Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos
LIÇÃO 12: A FAMÍLIA E A igreja
TEXTO ÁUREO: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à
Casa do SENHOR!” (Sl 122.1).
VERDADE PRÁTICA: A igreja local é o melhor lugar para as
famílias se reunirem e prestarem culto ao Senhor.
INTERAÇÃO
A família e a igreja local são instituições que se confundem,
ambas foram criadas por Deus. A família tem a finalidade de preservar e
desenvolver social, moral e eticamente todo ser humano. A igreja local visa
educar espiritualmente o homem segundo a proclamação e absorção do Evangelho
bem como as outras esferas da vida. Família e igreja local são inseparáveis.
Uma depende da outra, uma é a extensão da outra. Não se excluem jamais. Ao
contrário, se completam e caminham juntas.
OBJETIVOS: Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Identificar
a família como elemento básico da funcionalidade da igreja local.
- Fazer
da igreja um local de acolhimento das famílias.
- Compreender
que a família deve se envolver com a igreja local.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para concluir a aula desta
semana peça aos alunos para descreverem o que eles pensam sobre o
relacionamento da própria família com a igreja local. Como se dá e o que
poderia mudar neste relacionamento. Reproduza algumas respostas na lousa.
Explique que a família é um elemento indispensável ao bem estar da igreja
local, e que falar da igreja sem priorizar a família é ignorar o óbvio.
Desafie-os a viverem em família, a pensarem como é uma bênção servir a Deus
numa igreja local juntamente com toda a família. Boa aula!
INTRODUÇÃO
Palavra Chave: Relacionamento: Capacidade em maior ou menor grau de relacionar-se, conviver ou
comunicar-se com seus semelhantes.
Num mundo de intensas mudanças e incertezas a
Igreja é a única instituição em que o cristão e sua família podem contar. Lares
sofrem terríveis ataques do inimigo, e muitas famílias não têm resistido,
sucumbindo moral e espiritualmente às investidas malignas. Por isso a Igreja do
Senhor, representada pela comunidade local, é o ponto de apoio espiritual e
moral para a família. Ali se aperfeiçoam os relacionamentos entre os cônjuges,
pais e filhos, avós e netos. A família cristã se desenvolve no dia a dia da
igreja local.
I. FAMÍLIA: O ELEMENTO
BÁSICO DA IGREJA
1. Sem a família a igreja não funciona.
Não podemos ignorar a importância da igreja local
junto à família, pois a saúde da igreja está diretamente ligada ao bem estar
espiritual e moral da família. Uma igreja cujas famílias estão arruinadas
espiritual e moralmente não terá condições de acolher os nãos crentes, nem terá
autoridade para atuar junto a outras famílias na comunidade em que está
inserida.
A família fortalecida na igreja é tão importante
que o apóstolo Paulo aconselhou o pastor Timóteo a respeito da qualidade de um
candidato ao episcopado. O apóstolo destaca a relação do aspirante com a
própria família: “Convém, pois, que o bispo [...] governe bem a sua própria
casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (porque, se alguém não
sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?)” (1Tm 3.2,4,
5). Aqui, ele expressa o impacto do relacionamento familiar com a
funcionalidade da igreja local. Famílias desgovernadas, inevitavelmente, geram
uma igreja sem direção.
2. A família como extensão da igreja.
Além de a família ser o elemento básico da
funcionalidade da igreja local, ela é a própria extensão desta. Descrevendo a
respeito do culto doméstico, o saudoso pastor Estevam Ângelo disse: “Se a
família quiser assistir a sete cultos a mais por semana, fazendo o culto doméstico,
terá uma igreja em casa”. É verdade! Além de cultuar a Deus, a família
representará o reino divino na vizinhança, no bairro e no mundo. O próprio
Jesus falou: “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou
eu no meio deles” (Mt 18.20). Portanto, podemos fazer de nossa família uma
extensão da Igreja de Cristo e representar seu Reino neste mundo.
II. A IGREJA ACOLHENDO AS
FAMÍLIAS
1. A natureza humana da igreja.
A etimologia da palavra igreja remonta a natureza
humana do Corpo de Cristo. Mateus 18.17 e Atos 15.4 expressam ekklesia (igreja) como reunião de pessoas, povo ou
assembleia em nome do Senhor Jesus. É uma instituição composta de seres humanos
dotados de sentimentos, desejos e volição. Nesse caso, a Igreja é “humana” em
sua constituição e composição.
2. A dimensão relacional da igreja.
Onde há pessoas, há relacionamentos. A Santíssima
Trindade nos mostra um Deus relacional. As trinas pessoas relacionam-se
comunitária, intensa e espontaneamente (Mc 1.9-13; Jo 5.17,19-28). Assim, a
igreja expressa à dimensão relacional da Santíssima trindade entre os seus
membros. É ali, que a família cristã está habilitada a relacionar-se como
Igreja de Cristo, tanto com o Pai (Mc 12.30) como com o próximo (Mc 12.31).
Assim, a igreja está pronta para acolher as famílias e suas idiossincrasias.
3. O relacionamento familiar na igreja.
Não há dúvidas de que servir a Deus numa igreja
local juntamente com toda a família é uma bênção. No entanto, para que este
relacionamento continue a abençoar vidas é preciso zelar pelos seguintes
princípios: (1) Na igreja local, a família não deve se fechar em si mesma; (2)
Não deve haver motivações que desrespeitem a liderança constituída ou a
qualquer outra pessoa; (3) A família deve investir tempo para se relacionar com
outras famílias também.
4. A família do obreiro.
O exercício do ministério não dispensa o obreiro de
sua responsabilidade como esposo e pai. Infelizmente, em algumas igrejas
locais, é comum cobrarem da família do pastor um padrão de perfeição que nem o
Evangelho preceitua. Prevenção ao pecado e vida de retidão na presença de Deus
e diante da sociedade são atributos peculiares a toda família cristã. Porém, é
preciso reafirmar que a família do pastor é igual à de qualquer outra pessoa. A
esposa do pastor tem nome, e os filhos também, e precisam dos mesmos cuidados
que as demais famílias da igreja precisam.
III. A FAMÍLIA NA IGREJA
LOCAL
1. A comunhão da família.
No Salmo 133.1 lemos: “Oh! Quão bom e quão suave é
que os irmãos vivam em união!”. Apesar de alguns pregadores interpretarem este
texto de maneira alegórica, dando a ele uma simbologia espiritual, neste
versículo o salmista Davi se refere à família de irmãos de sangue em crise, ou,
de acordo com Matthew Henry, o homem segundo o coração de Deus escreve “esse
salmo por ocasião da união entre as tribos quando todas elas se uniram unânimes
para fazê-lo rei”. Logo, o Salmo davídico pronuncia a bênção para uma família
que anda em comunhão: Irmãos e irmãs que vivem em paz no lar e fora dele são tão
valiosos quanto o óleo que ungiu Arão, o sumo sacerdote. Numa casa pacífica e
unida, as bênçãos do Senhor se manifestam.
2. Envolvendo-se com o Corpo de Cristo.
A leitura bíblica em classe, particularmente os
versículos 7, 11, 12, 13 e 15, destaca o exemplo de familiares unidos pela
causa do Evangelho. O apóstolo Paulo muito se contentou com o esforço empregado
em cada família na causa do Reino de Deus. Quando a família sente-se alegre em
ir à igreja para adorar a Deus é uma grande bênção (Sl 122.1). Ela participa
ativamente do culto e não se porta como mera assistente. São momentos preciosos
que influenciarão a família por toda a vida.
3. Toda a família na casa de Deus.
A igreja local é o espaço religioso onde adoramos a
Deus e proclamamos o Evangelho. Nada pode impedir este ideário cristão. Por
isso, a família chamada por Deus é convocada a depositar o seu talento na causa
do Evangelho. No ensino, na pregação, na música ou qualquer outra atividade que
vise pregar o Evangelho e edificar a Igreja de Cristo, a família cristã deve
estar lá. Não deixe de ir aos cultos, à Escola Dominical e aos encontros da sua
igreja. Esta rotina glorificará a Deus, e edificará você e a sua família.Na lição desta semana vimos que a família é o elemento básico da igreja local. Esta, por sua vez, deve ser uma comunidade acolhedora de famílias carentes. E a família chamada por Deus, tem o privilégio de servir ao Altíssimo juntamente com outras famílias numa igreja local. Aqui, somos ensinados, edificados e exortados a representar o Reino de Deus neste mundo moderno. Portanto, não perca tempo: envolva-se com a sua igreja local, pois esta precisa de você e toda a sua família.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LIMA, E. R. Ética Cristã: Confrontando as
Questões Morais do Nosso Tempo.
1 ed., RJ: CPAD, 2002.
SOUZA, E. Â. ...e fez Deus a família: O padrão divino para um lar feliz. 1 ed., RJ: CPAD, 1999.
HUGHES, B.; Kent. Disciplinas da Família Cristã. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.
SOUZA, E. Â. ...e fez Deus a família: O padrão divino para um lar feliz. 1 ed., RJ: CPAD, 1999.
HUGHES, B.; Kent. Disciplinas da Família Cristã. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.
EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, que
importância não se pode ignorar em relação à família?
R. A funcionalidade da igreja local junto à família.R. É a extensão da igreja local.
R. A igreja é uma instituição composta de seres humanos dotados de sentimentos, desejos e volição.
R. Irmãos e irmãs vivendo em paz são como a preciosidade do óleo que ungiu o sumo sacerdote Arão.
R. Resposta pessoal.
Subsídio Vida Cristã
Em plena época do Cristianismo, à luz das ricas
revelações bíblicas, fatos que ocorreram há milhares de anos tornam a se
repetir. Os desígnios de Deus se chocam com as atitudes dos homens, que não
somente vivem chamados ‘século das luzes’, mas também dizem ser iluminados pelo
Espírito Santo de Deus.
Reportemo-nos aos exemplos das boas relações entre
jovens e velhos, de um período de 1500 a.C., com Moisés e Josué, até aos dias
de Paulo e Timóteo, ocasião em que a luz dos conhecimentos, quer secular, quer
espirituais, era incompativelmente mais fraca e as revelações de Deus
esporádicas. Se pela vontade e orientação de Deus, esses homens da Antiguidade
foram capazes de evidenciar um relacionamento exemplar, por que entre os
cristãos de hoje, constata-se a realidade dos abismos de gerações? Por que há
tanta divergência até entre pais e filhos que têm em mãos a infalível Palavra
de Deus? Por que muitos pais, ao nascerem os filhos, recebem-nos com desgosto?
Por que tanta insubmissão aos velhos? Por que há filhos que se sentem tão
independentes dos pais, mesmo quando dependem deles para tudo?”(SOUZA, E. Â....
e fez Deus a família: O padrão divino para um lar feliz. 1 ed., RJ:
CPAD, 1999, pp.251-52)”.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico Pastoral
A Família do Pastor
Um recente best-seller sobre o ministério pastoral
contém um capítulo intitulado ‘Alerta: O Ministério Pode Ser uma Ameaça para
Sua Família’. Por mais chocante que seja o título reflete com precisão a
realidade do ministério pastoral hoje. Uma pesquisa pastoral realizada em 1992,
publicada em um importante jornal, descobriu as seguintes dificuldades
significativas que produzem problemas conjugais nas famílias dos pastores:
• 81% tempo insuficiente em conjunto;
• 71% uso do dinheiro;
• 70% nível de renda;
• 64% dificuldade de comunicação;
• 63% expectativas da congregação;
• 57% diferenças quanto ao lazer;
• 53% dificuldades na criação dos filhos;
• 46% problemas sexuais;
• 41% rancor do pastor com relação à esposa;
• 35% diferenças quanto à carreira ministerial.
Hoje em nossos dias, ninguém questiona o fato óbvio
de que a maioria dos pastores e suas famílias estão sofrendo pressões cada vez
maiores por causa do ambiente em que estão ministrando. Isso não é de
surpreender quando se reflete sobre a natureza do ministério. Considere estas
pressões envolvidas no pastorado:
1. O pastor envolve-se com o humanamente impossível — lida com o pecado na vida das pessoas.
2. O pastor cumpre um papel que nunca se completa — resolve problemas que vão se multiplicando.
3. O pastor serve sob uma credibilidade cada vez mais questionada aos
olhos da sociedade.
[...] 8. O pastor e a sua família parecem viver em
um aquário que todos podem observar.
[...] 10. Como figura pública, o pastor pode
receber as mais duras críticas tanto da comunidade como da congregação.
Ninguém que reflita um pouco pode negar que o
ministério é potencialmente perigoso para o casamento e a família do pastor.
Mas seria isso mesmo? Ou melhor, é necessário que seja assim? Ou, mais
importante, Deus quer que seja assim?” (MACARTHUR, J. JR. (Ed.). Ministério
Pastoral: Alcançando a excelência no ministério cristão. 7 ed., RJ: CPAD,
2012, pp.163-64).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A Família e a Igreja
A família tem importante participação na igreja.
Pelo que se entende do Livro de Atos, a igreja cresceu muito nos lares, pois,
por causa da perseguição, as reuniões começaram a ser feitas em residências
familiares. Quando Pedro foi aprisionado por Herodes na época da páscoa, a
igreja estava em contínua oração pelo apóstolo a Deus na casa de João Marcos,
até que ele foi solto. O Espírito Santo de Deus desceu em uma reunião na casa
de um centurião chamado Cornélio, enchendo a todos de forma que falaram em
línguas da mesma forma que os seguidores de Cristo em Jerusalém falaram.
Portanto, não devemos nos surpreender com a interação entre igreja e família
descrita na Palavra de Deus.
A igreja é formada por famílias. A unidade
familiar é preponderante para a formação da igreja local. Temos ciência de que
há diversas pessoas que congregam em nossas igrejas sem que suas famílias
(pais, irmãos, avós, cônjuges ou filhos) pertençam à fé evangélica, mas isso
não diminui a qualidade daquela pessoa, pois ali existe uma representação
familiar. Aquela pessoa ora a Deus por seus familiares.
A igreja fortalece a família. Se por um lado a
igreja deve ser composta de famílias, é certo que a igreja fortalece os
relacionamentos familiares e a comunhão entre irmãos congregados. Na igreja, a
família é fortalecida por meio do ensino cristão sistemático, respeitadas as
devidas faixas etárias com suas necessidades próprias. Na igreja a família
aprende a ter comunhão com outras pessoas e famílias, aprende a contribuir para
o sustento do templo, a desenvolver seus talentos e o poder da oração.
A família do obreiro — Nossos ministros precisam de nossas
orações não apenas por eles mesmos, mas também por suas famílias. Não raro, há
obreiros que são atacados indiretamente por Satanás, que atingindo a família
deles, os atinge também. É triste ver um filho de pastor fora dos caminhos do
Senhor, mas é ainda mais triste ver que na congregação há pessoas que murmuram
e acusam o ministro por essa situação. Ao invés de orarem por seu pastor e pela
família que ele tem, falam mal do obreiro, mas quando um dos seus precisa de
oração, é ao pastor que recorrem pedindo oração e até visitas! Aprendamos a
interceder por nossos ministros e por suas famílias, pois é alvo dos ataques do
Inimigo. Demonstremos amor por nossos líderes apresentando seu lar ao Senhor,
para que toda a família possa estar diante de Cristo, pois um dia nós mesmos
podemos precisar dessas orações.
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