Lições Bíblicas CPAD / Adultos
Título: O final de todas as coisas — Esperança e glória
para os salvos
Comentarista: Elinaldo Renovato
TEXTO ÁUREO: “Se
esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens”
(1Co 15.19).
VERDADE PRÁTICA: Os salvos, que morreram em Cristo, aguardam a
ressurreição no céu e os ímpios a esperam no Hades, em sofrimento indizível.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Explicar o estado intermediário dos mortos;
II. Saber a real situação espiritual dos mortos;
III. Mostrar o destino final dos mortos.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Com a graça de Deus,
chegamos ao final de mais um trimestre. Esperamos que as lições tenham
implantado nos corações de seus alunos a esperança de que Jesus voltará a
qualquer momento. Essa é a nossa real espera. Na lição de hoje, estudaremos a
respeito do destino final dos crentes e dos ímpios que já morreram. A Palavra
de Deus nos assegura que os mortos em Cristo ressuscitarão para a vida eterna
ao lado do Salvador. Esse é o destino final dos crentes. Porém, os ímpios, vão
ressuscitar para o desprezo eterno. Seu destino final é o inferno, onde haverá
dor, vergonha e tristeza. Que possamos anunciar o Evangelho, ganhando pessoas
para Cristo e livrando-as da condenação eterna.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos o destino final dos
ímpios e dos salvos em Jesus Cristo.A Palavra de Deus nos garante que não será em vão a nossa esperança em Jesus Cristo, pois pela fé já temos assegurado um futuro glorioso ao seu lado. Para os ímpios, que não se arrependeram, é reservado o sofrimento e a condenação eterna, pois suas escolhas enganosas os levaram a desprezar a salvação de Deus.
PONTO CENTRAL: Os crentes que dormem no Senhor vão ressuscitar
para a vida eterna e os ímpios para o castigo eterno.
I. O ESTADO INTERMEDIÁRIO
1. O que é?
É o estado entre a morte física e a ressurreição,
tanto dos salvos, como dos ímpios. Os salvos terão um destino diferente dos
ímpios: “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão
nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a
ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da
condenação” (Jo 5.28,29). A Palavra de Deus afirma que não existe purgatório e
que também não há o “sono da alma”, nem tampouco a reencarnação, como creem
alguns. Depois da morte segue-se o juízo divino.
2. O Sheol e o Paraíso. Sheol é um termo hebraico que pode
significar sepultura ou “lugar ou estado dos mortos”.
Em o Novo Testamento, Sheol é traduzido por Hades.
Normalmente o Hades é visto como um lugar destinado aos ímpios. Deus
livra o justo do Sheol ou da sepultura (Sl 49.15). O Sheol
(inferno) é lugar de punição para os ímpios que não se arrependeram dos seus
pecados e não entregaram suas vidas a Jesus Cristo (cf. Sl 9.17).O vocábulo “paraíso” é de origem persa e significa um parque ou jardim de paz e harmonia. Foi usado pelos tradutores da Septuaginta para significar o Jardim do Éden (Gn 2.8). Aparece apenas três vezes no Novo Testamento (Lc 23.43; 2Co 12.4; Ap 2.7).
3. O lugar dos mortos.
Os Teólogos entendem que “o lugar dos mortos”, o Hades,
estava dividido em duas partes. Estes tomam como base o texto de Lucas
16.19-31, no texto que se refere a Lázaro e ao rico. O primeiro, fiel a Deus,
foi levado para o “Seio de Abraão”, ou ao Paraíso, estando em repouso e felicidade.
O rico, orgulhoso e incrédulo foi para o Hades, onde experimenta
angústia e sofrimento atroz. Myer Pearlman diz que Cristo desceu ao Sheol
(Sl 16.10; 49.15), “ao mundo inferior dos espíritos” (Mt 12.40; Lc 23.42,43), e
libertou os santos do Antigo Testamento levando-os consigo para o paraíso
celestial (Ef 4.8-10). O lugar ocupado pelos justos que aguardam a ressurreição
foi trasladado para as regiões celestiais (Ef 4.8; 2Co 12.2). Desde então, os
espíritos dos justos sobem para o céu e os espíritos dos ímpios descem para a
condenação (Ap 20.13,14). Segundo os textos bíblicos, o Paraíso estaria em cima
(Pv 15.24a) e o Hades embaixo (Pv 15.24b).
SÍNTESE DO TÓPICO (I): Os
salvos em Jesus Cristo e os ímpios terão um destino final diferente.
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
“Seol”
O Antigo Testamento usa a palavra hebraica Seol
65 vezes para descrever a residência dos mortos. A Septuaginta traduz esta
palavra em grego como ‘hades’, e o Novo Testamento refere-se a isto
diversas vezes (Lc 16.23). Nas traduções do Antigo Testamento para o inglês, a
palavra aparece variadamente como ‘inferno’, ‘cova’ e ‘sepultura’. Seol
pode ter diferentes significados, em diferentes contextos, trazendo alguma
confusão e diferentes interpretações a respeito da natureza exata do seu
significado. Seja a sepultura ou o mundo dos mortos, Seol fala das mais
das profundezas, a antítese dos mais altos céus (Jó 11.8; cf. Pv 9.18). Seol
também se refere a um lugar de punição do qual somente Deus tem o poder de
libertar” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição.
RJ: CPAD, 2008, p.417).
II. A SITUAÇÃO DOS MORTOS
Qual é a real situação daqueles que já morreram? O
texto de Lucas 16 nos mostra a diferença entre o estado dos ímpios e dos justos
após a morte. Vejamos:
1. O estado intermediário dos salvos.
Na história do rico e Lázaro (Lc 16), vemos o
estado intermediário dos salvos. O justo ao morrer é conduzido pelos anjos até
o Paraíso (v.22). Que privilégio, que honra têm os salvos ao morrer, e serem
recepcionados pelos anjos. Ao ladrão da cruz Jesus disse: “Hoje estarás comigo
no Paraíso” (Lc 23.42,43). O espírito e a alma deixam o corpo e permanecem no
lugar de espera (Paraíso), aguardando a ressurreição na Vinda de Jesus.
2. Os justos são recebidos pelo Senhor.
É o próprio Senhor Jesus quem recebe o espírito dos
justos após a morte. Tomemos como exemplo o caso de Estevão que está narrado em
Atos 7.59. Para espanto dos ímpios, eles verão Jesus recepcionar gloriosamente
os que o aceitaram como Salvador.Os que morreram em Cristo, bem como os ímpios, vão manter sua identidade pessoal, sua personalidade e consciência depois da morte. Moisés, tendo sido sepultado por Deus, aparece, falando com Jesus no Monte da Transfiguração (Mt 17.3; Lc 9.30-32), ao lado de Elias, que foi arrebatado. Note-se que são os mesmos nomes, Moisés e Elias.
A despeito de tudo o que foi dito, devemos lembrar que, para o salvo, a morte é um ganho: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho”. Paulo tinha o “desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Fp 1.21,23).
3. O estado intermediário dos ímpios.
Eles vão para o Sheol ou Hades, ou
seja, o inferno, que é o seu destino final (Sl 9.17). Nesse “estado
intermediário”, aguardam seu julgamento final.O Hades é um lugar “embaixo”, ou seja, oposto ao céu (“seio de Abraão”). O rico “ergueu os olhos”, vendo “ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio” (v.23): “Para o sábio, o caminho da vida é para cima, para que ele se desvie do inferno que está embaixo” (Pv 15.24).
Fato é que os ímpios sofrerão e estarão conscientes. O rico ímpio estava em “tormentos” (v.23) e clamava pedindo misericórdia (v.24). Os ímpios que morreram sem Cristo estão “em prisão” (1Pe 3.19) e ali eles vão se lembrar dos que ficaram na Terra (v.28). As Escrituras Sagradas afirmam que estes não podem ser consolados por ninguém: “E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá” (v.26).
Fica, pois, evidente que aqueles que descem ao Hades não podem se comunicar com os vivos. Eles são lembrados de que em vida tiveram oportunidade de ouvir as Escrituras, mas desprezaram as suas advertências (vv.27-31).
SÍNTESE DO TÓPICO (II): O salvo em Jesus Cristo ao morrer é conduzido ao céu e os ímpios, ao
inferno.
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
O Estado Final dos Ímpios
A Bíblia descreve o destino final dos ímpios como
algo terrível e que vai além de toda a imaginação. São as ‘trevas exteriores’,
onde haverá choro e ranger de dentes por causa da frustração e do remorso ocasionados
pela ira de Deus (Mt 22.13; 25.30). É uma ‘fornalha de fogo’ (Mt 13.42,50),
onde o fogo pela sua natureza é inextinguível. Causa perda eterna, ou
destruição perpétua (2Tm 1.9), e ‘a fumaça do seu tormento sobe para todo o
sempre’ (Ap 14.11; cf. 20.10). Jesus usou a palavra Gehenna como termo
aplicável a isso.Depois do juízo final, a morte e o Hades serão lançados no lago de fogo (Ap 20.14), pois este, que fica fora dos novos céus e da nova terra (cf. Ap 22.15), será o único lugar onde a morte existirá. É então que a vitória de Cristo sobre a morte, como o salário do pecado, será final e plenamente consumada (1Co 15.26). Mas nos novos céus e terra não haverá mais morte (Ap 21.4)” (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, pp.642,43).
III. O DESTINO FINAL DOS MORTOS
Após passarem pelo “estado intermediário”, os
mortos ressuscitarão. Os salvos irão para a “vida eterna” e os ímpios, “para
desprezo eterno” (Jo 5.28,29).
1. O estado final dos salvos.
Após a primeira ressurreição (Rm 8.11), os salvos
vão para as Bodas do Cordeiro, passarão pelo Tribunal de Cristo, e viverão com
Deus por toda a eternidade. Esse é o destino final dos salvos. Seus corpos
ressuscitarão e se tornarão incorruptíveis (cf. 1Co 15.42-44). O mesmo corpo
que morreu será transformado por Deus e ressuscitará “em glória”, semelhante ao
corpo de Jesus ao ressuscitar (Fp 3.21).
2. O estado final dos ímpios.
Os ímpios ressuscitarão para “vergonha e desprezo
eterno” (Dn 12.2). Seu destino final é o lago de fogo (Ap 20.15), onde “haverá
pranto e ranger de dentes” (Mt 22.13). Ali os ímpios desfrutarão da companhia
do Diabo, do Anticristo e do Falso Profeta (Ap 20.10; 21.8). Atualmente, muitos
ímpios ficam impunes, mas no inferno estes receberão o castigo eterno por tudo
o que fizeram de mal (2Ts 1.9).
SÍNTESE DO TÓPICO (III): O
salvo em Jesus Cristo ao morrer é conduzido ao céu e os ímpios, ao inferno.
SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO
O Estado Final dos Justos
A nossa salvação traz-nos a um novo relacionamento
que é muito melhor do que aquele que Adão e Eva desfrutavam antes da Queda. A
descrição da Nova Jerusalém demonstra que Deus tem para nós um lugar melhor do
que o Jardim do Éden, com todas as bênçãos do Éden intensificadas. Deus é tão
bom! Ele sempre nos restaura a algo melhor do que aquilo que perdemos.
Desfrutamos da comunhão com Ele agora, mas o futuro reserva-nos a ‘comunhão
intensificada com o Pai, o Filho e o Espírito Santo e com todos os santos’. A
vida na Nova Jerusalém será emocionante. Nosso Deus infinito nunca ficará sem
novas alegrias e bênçãos para oferecer aos redimidos. E posto que as portas da
cidade sempre estarão abertas (Ap 21.25; cf. Is 60.11), quem sabe o que os
novos céus e terra terão para explorarmos?” (HORTON, Stanley. Teologia
Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996,
p.645).
CONCLUSÃO
O estudo da Escatologia é um dos mais edificantes
para a Igreja em todos os tempos, principalmente no presente século, quando
muitos sinais dão a entender que a vinda de Jesus poderá acontecer a qualquer
momento.Que você possa prosseguir com o estudo da Escatologia Bíblica. Leia a Palavra de Deus, ore, jejue e esteja aguardando o maior acontecimento escatológico de todos os tempos: O arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus Cristo.
PARA REFLETIR
A respeito da Escatologia Bíblica, responda:
1° O que é o estado intermediário?
Resp: É o estado entre a morte física e a ressurreição,
tanto dos salvos, como dos ímpios.
2° O que significa Sheol?
Resp: Sheol é um termo hebraico que pode significar
sepultura ou “lugar ou estado dos mortos”.
3° A quem é destinado o Hades?
Resp: Hades é visto como um lugar destinado aos ímpios.
4° Qual o significado do vocábulo “Paraíso”?
Resp: O vocábulo “paraíso” é de origem persa e significa
um parque ou jardim de paz e harmonia.
5° Quem recebe os justos depois da morte?
Resp: É o próprio Senhor Jesus quem recebe o espírito
dos justos após a morte.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O destino final dos mortos
A vida após a morte dá margem para muitas
especulações. Na religião, essas especulações chegaram a graus absurdos. Para
se ter ideia das especulações que proliferaram ao longo da história da
humanidade, dê uma olhada na tabela abaixo, sugiro que o prezado professor a
reproduza para introduzir o assunto, o Estado Intermediário, no primeiro
tópico:Após apresentar essas teorias, exponha o que a Bíblia diz sobre o estado chamado de “intermediário”, conforme está na lição: situação após a morte, que não significa um estado de purificação, ou retorno “eterno” ou de uma inconsciência sem fim. A Palavra de Deus diz que quando nos encontrarmos com o Senhor estaremos imediatamente com o Ele num estado de descanso (Ap 14.13), de serviço (Ap 7.15) e de santidade (Ap 7.14).
O Estado Eterno
As Escrituras mostram com clareza que na morte não
termina a vida; se inicia outra. Há uma crise humana em lidar com a morte e a
finitude da vida. Inconscientemente, o ser humano.tem a “consciência” da
eternidade. Portanto, ouçamos a pergunta de Jesus, na parábola do rico
insensato, e meditemos: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua
alma, e o que tens preparado para quem será? Assim é aquele que para si ajunta
tesouros e não é rico para com Deus” (Lc 12.20,21; cf. 12.13-21).
O Destino dos ímpios
São os perversos em natureza, sem amor no coração,
que vivem a vida com o objetivo de fazer o mal e a perversidade para o outro,
para a tristeza eterna, ouvirão do Senhor: “Apartai-vos de mim, malditos, para
o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25.41; cf. 25.42-46; Dn
12.2; Ap 20.12; 21.8; 22.15).
O Destino dos Justos
Mas aqueles que pela fé foram alcançados pela graça
de Deus, deram lugar a uma nova natureza, com o amor no coração, vivendo com o
objetivo de fazer o bem para o outro, ouvirão do Senhor: “Vinde, benditos do
meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do
mundo” (Mt 25.34; cf. 25.35-40; Dn 12.2; Ap 21.5-7; 22.12-14).
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