Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos
Título: Uma Jornada de Fé – A
Formação do povo de Israel e sua herança espiritual.
LIÇÃO 04 – A CELEBRAÇÃO DA PRIMEIRA PÁSCOA
TEXTO ÁUREO:
“[...] Porque Cristo, nossa
páscoa, foi sacrificado por nós” (1Co 5.7b).
VERDADE PRÁTICA: Cristo é o nosso Cordeiro Pascal. Por
meio do seu sacrifício expiatório fomos libertos da escravidão do pecado e da
ira de Deus.
INTERAÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos uma
das festas mais significativas para Israel e a Igreja — a Páscoa. Deus queria
que seu povo nunca se esquecesse desta comemoração especial. Por isso, esta
data foi santificada. No decorrer da lição, procure enfatizar que a Páscoa era
uma oportunidade para os israelitas descansarem, festejarem e adorarem a Deus
por tão grande livramento, que foi a sua libertação e saída do Egito. Hoje, o
nosso Cordeiro Pascal é Cristo. Ele morreu para trazer redenção aos judeus e
gentios. Cristo nos livrou da escravidão do pecado e sua condenação eterna.
Exaltemos ao Senhor diariamente por tão grande salvação.
OBJETIVOS: Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
1. Analisar o
significado da Páscoa para os israelitas, egípcios e para os cristãos.
2. Saber
quais eram os elementos principais da Páscoa.
3. Conscientizar-se
de que Cristo é a nossa Páscoa.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor,
para iniciar a lição faça a seguinte pergunta: “O que significa a palavra
Páscoa?”. Ouça os alunos com atenção e explique que o termo significa “passar
por”. Diga que este vocábulo tornou-se o nome de uma das mais importantes
celebrações do povo hebreu. Diga que a festa da Páscoa acontece no mês de abibe
(março/abril).
Utilizando o
quadro abaixo, explique aos alunos o significado desta celebração para os
egípcios, judeus e cristãos. Conclua, enfatizando que a Páscoa nos fala do
sacrifício de Cristo, o nosso Cordeiro Pascal.
Palavra Chave:
Páscoa: Uma das mais importantes festas do
povo hebreu em que comemoravam a saída do Egito.
INTRODUÇÃO
A Páscoa foi
instituída pelo Senhor para que os israelitas celebrassem a noite em que Deus
poupou da morte todos os primogênitos hebreus. É uma festa repleta de
significados tanto para os judeus quanto para os cristãos. Os judeus deveriam
comemorar a Páscoa no mês de Abib (corresponde à parte de março e parte
de abril em nosso calendário), cujo significado são as “espigas verdes”. Hoje
estudaremos a respeito desta festa sagrada e o seu significado para nós,
cristãos.
I. A PÁSCOA
1. Para os egípcios.
Para os
egípcios a Páscoa significou o juízo divino final sobre o Egito, Faraó e todos
os deuses cultuados ali. O Senhor havia enviado várias pragas e concedido tempo
suficiente para que Faraó se rendesse, deixando o povo partir. Deus é
misericordioso, longânimo e deseja que todos se salvem (2Pe 3.9b). Porém, Ele é
também um juiz justo que se ira contra o pecado: “Deus é um juiz justo, um Deus
que se ira todos os dias” (Sl 7.11). O pecado, a idolatria e as injustiças
sociais suscitam a ira do Pai. O povo hebreu estava sendo massacrado pelos
egípcios e o Senhor queria libertá-lo. Restava uma última praga. Então o Senhor
falou a Moisés: “À meia-noite eu sairei pelo meio do Egito; e todo primogênito
na terra do Egito morrerá” (Êx 11.4,5). Foi uma noite pavorosa para os egípcios
e inesquecível para os israelitas.
2. Para Israel.
Era a saída,
a passagem para a liberdade, para uma vida vitoriosa e abundante. Foi para isto
que Cristo veio ao mundo, morreu e ressuscitou ao terceiro dia, para nos
libertar do jugo do pecado e nos dar uma vida cristã abundante (Jo 10.10).
Enquanto havia choro nas casas egípcias, nas casas dos judeus havia alegria e
esperança. O Egito, a escravidão e Faraó ficariam para trás. Os israelitas
teriam sua própria terra e não seriam escravos de ninguém.
3. Para nós.
Como
pecadores também estávamos destinados a experimentar a ira de Deus, mas Cristo,
o nosso Cordeiro Pascal, morreu em nosso lugar e com o seu sangue nos redimiu
dos nossos pecados (1Co 5.7). Para nós, cristãos, a Páscoa é a passagem da
morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo. No Egito um
cordeiro foi imolado para cada família. Na cruz morreu o Filho de Deus pelo
mundo inteiro (Jo 3.16).
SINOPSE DO TÓPICO (I): Para
nós cristãos a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de
santidade em Cristo.
II. OS ELEMENTOS DA PÁSCOA
1. O pão.
Deveria ser
assado sem fermento, pois não havia tempo para que o pão pudesse crescer (Êx
12.8,11,34-36). A saída do Egito deveria ser rápida. A falta de fermento também
representa a purificação, a libertação do fermento do mundo. Em o Novo
Testamento vemos que Jesus utilizou o fermento para ilustrar o falso ensino dos
fariseus (Mt 16.6, 11,12; Lc 12.1; Mc 8.15). O pão também simboliza vida. Jesus
se identificou aos seus discípulos como “o pão da vida” (Jo 6.35). Toda vez que
o pão é partido na celebração da Ceia do Senhor, traz à nossa memória o
sacrifício vicário de Cristo, através do qual Ele entregou a sua vida em
resgate da humanidade caída e escravizada pelo Diabo.
2. As ervas amargas (Êx 12.8).
Simbolizavam toda a amargura e
aflição enfrentadas no cativeiro. Foram 430 anos de opressão, dor, angústia,
quando os hebreus eram cativos do Egito.
3. O cordeiro (Êx 12.3-7). Um cordeiro sem defeito deveria ser
morto e o sangue derramado nos umbrais das portas das casas. O sangue era uma
proteção e um símbolo da obediência. A desobediência seria paga com a morte. O
cordeiro da Páscoa judaica era uma representação do “Cordeiro de Deus que tira
o pecado do mundo” (Jo 1.29). O sangue de Cristo foi vertido na cruz para
redimir todos os filhos de Adão (1Pe 1.18,19). Aquele sangue que foi derramado
no Egito, e aspergido nos umbrais das portas, aponta para o sangue de Cristo
que foi oferecido por Ele como sacrifício expiatório para nos redimir dos
nossos pecados.
SINOPSE DO TÓPICO (II): Os
três elementos da Páscoa eram: o pão, as ervas amargas e o cordeiro sem mácula.
III. CRISTO, NOSSA PÁSCOA
1. Jesus, o Pão da Vida (Jo
6.35,48,51).
Comemos pão
para saciar a nossa fome, porém, a fome da salvação da nossa alma somente pode
ser saciada por Jesus. Certa vez, Ele afirmou: “Eu sou o pão da vida; aquele
que vem a mim não terá fome” (Jo 6.35). Apenas Ele pode saciar a necessidade
espiritual da humanidade. Nada pode substituí-lo. Necessitamos deste pão divino
diariamente. Sem Ele não é possível a nossa reconciliação com Deus (2Co 5.19).
2. O sangue de Cristo (1Co 5.7; Rm
5.8,9).
No Egito, o
sangue do cordeiro morto só protegeu os hebreus, mas o sangue de Jesus
derramado na cruz proveu a salvação não apenas dos judeus, mas também dos
gentios. O cordeiro pascal substituía o primogênito. O sacrifício de Cristo
substituiu a humanidade desviada de Deus (Rm 3.12,23). Fomos redimidos por seu
sangue e salvos da morte eterna pela graça de Deus em seu Cordeiro Pascal,
Jesus Cristo.
3. A Santa Ceia.
A Ceia do
Senhor não é um mero símbolo; é um memorial da morte redentora de Cristo por
nós e um alerta quanto à sua vinda: “Em memória de mim” (1Co 11.24,25). É um
memorial da morte do Cordeiro de Deus em nosso lugar. O crente deve se assentar
à mesa do Senhor com reverência, discernimento, temor de Deus e humildade, pois
está diante do sublime memorial da paixão e morte do Senhor Jesus Cristo em
nosso favor. Caso contrário, se tornará réu diante de Deus (1Co 11.27-32).
SINOPSE DO TÓPICO (III): A Ceia do Senhor é um memorial da morte redentora de Cristo por nós e um alerta
quanto à sua vinda.
CONCLUSÃO
Deus queria
que o seu povo Israel nunca se esquecesse da Páscoa, por isso a data foi
santificada. A Páscoa era uma oportunidade para os israelitas descansarem,
festejarem e adorarem a Deus por tão grande livramento, que foi a sua
libertação e saída do Egito. Hoje o nosso Cordeiro Pascal é Cristo. Ele morreu
para trazer redenção aos judeus e gentios. Cristo nos livrou da escravidão do
pecado e sua condenação eterna. Exaltemos ao Senhor diariamente por tão grande
salvação.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COHEN, A. C. Êxodo.
1 ed., RJ: CPAD, 1998.
RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a
Apocalipse capítulo por capítulo. 1 ed., RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
1. O que significou a Páscoa para os egípcios?
R. Para os
egípcios a Páscoa significou o juízo divino final sobre o Egito, Faraó e todos
os falsos deuses cultuados ali.
2. Qual o significado da Páscoa para Israel?
R. Era a
saída, a passagem para a liberdade, para uma vida vitoriosa e abundante.
3. Qual o significado da Páscoa para os cristãos?
R. Para nós
cristãos a Páscoa é a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de
santidade em Cristo.
4. Quais os elementos da primeira Páscoa?
R. Pães
asmos, ervas amargas e cordeiro.
5. Por que Cristo é a nossa Páscoa?
R. Porque
Ele morreu em nosso lugar para nos redimir de nossos pecados. Cristo nos livrou
da escravidão do pecado e sua condenação eterna.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
“O propósito
de Deus em instituir a Páscoa era estabelecer o marco inicial para a libertação
de Israel do cativeiro egípcio e proclamar a redenção alcançada pelo sangue do
Cordeiro, já revelada no sacrifício de Isaque (Gn 22.1-19), conforme mais tarde
escreveram os apóstolos Paulo e Pedro: ‘e demonstrar a todos qual seja a
dispensação do ministério, que, desde os séculos esteve oculto em Deus’ (Ef
3.9); ‘[...] o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, antes da
fundação do mundo’ (1Pe 1.20).
Cristo é a
nossa Páscoa (1Co 5.17). Ele é o Cordeiro de Deus (Jo 1.29). O cordeiro deveria
ser separado para o sacrifício até ao décimo quarto dia do primeiro mês do ano
(Êx 12.3-6) e tinha de ser sem defeito (Êx 12.5). Cristo cumpriu essa exigência
(1Pe 1.18,19). Ele entrou em Jerusalém no dia da separação do cordeiro e morreu
no mesmo dia do sacrifício. O cordeiro precisava ser imolado pela congregação,
assim como Cristo foi sacrificado pelos líderes civis e religiosos de Israel e
de Roma e pela vontade do povo. Nenhum osso do cordeiro poderia ser quebrado
(Êx 12.46), também nenhum osso de Cristo foi partido (Jo 19.33-36)” (COHEN, A.
C. Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998, p.42).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
“Êxodo 12 não
diz respeito somente ao momento da Páscoa, ao porquê da Páscoa e a como ela
deve ser observada, mas também quem deve participar (Êx 12.43-49). A Páscoa não
era algo indiscriminadamente aberto para todos. Quem podia participar? A
congregação de Israel (v.47); os escravos (v.44), quando circuncidados, por
terem os mesmos privilégios dos hebreus; os estrangeiros (v.48), gentios que
tivessem abraçado a fé em Jeová. Quem não podia participar? O forasteiro
(v.43), pagão e incrédulo; o viajante (v.45) que, hóspede ou de passagem, ficava
algum tempo no território de Israel; o servo assalariado (v.45), que pertencia
a uma outra nação mas trabalhava em Israel. Essas distinções eram necessárias
por causa da ‘mistura de gente’ (12.38) que deixou o Egito. Foi por isso que as
instruções acerca da elegibilidade para participar da Páscoa (12.43-49) foram
passadas logo após essa ‘mistura de gente’ deixar o Egito (12.37-39)”
(HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco. 2 ed., RJ: CPAD, 2007, pp.191-92).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A celebração da primeira Páscoa
Deus desejava
que o os israelitas se recordassem do dia triunfal em que no Egito seus filhos
primogênitos foram libertos da morte (Êx 12.1-30). O Senhor também almejava que
as novas gerações conhecessem a sua história e os Seus feitos a fim de que
temessem o Seu nome. Então, o Senhor ordenou que o povo comemorasse a Páscoa. A
Páscoa era um memorial ao Todo-Poderoso, por isso deveria ser celebrada todos
os anos.
Cada família
teria que ter o seu cordeiro sem mácula. Se a família fosse pequena poderia se
unir a outra, pois neste dia nada poderia faltar ou sobrar. A medida de Deus é
sempre justa, certa. O Senhor não desperdiça nada.
Um animal
inocente deveria ser morto e seu sangue aspergido sobre as ombreiras e nas
vergas das portas: “E tomarão do sangue e pô-lo-ão em ambas as ombreiras e na
verga da porta [...]” (Êx 12.7). O cordeiro sem mácula e inocente apontava para
Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29).
Para os
egípcios, a Páscoa significava o juízo divino, para os israelitas, a passagem
para uma vida de liberdade, longe da escravidão, e para nós os cristãos, ela
significa a remissão dos nossos pecados. Hoje podemos afirmar que Cristo é a
nossa Páscoa (1Co 5.7b). Assim como Israel não poderia se esquecer de tal
celebração, nós também jamais poderemos nos esquecer do sacrifício remidor do
nosso Redentor, Jesus Cristo. Jamais se esqueça que Cristo morreu em seu lugar.
Este é um dos princípios da Ceia do Senhor. Jesus declarou: “Em memória de mim”
(1Co 11.24,25). Todas as vezes que participarmos da Ceia temos que recordar da
nossa passagem, da escravidão do pecado, para uma nova vida em Cristo (1Co
5.17). Israel foi salvo da ira divina e liberto do pecado. Nós também estávamos
destinados a experimentarmos da ira divina, mas Cristo, o Cordeiro Pascal, nos
substituiu na cruz do calvário. Em Cristo fomos redimidos dos nossos pecados. O
sangue de um cordeiro foi aspergido nos umbrais das portas das casas, pois
sabemos que “sem derramamento de sangue não há remissão de pecado” (Hb 9.2).
O pão. Apontava para Jesus o Pão da Vida:
“eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome” (Jo 6.35).
As ervas
amargas. Apontavam
para toda a amargura e aflição vividos no cativeiro egípcio.
Um
cordeiro sem mácula.
A pontava para Jesus, “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).
Cristo é o
nosso Cordeiro Pascal. Ele morreu para trazer a redenção a toda humanidade. Ele
é o nosso Redentor.