Lições
Bíblicas CPAD / Adultos
Título: Jesus, o
Homem Perfeito — O Evangelho de Lucas, o médico amado.
Comentarista: José
Gonçalves
Lição 10:
Jesus e o dinheiro
Data: 7 de Junho de 2015
TEXTO ÁUREO: “E, vendo
Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no Reino
de Deus os que têm riquezas!” (Lc 18.24).
VERDADE PRÁTICA: As Escrituras não condenam a aquisição honesta de
riquezas, e, sim, o amor a elas dispensado.
OBJETIVO GERAL: Como mordomos que somos,
ensinar o uso correto do dinheiro e dos bens confiados por Deus a nós, à luz do
ensino de Jesus.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Pontuar o dinheiro, os bens e as posses na perspectiva secular e na
cristã.
II. Explicar o dinheiro, os bens e as posses na perspectiva do judaísmo do
tempo de Jesus.
III. Conhecer o que Jesus ensinou sobre o dinheiro, as posses e os bens.
IV. Conscientizar o aluno da importância de entesourar tesouros no céu.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Caro professor, o assunto “dinheiro” não é fácil de ser tratado no meio
evangélico. Muitos hoje têm sido levados por caminhos nada bíblicos e
evangélicos, quando o assunto é dinheiro. Entretanto, o nosso objeto de estudo
é o Evangelho de Lucas. Ou seja, o que nos interessa saber é o que a Palavra de
Deus, revelada em Lucas, diz acerca do dinheiro. Qual o estilo de vida que o
cristão deve ter à luz desse texto? É o que nos interessa responder nesta lição
e também deve ser a pergunta que deve conduzir a aula quando ministrada em
sala. Boa aula!
INTRODUÇÃO
O cristianismo bíblico e
ortodoxo sempre manteve uma posição de cautela e até mesmo reserva com respeito
ao uso do dinheiro e aquisição de riquezas. Na verdade, os primeiros líderes
cristãos, inspirados nos ensinos de Jesus, passaram a desestimular a aquisição
de bens materiais. Entretanto, o secularismo e o materialismo sempre rondaram o
arraial cristão e, vez por outra, Mamon tem deixado suas marcas em nosso meio.
Observaremos, nesta lição, que
os ensinos de Jesus sobre a aquisição de riquezas se distanciam do judaísmo de
seus dias e, também, daquele que é praticado hoje por muitos setores do
cristianismo evangélico. Longe de estimular a aquisição de bens, como fazem
dezenas de igrejas, Jesus aconselhava se desvencilhar delas.
Aprendamos com o Mestre o uso
correto do dinheiro e como ser bons mordomos dos bens que nos foram confiados.
PONTO CENTRAL:
O dinheiro, os bens e as posses,
na perspectiva de Jesus, não devem ser o significado último da vida.
I. O DINHEIRO, BENS E POSSES NAS PERSPECTIVAS
SECULAR E CRISTÃ
1. Perspectiva secular.
Uma das formas mais comuns de se enxergar o dinheiro, bens e posses na
cultura secular é vê-los apenas como algo de natureza puramente material. Tanto
no mundo antigo quanto no contemporâneo, é possível observar que a realidade
material pareceu sempre se sobrepor à espiritual. O material passa a dominar a
vida das pessoas e isso inclui dinheiro, bens e posses. No Mundo Ocidental,
essa forma de enxergar as coisas transformou-se em uma filosofia de vida que se
recusa a enxergar outra coisa além da matéria. Por essa perspectiva, o material
é superestimado enquanto o espiritual é ignorado e suplantado. Nesse contexto,
quem tem posses é valorizado, e quem não as possui nada vale. O dinheiro, como
valor material que garante posses, ganha o status de senhor em vez de
servo.
2. Perspectiva cristã.
No contexto cristão, o mesmo
Deus que fez o espiritual é o mesmo que fez o material. Nos ensinos de Cristo,
não há um dualismo entre matéria e espírito! Todavia, as coisas espirituais,
por serem de natureza eterna, ganham primazia sobre as materiais, que são
apenas temporais (Lc 10.41). Na perspectiva cristã, portanto, as dimensões
material e espiritual devem coexistir. Assim como servimos a Deus com o nosso
espírito, nossa dimensão espiritual, devemos também servir com o nosso corpo
(1Co 6.19,20; 1Ts 5.23), nossa dimensão material. Dessa forma, quem se tornou
participante dos valores espirituais deve também servir com seus bens materiais
(Rm 15.27; Lc 8.3). Aqui, o dinheiro, como valor material, não é visto como
senhor, mas apenas como um servo.
SÍNTESE DO TÓPICO (I): Na perspectiva secular,
o dinheiro é apenas um elemento material; na cristã, as dimensões espiritual e
material devem coexistir.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, antes de entrar no
tópico da lição, é importante que você contextualize a passagem bíblica de
Lucas 18.18-30 para os seus alunos. Por isso, disponibilizamos o comentário do
teólogo French L. Arrington: “Sem confiança própria de criança, a entrada no
Reino de Deus é bloqueada. Um exemplo é o príncipe rico (vv.18-25), que não
está disposto a responder a Jesus com humildade e fé. Mateus diz que ele é
jovem (Mt 19.20), e Lucas o identifica como príncipe, talvez de uma sinagoga
(cf. Lc 8.41). Como os fariseus, ele confia em suas boa ações. Ele também tem
riquezas, às quais está apegado.
Este príncipe presume que falta
uma obra que ele não está fazendo atualmente para herdar a vida eterna. Ele
reconhece Jesus como figura de autoridade e lhe pergunta: ‘Bom Mestre, que hei
de fazer para herdar a vida eterna?’. O jovem faz esta pergunta à maior
autoridade no assunto, mas ele saúda Jesus com um simples ‘bom mestre’. Sua
compreensão de Jesus é rasa. Ele o considera somente como homem e não tem ideia
de que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. Sua estima pelo Salvador não é mais
alta do que ele teria por um professor distinto. O modo como ele se dirige a
Jesus parece ser nada mais que lisonja.
[...] Como discernidor perfeito
do coração humano, Ele [Jesus] percebe que o príncipe adora seus bens materiais
e o lembra que ele tem de fazer mais uma coisa: ‘Vende tudo quanto tens,
reparte-o pelos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me’.
Jesus pôs o dedo no pecado do coração deste homem — seu amor pelos bens
materiais. Suas riquezas terrenas estão entre ele e Deus. Visto que ele não pôs
Deus em primeiro lugar no coração, Jesus exige que o homem distribua o
dinheiro. [...] ‘Não terás outros deuses diante de mim’ (Êx 20.3).
Pouco disposto a obedecer a Jesus,
o jovem príncipe rico vai embora sem a vida eterna. Enquanto vai, Jesus observa
o quanto é difícil os ricos entrarem no Reino de Deus (v.24). Sua tentação é
confiar nas coisas terrenas. Eles acham difícil se entregar à misericórdia de
Deus e escolher o Reino. Para ilustrar o quanto é difícil, Jesus insiste que
não é mais fácil para o rico entrar no Reino de Deus do que para um camelo
passar pelo fundo de uma agulha. Esta ilustração vívida ensina o quanto é
impossível os ricos, por méritos próprios, entrarem no Reino de Deus. Falando
humanamente, é impossível.
Qualquer tentativa de libertar alguém de um amor
demoníaco pelas coisas terrestres fracassará.
[...] Jesus lembra à sua
audiência que, embora seja impossível para uma pessoa salvar a si mesma, Deus pode.
Ele pode fazer o que é impossível para os seres humanos. Ele pode redirecionar
o coração do amor por bens terrenos para um amor pelo eterno, e pode operar o
milagre da conversão no coração do rico e do pobre. As pessoas não podem mudar
o coração; mas quando respondemos a Deus pela fé, o Espírito Santo transforma
nosso coração e nos proporciona a salvação” (ARRINGTON, French L. Lucas.
In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico
Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, pp.436-37).
II. DINHEIRO, BENS E POSSES NO JUDAÍSMO DO TEMPO DE
JESUS
1. Ricos e pobres.
No judaísmo do tempo de Jesus, a sociedade estava dividida em dois
grupos: os ricos e os pobres. Na classe mais abastada, estavam os sacerdotes,
participantes de uma elite que controlava o sistema de sacrifícios e lucravam
com ele, e os herodianos que possuíam grandes propriedades. Um outro grupo era
formado por membros da aristocracia judaica que enriqueceu à custa de impostos
de suas propriedades e ao seu comércio. O último grupo era formado por judeus
comerciantes, que, embora não possuíssem herdades, participavam ativamente da
vida econômica da nação. No extremo oposto dessa situação, estavam os pobres!
Estes eram “o povo da terra” (Lc 21.1-4). Não possuíam nada e ainda eram
oprimidos pelos ricos (Tg 2.6).
2. Generosidade e prosperidade.
Na cultura judaica nos dias de
Jesus, a posse de bens materiais não era vista como um mal em si. O expositor
bíblico P. H. Davids observa que os exemplos de Abraão, Salomão e Jó serviam de
inspiração àqueles que almejavam a prosperidade. A ideia era que os ricos
prosperavam porque sobre eles estava o favor de Deus. Dessa forma, a
prosperidade passou a ser associada à piedade. Para evitar a avareza e a
ganância, a tradição rabínica estimulava os ricos a serem generosos e
solidários com os pobres, que era maioria na comunidade. Evidentemente que essa
concepção estimulava apenas as ações exteriores, sem levar em conta as atitudes
interiores (Lc 21.4).
SÍNTESE DO TÓPICO (II): No judaísmo do tempo de
Jesus havia dois grupos sociais, os ricos e os pobres; a ideia era de que os
ricos prosperavam porque tinham o favor de Deus.
III. DINHEIRO, BENS E POSSES NOS ENSINOS DE JESUS
1. Jesus alertou sobre os perigos da riqueza.
O ensino de Jesus sobre o uso das riquezas foi muito mais radical do que
ensinava o judaísmo e a tradição rabínica dos seus dias. Jesus, ao contrário
dos rabinos, não associou a piedade com a prosperidade. A riqueza de alguém
nada dizia sobre a sua real condição espiritual. Para Jesus, o perigo das
riquezas estava no fato de que elas poderiam, até mesmo, se transformar numa
personificação do mal e reivindicar o culto para si. Por isso, advertiu: “Não
podeis servir a Deus e [as riquezas]” (Lc 16.13). O vocábulo traduzido como
“riqueza”, nesse texto, corresponde à palavra grega de origem aramaica Mammonas,
traduzida na ARC como Mamom. A riqueza pode se transformar em um ídolo, ou
deus, para aqueles que a possui. Nesse aspecto, as riquezas tornam-se um
obstáculo no caminho daquele que serve a Deus (Lc 8.14).
2. Jesus ensinou a confiança em Deus.
Embora Jesus tenha mostrado que
as riquezas podem, até mesmo, se tornar uma personificação do mal, Ele não as
demonizou. No entanto, na perspectiva lucana, Jesus desencoraja a aquisição de
riquezas (Lc 12.13; 18.22) e estimula a confiança em Deus. E havia uma razão
para isso. Logo após mostrar os perigos da avareza a alguém que queria fazer
dEle um juiz em uma questão relacionada a uma herança, Jesus revela a seus
discípulos que a melhor forma de se proteger desse mal é confiar inteiramente
na provisão divina (Lc 12.13-34). As riquezas dão a falsa sensação de segurança
e de independência das coisas espirituais. Daí, sua recomendação para não se
confiar nelas (Lc 12.33,34).
SÍNTESE DO TÓPICO (III): Jesus ensinou sobre o
dinheiro e alertou sobre o seu perigo. Por isso, os discípulos deviam colocar a
sua confiança em Deus.
IV. DINHEIRO, BENS E POSSES NA MORDOMIA CRISTÃ
1. Avaliando a intenção do coração.
Os léxicos definem a avareza como um apego demasiado e sórdido ao
dinheiro e mesquinhez. Vimos que, para evitar esse mal, a tradição rabínica
estimulava as práticas filantrópicas e solidárias. O ensino de Jesus sobre o
uso das riquezas vai muito além da simples doação de bens e ações
filantrópicas. Ele não se limitava a avaliar apenas as ações exteriores, mas,
sobretudo, voltava-se para as atitudes interiores. Dessa forma, valorizou as
atitudes da mulher pecadora na casa de Simão, o leproso, e de Maria de Betânia,
a irmã de Marta e de Lázaro (Lc 7.36-50). Não era, portanto, apenas se desfazer
dos bens, mas a atitude e intenção com que isso era feito (Lc 11.41; 21.1-4).
Não basta apenas ofertar, ou dar o dízimo, mas a atitude com que se fazem essas
coisas. Não era apenas doar, mas doar-se.
2. Entesourando no céu.
Mordomo é alguém que administra
os bens de outra pessoa. Os bens não lhe pertencem, mas ele pode usufruir deles
enquanto os administra para seu legítimo dono. Jesus contou a parábola do
administrador, ou mordomo infiel, para mostrar esse fato (Lc 16.1-13). O
entendimento entre os intérpretes da Bíblia é que essa parábola tem um fim
escatológico. Assim como os filhos deste mundo são perspicazes e astutos no que
diz respeito ao uso de suas riquezas, assim também os filhos do Reino devem ser
sábios na aplicação de seus bens. O ensino da parábola é que o melhor
investimento é usar os recursos materiais adquiridos na propagação do Reino de
Deus e, dessa forma, ganhar amigos para a vida eterna (Lc 16.9).
SÍNTESE DO TÓPICO (IV): Jesus ensinou a respeito
do uso correto do dinheiro, mostrando o cuidado que devemos ter com a avareza.
CONCLUSÃO
Não há valor moral no dinheiro
em si. Ter dinheiro pode ser uma coisa boa ou ruim. Isso vai depender do
conjunto de valores daquele que o utiliza. Certamente, usar o dinheiro para
ajudar uma obra filantrópica, ou investir na obra missionária, é uma coisa útil
e louvável. Todavia, usar esse dinheiro, como advertiu Jesus, simplesmente com
a atitude de querer mais posses, mais prestígio, mais autossatisfação, acaba se
tornando uma coisa ruim. Leiamos com cuidado o terceiro Evangelho e descubramos
o exercício da verdadeira mordomia cristã.
PARA REFLETIR
Sobre os ensinos do Evangelho de
Lucas, responda:
1° Como é visto o dinheiro na cultura secular?
Resp: Uma das formas mais comuns de enxergar o dinheiro, bens e posses na
cultura secular é vê-los apenas como algo de natureza puramente material.
2° Como era a situação dos pobres nos dias de
Jesus?
Resp: Os pobres eram “o povo da terra” (Lc 21.1-4). Não possuíam nada e ainda
eram oprimidos pelos ricos (Tg 2.6).
3° Como o judaísmo via as riquezas?
Resp: A posse de bens materiais não era vista como um mal em si.
4° Como Jesus avaliava aqueles que possuíam
riquezas?
Resp: Ele avaliava não apenas as ações exteriores, mas, sobretudo as atitudes
interiores.
5° O que você pensa a respeito do ter dinheiro? É
algo ruim ou bom?
Resp: Resposta livre. A ideia é que o aluno responda sob a perspectiva
bíblica ensinada na lição.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Jesus e o dinheiro
O assunto “dinheiro” tem sido um
tema controverso no meio evangélico. Muitas orientações passadas ao povo, de
modo geral, mais parece fiel a perspectiva secular que a cristã. Quando falamos
de perspectiva secular, nos referimos à maneira individualista, egoísta e
mesquinha de lidar com o dinheiro. A iniciativa de acumular bens para si é
diametralmente oposta a do Evangelho, que ordena compartilharmos o que se tem.
Uma parábola de Jesus que sugere isso é a do “Rico Insensato”. Uma pessoa
obstinada a somente acumular bens nesse mundo e não atentar seriamente para o
que importa. Precisamos ter a coragem de afirmar que a perspectiva cristã não
incentiva a busca pela riqueza, pelo contrário, desestimula. Isso mesmo, o
Evangelho desestimula a busca da riqueza pela riqueza, o consumismo
desenfreado. Note alguns versículos bíblicos que seriam em muitos lugares hoje
impraticáveis e até proibidos de serem lidos:
“Vendei o que tendes, e dai
esmolas, e fazei para vós bolsas que não se envelheçam, tesouro nos céus que
nunca acabe aonde não chega ladrão, e a traça não rói” (Lc 12.33).
“Disse, porém, Abraão: Filho
lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro, somente males;
e, agora, este é consolado, e tu, atormentado” (Lc 16.25).
“E, quando Jesus ouviu isso,
disse-lhe: Ainda te falta uma coisa: vende tudo quanto tens, reparte-o pelos
pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me. Mas, ouvindo ele
isso, ficou muito triste, porque era muito rico. E, vendo Jesus que ele ficara
muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os que têm
riquezas!” (Lc 18.22-24).
“Tendo, porém, sustento e com
que nos cobrirmos, estejamos com isso contente. Manda aos ricos deste mundo que
não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas” (1Tm
6.8,17).
“Eia, pois, agora vós, ricos,
chorai e pranteai por vossas misérias, que sobre vós hão de vir. As vossas
riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da traça. O vosso
ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra
vós e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias” (Tg
5.1-3).
Esses versículos não querem proibir o direito de uma pessoa, por
intermédio do trabalho honesto, buscar o conforto para sua família (2Ts 3.6-13).
Coisa que o brasileiro faz e deve fazer com orgulho! Mas o que não podemos é
fazer da vida um estilo materialista para gerar e acumular riquezas.
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