Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos
LIÇÃO 13
TEXTO ÁUREO : “Porém, se vos parece mal
aos vossos olhos servir ao SENHOR, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a
quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus,
em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR” (Js 24.15).
VERDADE PRÁTICA: Com a graça de Deus, a família cristã
vencerá os desafios da vida.
INTERAÇÃO
Caro professor, chegamos ao fim de mais um
trimestre. É o momento de pararmos e refletirmos sobre o exercício magisterial
deste semestre que passou. Como foi? Como professor, os objetivos foram
cumpridos? Temos ainda mais um semestre pela frente e pensarmos e repensarmos a
nossa prática de ensino é auspicioso para corrigirmos erros e vislumbrarmos
acertos no futuro. Professor, a sua classe espera de você comprometimento,
seriedade e conteúdo. Por isso, esforça-te em estudar e pensar a fé cristã.
Leia, leia sempre. Pois a leitura é tremendamente libertadora — “Conhecereis a
verdade, e esta te libertará”. Reflita!
OBJETIVOS: Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
-
Conhecer o exemplo de Noé.
-
Imitar a decisão de Josué.
-
Compreender a fidelidade dos recabitas.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado
professor, para introduzir a lição dessa semana sugerimos que reproduza,
conforme as suas possibilidades, o esquema abaixo. Este apresenta um breve
resumo dos três personagens centrais da nossa lição. Explique à classe que, sem
exceção, ambos os personagens viveram numa sociedade oposta aos princípios de
sua fé e nem por isso deixaram de se posicionar contra as imoralidades daquela
época. Afirme que é assim que devemos nos comportar diante de uma sociedade
corrupta. Boa aula!
POSICIONAMENTOS EM TEMPOS DE CRISE
NOÉ: Ele
andou com Deus. Viveu numa sociedade absolutamente corrompida. Esta era marcada
por uma imoralidade incontrolável. Ali, não havia temor a Deus. Mesmo assim Noé
não hesitou em tomar a decisão de fazer a arca e anunciar o juízo de Deus para
aquela sociedade. Pela decisão de entrarem na Arca, o Senhor livrou Noé e sua
família do juízo...
JOSUÉ: Canaã
estava num tempo de lassidão moral e idolatria. Naturalmente, o povo de Deus
foi influenciado por este contexto de trevas. Mas Josué não deixou de se
posicionar e, categoricamente, afirmou: “se vos parece mal aos vossos olhos
servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: [...]; porém eu e a minha casa
serviremos ao Senhor”.
RECABITAS: A
sociedade judaica estava corrompida e carregada de vícios. Indignidade e
infidelidade eram características dela. Nesse contexto é que o profeta Jeremias
apresenta os Recabitas. Estes compunham uma tribo nômade que havia recebido do
seu ancestral os princípios da lei do Senhor. Passaram-se duzentos anos e os
recabitas não se dobraram à indignidade daquele tempo. Eles honraram ao Senhor
e aos seus ancestrais.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave:
Casa: Lar, Família.
Neste
trimestre estudamos os diversos males que têm assolado a família e vimos também
que Deus é a única resposta para os nossos dias. Por isso, devemos ter o Senhor
Jesus como o esteio e o centro de nosso lar. Se orarmos, jejuarmos, lermos a
Bíblia e fizermos o culto doméstico, teremos condições de lutar contra as
forças do mal e vencê-las em nome de Jesus. Frequentemos assiduamente a igreja
e não faltemos à Escola Dominical. A família que fielmente serve ao Senhor
jamais será destruída.
Vigiemos
e oremos em todo o tempo, para que a nossa casa não seja alcançada pelas águas
do dilúvio moral que encobre o presente século. Digamos, pois, ousadamente: “Eu
e a minha casa serviremos ao Senhor”.
I. O EXEMPLO DECISIVO E CORAJOSO DE NOÉ
1. Noé andou com Deus.
A
vida de Noé revela as qualidades indispensáveis de um servo de Deus: “varão
justo”, “reto em suas gerações” e que “andava com Deus” (Gn 6.9). Por isso
mesmo, o patriarca “achou graça aos olhos do Senhor” (Gn 6.8). Todas essas
características revelaram-se intensa e visivelmente na vida de Noé em meio a
uma sociedade perversa, violenta, imoral e inimiga do Santíssimo Deus. O
patriarca é um exemplo para os pais de família destes últimos dias.
2. Vivendo numa sociedade corrompida.
A
época de Noé foi marcada por uma imoralidade incontrolável e por uma ausência
completa de temor a Deus (Gn 6.11,12). Não poderia haver mundo pior. Quando
analisamos a chamada sociedade pós-moderna, depressa concluímos: não há
diferença entre o nosso século e o século no qual vivia o santo patriarca. Eis
aí um dos mais fortes prenúncios da iminente volta de Jesus (Mt 24.37,39).
Portanto,
que o exemplo de Noé nos inspire a confiar em Deus e a agir como Ele requer de
todos os seus filhos. É hora de lutar por nossas famílias, a fim de que Satanás
não as destrua.
3. A salvação de Noé e sua família.
No
mundo antigo, apenas Noé e a sua família escaparam do cataclismo que devastou a
terra (Gn 7.1). A fé de Noé estendeu-se aos seus filhos, estes creram em Deus e
foram salvos do dilúvio. Não havia nada que pudesse salvá-los, a não ser a
firme decisão de dizer “sim” ao Senhor. Somente a graça de Deus, que alcançou o
patriarca e a sua casa, pode salvar o nosso lar da destruição moral e
espiritual de nossos dias.
II. JOSUÉ — UMA DECISÃO EXEMPLAR
1. A firme tomada de posição.
Josué tomou uma firme e decisiva
posição, a fim de preservar a sua família da idolatria e da lassidão moral de
Canaã (Js 24.15). É um exemplo que todo crente deve seguir. Caso contrário,
nosso cônjuge e filhos serão destruídos pela iniquidade. Há muitos lares que,
apesar de serem conhecidos como cristãos, não mais servem a Cristo. Os pais já
abdicaram de suas responsabilidades quanto à formação espiritual, moral e ética
de seus filhos. Não mais os educam com amor e firmeza; não lhes impõem qualquer
limite. E o que dizer da violência doméstica? Não podemos confundir disciplina
com truculência e brutalidade, pois a esse respeito a Palavra de Deus é
bastante clara: “E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas
criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4).
2. O perigo da omissão dos pais.
A Palavra de Deus recomenda aos
pais que criem os seus filhos “na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4b).
Isso significa que não podemos nos omitir. Veja mais uma vez o exemplo de
Josué. Ele não se omitiu, mas levou toda a sua casa a servir somente a Deus (Js
24.15). De igual modo, devemos educar nossos filhos. Essa decisão tem de ser
prioritária em nossa vida. Assim agiu Josué, porque ele sabia que, doutra
forma, não haveria esperança para o seu lar.
III. O EXEMPLO DOS RECABITAS
1. Uma família exemplar.
A
Bíblia de Estudo Pentecostal afirma que os recabitas eram um povo que
“fazia parte de uma tribo nômade aparentada com os queneus e com Jetro, sogro
de Moisés (cf. Jz 1.16; 1Cr 2.55). Seu ancestral, Jonadabe (cf. 2Rs 10.15-27),
ordenara a seus filhos, mais de duzentos anos antes, que não bebessem nenhum
tipo de vinho”.
Mais
tarde, o próprio Deus tomou os recabitas como exemplo, para mostrar como uma
família pode e deve comportar-se. Eles agiam com dignidade, moderação e
fidelidade ao Senhor em meio a uma sociedade corrompida e carregada de vícios
(Jr 35.1-19).
2. Um exemplo de fidelidade.
Aos
seus filhos, Recabe transmitira fielmente os princípios da lei de Deus.
Passados duzentos anos, seus descendentes continuavam a observar-lhe as
ordenanças e a respeitar-lhe as tradições. Por isso, o Senhor resolveu
mostrá-los como exemplo de fidelidade aos filhos de Judá. Instruído por Deus,
Jeremias leva-os a uma das câmaras do Santo templo e oferece vinho àqueles
homens (Jr 35.1-14). Mas eles se recusam a beber, porque se mantinham
obedientes à voz de Recabe: “Não beberemos vinho, porque Jonadabe, filho de
Recabe, nosso pai, nos mandou, dizendo: Nunca bebereis vinho, nem vós nem
vossos filhos; [...] Obedecemos, pois, à voz de Jonadabe, filho de Recabe,
nosso pai, em tudo quanto nos ordenou [...]” (Jr 35.6,8).
Em
virtude de sua obediência, os recabitas foram grandemente abençoados: “visto
que obedecestes ao mandamento de Jonadabe, vosso pai, e guardastes todos os seus
mandamentos, e fizestes conforme tudo quanto vos ordenou, assim diz o Senhor
dos Exércitos, Deus de Israel: Nunca faltará varão a Jonadabe, filho de Recabe,
que assista perante a minha face todos os dias” (Jr 35.18,19). Quando da
destruição de Jerusalém pelos babilônios, eles foram poupados por Deus ao passo
que os judeus infiéis vieram a perecer.
Se
encaminharmos nossos filhos nas Sagradas Escrituras, eles também serão
preservados da tribulação que virá sobre este mundo que jaz no maligno.
Portanto, instrua sua casa na doutrina e na admoestação do Senhor.
CONCLUSÃO
Diante
de todo o Israel, Josué foi decisivo: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.
Se não agirmos da mesma forma, corremos o risco de ver o nosso lar destruído
pelo Maligno. O momento requer firmeza e coragem. O que estamos esperando?
Neste momento, reúna o seu cônjuge e filhos e renove os seus votos de
fidelidade a Deus. Agindo assim, você terá o Senhor Jesus como o seu hóspede
permanente. Oremos e lutemos pela família cristã.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
PFEIFFER, C. F.;
VOS, H. F.; REA, J. (Eds.) Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
DEVER, M. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. 1 ed., RJ: CPAD, 2008.
ZUCK, R. B. (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
DEVER, M. A Mensagem do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. 1 ed., RJ: CPAD, 2008.
ZUCK, R. B. (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
EXERCÍCIOS
1. Cite as
qualidades indispensáveis de servo de Deus na vida de Noé.
R. “Varão justo”, “reto em suas gerações” e
que “andava com Deus”.
2. Qual era a marca da época de Noé?
R. Imoralidade incontrolável e uma ausência
completa de temor a Deus.
3. O que a Palavra de Deus recomenda aos pais na criação dos seus filhos?
R. A Palavra de Deus recomenda aos pais que
criem os seus filhos “na doutrina e admoestação do Senhor”.
4. Quem eram os recabitas?
R. Eram um povo que fazia parte de uma
tribo nômade aparentada com os queneus e com Jetro, sogro de Moisés.
5. Você tem instruído a sua família na Palavra de Deus?
R. Resposta pessoal.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“NOÉ, UM SEGUNDO ADÃO
O
pecado do homem nos dias de Noé era atroz e doloroso ao Senhor, que se
arrependeu de ter criado o homem. Ele determinou enterrar o homem sob as águas
do mar da mesma maneira que enterrara Adão sob a superfície da terra. As águas
caóticas, que se submeteram obedientemente à mão do Criador para que a terra
seca aparecesse, agora seriam soltas pelo Criador como instrumento da ira
vingativa divina. Mas mesmo assim os propósitos criativos originais não seriam
frustrados e reduzidos, porque Deus começaria novamente com outro Adão, outra
imagem que manteria o mandato da soberania. Claro que este ‘Adão’ era nada mais
nada menos que Noé.
Noé,
embora justo e inocente, foi escolhido não por causa da sua condição reta, mas
como objeto da graça eletiva de Deus (Gn 6.8). Essa eleição tinha óbvias
implicações salvíficas — ele foi salvo do Dilúvio —, mas, além disso, e mais
fundamentalmente, era a escolha pelo ajuste do concerto para o qual Adão fora
criado. Noé tinha de ser o começo de um novo empreendimento de compromisso do
concerto, um novo vice-regente por meio de quem os propósitos soberanos de Deus
tornar-se-iam realidade” (ZUCK, R. B. (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1
ed., RJ: CPAD. 2009, p.36).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico e Homilético
A Promessa de Temer e Obedecer a Deus
Quase todo o relato de Josué é
preenchido com a conquista e a divisão da terra pelos israelitas. Nesse
sentido, isso é o assunto de que o livro trata. No entanto, encontramos um
subtexto importante que precede essa atividade e continua ao longo dela. O povo
fez isso porque prometeu temer e obedecer a Deus.
Pergunto-me se você notou isso
ao ler Josué ou se apenas seguiu as histórias extraordinárias de espiões e de
queda de muros. No capítulo 1, eles prometeram obedecer a Josué, o porta-voz do
Senhor (1.16-18). No capítulo 5, eles, depois de atravessar o Jordão, mas antes
de ir para Jericó, começam de novo a praticar a circuncisão e a comemorar a
Páscoa (5.7-10). Na época do Êxodo, quarenta anos atrás, o Senhor dera essas
duas práticas ao seu povo, todavia, desde essa época tinham negligenciado essas
práticas. O povo prometeu ter o Senhor como seu Deus ao reinstituir essas
práticas. Em certo sentido, eles voltavam a ser o povo do Senhor após o período
de quarenta anos no deserto, quando viveram em um estado de verdadeira
suspensão do entusiasmo. A seguir, no capítulo 8, o povo escuta Josué reler
toda a lei de Moisés (8.34,35) após a derrota de Jericó e de Ai que marcou o
início da conquista da terra. Esse tempo incrível de ensino — é um símbolo
poderoso de que, na verdade, eles são o povo do Senhor.
No final do livro, no registro
de seus últimos atos públicos como líder deles, Josué leva o povo a renovar sua
aliança com o Senhor. No que é uma das mais incomuns declarações da Bíblia,
Josué soa como se incitasse o povo a não escolher seguir ao Senhor. Claro que
não é esse o caso, ele tenta garantir que entendam a seriedade da escolha que
estavam para fazer.
[...] Os anos (ou mesmo
décadas) narrados nesse livro, mostra-nos que é exatamente isso que o povo faz.
Ele mantém sua promessa de servir ao Senhor como o Deus deles. Entretanto, ao
mesmo tempo em que fazem isso, eles continuam a pecar” (DEVER, M. A Mensagem
do Antigo Testamento: Uma Exposição Teológica e Homilética. 1 ed.,
RJ: CPAD, 2008, pp.189-90).
SUBSÍDIOS ENSINADOR
CRISTÃO
“EU E MINHA CASA SERVIREMOS AO SENHOR”
A Palavra de Deus nos mostra diversos homens que conduziram suas
famílias em comunhão com Deus. Não eram famílias perfeitas, que viviam em um
ambiente sem lutas ou adversidades, mas eram famílias que foram apresentadas a
Deus e aos Seus cuidados. Dentre essas famílias, destacamos as de Noé e Josué.
A família de Noé viveu no período do Dilúvio. Ela presenciou a chamada
de Deus a Noé, para que construísse uma arca gigantesca, nos moldes de um
verdadeiro navio, a fim de abrigar as espécies animais de uma grande inundação
que viria. Aquela família trabalhou com Noé durante décadas para que aquela
obra pudesse ser concluída, pois entendeu que aquela construção era também a
obra que salvaria suas vidas. Terminado o trabalho, toda a família foi salva
das águas que destruíram a humanidade porque creram em Deus e respeitaram a
liderança de seu pai. Imagine os anos de zombaria aos quais eles se submeteram
para realizar aquilo que Deus ordenara. Ainda assim, foram recompensados tendo
suas vidas preservadas daquela catástrofe.
Outro exemplo a analisar é o de Josué. Nascido como escravo no Egito,
Josué tornou-se ajudante de Moisés e homem escolhido por Deus para suceder o
grande legislador. Josué viu os milagres de Deus no Egito, a providência divina
no deserto, a terra prometida e desprezada pela sua geração, o preço pago por
seus amigos por não crerem nas palavras de Deus e as rebeliões de Seu povo até
chegarem na terra prometida. Josué é o exemplo de um homem que persistiu em ser
fiel a Deus e que foi recompensado por sua fé. Mas ele fez questão de reafirmar
a fé em Deus para sua família.
Ele reuniu o povo de Israel, lembrou-lhes de tudo o que Deus fizera por
eles, da origem escrava que tiveram e da condição de pessoas livres e
proprietários de terras em que agora estavam. Eles eram livres, tinham uma
terra e uma promessa divina de bênçãos sem medida. Mas aquele povo também
guardava suas idolatrias, e que foram aprendidas com seus pais!
Josué 24.14 toca em um ponto muito delicado. Os filhos de Israel
entraram na terra que Deus lhes dera por promessa, mas não deixaram para trás
os deuses que os seus pais serviram. E Josué os advertiu: “Porém, se vos parece
mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os
deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos
amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR”
(Js 24.15).
Nenhum comentário:
Postar um comentário