Lições Bíblicas
CPAD / Adultos
Título: Jesus, o Homem Perfeito — O Evangelho de
Lucas, o médico amado
Comentarista: José Gonçalves
Data: 28 de Junho de 2015
TEXTO ÁUREO: “E, estando elas muito atemorizadas e
abaixando o rosto para o chão, eles lhe disseram: Por que buscais o vivente
entre os mortos?” (Lc 24.5).
VERDADE PRÁTICA: A
ressurreição de Jesus é a garantia de que todos os que morreram em Cristo se
levantarão do pó da terra.
OBJETIVO GERAL: Apresentar a ressurreição de Cristo como a garantia
da realidade da vida vindoura.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que
o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Explicar a doutrina da
ressurreição.
II. Expor a natureza
literal e corporal da ressurreição de Cristo.
III. Elencar
as evidências diretas e indiretas da ressurreição de Jesus.
IV. Discutir
o propósito da ressurreição de Jesus.
INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
A Bíblia declara que a
ressurreição de Jesus e o seu posterior aparecimento aos discípulos foram
eventos dignos de notas meticulosas dos apóstolos: “E apareceu [Jesus] a Cefas
e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só
vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois,
foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de
todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo” (1Co 15.5-8
— ARA). Jesus ressuscitado é a razão da fé. A certeza para vivermos o
presente e esperança para aguardarmos a nossa plena redenção. A ressurreição de
Cristo significa que, igualmente a Ele, ressuscitaremos da morte para a vida
eterna; que passamos do pecado para a salvação; da injustiça para a justiça
eterna. Ele está vivo, assentado à direita do Pai, intercedendo por nós como um
verdadeiro advogado fiel.
INTRODUÇÃO
As Escrituras ensinam que Deus fez o homem à sua
imagem e semelhança (Gn 1.26). Antes da Queda a morte não tinha domínio sobre o
homem. Todavia, como um ser moralmente livre, o homem pecou fazendo com que o
pecado entrasse no mundo e, com ele, a morte. A morte passou então a todos os
homens.
Ainda na Antiga Aliança, o Senhor deu vida aos
mortos para revelar o seu poder sobre a morte. E mesmo ainda não estando
totalmente revelada, a doutrina da ressurreição já era crida por santos do
Antigo Testamento (Jó 19.25). Eles anelavam pela redenção do corpo.
Jesus se revelou como o Messias prometido e a sua
morte e ressurreição garantiram que a penalidade do pecado — a morte —, fosse
vencida. Em Cristo, o direito de viver eternamente em um corpo físico tornou-se
novamente real.
PONTO CENTRAL: Jesus
Cristo ressuscitou ao terceiro dia. Isso é confirmado por muitas infalíveis
provas (At 1.3).
I. A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO
1. No Contento do Antigo Testamento.
O Antigo Testamento registra três casos de pessoas
que ressuscitaram. Os três casos aconteceram no ministério profético de Elias e
Eliseu. Em 1 Reis 17.17-24, Elias ressuscita o filho da viúva de Sarepta; em 2
Reis 4.32-37 encontramos Eliseu ressuscitando o filho da Sunamita. O outro caso
está em 2 Reis 13.21 onde um morto torna à vida quando toca os ossos do profeta
Eliseu. Esses fatos demonstram, já na Antiga Aliança, o poder de Deus para dar
vida aos mortos.
2. No contento do Novo Testamento.
Com o advento da Nova Aliança a doutrina da
ressurreição é demonstrada em sua plenitude (2Tm 1.10).
O Novo Testamento registra vários casos de pessoas
sendo ressuscitadas. Algumas foram ressurreições efetuadas pelo Senhor Jesus,
enquanto outras por seus apóstolos (Mc 5.35-43; Lc 7.11-17; Jo 11.11-45; At
9.36-42; 20.9,10). Em todos os casos, exceto a ressurreição de Jesus, as
pessoas ressuscitadas morreram novamente.
SÍNTESE DO TÓPICO (I): A doutrina da ressurreição do corpo está presente
tanto no Antigo Testamento quanto no Novo.
II. A NATUREZA DA RESSSURREIÇÃO DE JESUS
1. Uma ressurreição literal.
O testemunho do terceiro Evangelho é de uma ressurreição
física e literal. O próprio Jesus, quando ressuscitou, disse: “Vede as minhas
mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem
carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24.39).
2. Uma ressurreição corporal.
A apologética cristã sempre assegurou que a ressurreição
de Jesus foi um evento físico no qual o seu corpo foi revivificado. Isto
significa que, apesar de transformado, Cristo ressuscitou com o mesmo corpo
físico que fora sepultado. Lucas põe em relevo esse fato quando registra Jesus
comendo com os discípulos após a ressurreição (Lc 24.43). Em sua primeira Carta
aos Coríntios o apóstolo Paulo assevera que toda a fé cristã é falsa se a ressurreição
de Jesus não aconteceu de forma corporal (1Co 15.14,15).
SÍNTESE DO TÓPICO (II): A ressurreição de Cristo foi corporal e
literalmente. Nosso Senhor apareceu aos discípulos durante 40 dias.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, neste tópico, é interessante enfatizar
que, após o sepultamento de Jesus, algumas mulheres foram ao túmulo de Cristo:
Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago (Lc 24.10). Chegando lá, acharam a
pedra do túmulo removida, mas o corpo do Senhor não estava mais lá. De modo que
ouviram de dois homens vestidos com roupas brilhantes: “Não está aqui, mas
ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galileia, dizendo:
Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja
crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite” (Lc 24.6,7). Aqui, estamos diante
de um versículo que afirma com clareza que Jesus foi crucificado, mas
ressuscitou ao terceiro dia, isto é, no domingo pela manhã bem cedo. Por isso
nos reunimos todos os domingos, o dia do Senhor, para celebrarmos Jesus Cristo
ressuscitado.
Conduza o seu aluno à conclusão de que a
ressurreição do nosso Senhor foi um acontecimento tão extraordinário que os
primeiros seguidores de Jesus, todos judeus que guardavam o sábado, passaram a
observar o primeiro dia da semana, o domingo, como um dia especial. Não se pode
desconsiderar o dia em que o nosso Senhor ressuscitou. Portanto, a doutrina da
ressurreição é maravilhosa, confortante e enche-nos de esperança. Esperança
para o presente, esperança para o futuro, e, acima de tudo, a suficiente
certeza de que o nosso Senhor estará conosco para sempre.
III. EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. Evidências diretas.
As Escrituras apresentam muitas evidências da
ressurreição de Jesus. Os apologistas classificam essas evidências em diretas e
indiretas. O texto de Lucas 24.13-35 narra o encontro que dois discípulos, no
caminho de Emaús, tiveram com Jesus após a sua ressurreição. Trata-se de uma
evidência direta da ressurreição porque mostra Jesus ressuscitado com um corpo
físico e tangível. Evidência semelhante pode ser vista no relato da
ressurreição do Evangelho de João 20.10-18. Nesses relatos observamos que as pessoas
para as quais o Senhor apareceu viram o seu corpo, conversaram com Ele e até
mesmo chegaram a tocá-lo. Não se tratava, portanto, de uma visão ou sonho, mas
de um encontro real!
2. Evidências indiretas.
Como vimos, os Evangelhos apresentam muitas provas
diretas da ressurreição do Senhor, todavia, apresentam também outras provas
indiretas. Antes da ressureição encontramos um grupo de discípulos desanimado,
triste e cabisbaixo. Era um cenário desanimador. Após a ressurreição e
Pentecostes, esses mesmos discípulos se apresentam ao povo com uma ousadia
nunca vista. Eles agora passaram a testemunhar que o Senhor deles estava vivo e
apresentavam provas disso. Eles curavam os doentes, levantavam os paralíticos,
expeliam os demônios e testemunhavam: “Deus ressuscitou a este Jesus, do que
todos nós somos testemunhas” (At 2.32). A ressurreição de Jesus se tornou o
principal tema da pregação apostólica.
SÍNTESE DO TÓPICO (III): O encontro dos discípulos com Jesus ressurreto no
caminho de Emaús é um exemplo de evidência direta, enquanto que o ambiente do
Pentecoste demonstra os discípulos de Jesus mais fortes e maduros na fé.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Antes de Jesus sair da terra, Ele leva os
discípulos fora, a Betânia. Erguendo as mãos, Ele ora para que Deus os abençoe.
Enquanto está orando, parte e é levado ao céu pelo Pai celestial. Sua ascensão
significa que Ele entrou na glória (Lc 24.26), foi exaltado e entronizado à mão
direita do Pai.
A partida de Cristo, e sua ascensão, completa sua
obra na terra. Seus seguidores não o verão na terra como viram no passado. Ele
levou para o céu a humanidade que assumiu quando entrou na terra. Apesar de sua
partida, os discípulos estão cheios ‘com grande júbilo’ e o adoram. Eles vieram
a entender muito mais que antes. Em vez de esta separação final ser um tempo de
tristeza, é ocasião de alegria, gratidão e louvor. Agora eles reconhecem que
Ele é o Messias, o Filho divino de Deus, e o adoram como Senhor e Rei.
Os discípulos esperam ser cheios com o Espírito.
Eles obedecem à ordem do Senhor, e voltam a Jerusalém” (ARRINGTON, French L. Lucas.
In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.479).
IV. O PROPÓSITO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. Salvação e justificação.
Aos discípulos no cenáculo, Jesus destaca a
salvação como propósito da ressurreição (Lc 24.46-48). A ressurreição de Jesus
difere de todas as outras, assim como Jesus difere de todos os homens. Ele é o
Deus que se fez carne (Jo 1.14); o segundo Adão, representando a humanidade
caída (Rm 5.12; 1Co 15.45), o único mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5),
que nos salva de nossos pecados (1Tm 1.15). A Bíblia diz que Ele morreu por
causa de nossas transgressões (Rm 4.25); e que seu sacrifício foi em resgate de
todos (1Tm 2.6). Mostra ainda que a sua ressurreição foi por “causa de nossa justificação”
(Rm 4.25) e que nesse aspecto Ele foi designado filho de Deus com poder pela ressurreição
dos mortos (Rm 1.4).
2. A redenção do corpo.
A ressurreição de Jesus é a garantia de que os
crentes também ressuscitarão dos mortos (Rm 5.17). Quando ressuscitou dentre os
mortos, Jesus se tornou as primícias daqueles que ressuscitarão para não mais
morrer (1Co 15.23). O apóstolo Paulo afirma que se Cristo não ressuscitou então
a nossa fé é vã (1Co 15.17). Na ressurreição, Jesus derrotou a morte de forma
que não precisamos mais temê-la (1Co 15.55-58). Na ressurreição, receberemos
corpos incorruptíveis e imortais (1Co 15.42-49).
SÍNTESE DO TÓPICO (IV): O propósito da ressurreição de Jesus é salvar;
justificar e redimir o corpo de todo aquele que crerese se arrepender dos seus
maus caminhos.
CONCLUSÃO
Sem dúvida uma das maiores notícias, e que foi dada
por um anjo, foi que Jesus havia ressuscitado (Lc 24.6). Nos dias de Jesus, a
crença na ressurreição dos mortos não era consenso. Os fariseus acreditavam
nela, mas os saduceus a rejeitavam, e os gregos a ridicularizavam.
Até mesmo os discípulos de Jesus se mostraram
incrédulos e lentos em aceitá-la. Quando ressuscitou dos mortos, o Senhor Jesus
se apresentou a seus discípulos com provas incontestáveis a fim de que nenhum
deles ficasse com dúvida. A ressurreição de Jesus era uma realidade inconteste
para a Igreja Apostólica a ponto de se tornar o principal tema de sua pregação.
PARA REFLETIR
Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas,
responda:
1° Cite os casos de ressurreição registrados
no ministério de Elias e Eliseu.
Resp:
Em 1 Reis 17.17-24, Elias ressuscita o filho da viúva de Sarepta; em 2 Reis
4.32-37 encontramos Eliseu ressuscitando o filho da Sunamita. O outro caso está
em 2 Reis 13.21, em que um morto torna à vida quando toca os ossos do profeta
Eliseu.
2° Por que a doutrina da ressurreição dos
mortos ainda não era plenamente revelada no Antigo Testamento?
Resp:
Somente com o advento da Nova Aliança a doutrina da ressurreição foi
demonstrada em sua plenitude (2Tm 1.10).
3° Jesus
ressuscitou com o mesmo corpo com o qual foi sepultado?
Resp:
Sim, apesar de transformado. Cristo ressuscitou com o mesmo corpo físico que
fora sepultado.
4° Como os apologistas classificam as
evidências da ressurreição de Jesus?
Resp:
Os apologistas classificam essas evidências em diretas e indiretas.
5° Quais os propósitos da ressurreição de
Jesus?
Resp:
Salvar, justificar e redimir o homem e o seu corpo mortal e corruptível.
SUBSÍDIOS ENSINADOR
CRISTÃO
A ressurreição de Jesus
Passou o dia da crucificação, possivelmente na
tarde da uma sexta-feira, mas quinta-feira para nós — para os judeus o dia
começa a partir das 18hs. Passou o Sábado de Aleluia. Chegou o Domingo — Foi-se
o primeiro dia, passou-se o segundo, mas chegou o terceiro. O mestre de Nazaré
ressuscitou. O Deus Pai o fez Senhor e Cristo e deu-lhe um nome que é sobre
todo o nome (Fp 2.9-11). Ele apareceu aos doze apóstolos e a mais de 500
pessoas da Palestina no período de quarenta dias (Mt 28.16-20; Lc 24.36-49; At
1.1-3; 1Co 15).
Após o sepultamento de Jesus, algumas mulheres,
Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago (Lc 24.10), foram ao túmulo de
Cristo. Chegando lá, acharam a pedra do túmulo removida, mas o corpo do Senhor
não estava mais lá. De modo que ouviram de dois homens vestidos com roupas
brilhantes: “Ele não está aqui, mas foi ressuscitado. Lembrem que, quando
estava na Galileia, ele disse a vocês: O Filho do Homem precisa ser entregue
aos pecadores, precisa ser crucificado e precisa ressuscitar no terceiro dia”
(Lc 24.6,7). Sim, Jesus foi crucificado, mas ressuscitou ao terceiro dia, isto
é, no domingo pela manhã bem cedo. Por isso nos reunimos todos os domingos, o
dia do Senhor, para celebrarmos Jesus Cristo ressuscitado.
A Bíblia declara que a ressurreição de Jesus e o
seu aparecimento posterior aos discípulos foram eventos tão grandiosos que o
apóstolo Paulo os relatou detalhadamente: “[Jesus] apareceu a Pedro e depois
aos doze apóstolos. Depois apareceu de uma só vez, a mais de quinhentos
seguidores, dos quais a maior parte ainda vive, mas alguns já morreram. Em seguida
apareceu a Tiago e, mais tarde, a todos os apóstolos. Por último, depois de
todos, ele apareceu também a mim, como para alguém nascido fora de tempo” (1Co
15.4-8). Jesus Ressuscitado é a razão da nossa fé!