LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - ADULTOS
Texto
Áureo: "[...] Sai depressa pelas
ruas e bairros da cidade e
traze aqui os pobres, e os aleijados,
e os mancos, e os cegos." (Lc 14.21)
Segunda – 2 Sm 9.10: A inclusão de um coxo à mesa do rei Davi
Terça – Mc 7.31-37: O surdo que ouviu Jesus e foi curado
Quarta – Jo 9.25: A confissão do cego que foi curado
Quinta – At 3.1-10: O paralítico que foi curado e exaltou a Deus
Sexta – Is 35.1-10: Os portadores de necessidades especiais no plano
divino
Sábado – Lc 7.22: O Evangelho de Jesus ama e inclui a todos
João
5.1-9
1 DEPOIS disto havia uma festa entre os judeus, e
Jesus subiu a Jerusalém.
2 Ora, em Jerusalém há, próximo à porta das
ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres.
3 Nestes jazia grande multidão de enfermos, cegos,
mancos e ressicados, esperando o movimento da água.
4 Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque,
e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água,
sarava de qualquer enfermidade que tivesse.
5 E estava ali um homem que, havia trinta e oito
anos, se achava enfermo.
6 E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava
neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são?
7 O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem
algum que, quando a água é agitada, me ponha no tanque; mas, enquanto eu vou,
desce outro antes de mim.
8 Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito, e
anda.
9 Logo aquele homem ficou são; e tomou o seu leito,
e andava. E aquele dia era sábado.
I.
Conscientizar da suficiência de Cristo para com as pessoas com deficiência.
II. Saber
que os surdos precisam ser alcançados com o som do evangelho
III.
Mostrar que os cegos também podem ser conduzidos a Cristo. IV. Compreender que
os paralíticos devem ser conduzidos a Cristo.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
O Reino de Deus, anunciado pelo
Senhor Jesus Cristo, era inclusivo. Ele amou e curou os paralíticos e os cegos.
No tempo de Jesus, as pessoas com deficiência não eram valorizadas; elas viviam à margem da sociedade. Existia a crença errónea de que as deficiências físicas eram resultado de algum Pecado. “E os discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” (Jo 9-2).
No Antigo Testamento, o coxo e o cego não poderiam exercer o oficio de sacerdote (Lv21.18). Mas Jesus não os rejeitou, mostrando que estes também poderiam fazer parte do Reino de Deus. Que possamos preparar nossas igrejas para receber e integrar as pessoas com deficiência.
INTRODUÇÃO
As águas de Betesda eram, de vez em quando, agitadas por um anjo de
Deus. Quando isso acontecia, o primeiro enfermo a descer ao poço era imediatamente
curado. Nessa expectativa, havia ali uma multidão de coxos, mudos, surdos e
cegos.Cada uma daquelas pessoas com deficiência tinha alguém para baixá-la às águas. Mas o enfermo, com quem Cristo falou, não tinha ninguém para ajudá-lo. Então, o próprio Senhor tratou de incluí-lo em seu Reino; salvou-lhe a alma e curou-lhe o corpo.
Existem muitos que não podem ver, não podem falar ouvir, andar e, às vezes, não conseguem atinar com a razão. Por Isso, como Igreja do Senhor, precisamos alcançar aqueles com deficiência.
Vejamos quem é esse grupo, e como era visto no Antigo e no Novo
Testamento.
1.
Definição.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, “deficiência é o termo usado
para definira ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou
anatômica”.As pessoas com deficiência são as que se acham privadas quer de seus sentidos, quer de seus movimentos, ou do pleno uso de suas faculdades mentais. Nessa definição acham-se os cegos, mudos, surdos, paraplégicos e tetraplégicos, os autistas, os que têm a Síndrome de Down, etc.
2. A
deficiência no Antigo Testamento.
Se, por um lado, nenhum deficiente podia ser admitido no ofício
sacerdotal, por outro, vemos um coxo ser convidado a estar perpetuamente à mesa
do rei (Lv 21.16-23; 2 Sm 4.4; 9.10). O profeta Isaías, por seu turno, consola o seu povo, prometendo-lhe que, no porvir, todas as pessoas com deficiências serão incluídas na restauração de Israel (Is 35.1-10).
3. A deficiência
no Novo Testamento.
Jesus Cristo, sendo a expressão máxima do amor de Deus, veio para
incluir a todos, judeus e gentios, pobres e ricos, deficientes e não
deficientes, em um só corpo (Jo 3.16; Rm 12.5).Sendo Ele um homem de dores e experimentado no sofrimento, jamais se negou a receber um cego um paralítico ou mesmo um leproso (Is 53.3; Mt 8.2; 9.6; Lc 7.21).
O Filho de Deus inclui a todos em seu plano redentor, pois o amor divino vai além de nossas deficiências ou suficiências.
Essa tarefa, hoje cabe a nós. Por meio de uma estratégia e uma didática apropriada, podemos incluir os de necessidades especiais no Plano da Salvação, ensinando-lhes a Palavra de Deus. Somente dessa forma eles poderão vir a superar todos os seus limites espirituais, emocionais e sociais.
SUBSÍDIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO
Defeitos físicos desqualificavam os descendentes de Arão para servirem
como sacerdotes e oferecerem sacrifícios em favor do povo.Todo aquele que serve no ministério deve ser inculpável e irrepreensível (BEP).
II. O
SOM DO EVANGELHO AOS SURDOS
Para ensinar o Evangelho aos surdos, o evangelista tem de aprender,
primeiro, a comunicar-se de maneira eficiente com cada uma delas.
1.
Conduzindo os surdos a Jesus.
Embora Jesus soubesse como se comunicar com os surdos, era necessário
que alguém os levasse a Ele (Mc 7.31-37). Portanto, deve o evangelista melhorar
a sua comunicação com os deficientes auditivos, a fim de explanar lhes o Plano
da Salvação. Antes de tudo, é preciso aprender a Língua Brasileira de Sinais,
conhecida como Libras.
2. A
integração dos surdos.
Além de evangelizar os surdos, é necessário discipulá-los através de
intérpretes competentes, a fim de que eles recebam o ensino completo da Palavra
de Deus. Na Escola Dominical, recomendam-se professores especializados. Que os
cultos sejam traduzidos em Libras. Segundo pesquisas, só no Brasil existem
aproximadamente dez milhões de surdos, e a Palavra de Deus nos manda abrir a
boca em favor dos surdos-mudos (Pv 31.8).
SUBSÍDIO
DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
A Palavra de Deus declara: Ide por todo o mundo e pregue o evangelho à
criatura (Mc 16,15). Com certeza, os alunos com deficiência estavam incluídos grupo, pois são criaturas do Senhor e importantes para Ele. O apóstolo Paulo nos dá o exemplo: Fiz-me fraco para com os fracos, para ganhar os fracos, Fiz-me tudo com todos, por todos os meios chegar a salvar alguns. Faço isso por causa do evangelho, para ser também participante dele (1Co 9.22,23).
Êxodo 4.11 diz: "Quem fez a boca do Homem?
Isaías 35.5,6 diz: Os olhos dos cegos se abrirão, e os ouvidos dos
surdos se desimpedirão. Então os coxos saltarão como o cervo e a língua
dos mudos cantará. As pessoas com deficiência naquele dia serão totalmente
regeneradas.O curdo não é um doente. Ele é sujeito que tem uma língua natural própria, a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais).
Quais são as medidas a serem observadas na comunicação com o surdo?
Em primeiro lugar, precisamos compreender que existem surdos oralizados, ou seja, conseguem se expressar por meio da fala e compreender o que é transmitido por meio da leitura labial.
Mesmo oralizado, o surdo continua dificuldade de comunicação porque continua sem ouvir, Muitos desses alunos oraizados usam aparelho auditivo, mas é preciso lembrar que o aparelho não exclui a sua limitação, apenas ajuda.
Encontramos também o surdo não oralizados, que é aquele que não consegue se comunicar por intermédio da fala.
A comunicação com esse grupo é de forma não verbal. Para isso, tanto o aluno quanto o professor precisa conhecer a língua de sinais (LIBRAS).
Atualmente, existem vários métodos de comunicação que podem ser usado com o surdo.
Fica então a pergunta: Quais métodos podemos utilizar na comunicação com o surdo?
É importante lembrar que o surdo ouve com os olhos, portanto só haverá comunicação se houver visualização.
1. Ao se
comunicar com o surdo, procure ficar de frente para ele;
2. Fale
pausadamente;
3.
Utilize a expressão facial e corporal;
4.
Utilize vocabulário simples;
5.
Procure manter uma curta distância entre você e a pessoa surda;
6.
Utilize gestos, mesmo que o surdo seja bem oralizado;
7.
Mantenha a boca e mãos livres para fazer os gestos necessários. Não esqueça que
o corpo todo 'fala';
8.
Procure dominar a língua de sinais e o alfabeto manual, principalmente nomes
próprios;
9. O
surdo precisa ser exposto à cultura surda para desenvolver realmente sua língua
e compor sua identidade;
10. A
Libras para o surdo é a língua materna" (CHIQUINE, Siléia. Ensinando Deficientes
Auditivos, 25a Conferência de Escola Dominical, Rio de Janeiro:
CPAD, 2016, p. 66).
Em nosso país, há seis milhões e meio de pessoas com alguma deficiência
visual. Trata-se, pois, de um campo missionário que exige obreiros amorosos e
especializados.
1.
Conduzindo os cegos a Cristo.
Havia sempre alguém disposto a conduzir os cegos a Jesus (Mc 10.46-52).
Hoje, com os programas de inclusão, um cego é capaz de ir e vir, sozinho, a
qualquer lugar. Não obstante, precisa ser trazido pessoalmente a Jesus. Todo
salvo pode partilhar com um deficiente visual a visão do Salvador do mundo.
2.
Discipulando os cegos.
No discipulado das pessoas com deficiência visual, temos de
oferecer-lhes a Bíblia e livros em Braille, para que venham a contemplar, pelo
tato, a beleza da Palavra de Deus (Is 29.18). Não se esqueça dos Audi livros.
Para tanto, providencie-lhes a Bíblia e obras cristãs mais expressivas. Para
ajudar na inclusão dos cegos, assinale a planta do templo com placas em Braille
e piso tátil. Nenhum tropeço pode estar no caminho dos que não podem ver (Dt
27.18).
Coxo
Um homem que fosse coxo estava desqualificado para exercer o ofício de
sacerdote para não contaminar o altar (Lv 21.18). Um animal coxo não poderia
ser oferecido em sacrifício (Dt 15.21). Mefibosete, filho de Jônatas, que se
tornou membro da casa de Davi devido à profunda amizade entre aqueles dois
servos de Deus, era coxo devido a um acidente ocorrido no dia da morte de
Jônatas. As alusões aos coxos são frequentes: por exemplo, nos dias mais
felizes de Jó ele era como "os pés do coxo' (Jó 29.15). A cura de coxos
estava entre as obras miraculosas do Senhor Jesus e de seus discípulos. Para
conhecer mais, leia Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p. 469.
SUBSÍDIO
DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
De acordo com o IBGE, a maioria das pessoas com necessidades especiais
do Brasil tem problemas de visão, vêm em seguida os que apresentam alguma
deficiência motora, em terceiro está o grupo dos deficientes auditivos, depois
os deficientes mentais.
O que
é deficiência visual?
A deficiência visual é caracterizada pela perda total ou parcial,
congénita ou adquirida, da visão.
Cegueira - há
perda total da visão ou pouquíssima capacidade de enxergar, o que leva a pessoa
a necessitar do Sistema Braille como meio de leitura e escrita.
Baixa
visão ou visão subnormal - caracteriza-se pelo comprometimento do
funcionamento visual dos olhos, mesmo após tratamento ou correção. As pessoas
com baixa visão podem ler textos impressos ampliadas ou com uso de recursos
óticos especiais (fonte: Fundação Dorina).
Pessoa
com Deficiência
A sociedade vem passando por um processo de transformação. Há um novo
olhar em relação às pessoas com deficiências, Há até mesmo uma preocupação com
o uso da linguagem. Os termos que definem a deficiência vêm se adequando a essa visão. Atualmente e o termo correto a ser utilizado é pessoa com deficiência, que faz parte do texto aprovado pela Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidades das Pessoas com Deficiência, aprovado pela Assembleia Geral da ONU, em 2006 e ratificada no Brasil em julho de 2008 (fonte: Fundação Dorina).
Segundo dados do IBGE de 2010, no Brasil, mais de 6,5 milhões de pessoas têm alguma deficiência visual Desse total: 528,624 pessoas são incapazes de enxergar (cegos); 6.056.654 pessoas possuem grande dificuldade permanente de enxergar (baixa visão ou visão subnormal; outros 29 milhões de pessoas declararam possuir alguma dificuldade permanente de enxergar, ainda que com óculos ou lentes “(LOPES, Jamil. Leitura como Alternativa dos 10 ao Aluno com Deficiência, 25a Conferência de Escola Dominical» Rio Janeiro: CPAD, 2016, p, 69).
IV. OS
PRARALÍTICOS VÃO AO ENCONTRO DE CRISTO
Certa vez, quatro homens, para chegar um paralítico à presença de Jesus,
descobriram o telhado da casa onde estava o Mestre, e baixaram o deficiente. O
senhor, vendo-lhes a fé, curou o enfermo (Mc 2.1-11).
1.
Conduzindo os deficientes físicos a Cristo isto.
Evangelizar pessoas com deficiência
física exige amor e disposição. Em algumas ocasiões temos de ir até elas
(At 3.1-14). Em outras, temos de trazê-las até nós (Lc 14.12). Os
deficientes também fazem parte da Grande Comissão e preso ser alcançados.
2.
Acesso facilitado.
Para receberas pessoas com deficiência física, é urgente adaptarmos
nossos templos às suas necessidades. Providenciemos rampas de acesso, calçadas rebaixadas, corrimões e banheiros adequados.
Os cadeirantes precisam ter livre acesso às dependências públicas da Igreja. Na hora do culto, ficarão num lugar privilegiado, para acompanhar atentamente os trabalhos.
Cura e
perdão (Mc 2.1-7)
A medicina moderna entende que há uma conexão vital entre saúde e
bem-estar mental. A Bíblia associa toda doença e sofrimento à nossa separação
de Deus. A enfermidade é uma consequência da Queda, Assim, a maior necessidade
do ser humano não é a cura física, mas a espiritual como um todo. “Jesus se
preocupou tanto que satisfez a mais profunda necessidade do paralítico, da
mesma maneira como Ele deseja satisfazer a nossa” (RICHARDS, Lawrence O, Guia
do Leitor da Bíblia; Uma análise de Génesis a Apocalipse capitulo por
capítulo, 10, ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 634).
CONCLUSÃO
O Evangelho de Cristo tem de ser anunciado a todos, em todo tempo e
lugar, por todos os meios. Por essa razão, não deixaremos de fora nenhuma
pessoa com deficiência. Os integrantes desse grupo suspiram por um encontro
pessoal com Deus. Eles não podem ser deixados de fora, pois o Senhor, na cruz,
incluiu-os em seu Reino.
PARA
REFLETIR
A
respeito da evangelização das pessoas com deficiência, responda:
1° Defina
as pessoas com deficiência.
Resp: As
pessoas com deficiência são as que se acham privadas quer de seus sentidos,
quer de seus movimentos, ou do pleno uso de suas faculdades mentais.
2° Por
que incluir os deficientes na evangelização?
Resp: Porque
Jesus Cristo, sendo a expressão máxima do amor de Deus, veio para incluir a
todos, judeus e gentios, pobres e ricos, deficientes e não deficientes, em um
só corpo (Jo 3.16; Rm 12.5).
3° Como
evangelizar os surdos e mudos?
Resp: É
preciso aprender Libras, a língua dos surdos. Conduzindo os surdos a Jesus por
meio da evangelização pessoal.
4° De
que forma podemos evangelizar os cegos?
Resp: Utilizando
material evangelístico em áudio ou em Braille.
5° Como
alcançar os paralíticos?
Resp: É
necessário ir até eles e para recebê-los em nossas igrejas é urgente adaptarmos
nossos templos às suas necessidades.
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