quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
Lição 1 CPAD - 1° Trimestre 2017
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD / ADULTOS
Título: As Obras da Carne e o Fruto do Espírito
— Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente
Comentarista: Osiel Gomes
TEXTO ÁUREO: “Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gl 5.16).
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Rm 8.4
O
crente não pode mais andar segundo a carne, mas segundo o Espírito
Para
vencermos as obras da carne precisamos ser cheios do Espírito
Não
existe condenação para aqueles que estão em Cristo
Precisamos
andar e viver no Espírito
Os
que andam segundo a carne não herdarão o Reino de Deus
Os
que são de Cristo precisam crucificar a carne
Gálatas 5.16-26.
16
— Digo, porém: Andai em Espírito e não
cumprireis a concupiscência da carne.
17
— Porque a carne cobiça contra o
Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes se opõem um ao outro; para que
não façais o que quereis.
18
— Mas, se sois guiados pelo Espírito,
não estais debaixo da lei.
19
— Porque as obras da carne são
manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia,
20
— idolatrias, feitiçarias, inimizades,
porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,
21
— invejas, homicídios, bebedices,
glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro como já
antes vos disse que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.
22
— Mas o fruto do Espírito é: amor,
gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
23
— Contra essas coisas não há lei.
24
— E os que são de Cristo crucificaram
a carne com as suas paixões e concupiscências.
25
— Se vivemos no Espírito, andemos
também no Espírito.
26
— Não sejamos cobiçosos de vanglórias,
irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I. Explicar o que é carne e espírito no
contexto bíblico;
II. Saber que ou o crente vive de acordo
com a carne, ou de acordo com o Espírito;
III. Entender que o verdadeiro cristão é
reconhecido pelo seu caráter e suas ações.
INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Prezado professor, mais um ano se inicia para a
glória do Senhor! Anelamos pelo glorioso dia em que O veremos face a face no
seu Reino de Glória! Você está preparado? Sua classe está preparada? Enquanto
vivemos neste mundo, devemos a cada dia aperfeiçoar as nossas vidas para
estarmos mais perto do céu. Neste trimestre, teremos a oportunidade de nos
aprofundar num assunto que nunca se esgota: obras da carne versus fruto do
Espírito.O comentarista do trimestre é o pastor Osiel Gomes — escritor, conferencista, bacharel em Teologia, Direito e graduado em Filosofia; líder da AD em Tirirical, São Luís — Maranhão.
As lições que serão estudadas servirão de despertamento para os crentes a fim de que possamos alimentar, em nossas vidas, o fruto do Espírito e não ceder às obras da carne.
INTRODUÇÃO
Neste
trimestre, estudaremos a respeito das obras da carne e o fruto do Espírito. Na
Epístola aos Gálatas, o apóstolo Paulo, de maneira brilhante e contundente,
trata do assunto, mostrando o embate existente entre a carne e o Espírito. Ele
faz uma exposição da luta que se inicia, internamente, quando aceitamos Jesus
como Salvador e procuramos viver segundo a sua vontade. Como poderemos vencer
esse embate entre a carne e o Espírito? Veremos que não é possível vencer a
natureza carnal mediante o autoflagelo. Para vencermos as obras da carne,
precisamos, em primeiro lugar, deixar-nos dominar pelo Espírito Santo de Deus.
É preciso ser cheio do Espírito Santo diariamente (Ef 5.18). Se o crente tiver
uma vida controlada pelo Consolador, terá plena condição de resistir à sua
natureza pecaminosa. Se permitirmos que o Espírito nos domine e nos guie vamos
então produzir o fruto que nos leva a agir como discípulos de Cristo (Gl 5.16).
1. O que é a carne?
Dentro
do contexto neotestamentário, o vocábulo carne é sarx. Essa palavra é
utilizada para designar a natureza adâmica que domina o velho homem e o leva a
praticar as obras da carne relacionadas em Gálatas 5.19-21. Edward Robinson, no
seu dicionário de grego do Novo Testamento, utiliza a palavra sarx para
descrever a natureza exterior que difere do homem interior (Lc 24.39). A
palavra carne, no aspecto teológico, denota a fragilidade humana e a sua
tendência ao pecado. Ela é a sede dos apetites carnais (Mt 26.41). O homem
somente poderá viver em novidade de vida e no poder do Espírito Santo se, pela
fé, receber Jesus Cristo como Salvador.
2. O que é o espírito?
A
palavra espírito no grego é pneuma. Esse termo significa sopro, vento,
respiração e princípio da vida. Esse vocábulo também descreve o espírito que
habita no homem o qual foi soprado por Deus (Gn 2.7). Logo, percebemos que esta
palavra tem diferentes significados, e segundo o pastor Claudionor de Andrade,
o seu significado teológico vai muito além: “Espírito é a parte imaterial que
Deus insuflou no ser humano, transmitindo-lhe a vida”. Essa palavra também é
aplicada, no Evangelho de João, em referência a Deus (Jo 4.24). A Terceira
Pessoa da Santíssima Trindade é identificada no Novo Testamento como o Espírito
Santo (Lc 4.1; Hb 3.7), e, uma vez mais é importante frisar que o Espírito
Santo é uma pessoa.
3. Andar na carne x andar no Espírito.
Paulo
adverte os crentes mostrando que os que vivem segundo a carne, ou seja, uma
vida dominada pelo pecado, jamais agradarão a Deus: “Portanto, os que estão na
carne não podem agradar a Deus” (Rm 8.8). O viver na carne opera morte
(espiritual e física), mas o viver no Espírito conduz o crente à felicidade, à
vida eterna (Rm 8.11; 1Co 6.14). Paulo foi enfático ao afirmar: “Andai em
Espírito” (Gl 5.16). O Espírito Santo nos ajuda a viver em santidade e de
maneira que o nome do Senhor seja exaltado. Sem Ele não poderíamos agradar a
Deus. Quem pode nos ajudar e nos conduzir de modo a agradar a Deus? Somente o
Espírito Santo. O doutor Stanley Horton diz que andar no Espírito e ser guiado
por Ele significa obter vitória sobre os desejos e os impulsos carnais.
Significa desenvolver o fruto do Espírito, o melhor antídoto às concupiscências
carnais. Jamais tente viver a vida cristã pelos seus próprios esforços, tomando
atalhos, buscando desvios, mas renda-se constantemente ao Espírito Santo, pois
Ele lhe ensinará a maneira certa de viver a vida cristã.Quando o Espírito Santo tem o controle do nosso espírito, Ele faz com que o nosso homem interior tenha forças e condições para opor-se às obras da carne. Andar na carne, ou seja, ser dominado pela velha natureza adâmica leva a pessoa a portar-se de modo pecaminoso. Infelizmente, muitos crentes, como os de Corinto, estão se deixando dominar pelas obras da carne (1Co 3.3).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Professor
elabore um cartaz de acordo com o quadro abaixo. Utilize-o para fazer um
contraponto Espírito x Natureza pecadora.Ao descrever este conjunto de opostos, Paulo nos lembra de verdades vitais e maravilhosas. O que não conseguimos fazer, Deus consegue e fará, tanto em nós quanto para nós. Nunca nos tornaremos as pessoas verdadeiramente boas que desejamos ser, tentando obedecer à Lei de Deus. Mas, nos tornaremos gradativamente mais justos à medida que confiarmos no Espírito de Deus para nos orientar e capacitar” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.414).
CONHEÇA MAIS
O Espírito... contra a carne (Gl 5.17)
O
conflito espiritual interiormente no crente envolve a totalidade da sua pessoa.
Este conflito resulta ou numa completa submissão às más inclinações da ‘carne’,
o que significa voltar ao domínio do pecado; ou numa plena submissão à vontade
do Espírito Santo, continuando o crente sob o senhorio de Cristo (Rm 8.4-14). “O
campo de batalha está no próprio cristão, e o conflito continuarão por toda a
vida terrena, visto que o crente por fim reinará com Cristo (Rm 7.7-25; 2Tm
2.12; Ap 12.11)”. Para conhecer mais, leia Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD,
p.1801.
II. OBRAS DA CARNE, UM CONVITE AO PECADO
1. A cobiça.
Quem anda no Espírito resiste às obras
da carne, pois somente cheios dEle teremos condições de viver de modo a exaltar
e a glorificar o nome do Senhor. Quem de fato deve controlar a vida do crente é
o Espírito Santo. Homem algum tem o poder de controlar ou transformar a
natureza de outra pessoa, somente Deus tem esse poder. A natureza pecaminosa
nos incentiva a viver em concupiscência, luxúria, desejos descontrolados e
paixões impuras (2Pe 2.10). A Bíblia nos ensina que a concupiscência da carne
não procede de Deus (1Jo 2.16). Eva cobiçou o fruto da árvore que Deus havia
ordenado que não comesse. Seu desejo trouxe terríveis consequências para sua
vida e para a humanidade (Gn 3.6). A cobiça de Acã o levou à morte (Js 7.21).
Portanto, não permita que o desejo da carne, da velha natureza, domine você.
Atente para o que Paulo ensinou às igrejas da Galacia a respeito da cobiça da
carne contra o Espírito (Gl 5.17). Os desejos da carne serão sempre contrários
à vontade de Deus.
2. A oposição da carne.
O seu espírito deseja orar, jejuar e
buscar a Deus, mas a sua carne vai preferir ver televisão, comer bem e ficar no
conforto da sua casa. Precisamos ter cuidado, pois a oposição da carne contra o
Espírito é algo contínuo. Essa oposição somente será vencida se procurarmos
viver cheios do Espírito Santo. A carne não pode ter vez na vida do crente,
posto que a força do Espírito Santo seja maior, porém o embate entre a carne e
o Espírito vai perdurar até o dia que receberemos do Senhor um corpo
glorificado (Fp 3.21).
O
crente que realmente deseja fazer oposição às obras da carne precisa andar pelo
Espírito, porque Ele não deixa que a paixão infame o domine. Para o crente
existem duas maneiras pelas quais ele pode viver: na carne ou no Espírito. Ou
você serve a Deus e permite que Ele domine sua natureza adâmica ou vive na
prática das obras da carne. O que você escolhe?
Não cumprireis a concupiscência da carne
Quando
nos tornamos crentes, a nossa natureza pecadora continua existindo. Mas Deus
nos pede que coloquemos a nossa natureza pecadora sob o controle do Espírito
Santo de modo que Ele possa transformá-la. Este é um processo sobrenatural.
Nunca devemos subestimar o poder da nossa natureza pecadora, e nunca devemos
tentar combatê-la com as nossas próprias forças. Satanás é um tentador
ardiloso, e nós temos uma capacidade ilimitada de inventar desculpas. Em lugar
de tentar superar o pecado com a nossa própria força de vontade, devemos
aproveitar o tremendo poder de Cristo. Deus permite a vitória sobre a nossa natureza
pecadora — Ele envia o Espírito Santo para residir em nós e nos capacitar. Mas
a nossa capacidade de resistir aos desejos da natureza pecadora irá depender do
quanto estamos dispostos a ‘viver de acordo’ com o Espírito Santo. “Para cada
crente, este processo diário requer decisões constantes” (Comentário do Novo
Testamento: Aplicação pessoal. Volume 2. RJ: CPAD, 2010, p.294).
III. FRUTO DO ESPÍRITO, UM CHAMADO PARA
SANTIDADE
1. O que é o fruto do Espírito?
Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe,
“o fruto do Espírito são os hábitos e princípios misericordiosos que o Espírito
Santo produz em cada cristão”. Esses hábitos e princípios são o resultado de
uma vida de comunhão com Deus. De acordo com Romanos 6.22, depois de liberto do
pecado, o crente precisa desenvolver o fruto do Espírito. Os dons espirituais
são dádivas divinas, mas o fruto precisa ser desenvolvido, cultivado. O
Espírito Santo desenvolve o seu fruto em nós à medida que nos aproximamos de
Deus e procuramos ter uma vida de comunhão e santidade.
2. Os frutos provam a nossa verdadeira santidade.
Quando vivíamos no pecado, nossos
frutos, ações, eram as obras da carne, mas libertos do seu poder e domínio, tendo
uma nova natureza implantada em nosso ser, nos tornamos uma pessoa melhor. João
Batista falou a respeito da importância de produzirmos frutos dignos de
arrependimento (Mt 3.8). João estava dizendo que o arrependimento genuíno será
acompanhado pelo fruto da justiça. O arrependimento genuíno é evidenciado pelos
nossos frutos, ou seja, nossas ações. Como conhecemos uma árvore? Por seus
frutos. Logo, o verdadeiro crente é reconhecido por seu caráter e suas ações.
3. A santidade que o Espírito Santo gera
em nós.
O
Espírito Santo nos molda e nos ensina o que é certo e o que é errado à medida
que buscamos a Deus em oração, leitura da Palavra e jejuns. Por meio da Palavra
de Deus, o Espírito Santo vai trabalhando paulatinamente em nós, até que
alcancemos a estatura de homem perfeito (Ef 4.13). Quando deixamos de serem
meninos, estamos prontos para produzir bons frutos (Lc 8.8). O crente precisa
andar em novidade de vida, em santidade. Segundo os pressupostos bíblicos, a
santificação do crente é:
a)
Posicional. Quando, por meio da fé, aceitamos Jesus Cristo como nosso único e
suficiente Salvador, nossos pecados são apagados, recebemos o perdão divino e
passamos a desfrutar de uma nova vida em Cristo (2Co 5.17). A natureza adâmica
já não tem mais domínio sobre nós, e por meio da ação do Espírito Santo podemos
experimentar o novo nascimento (Jo 3.3). Mediante a fé passamos a desfrutar de
uma nova posição espiritual em Jesus Cristo.
b)
Progressiva.
A santificação é um processo que vai se desenvolvendo ao longo da nossa vida.
Depois do novo nascimento, o crente precisa crescer na graça e no conhecimento
de Cristo Jesus (1Pe 3.18). A santificação é gradual, progressiva e nos leva
para mais perto de Deus.
c) Final. Em Filipenses 3.12.13, Paulo mostra que
ele estava buscando uma transformação maior e final. Essa transformação somente
acontecerá quando recebermos um corpo glorificado e nos tornarmos semelhantes a
Jesus (1Jo 3.2).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Andai
em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne (Gl 5.16)O texto original apresenta ‘andai (peripateite) em Espírito’. Esta frase reflete uma expressão idiomática comum em hebraico, na qual ‘andar’ significa ‘conduzir a própria vida’.
Os judaizantes disseram aos gálatas que conduzissem as suas vidas observando a Lei. Mas Paulo argumentou que a lei não tem papel algum na vida do cristão. A pessoa que procura ser ‘justificada pela lei’ (5.4) cai da graça, e se separa de Cristo como a fonte da vida justa.
Em Romanos 7.4-6, Paulo vai ainda mais adiante, e diz que a natureza pecadora (sarx, a carne) na verdade é energizada (ou estimulada) pela Lei.
Então, o que o cristão deve fazer? O cristão deve conduzir sua vida observando não a Lei, mas o Espírito de Deus. Pois, Paulo promete a pessoa que olhar para o Espírito (confiar nEle) ‘não cumprirá a concupiscência da carne [sarx]’” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. RJ: CPAD, 2012, p.412).
CONCLUSÃO
Para
vencermos o conflito existente entre a carne e o Espírito, precisamos tão
somente nos encher do Espírito Santo e crucificar a nossa carne com suas
paixões e concupiscências (Gl 5.24; Ef 5.18). Permita que o Espírito Santo guie
você pelo caminho certo e que Ele controle os seus desejos de modo que o fruto
seja evidenciado em sua vida.
PARA REFLETIR
A respeito das obras da carne e o fruto
do Espírito, responda:
1° De acordo com a lição defina carne.
Resp: Essa palavra é utilizada para designar
a natureza adâmica que domina o velho homem e o leva a praticar as obras da
carne relacionadas em Gálatas 5.19-21.
2° O que é o espírito ?
Resp: Esse termo significa sopro, vento,
respiração e princípio da vida. Esse vocábulo também descreve o espírito que
habita no homem o qual foi soprado por Deus (Gn 2.7).
3° Quais são as obras da carne
relacionadas em Gálatas 5.19-21 ?
Resp: Prostituição, impureza, lascívia,
idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas,
dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias.
4° Segundo Gálatas 5.22, relacione o
fruto do Espírito.
Resp: Amor, gozo, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
5° Segundo os pressupostos bíblicos,
quais são os três tipos de santificação ?
Resp: Posicional, progressiva e final.quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Lição 13 CPAD - 4° Trimestre 2016
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD / ADULTOS
Título: O Deus de toda provisão —
Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises
Comentarista: Elienai Cabral
TEXTO ÁUREO: “Posso
todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4.13).
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que
o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I.
Ressaltar a fidelidade de Paulo em meio às crises;
II.
Mostrar a abnegação de Paulo ante o sofrimento;
III.
Compreender como podemos vencer as crises.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Chegamos ao final de
mais um trimestre. Com certeza, nossa fé no Deus de toda a provisão foi
fortalecida mediante o estudo de cada lição. Aprendemos que embora sejamos
filhos(as) de Deus estamos sujeitos a enfrentar algumas crises em nossa
caminhada. Contudo, as crises não são para nos destruir, castigar, desanimar,
mas o Pai as permite para que possamos confiar mais nEle, em sua fidelidade.
Veja as crises como oportunidade de crescimento espiritual, de transformação. O
Deus que sustentou o povo no deserto durante os anos, que sustentou Abraão e
seus descendentes é o Deus que vai sustentá-lo e ajudá-lo a enfrentar as
dificuldades da vida. Não importa se o Brasil e o mundo estão em crise; o céu
não está. Deus está no controle. Confie na provisão do Pai para sua vida e seu
ministério.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos a respeito das
adversidades enfrentadas pelo apóstolo Paulo em seu ministério. Veremos que ele
aprendeu, com a ajuda do Senhor, a lidar com cada uma e a vencê-las. Apesar das
dificuldades Paulo pregou a Palavra de Deus, fundou igrejas e escreveu várias
cartas. Algumas de suas epístolas foram escritas enquanto ele estava na prisão.
A vida de Paulo é um exemplo de como podemos vencer as crises e permanecer
fiéis ao Senhor.
1.
Destemor e ousadia.
Na Epístola aos Efésios, Paulo se apresenta como
“embaixador em cadeias” (Ef 6.20). Ele tinha consciência de sua missão,
especialmente, no mundo gentio; sabia que o Evangelho de Cristo não poderia
ficar restrito aos judeus. Por isso, o seu afã missionário o levou a Ásia
Menor, Macedônia e Europa. Pregou a Palavra de Deus com zelo, fidelidade e não
se deixou abater pelas dificuldades. Embora tenha se tornado um prisioneiro por
amor a Cristo, seu espírito era livre. Mesmo preso, não deixou de se preocupar
com as igrejas, particularmente com Eféso e Filipos. Os verdadeiros crentes em
Cristo não se intimidam diante das perseguições, tribulações e crises.
2.
Alegria em meio às crises.
Paulo demonstrou alegria pelo bom testemunho e
fidelidade dos filipenses. Os crentes de Filipos não temiam defender e
confirmar aqueles que haviam recebido Cristo por Senhor e Salvador. Mesmo
estando prisioneiro, não se deixou abater, antes se regozijava porque os
filipenses participavam da sua vida de modo especial, sofrendo com ele.
Atualmente muitos não admitem mais que os crentes sofram. Contudo, o Senhor
Jesus nos alertou que, no mundo teríamos aflições. Podemos ver também que
embora Paulo fosse um crente fiel, enfrentou açoites, naufrágio e
apedrejamento. As crises que ele enfrentou não roubaram a sua alegria e não
fizeram dele um homem amargurado. Não permita que as crises enfraqueçam a sua
fé e roubem a sua alegria.
3.
Servindo a Deus em meio às crises.
Paulo estava preso em Roma, mas as cadeias não o
impediram de proclamar o Evangelho e de cuidar das igrejas. O evangelho que
Paulo pregava era mais poderoso do que as cadeias e grilhões. As crises não
iriam impedi-lo de servir ao Senhor, pois o testemunho das suas prisões
produziram ânimo, coragem e ousadia nos crentes. Paulo rejeitou a autopiedade.
Não queria que ninguém sentisse pena dele e perdesse o ardor pela obra de Deus.
Seu alvo era glorificar a Jesus Cristo mediante o seu trabalho.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, relacione no quadro alguns dos
sofrimentos enfrentados pelo apóstolo Paulo que estão listados no quadro
abaixo. Peça que um aluno leia Efésios 11.16-25. Em seguida faça a seguinte
indagação: “Como você reage diante das adversidades da vida?”. Ouça os alunos e
enfatize que embora Paulo tenha sofrido várias crises, ele permaneceu servindo
ao Senhor com inteireza de coração.
1 — “‘Muitas tribulações’ enfrentadas ao servir a
Deus (At 14.22).
2 — Sua aflição no ‘espírito’, por causa do pecado
dominante na sociedade (At 17.16).
3 — Servir ao Senhor com ‘lágrimas’ (Ef 2.4).
4 — Sua grande tristeza ao separar-se dos crentes
amados (At 20.17-38), e seu pesar diante da tristeza deles (At 21.13).
5 — A ‘grande tristeza e contínua dor’ no seu
coração, por causa da recusa dos seus ‘patrícios’ em aceitarem o evangelho de
Cristo (Rm 9.2,3).
6 — As muitas provações e aflições que lhes
advieram por causa do seu trabalho para Cristo (2Co 4.8-12).
7 — Seu pesar e angústia de espírito, por causa do
pecado tolerado dentro da igreja (2Co 2.1-3).
8 — Seu gemidos, por causa do desejo de estar com
Cristo e livre do pecado e das preocupações deste mundo (2Co 5.1-4).
9 — Suas tribulações por fora e por dentro, por
causa de seu compromisso com a pureza moral e doutrinária da igreja (2Co 7.5).
10 — O ‘cuidado’ que o oprimia cada dia, por causa
do seu zelo por ‘todas as igrejas’ (2Co 11.28)” (Bíblia de Estudo Pentecostal.
RJ: CPAD, p.1785).
Aprendi
a contentar-me
O segredo do contentamento, da satisfação, é
conhecermos que Deus nos concede, em cada circunstância, tudo quanto
necessitamos para uma vida vitoriosa em Cristo. Nossa capacidade de viver
vitoriosamente acima das situações instáveis da vida provém do poder de Cristo
que flui em nós e através de nós. Isso não ocorre de modo natural; precisamos
aprender na dependência de Cristo”.Para conhecer mais leia, Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1829.
II.
ABNEGAÇÃO ANTE O SOFRIMENTO
1. A disposição de Paulo em sofrer pelos cristãos de Filipos (Fp
2.17,18).
Paulo fez uma declaração de fé e serviço a Deus
quando escreveu aos filipenses: “E, ainda que seja oferecido por libação sobre
o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós” (Fp
2.17). Ele usou a figura dos sacrifícios do Antigo Testamento, especialmente as
ofertas de animais. A libação acompanhava o holocausto e a oferta pacífica (Nm
15.1-10). Nessa libação, era usado vinho que era derramado no santuário. Paulo
se utiliza de uma metáfora para mostrar que ele estava disposto a oferecer sua
vida e seu sangue como oferta perante o Senhor. Atualmente muitos têm feito da
obra do Senhor um meio mercantilista, mas temos visto também que muitos crentes
estão dispostos a dar a sua vida pelo Senhor.
2. A disposição de Epafrodito (Fp 2.25-30).
Epafrodito era como um irmão para Paulo e um
cooperador nos combates. Ele é um modelo de crente servidor. Muitos são como
Epafrodito, pois embora enfrentando diversos tipos de crises, estão sempre
prontos a servir. Ele foi portador de uma oferta da igreja de Filipos para
Paulo. O apóstolo deixa claro que esse companheiro sabia confortá-lo nas horas
tristes de sua solidão.
3.
Paulo e os judaizantes (Fp 3.1-8).
Na igreja de Filipos, havia um grupo de judeus que
se diziam convertidos, mas negavam o Evangelho que Paulo pregava. Eram falsos
mestres que se apresentavam como apóstolos. Esse grupo queria impor os costumes
e ritos judaicos para os cristãos, como por exemplo, a circuncisão e a guarda
do sábado para a obtenção da salvação. Paulo teve que enfrentar algumas crises
dentro da Igreja do Senhor por causa daqueles que rejeitavam seu ensino e não
acreditavam no seu apostolado. Mas, em Jesus Cristo, venceu todas elas.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
O amor e a solicitude de Paulo pelos filipenses era
tão grande, que ele estava disposto a dar a sua vida por eles, como se fosse
uma oferenda a Deus. (1) Paulo não lastimaria; antes se regozijaria como a
vítima do sacrificio, se assim os filipenses passassem a ter mais fé em Cristo
e mais amor a Ele. (2) Já que Paulo tinha tamanho amor sacrificial pelos seus
filhos espirituais na fé, que sacrifícios e sofrimentos devemos estar dispostos
a enfrentar em prol da fé dos nossos próprios filhos? Para que nossos filhos
tenham uma vida dedicada ao Senhor, se necessário for, devemos dar até a nossa
vida como oferta ao Senhor” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1827).
III.
APRENDENDO A VENCER AS CRISES
1.
A crise da falta de firmeza espiritual (Fp 4.1).
No capitulo 4 da Epístola aos Filipenses, o
apóstolo Paulo exorta a igreja de Filipos acerca de algumas distorções que
estavam produzindo dissensões entre os irmãos. Eram problemas de ordem social e
também doutrinária. Paulo exorta aos crentes para que permaneçam firmes no
Senhor.
2.
A crise da desarmonia (Fp 4.2,3).
Em Filipos, havia duas irmãs que muito fizeram pela
igreja, mas que, naqueles dias, estavam em desarmonia. Tudo indica que elas
tinham uma grande importância na Igreja. É provável que elas tenham tido uma
desavença e não conseguiam ter um mesmo parecer. Sem dúvida, permitiram que a
força da carne predominasse dividindo a igreja. Paulo roga às duas mulheres que
mudassem de atitude, pois estavam promovendo divisão e quebrando a autoridade
apostólica. Assim, Paulo pedia que elas tivessem o mesmo sentimento no Senhor.
3.
Vencendo as crises.
Paulo declara que já aprendera, com o Senhor, a
contentar-se em quaisquer circunstâncias: na abundância, na fome e na fartura.
Tendo tudo ou não tendo nada, ele sabia superar as dificuldades porque Cristo o
fortalecia. Aos coríntios, declarou a respeito do seu aprendizado na obra do
ministério: “Até esta presente hora, sofremos fome e sede, e estamos nus, e
recebemos bofetadas, e não temos pousada certa, e nos afadigamos, trabalhando
com nossas próprias mãos; somos injuriados e bendizemos; somos perseguidos e
sofremos; somos blasfemados e rogamos; até ao presente, temos chegado a ser
como o lixo deste mundo e como a escória de todos” (1Co 4.11-13). Na verdade,
tudo o que Paulo desejava era mostrar a sua alegria em toda e qualquer
circunstância. Sua alegria e contentamento resultavam da comunhão do apóstolo
com o Senhor.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Como
ovelhas para o matadouro (Rm 8.36)
As adversidades alistadas pelo apóstolo nos
versículos 35 e 36 de Romanos 8, têm sido experimentadas pelo povo de Deus
através dos tempos. Nenhum crente deve estranhar o fato de experimentar
adversidades, perseguição, fome, pobreza ou perigo. Aflições e calamidades não
significam, decerto, que Deus nos abandonou, nem que Ele deixou de nos amar.
Pelo contrário, nosso sofrimento como crentes, abrir-nos-á o caminho pelo qual
experimentaremos mais do amor e do consolo de Deus (2Co 1.4,5). Paulo nos
garante que venceremos em todas essas adversidades e que seremos mais que
vencedores por meio de Cristo” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD,
p.1714).
CONCLUSÃO
O contentamento de Paulo diante das crises era
resultado da sua comunhão com Deus. Ele aprendera com o Senhor a se contentar
em toda e qualquer circunstância. Que possamos seguir o exemplo de Paulo e
aprender com o Senhor a ter paz e contentamento mesmo enfrentando uma crise.
A
respeito da fidelidade de Deus, responda:
1°
Como Paulo se apresenta na Carta aos Efésios?
Resp:
Na Epístola aos Efésios, Paulo se apresenta como “embaixador em cadeias” (Ef
6.20).
2°
As cadeias impediram Paulo de proclamar o Evangelho? As crises têm impedido
você de servir ao Senhor?
Resp:
Não, pois o evangelho que Paulo pregava era mais poderoso do que as cadeias e
grilhões. As crises não iriam impedi-lo de servir ao Senhor.
3°
Cite o nome de um cooperador de Paulo.
Resp:
Epafrodito.
4°
Qual o nome das irmãs que estavam brigadas, promovendo a desarmonia?
Resp:
Evódia e Síntique.
5°
Quem ensinou Paulo a vencer as crises e a se contentar em toda e qualquer
situação?
Resp:
O Senhor Jesus Cristo.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A
fidelidade de Deus
O nosso desafio hoje é aprendermos a enfrentar as crises sem perder a paz e o ânimo. Um bom começo é obedecendo ao ensino de Jesus em João 16 e ampliando essa reflexão à carta do apóstolo Paulo aos Efésios, quando ele escreve: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (5.18-20). Ora, a expressão “não vos embriagueis com vinho, em que há contendas” representa tudo que do ponto de vista humano e material traz confusão, briga e falta completa de sobriedade e discernimento do tempo em que estamos vivendo. Por isso, o apóstolo nos convida a “enchei-vos do Espírito”, alimentando sempre a nossa alma como cânticos espirituais, com hinos, com salmos e testemunhos, isto é, tudo aquilo que nos aproxima de Deus e do seu Santo Espírito.
Assim, com a mente voltada para Cristo Jesus e com a disposição de não perder a paz nem o discernimento, somos convidados a viver uma vida suficientemente em Cristo a fim de superar toda e qualquer crise que tente nos abater. Não perder o ânimo e a paz é o nosso grande desafio!
Que o Espírito nos ajude.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Lição 12 CPAD - 4° Trimestre 2016
LIÇÕES
BÍBLICAS CPAD / ADULTOS
Título:
O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às
crises
Comentarista: Elienai CabralTEXTO ÁUREO: “Porque o SENHOR dá a sabedoria, e da sua boca vem o conhecimento e o entendimento” (Pv 2.6).
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Apontar a crise familiar no reino davídico;
II. Mostrar que Salomão buscou sabedoria para reinar;
III. Ressaltar a sabedoria de Salomão empregada na construção do Templo.
INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
Professor,
Deus é a fonte de todo conhecimento e sabedoria. O saber do homem será sempre
relativo. Por isso, Ele deseja nos dar sabedoria para vivermos de modo que o
seu nome seja glorificado em nossas vidas e ministérios. Salomão, escolhido
para suceder Davi, era um jovem inteligente, mas diante da responsabilidade de
governar seu povo, ele pediu a Deus sabedoria. Salomão não solicitou a Deus
bens materiais ou a morte de seus inimigos. Ele pediu bom senso para guiar o
seu povo de modo justo e inteligente. Precisamos de sabedoria vinda do alto
para realizarmos a obra do Senhor. Peça a Deus sabedoria para preparar sua
aulas e para o seu ministério de ensino. Ele vai orientá-lo, concedendo-lhe uma
metodologia adequada a cada tema e os melhores recursos didáticos.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos os últimos
dias do reinado de Davi e a escolha de seu sucessor. Veremos que, embora
houvesse uma crise familiar e política, Deus estava no controle daquele
processo e não permitiria que um usurpador assumisse o reinado. Salomão
ascendeu ao trono em um tempo de crise, mas Deus o abençoou, concedendo-lhe
sabedoria para reinar com justiça e equidade. Seu reino foi um dos mais
prósperos e abençoados de Israel.
1. A velhice do rei (1Rs 1.1-4).
Davi já estava com uma idade bem
avançada e ainda não havia escolhido o seu sucessor. A demora em passar o
reinado gerou uma crise entre seus filhos e no reino. A hora de encerrar uma
carreira é tão importante quanto o seu começo, é preciso saber escolher e
formar sucessores. Diante da fragilidade de Davi, Adonias, intitulou-se rei
(1Rs 1.5). Ao que tudo indica, ele era o primogênito e o primeiro na linha
sucessória. Mas Deus escolhe quem Ele quer. Davi também não era o primogênito,
mas foi escolhido pelo Senhor para substituir Saul. O texto bíblico diz que
Adonias nunca tinha sido contrariado por seu pai (1Rs 1.6). Parece que ele não
foi disciplinado, por isso, passou por cima de todos para conseguir aquilo que
desejava. A falta de disciplina causa sérias crises no relacionamento familiar.
Portanto, discipline seus filhos com amor e sabedoria.
2. Adonias e os valentes de Davi.
O sacerdote Zadoque, o profeta Natã e os
valentes de Davi não apoiaram a atitude de Adonias, pois ele estava
desrespeitando o rei publicamente e usurpando o trono. A crise familiar e
política estava instalada no reino. Natã, como profeta, não poderia se calar
diante de tal situação. O profeta de Deus precisa ter compromisso com a verdade
e a justiça e não compactuar com o erro, mesmo que isso lhe traga prejuízos.
Natã foi até a mãe de Salomão, e contou-lhe o que estava acontecendo. Isso nos
mostra que Davi, em algum momento, já teria mencionado aos seus valentes que
Salomão seria o seu sucessor.
3. A atitude de uma mãe em meio à crise.
Bate-Seba teve um papel importante na
sucessão do reino. Ela tomou a atitude certa na hora certa. A mãe de Salomão
foi até Davi e relata-lhe tudo o que estava acontecendo. Ao ouvir as notícias,
Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei. A tentativa de golpe de Adonias
fracassou. Ele, com medo de que Salomão mandasse matá-lo, agarrou-se às pontas
do altar. Por que segurar as extremidades do altar? Segundo a Bíblia de Estudo
Pentecostal, “as pontas do altar simbolizavam a misericórdia, o perdão e a
proteção de Deus”. Salomão não era um homem sanguinário, por isso ordenou que
tirassem Adonias do altar e o trouxessem a sua presença, e Adonias teve que se
prostrar diante de Salomão. Então o novo rei ordenou: “Vai para tua casa”.Antes de sua morte, Davi deu sábios e importantes conselhos ao seu filho Salomão (1Rs 2.2-4). Certamente não queria que este cometesse os mesmos erros que ele. Depois de aconselhar o rei, Davi partiu a estar com o Senhor.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
Adonias, o quarto filho de Davi,
rebelou-se contra o seu pai e proclamou-se rei de Israel, embora Deus e também
Davi tivessem designado Salomão como o próximo rei (5.17,30; 2.15). (1) Até à
sua morte, Davi teve problemas com seus filhos. Apesar do seu conceito de bom
governante, foi um grande fracasso como pai, negligenciando ou deixando de
ensinar, guiar e ‘contrariar’ seus filhos de modo correto, segundo os preceitos
de Deuteronômio 6.1-9. Como resultado, Davi em sua vida sofreu muitas mágoas e
tristezas. Seu primeiro filho, Amnom, violentou sua meio-irmã Tamar, e a seguir
foi morto pelo seu meio-irmão Absalão (2Sm 13.1-33). O terceiro filho de Davi,
Absalão, rebelou-se contra o pai e intentou matá-lo. Agora, seu quarto filho
rebelou-se e posteriormente foi executado por Salomão (1Rs 2.23-25). Por Davi
não executar a vontade de Deus no tocante à família, experimentou uma série de
tristezas no decurso de sua vida. O fruto do discipulado mais importante na
nossa vida é o nosso empenho para, de todo o coração, sermos sempre fiéis ao
nosso cônjuge e a nossos filhos, e conduzi-los num viver segundo a vontade de
Deus, mediante o ensino e o exemplo” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD,
p.518).
CONHEÇA MAIS
Adonias
Quarto filho de Davi com Hagite (2Sm
3.4). Quando Davi estava às portas da morte. Adonias desejou sucedê-lo no
trono, pois naquele tempo ele era o filho mais velho. Reunindo carruagens,
cavaleiros e 50 homens, Adonias recrutou a ajuda de Joabe, comandante do
exército e de Abiatar, o sumo sacerdote. Entretanto, outros generais,
sacerdotes, o profeta Natã e os guarda-costas de Davi se recusaram a segui-lo”.Para conhecer mais leia, Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.30.
1.
O novo rei.
Salomão amava ao Senhor. Por isso, procurou obedecer aos estatutos de
seu pai e a lei de Moisés (1Rs 3.3). Depois de ser coroado, subiu até Gibeão e
ali ofereceu a Deus o seu sacrifício. Esse era um gesto de gratidão e adoração
ao Senhor. Salomão demonstrou não estar preocupado em obter poder, riquezas ou
fama. Ele buscou, antes de tudo, a presença de Deus. Procurou também adquirir
sabedoria para governar o seu povo com equidade e justiça. Em Gibeão, Salomão
teve uma experiência marcante com o Deus de seu pai.
2.
Salomão pede sabedoria a Deus.
Ali em Gibeão, o Senhor apareceu a Salomão em sonhos e disse: “[...]
Pede o que quiseres que te dê” (1Rs 3.5). Em tempos de crise econômica o que
você teria pedido? Salomão sentiu o peso da responsabilidade de governar um
povo. Por esse motivo, não pediu riqueza ou outra coisa que lhe trouxesse
vantagens pessoais. Ele pediu sabedoria para governar com justiça. De que
adianta ter bens materiais e ser um tolo? O melhor bem que podemos receber de
Deus é a sabedoria. Ela ajuda-nos a enfrentar todas as crises de forma correta.
Peça a Deus sabedoria para liderar sua família, seus bens e a obra do Senhor.
3. O desejo de construir um Templo para
Deus.
Davi desejou reunir o povo de Israel em
um só lugar para adorar a Deus. Ele desejou e se esforçou para isso, ajuntando
materiais que seriam necessários à construção da Casa de Deus. Mas o Senhor não
permitiu que Davi construísse o Templo, pois ele havia empreendido muitas
batalhas. Todo o material, o projeto, bem como toda a liturgia da vida
religiosa foram providenciados por Davi e entregues a Salomão. Construir uma
casa para Deus era uma necessidade e iria contribuir para a união das famílias
e o fortalecimento do reino de Israel. Deus deu a Salomão sabedoria e todos os
bens necessários para a construção do Templo. Estamos vivendo uma das piores
crises econômicas do país, mas o Senhor não deixará faltar a provisão para a
sua Casa. Não se preocupe, confie.
Promessas de Deus (1Rs 3.10-14)
Salomão pediu verdadeira sabedoria, não
simplesmente inteligência. O conceito hebraico de sabedoria sempre envolve a
habilidade para ‘distinguir entre o certo e o errado’.Deus respondeu com três promessas incondicionais e uma condicional. Foi garantido a Salomão sabedoria, riqueza e honra. Foi-lhe prometido vida longa ‘se andar nos meus caminhos’. Promessas incondicionais também são dadas a nós. Ainda que algumas bênçãos permaneçam condicionadas à nossa obediência” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, p.223).
III. SABEDORIA PARA EDIFICAR O TEMPLO
1. Salomão faz aliança com Hirão (1Rs
5.1-6).
Em vez de fazer guerras com as nações vizinhas, para aumentar o espaço
geográfico e as riquezas, Salomão usou de sabedoria para com Hirão, rei de
Tiro, na Fenícia, que lhe forneceu toda a madeira para a construção do Templo.
O cedro do Líbano era uma madeira nobre e de grande valor comercial. Essa
cooperação mostrou que Deus estava abençoando Salomão e fornecendo o que era
necessário para o Templo. Deus concedeu a Salomão sabedoria para fazer
alianças. O Senhor também quer dar a você sabedoria para administrar, mesmo em
tempos de crise financeira.
2. A construção do Templo.
Muito do ouro e prata acumulados pelo
rei Davi foram destinados à construção do Templo. A prata, o ouro e as pedras
preciosas eram despojos de guerras. Antes de morrer e passar o trono a Salomão,
Davi também entregou-lhe toda essa riqueza. Ele também contou com a
contribuição voluntária dos príncipes das tribos e dos capitães (1Cr 29.6).
Davi passou para o seu filho as plantas do Templo conforme o Senhor lhe dera
(1Cr 28.11-19). Os trabalhadores e todo o Israel se dispuseram a fazer o melhor
porque estavam felizes com o reino de Salomão.
3. A Arca da Aliança.
Salomão trouxe a Arca da Aliança que
estava no Tabernáculo antigo para o local onde ela haveria de ficar. Ele sabia
que a Arca representava a presença de Deus entre o seu povo. Agora ela haveria
de ficar entre o povo e não mais em um lugar provisório. Atualmente não precisamos
de uma Arca, ou algo parecido, para sinalizar a presença de Deus. O Senhor se
faz presente pelo seu Espírito Santo, que habita o seu povo.No dia da inauguração do Templo, depois que os sacerdotes saíram do santuário, uma nuvem encheu a Casa do Senhor (1Rs 8.10). Os sacerdotes não puderam ficar de pé, tamanha era a glória de Deus naquele lugar. Então, Salomão louvou e orou diante do altar, abençoando todo o povo.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
Salomão fortalece as relações com Tiro e
faz contratos para materiais com os quais construirá o templo que Davi havia
sonhado erguer (1Rs 5.1-12). Salomão convocou milhares de trabalhadores
israelitas e, no quarto ano de seu reinado, começou a construção. A estrutura é
magnífica, do melhor mármore e madeira de cedro, ricamente adornado com
cobertura de ouro e mobiliado com utensílios de ouro. O projeto toma sete anos
e, afinal, a construção é concluída.A planta do Templo e seus utensílios são modelados a partir do modelo que Deus deu a Moisés para um centro de adoração móvel. Os utensílios do Templo, ainda que numa escala muito maior, tinham o mesmo significado espiritual que cada item correspondente no Tabernáculo” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, pp.224-225).
CONCLUSÃO
Aprendemos, com a lição de hoje, que
Deus abençoou e prosperou Davi e o seu reino, embora ele tenha enfrentado
muitas crises. Mas Salomão recebeu a dádiva da sabedoria, e o seu reino foi
ainda maior e mais próspero. Ele teve o privilégio de usar sua sabedoria para
construir a Casa de Deus, um lugar de adoração ao Senhor que contribuiu também
para fortalecer a unidade nacional. O Pai Celeste também deseja dar a você
sabedoria para viver uma vida santa e vencer as crises que surgirem em sua
caminhada.
PARA REFLETIR
A respeito da sabedoria divina para a
tomada de decisões, responda:
1° O que Adonias fez diante da
fragilidade do rei?
Resp: Diante da fragilidade de Davi, Adonias intitulou-se rei.
2° Quais as autoridades no reino que não
apoiaram Adonias?
Resp: O sacerdote Zadoque, o profeta Natã e os valentes de Davi não apoiaram
a atitude de Adonias, pois ele estava desrespeitando, publicamente, o rei e
usurpando o trono.
3° O que Bate-Seba fez depois de ouvir o
profeta Natã?
Resp: Ela toma a atitude certa na hora certa. A mãe de Salomão vai até Davi e
relata-lhe tudo o que estava acontecendo.
4° Por que Deus não permitiu que Davi
construísse o Templo?
Resp: O Senhor não permitiu que Davi construísse o Templo, pois ele havia
empreendido muitas batalhas.
5° O que Salomão pediu a Deus em Gibeão?
Resp: Ele pediu a Deus sabedoria para reinar com justiça e equidade.
SUBSÍDIOS ENSINADOR
CRISTÃO
No livro de Provérbios 7.4 está escrito: “Dize à Sabedoria: Tu és minha irmã; e à prudência chama tua parenta”. Podemos dizer que o livro dos Provérbios é a obra da sabedoria do povo de Deus da Antiga Aliança. É um livro tão importante para o dia a dia da vida que lê-lo uma vez por mês torna-se imperioso, pois um capítulo por mês de Provérbios é o convite para passar o ano todo refletindo sobre a sabedoria do povo de Deus e, direcionado pelo Espírito Santo, viver a verdade da Palavra nos momentos mais críticos da existência.
No momento de crise não adianta pensar em fazer grandes e novas experiências para livrar-se dela. O mais inteligente é olhar para trás e aprender com os antigos aquilo que eles fizeram e aprendermos com eles para resolvermos a crise de uma vez e, posteriormente, aperfeiçoarmos o que precisa ser aperfeiçoado e desenvolvido.
O livro de Provérbios está nesse contexto, ele nos ensina um conselho que pode e deve ser aplicado ao longo da vida, seja em qualquer época ou em qualquer circunstância: “O temor do SENHOR é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução” (1.7). Ora, quem despreza a sabedoria ou o bom conselho ou a boa instrução, a Bíblia o chama de louco. Sim, é louco por que como pode uma pessoa não tomar algumas ações com o sucesso mais do que comprovado a pretexto de parecer antiquado?
Não. Sabedoria não é conhecimento. É possível ser uma pessoa profundamente culta, cheias de graduações, mestrados, doutorados e ser completamente tola, displicente e imatura. O contrário também é verdadeiro: é possível uma pessoa analfabeta ser essencialmente sábia, prudente e madura para toda boa obra. Porque a sabedoria não é uma virtude teórica a ser provada num laboratório de ciência, mas uma virtude que acontece e se constrói na prática da vida diária.
Nesses dias difíceis precisamos mais da sabedoria do alto. A epístola de Tiago nos convida a pedir ao Senhor: “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada” (Tg 1.5). Tiago ainda nos lembra que essa sabedoria se demonstra nas seguintes atitudes: bom tratamento, obras em mansidão de sabedoria, pureza, pacifismo, moderação, sentimento de misericórdia, bons frutos, imparcialidade e transparência. Peçamos a Deus que nos preencha com a sabedoria do alto neste tempo de crise.
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