios tinham matado as crianças dos judeus, agora eles mesmos colhiam o fruto da sua semeadura. A morte sobreveio à meia-noite.

 
CONCLUSÃO

A atitude do cristão hoje ante as traiçoeiras propostas do Maligno deve ser a mesma dos representantes de Israel, Moisés e Arão: “Nem uma unha ficará no Egito” (Êx 10.26). Satanás figurado m Faraó não mudou em relação à sua luta contra o povo de Deus. Ele continua a tentar o crente de muitas maneiras para fazê-lo cair, inclusive com más insinuações, sugestões, conclusões etc.

Fonte: Rede Brasil
http://www.rbc1.com.br


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Lição 2 CPAD - 1° Trimestre 2014

 
Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos

Título: Uma Jornada de Fé – A Formação do povo de Israel e sua herança espiritual.
 
 

TEXTO ÁUREO: "E disse Deus a Moisés, EU SOU o QUE SOU. Disse mais; Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Ex 3.14).

VERDADE PRÁTICA: Assim como Moisés, usado por Deus, libertou Israel do cativeiro, Cristo nos liberta da escravidão do pecado e do mundo.

INTERAÇÃO
Deus tinha um plano traçado para o seu povo através de Moisés. Este o conduziria até Canaã. Moisés foi dia a dia preparado e lapidado pelo Senhor para cumprir os propósitos divinos. A formação de um líder requer tempo, mas infelizmente muitos na atualidade não querem respeitar o momento de Deus. Vivemos em uma sociedade imediatista onde as pessoas não admitem mais esperar.
O enfoque da lição de hoje é o preparo de Moisés para se tornar o libertador do povo de Deus. Quando assumiu a missão de conduzir os israelitas pelo deserto, Moisés já havia sido preparado pelas universidades egípcias e pelo próprio Todo-Poderoso. O Deus que levantou Moisés não mudou, Ele continua a levantar e preparar pessoas para serem usadas na sua obra. Você está disposto a servir mais a Deus? O Senhor deseja usá-lo em sua obra para que muitos sejam libertos da escravidão do pecado e da ignorância espiritual.

OBJETIVOS: Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
1. Compreender como se deu a chamada e o preparo de Moisés.
2. Saber quais foram as desculpas apresentadas por Moisés ao Senhor.
3. Analisar como foi a apresentação de Moisés a Faraó.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o mapa abaixo. Utilize-o para mostrar aos alunos o caminho que Moisés teve que percorrer de volta ao Egito. Ele andou aproximadamente 320 quilômetros. Enfatize que Deus chamou Moisés para uma importante Missão — libertar os israelitas do jugo da escravidão. Em obediência ao Senhor, Moisés voltou ao Egito. Muitas vezes Deus requer que voltemos de onde saímos. Porém, ao retornar, Moisés era um novo homem. Agora não agiria mais segundo as suas forças, mas em obediência restrita a Deus.

O CAMINHO DE VOLTA AO EGITO

 
Palavra Chave: Libertador: O que liberta; que concede a liberdade.

 
INTRODUÇÃO
Um líder cristão não é feito da noite para o dia. É preciso que sua liderança seja amadurecida pelo tempo. Na lição de hoje, veremos que Moisés foi preparado lentamente pelo Senhor ao longo dos anos até que se tornasse o libertador do seu povo. Moisés era um homem manso e ao que parece não era muito eloquente, porém Deus viu que ele seria obediente e capaz de libertar o seu povo da escravidão egípcia.

 
I. MOISÉS — SUA CHAMADA E SEU PREPARO (Êx 3.1-17)

1. Deus chama o seu escolhido.
Quando o Senhor escolheu e chamou Moisés para libertar seu povo, ele estava pastoreando ovelhas — um excelente aprendizado para quem mais tarde iria ser o pastor do povo de Deus, Israel (Sl 77.20). É Deus que chama e separa aqueles que vão dirigir seu rebanho, e Ele continua vocacionando e capacitando para o santo ministério. O Senhor chama, mas cabe ao homem cuidar do seu preparo para ser útil a Deus.
O que muito nos edifica no versículo seis é Deus identificar-se não somente como “o Deus de Abraão e o Deus de Isaque”, mas igualmente como “o Deus de Jacó”. Ele é, portanto, o Deus de toda graça, compaixão e paciência, uma vez que Jacó teve sérios incidentes negativos na sua vida em geral (1Pe 5.10; Jo 1.14,16).

 
2. O preparo de Moisés (Êx 3.10-15).
Moisés foi chamado e recebeu treinamento da parte de Deus para que cumprisse sua missão com êxito. Deus ainda chama e prepara seus servos. Talvez Ele o esteja chamando para a realização de uma obra. Qual será sua resposta?
Moisés experimentou o silêncio e a solidão do deserto em Midiã (Êx 3.1). Em sua primeira etapa de 40 anos de vida viveu no palácio real e frequentou as mais renomadas universidades. O conhecimento adquirido por Moisés, e empregado com sabedoria, foi-lhe muito útil em sua missão de libertador, condutor, escritor e legislador na longa jornada conduzindo Israel no deserto.

 
3. O objetivo da chamada divina (Êx 3.10).
O propósito divino era a saída do povo de Israel do Egito liderada por Moisés. Deus pode, segundo o seu querer, agir diretamente. Contudo, o seu método é usar homens e mulheres junto aos seus semelhantes. Hoje, em relação a muitas igrejas, Deus está dizendo à seus dirigentes: “Tira o ‘Egito’ de dentro do meu povo”. É o mundanismo entre os crentes, na teoria e na prática; no viver e no agir, enfraquecendo e contaminando a igreja. É Israel querendo voltar para o Egito (Êx 16.3; 17.3). Deus com mão poderosa tirou Israel do Egito, mas não tirou o ‘Egito’ de dentro deles, porque isso é um ato voluntário de cada crente que, quebrantado e consagrado, recorre ao Espírito Santo.
“Certamente eu serei contigo” (v.12). Isso era tudo o que Moisés precisava como líder espiritual do povo de Deus. Hoje, muitos já perderam essa divina presença em sua vida e em seu ministério, por acharem que são alguma coisa em si mesmos, daí, a operação do Espírito Santo cessar em sua vida. Paulo exclamou: “Nada sou” (2Co 12.11). Tudo que temos ou somos na obra de Deus vem dEle (1Co 3.7).

 
SINOPSE DO TÓPICO (I): Moisés foi chamado e preparado por Deus para que cumprisse sua missão com excelência.
 

II. AS DESCULPAS DE MOISÉS E A SUA VOLTA PARA O EGITO

1. O receio de Moisés e suas desculpas.
O Moisés impulsivo que matou o egípcio e o enterrou na areia já não existia mais. Ele havia sido mudado e moldado pelo Senhor, e agora precisava crer não no seu potencial, mas no Senhor que o chamara. Ao ser chamado pelo Senhor para ser o libertador dos hebreus, Moisés apresentou algumas desculpas — “eles não vão crer que o Senhor me enviou”; “não sou eloquente”. Quantas desculpas também não damos quando Deus nos chama para um trabalho específico? As escusas de Moisés, assim como as nossas, nunca são aceitas pelo Senhor, pois Ele conhece o mais profundo do nosso ser. Se o Senhor está chamando você para uma obra, não tema e não perca tempo com desculpas. Confie no Senhor e não queira acender a ira divina como fez Moisés, que tentou protelar sua chamada dando uma série de desculpas a Deus (Êx 4.14).

 
2. Deus concede poderes a Moisés.
A fim de encorajar Moisés e confirmar o seu chamado, o Senhor realiza alguns sinais (Êx 4.1-9). Da mesma forma Deus ainda demonstra sinais para nos mostrar o seu poder e a sua vontade.

 
3. O retorno de Moisés.
Moisés não revelou ao seu sogro Jetro o que ele faria no Egito. Ainda não era a hora certa para isso. O líder precisa saber o momento adequado para revelar seus projetos. Entretanto, Moisés não poderia partir sem o consentimento de sua família, assim ele disse a Jetro que iria ao Egito rever seus irmãos: “Eu irei agora e tornarei a meus irmãos que estão no Egito, para ver se ainda vivem” (Êx 4.18). Jetro prontamente liberou Moisés dizendo: “Vai em paz”. Moisés não saiu sem a bênção dos seus parentes. Para realizar a obra de Deus o líder precisa ter o apoio e cooperação da sua família. Se você ainda não o tem, ore a Deus nesse sentido.

 
SINOPSE DO TÓPICO (II): Deus não aceitou as escusas de Moisés. Ele também não aceitará as nossas, pois Ele conhece o mais profundo do nosso ser.

 
III. MOISÉS SE APRESENTA A FARAÓ (Êx 5.1-5)

1. Moisés diante de Faraó.
Chegando ao Egito, Moisés e seu irmão Arão procuraram Faraó para comunicar-lhe a vontade de Deus para o povo de Israel. Quão difícil e arriscada era a tarefa de Moisés. Após o encontro que já tivera com Deus, ele estava preparado para apresentar-se ao rei do Egito. Faraó recusou de imediato o pedido de Moisés. Além de recusar deixar o povo ir embora, Faraó agora aumenta o volume de trabalho do povo (Êx 5.8,9). Moisés fez tudo como Deus lhe ordenara, porém, sua obediência não impediu que ele e seu povo sofressem. Talvez você esteja realizando alguma obra em obediência ao Senhor, mas isto não vai impedir que surjam dificuldades, problemas e aflições. Esteja preparado. Não podemos nos esquecer de que “por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus” (At 14.22). Enquanto estivermos neste mundo, estamos sujeitos às dificuldades (Jo 16.33).

 
2. A queixa dos israelitas (Êx 5.20,21).
O povo hebreu fica descontente com Moisés e Arão e logo começam a murmurar. Certamente todos esperavam que a saída do Egito fosse imediata. Mas este não era o plano de Deus. Moisés, aflito com a piora da situação, busca o Senhor e faz várias indagações. Quem de nós em semelhantes situações, estando em obediência a Deus, na vida cristã e no trabalho, já não indagou: “Por que Senhor?”. Moisés não conseguia entender tudo o que estava ocorrendo, mas Deus estava no controle. Às vezes não conseguimos entender o motivo de certas dificuldades, mas não podemos deixar de crer que Deus está no comando de tudo.

 
3. Deus promete livrar seu povo (Êx 6.1).
A saída de Israel do Egito seria algo sobrenatural e esta promessa foi totalmente cumprida quando Israel, finalmente, saiu do Egito. Deus, nos seus atributos e prerrogativas, ia agora redimir o povo de Israel (v.6), adotá-lo como seu povo (v.7), e introduzi-lo na Terra Prometida. Todo o Israel, assim como os egípcios, teriam a oportunidade de ver o poder de Deus.

 
SINOPSE DO TÓPICO (III): Depois do encontro que Moisés tivera com Deus, ele estava finalmente preparado para apresentar-se ao rei do Egito.

 
CONCLUSÃO
Na lição de hoje aprendemos como o grande “Eu Sou” escolheu e preparou Moisés para que ele libertasse seu povo da escravidão egípcia. Deus continua a levantar e preparar homens para a sua obra. Você está disposto a ser usado pelo Senhor? Moisés apresentou algumas desculpas, mas não foram aceitas. Não perca tempo com justificativas, mas diga “sim” ao chamado de Deus.

 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COHEN, A. C. Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.
MERRILL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.


 
EXERCÍCIOS

1. Qual era a atividade que Moisés estava exercendo quando Deus o chamou para libertar seu povo?
R. Ele estava apascentando as ovelhas do seu sogro.


2. Qual foi o objetivo da chamada divina na vida de Moisés?
R. O objetivo da chamada divina na vida de Moisés era fazer o povo de Israel sair do Egito.


3. Quais foram as desculpas de Moisés ao ser chamado pelo Senhor?
R. “Eles não vão crer que o Senhor me enviou”, “não sou eloquente”.


4. O que Deus fez para encorajar Moisés?
R. A fim de encorajar Moisés e confirmar o seu chamado, o Senhor realiza alguns sinais (Êx 4.1-9).


5. Chegando ao Egito, Moisés e Arão foram até Faraó. O que eles foram comunicar ao rei do Egito?
R. A vontade de Deus para o povo de Israel.

 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Bibliológico

“O Encontro entre Deus e Moisés (3-5)
O termo hebraico para ‘sarça’ (seneh) só aparece no Antigo Testamento aqui e em Deuteronômio 33.16, quando Moisés canta que Deus era ‘[aquele] que habitava na sarça (ardente)’. Quão oportuno que as últimas palavras de Moisés registradas nas Escrituras sejam, entre outras coisas, sobre seu primeiro encontro com Deus na sarça ardente! Essa palavra hebraica faz soar e faz lembrar a palavra ‘Sinai’ (sny e snh). Por duas vezes, Deus apareceu a Moisés de forma incandescente. Primeiro em uma snh (capítulo 3), depois no sny (capítulo 19). Deus costuma aparecer nos locais mais inesperados, como em uma sarça. Foi próximo a um arbusto que Ele apareceu para Agar [Gn 21.15, com uma outra palavra hebraica para ‘arbusto’, (siah)] e foi em um arbusto, ou sarça, que apareceu pela primeira vez a Moisés. Falando em lugares inesperados, talvez seja possível estabelecer uma analogia entre o anjo de Deus que apareceu no meio do nada para o pastor Moisés, fazendo um importante anúncio; e os anjos que apareceram diante de um grupo de pastores, no meio do nada, a fim de fazer um importante anúncio (Lc 2.8-20)” (HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco. 2 ed., RJ: CPAD, 2007, p.160).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Teológico
“Capacitou e transformou o seu caráter
O ser humano deve reconhecer a sua deficiência em realizar a obra de Deus com perfeição. Moisés, reconhecendo a sua incapacidade de fazer o que o Senhor lhe ordenara, relutou e perguntou humildemente: ‘Quem sou eu?’ (Êx 3.1). Certamente o valente e afoito príncipe herdeiro do trono egípcio sentia-se incapaz de cumprir a ordem do Senhor, pois muitos anos se haviam passado, e ele pouco ou nada sabia sobre o Egito de então. E, depois, voltar ao país de origem para libertar seu povo da escravidão seria uma missão muito árdua. Assim sendo, preferiria ficar no deserto pastoreando os rebanhos de seu sogro. Sentia-se mais útil. Além disso, a rejeição de seus irmãos o abatera fortemente.
Como se vê, o tempo passara e tudo havia se transformado; o homem também. Contudo, o Todo-Poderoso permanecera imutável, pois nEle não há sombra de variação. Moisés sentiu-se desanimado, mas Deus o fortalecera, dizendo: ‘Eu serei contigo’ (Êx 3.12-15). A promessa da presença real de Deus é a resposta para toda fraqueza humana” (COHEN, A. C. Comentário Bíblico Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998, p.32).

 
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Um Libertador para Israel
Moisés foi sendo preparado dia a dia pelo Senhor a fim de que se tornasse o líder do seu povo e os conduzisse rumo à Terra Prometida. Aprendemos com a segunda lição do trimestre que Deus vocaciona e chama líderes para sua obra, porém aqueles que forem chamados precisam fazer a sua parte preparando-se. Se você tem um chamado de Deus em sua vida, prepare-se. Faça a sua parte e deixe que o Senhor faça a dEle.
Moisés é preparado para se tornar o libertador (Êx 3.1-22). Moisés viveu seus primeiros anos de vida na casa de seus pais. Certamente uma família humilde, porém temente a Deus. Em seu lar ele foi preparado para poder viver mais tarde no palácio de Faraó. Segundo os historiadores, como príncipe, Moisés teve uma educação primorosa, pois o texto bíblico de Atos 7.22 declara que ele foi “instruído em toda a ciência dos egípcios”. O conhecimento adquirido por Moisés não foi certamente desperdiçado, mas muito o ajudou como líder do seu povo, profeta, escritor e legislador.
Deus tinha um propósito definido ao chamar Moisés, Ele também tem um propósito definido em sua vida. Porém, muitos não querem assumir um compromisso com Deus e a sua obra. Você deseja assumir um compromisso com o Todo-Poderoso?
Ao chamar Moisés, Deus foi bem enfático quanto ao seu propósito: “Para que tires o meu povo do Egito” (Êx 3.8-10). Deus desejava redimir o seu povo e organizá-lo como nação a fim de que todas as famílias da terra fossem abençoadas. O Senhor precisava de um único homem, Moisés, para redimir seu povo da escravidão. Na Nova Aliança, Deus também necessitava de um único homem, porém este deveria ser perfeito. Então o Todo-Poderoso enviou seu próprio Filho, Jesus Cristo. Jesus atendeu ao Pai, se fez homem e habitou entre nós para nos libertar da escravidão do pecado (Jo 3.16).
Quantos, ao serem chamados pelo Senhor para alguma obra já não apresentaram uma lista vasta de desculpas? Com Moisés não foi diferente, ele também apresentou a Deus várias dificuldades. Porém, assim como nós, ele se esqueceu de que Deus é o nosso Criador. Ele nos conhece melhor do que nós mesmos. As escusas de Moisés, assim como as nossas, não vão impressionar o Senhor. Confie naquEle que está chamando você e não queira perder tempo com desculpas.
Quem sabe o Senhor não esteja também chamando você para a realização da sua obra? Evite as escusas. Confie no Senhor e permita que Ele use seus dons e talentos para que muitos sejam libertos da escravidão do pecado.