Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos
Título: Uma Jornada de Fé – A Formação do povo de Israel e sua herança
espiritual.
LIÇÃO 03 – AS PRAGAS DIVINAS E AS PROPOSTAS ARDILOSAS
DE FARAÓ
Leitura Bíblica (Êx 3.19,20; 7.4,5;
8.8,25; 10.8,11,24)
INTRODUÇÃO
Na lição do próximo domingo dia 19 de
janeiro, estudaremos o ambiente e as circunstâncias em que ocorreram as pragas
e propostas de Faraó ao povo de Deus, também examinaremos duas situações que
ocorreram por ocasião da presença dos israelitas no Egito: “AS PRAGAS ENVIADAS
POR DEUS” e as “PROPOSTAS DE FARAÓ” no sentido de manter os israelitas no
cativeiro Egípcio.
O Senhor desejava mostrar através destas
pragas que os deuses egípcios não eram nada, analisaremos que cada praga
enviada ao Egito estava relacionada com uma divindade adorada por eles, e que
quando Faraó viu que não poderia deter os hebreus por muito tempo, tentou
iludi-los com falsas e ardilosas promessas.
I – AS PROPOSTAS
ARDILOSAS DE FARAÓ
Durante
muito tempo pensava-se que esse Faraó fosse Ramsés II, mas hoje, as evidências
arqueológicas confirmam Amósis I (1580 a.C.), que fundou a décima oitava
dinastia do Egito e expulsou os hicsos (povo semita que governou o Egito nos
dias de José, segundo alguns historiadores) do Egito. Isso levaria o êxodo para
1440-1400 a.C., que se harmoniza com os 480 anos de I Reis 6.1 (SOARES, 2003,
p. 118). Faraó
era considerado um deus, por isso foi necessário que Moisés se apresentasse
diante dele com sinais e maravilhas. Porém, endureceu o seu coração e não
deixou o povo partir (Êx 7.13,14,22; 8.15,19,32; 9.7,34,35; 4.21; 7.3; 9.12;
10.1,27; 11.10; 14.4,8,17). Com receio das pragas que já estavam atingindo
duramente o Egito, Faraó decide fazer algumas propostas ardilosas para Moisés e
Arão. Vejamos estas quatro propostas deste líder ardiloso:
Esta atitude representava a falta de santidade, de separação das coisas deste mundo. Deus exige santidade do seu povo: “E ser-me-eis santos, porque eu, o Senhor sou santo, e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv 20.26). Esta proposta exigia que Israel cultuasse a Deus NO EGITO, em meio aos falsos deuses. O ecumenismo também parte deste princípio. A proposta de Faraó era para Israel servir a Deus sem qualquer separação do mundo. Um povo separado por Deus e para Deus, e ao mesmo tempo misturado com os ímpios egípcios, como sendo um só povo, seria uma abominação ao Senhor. Esta é uma das causas de haver tantos crentes frios espiritualmente. O povo de Deus enfrenta “concessões egípcias” semelhantes hoje em dia, quando buscamos servir ao Senhor. O inimigo nos diz que não precisamos ser separados do pecado, pois podemos servir a Deus “nesta terra”.
Isto representava uma separação, parcial do Egito. Atualmente muitos já aceitaram esta proposta e querem viver um cristianismo sem compromisso com Deus e sem a cruz. A segunda proposta de Faraó resultaria em o povo de Deus sair do Egito, mas o Egito não sair deles (Tg 4.4,5; 1 Jo 2.15). Assim fez a mulher de Ló, que saiu de Sodoma, mas não tirou Sodoma do seu coração e da sua mente, e perdeu-se (Gn 19.17,26; Lc 17.32). “Não vades longe” significa para o crente hoje o rompimento PARCIAL COM O PECADO E COMO MUNDO. É a vida cristã sem profundidade, sem expressão e por isso sempre vulnerável. Equivale ao crente viver sem compromisso com Deus, com a doutrina do Senhor, com a igreja, com a santidade. É a vida cristã superficial, sem consagração a Deus e ao seu serviço.
Isto fala de divisão familiar. Deus criou a família e deseja que ela viva unida, pois nenhum reino (ou instituição) dividido pode estar de pé (Mc 3.24), porém o Inimigo trabalha sempre para separá-la. Essa proposta atingia os chefes de família e demais adultos. Os demais membros da família ficariam no Egito (Êx 6.14,15,17,19). A família é universalmente a unidade básica da sociedade humana. A saída parcial do povo, como queria Faraó, resultaria no fracionamento e fragilização das famílias, dividindo-as. O propósito de Deus é sempre abençoar toda a família, no sentido de que ela seja salva, unida, coesa, forte, feliz e saudável. O Diabo quer a separação e a ruína do casamento (Êx 1.16).
Esta atitude representava a falta de sacrifícios, de entrega ao Senhor e de adoração. Evangelho sem a cruz de Cristo não é evangelho autêntico. A quarta e última proposta. A ovelha e a vaca eram animais cerimonialmente “limpos” para oferendas de sacrifícios a Deus na época da Lei (1 Pe 2.25; Hb 13.15,16). Sem as ovelhas e vacas não haveria sacrifícios. Não haveria entrega ao Senhor.
II – AS DEZ PRAGAS DO
EGITO E O FRACASSO DOS SEUS DEUSES
As
dez pragas enviadas por Deus contra o Egito visavam ridicularizar os deuses
do egípcios, e o propósito era dar provas do poder do Deus de Israel sobre
esses falsos deuses. Repetidas vezes se declara que, por meio desses milagres,
tanto Israel quanto os egípcios viriam a “…saber que o Senhor é Deus”
(Êx. 6.7; 7.5,17; 8.22; 10.2; 14.4,18). As pragas foram à resposta de Deus à
pergunta de Faraó: “Quem é o Senhor, cuja voz
ouvirei?” (Êx 7.17).
Cada
praga foi, por outro lado, um desafio aos deuses egípcios e uma
censura à idolatria. Os egípcios prestavam culto às forças da natureza tais
como o rio Nilo, o Sol, a Lua, a Terra, o Touro e muitos outros animais.Vejamos abaixo uma rápida exposição das dez pragas e seus falsos deuses:
III - AS DEZ PRAGAS E OS
DEUSES EGÍPIOS
1.ª
praga – águas transformada em sangue (Êx 7.14-25).
Foi
um golpe contra o deus Hapi, segundo a crença o deus protetor das
inundações do Rio Nilo. O Rio Nilo era considerado um deus e o deus Hapi
intervia junto o deus Nilo nas inundações. Deus resolveu zombar dessas
divindades que não tiveram forças para impedir que suas águas apodrecessem e
cheirassem mal.Heket, deusa com cabeça de sapo. Os egípcios relacionavam as rãs com a deusa da fertilidade Heket. Todos que queriam a fertilidade invocavam tal divindade. O Deus verdadeiro zombou também dessa divindade, pois ela não conseguiu impedir que o Egito fosse invadido por rãs.
Seti, deus do deserto. O pó da terra, considerado sagrado no Egito, converteu-se em piolhos importunadores. Os sacerdotes egípcios, não podiam entrar no templo se tivesse piolho, pois era uma abominação ao ministrarem nos lugares sagrados. Raspavam a cabeça e, antes de entrar para o lugar sagrado, examinavam minuciosamente, porque não podiam ter no seu corpo ou suas vestes qualquer inseto imundo. Devido a essa praga os sacerdotes egípcios ficaram impossibilitados de cumprirem seus rituais.
Rá representado por uma mosca. Os egípcios tinham em deus chamado Belzebu, que na crença deles era poderoso para afugentar moscas. Enxames de moscas cobriram a terra do Egito. Perturbaram Faraó e seu povo. Sacerdotes e magos clamaram a Belzebu e nada aconteceu. Mais um deus foi desmoralizado.
Foi um golpe contra Hátor ou Amom, o deus adorado em todo Egito. Tinha a forma de um carneiro, animal sagrado. No baixo Egito, Amom era adorado em forma de um touro, ou bode, deus protetor dos rebanhos do Egito. Como se pode notar, tal divindade foi incapaz de proteger o rebanho egípcio.
Um duro golpe contra o deus Tifon ou Sekmet. Na crença deles essa divindade protegia os egípcios contra qualquer ferida que fosse causada por qualquer coisa. Os sacerdotes invocavam a Tifon e as cinzas do altar dele eram jogadas em todos os doentes. Agora, os próprios sacerdotes foram os primeiros a serem infectados.
Um golpe contra a deusa Serafis, protetora da lavoura do Egito. A tempestade de trovões, raios e saraiva devastou a vegetação, destruiu as colheitas de cevada e de linho e matou os animais do Egito. Este tipo de tempestade era quase desconhecido do Egito. O termo trovão em hebraico significa literalmente “Vozes de Deus” e aqui insinua que Deus falava em juízo contra aquela nação pagã e contra seu panteão de deuses.
Os egípcios além de Serafis, tinham também a Osíris que protegiam toda a vegetação de suas terras. A praga de gafanhotos trazida por um vento oriental consumiu a vegetação que havia sobrado da tempestade de saraiva. Osíris e Serafis deusas das colheitas foram impotentes para proteger o Egito dos gafanhotos.
As trevas encobriram o Egito inteiro, excetuando a terra de Gósen, onde Israel habitava. As trevas foram totais e absolutas. Um homem não conseguia ver o outro mesmo que estivesse a um palmo apenas na sua frente. Fora um grande golpe a todos os deuses do Egito, especialmente contra o deus Rá considerado o deus do sol. Os luminares celestes, objetos de culto, eram incapazes de penetrar à densa escuridão. Foi um golpe direto contra o próprio Faraó, suposto filho de Rá, Faraó era chamado de “O FILHO DE SOL”.
O Egito estava completamente arruinado (Êx 10.7). Agora, passado alguns meses desde a primeira praga, vem o cumprimento da Lei da Semeadura. Os egípcios tinham matado as crianças dos judeus, agora eles mesmos colhiam o fruto da sua semeadura. A morte sobreveio à meia-noite.
A
atitude do cristão hoje ante as traiçoeiras propostas do Maligno deve ser a
mesma dos representantes de Israel, Moisés e Arão: “Nem uma unha ficará no
Egito” (Êx 10.26). Satanás figurado m Faraó não mudou em relação à sua luta
contra o povo de Deus. Ele continua a tentar o crente de muitas maneiras para
fazê-lo cair, inclusive com más insinuações, sugestões, conclusões etc.
http://www.rbc1.com.br
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