LIÇÕES BÍBLICAS CPAD / ADULTOS
Título: O Deus de toda provisão —
Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises
Comentarista: Elienai Cabral
TEXTO ÁUREO: “Posso
todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4.13).
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que
o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I.
Ressaltar a fidelidade de Paulo em meio às crises;
II.
Mostrar a abnegação de Paulo ante o sofrimento;
III.
Compreender como podemos vencer as crises.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Chegamos ao final de
mais um trimestre. Com certeza, nossa fé no Deus de toda a provisão foi
fortalecida mediante o estudo de cada lição. Aprendemos que embora sejamos
filhos(as) de Deus estamos sujeitos a enfrentar algumas crises em nossa
caminhada. Contudo, as crises não são para nos destruir, castigar, desanimar,
mas o Pai as permite para que possamos confiar mais nEle, em sua fidelidade.
Veja as crises como oportunidade de crescimento espiritual, de transformação. O
Deus que sustentou o povo no deserto durante os anos, que sustentou Abraão e
seus descendentes é o Deus que vai sustentá-lo e ajudá-lo a enfrentar as
dificuldades da vida. Não importa se o Brasil e o mundo estão em crise; o céu
não está. Deus está no controle. Confie na provisão do Pai para sua vida e seu
ministério.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje estudaremos a respeito das
adversidades enfrentadas pelo apóstolo Paulo em seu ministério. Veremos que ele
aprendeu, com a ajuda do Senhor, a lidar com cada uma e a vencê-las. Apesar das
dificuldades Paulo pregou a Palavra de Deus, fundou igrejas e escreveu várias
cartas. Algumas de suas epístolas foram escritas enquanto ele estava na prisão.
A vida de Paulo é um exemplo de como podemos vencer as crises e permanecer
fiéis ao Senhor.
1.
Destemor e ousadia.
Na Epístola aos Efésios, Paulo se apresenta como
“embaixador em cadeias” (Ef 6.20). Ele tinha consciência de sua missão,
especialmente, no mundo gentio; sabia que o Evangelho de Cristo não poderia
ficar restrito aos judeus. Por isso, o seu afã missionário o levou a Ásia
Menor, Macedônia e Europa. Pregou a Palavra de Deus com zelo, fidelidade e não
se deixou abater pelas dificuldades. Embora tenha se tornado um prisioneiro por
amor a Cristo, seu espírito era livre. Mesmo preso, não deixou de se preocupar
com as igrejas, particularmente com Eféso e Filipos. Os verdadeiros crentes em
Cristo não se intimidam diante das perseguições, tribulações e crises.
2.
Alegria em meio às crises.
Paulo demonstrou alegria pelo bom testemunho e
fidelidade dos filipenses. Os crentes de Filipos não temiam defender e
confirmar aqueles que haviam recebido Cristo por Senhor e Salvador. Mesmo
estando prisioneiro, não se deixou abater, antes se regozijava porque os
filipenses participavam da sua vida de modo especial, sofrendo com ele.
Atualmente muitos não admitem mais que os crentes sofram. Contudo, o Senhor
Jesus nos alertou que, no mundo teríamos aflições. Podemos ver também que
embora Paulo fosse um crente fiel, enfrentou açoites, naufrágio e
apedrejamento. As crises que ele enfrentou não roubaram a sua alegria e não
fizeram dele um homem amargurado. Não permita que as crises enfraqueçam a sua
fé e roubem a sua alegria.
3.
Servindo a Deus em meio às crises.
Paulo estava preso em Roma, mas as cadeias não o
impediram de proclamar o Evangelho e de cuidar das igrejas. O evangelho que
Paulo pregava era mais poderoso do que as cadeias e grilhões. As crises não
iriam impedi-lo de servir ao Senhor, pois o testemunho das suas prisões
produziram ânimo, coragem e ousadia nos crentes. Paulo rejeitou a autopiedade.
Não queria que ninguém sentisse pena dele e perdesse o ardor pela obra de Deus.
Seu alvo era glorificar a Jesus Cristo mediante o seu trabalho.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, relacione no quadro alguns dos
sofrimentos enfrentados pelo apóstolo Paulo que estão listados no quadro
abaixo. Peça que um aluno leia Efésios 11.16-25. Em seguida faça a seguinte
indagação: “Como você reage diante das adversidades da vida?”. Ouça os alunos e
enfatize que embora Paulo tenha sofrido várias crises, ele permaneceu servindo
ao Senhor com inteireza de coração.
1 — “‘Muitas tribulações’ enfrentadas ao servir a
Deus (At 14.22).
2 — Sua aflição no ‘espírito’, por causa do pecado
dominante na sociedade (At 17.16).
3 — Servir ao Senhor com ‘lágrimas’ (Ef 2.4).
4 — Sua grande tristeza ao separar-se dos crentes
amados (At 20.17-38), e seu pesar diante da tristeza deles (At 21.13).
5 — A ‘grande tristeza e contínua dor’ no seu
coração, por causa da recusa dos seus ‘patrícios’ em aceitarem o evangelho de
Cristo (Rm 9.2,3).
6 — As muitas provações e aflições que lhes
advieram por causa do seu trabalho para Cristo (2Co 4.8-12).
7 — Seu pesar e angústia de espírito, por causa do
pecado tolerado dentro da igreja (2Co 2.1-3).
8 — Seu gemidos, por causa do desejo de estar com
Cristo e livre do pecado e das preocupações deste mundo (2Co 5.1-4).
9 — Suas tribulações por fora e por dentro, por
causa de seu compromisso com a pureza moral e doutrinária da igreja (2Co 7.5).
10 — O ‘cuidado’ que o oprimia cada dia, por causa
do seu zelo por ‘todas as igrejas’ (2Co 11.28)” (Bíblia de Estudo Pentecostal.
RJ: CPAD, p.1785).
Aprendi
a contentar-me
O segredo do contentamento, da satisfação, é
conhecermos que Deus nos concede, em cada circunstância, tudo quanto
necessitamos para uma vida vitoriosa em Cristo. Nossa capacidade de viver
vitoriosamente acima das situações instáveis da vida provém do poder de Cristo
que flui em nós e através de nós. Isso não ocorre de modo natural; precisamos
aprender na dependência de Cristo”.Para conhecer mais leia, Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1829.
II.
ABNEGAÇÃO ANTE O SOFRIMENTO
1. A disposição de Paulo em sofrer pelos cristãos de Filipos (Fp
2.17,18).
Paulo fez uma declaração de fé e serviço a Deus
quando escreveu aos filipenses: “E, ainda que seja oferecido por libação sobre
o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós” (Fp
2.17). Ele usou a figura dos sacrifícios do Antigo Testamento, especialmente as
ofertas de animais. A libação acompanhava o holocausto e a oferta pacífica (Nm
15.1-10). Nessa libação, era usado vinho que era derramado no santuário. Paulo
se utiliza de uma metáfora para mostrar que ele estava disposto a oferecer sua
vida e seu sangue como oferta perante o Senhor. Atualmente muitos têm feito da
obra do Senhor um meio mercantilista, mas temos visto também que muitos crentes
estão dispostos a dar a sua vida pelo Senhor.
2. A disposição de Epafrodito (Fp 2.25-30).
Epafrodito era como um irmão para Paulo e um
cooperador nos combates. Ele é um modelo de crente servidor. Muitos são como
Epafrodito, pois embora enfrentando diversos tipos de crises, estão sempre
prontos a servir. Ele foi portador de uma oferta da igreja de Filipos para
Paulo. O apóstolo deixa claro que esse companheiro sabia confortá-lo nas horas
tristes de sua solidão.
3.
Paulo e os judaizantes (Fp 3.1-8).
Na igreja de Filipos, havia um grupo de judeus que
se diziam convertidos, mas negavam o Evangelho que Paulo pregava. Eram falsos
mestres que se apresentavam como apóstolos. Esse grupo queria impor os costumes
e ritos judaicos para os cristãos, como por exemplo, a circuncisão e a guarda
do sábado para a obtenção da salvação. Paulo teve que enfrentar algumas crises
dentro da Igreja do Senhor por causa daqueles que rejeitavam seu ensino e não
acreditavam no seu apostolado. Mas, em Jesus Cristo, venceu todas elas.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
O amor e a solicitude de Paulo pelos filipenses era
tão grande, que ele estava disposto a dar a sua vida por eles, como se fosse
uma oferenda a Deus. (1) Paulo não lastimaria; antes se regozijaria como a
vítima do sacrificio, se assim os filipenses passassem a ter mais fé em Cristo
e mais amor a Ele. (2) Já que Paulo tinha tamanho amor sacrificial pelos seus
filhos espirituais na fé, que sacrifícios e sofrimentos devemos estar dispostos
a enfrentar em prol da fé dos nossos próprios filhos? Para que nossos filhos
tenham uma vida dedicada ao Senhor, se necessário for, devemos dar até a nossa
vida como oferta ao Senhor” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1827).
III.
APRENDENDO A VENCER AS CRISES
1.
A crise da falta de firmeza espiritual (Fp 4.1).
No capitulo 4 da Epístola aos Filipenses, o
apóstolo Paulo exorta a igreja de Filipos acerca de algumas distorções que
estavam produzindo dissensões entre os irmãos. Eram problemas de ordem social e
também doutrinária. Paulo exorta aos crentes para que permaneçam firmes no
Senhor.
2.
A crise da desarmonia (Fp 4.2,3).
Em Filipos, havia duas irmãs que muito fizeram pela
igreja, mas que, naqueles dias, estavam em desarmonia. Tudo indica que elas
tinham uma grande importância na Igreja. É provável que elas tenham tido uma
desavença e não conseguiam ter um mesmo parecer. Sem dúvida, permitiram que a
força da carne predominasse dividindo a igreja. Paulo roga às duas mulheres que
mudassem de atitude, pois estavam promovendo divisão e quebrando a autoridade
apostólica. Assim, Paulo pedia que elas tivessem o mesmo sentimento no Senhor.
3.
Vencendo as crises.
Paulo declara que já aprendera, com o Senhor, a
contentar-se em quaisquer circunstâncias: na abundância, na fome e na fartura.
Tendo tudo ou não tendo nada, ele sabia superar as dificuldades porque Cristo o
fortalecia. Aos coríntios, declarou a respeito do seu aprendizado na obra do
ministério: “Até esta presente hora, sofremos fome e sede, e estamos nus, e
recebemos bofetadas, e não temos pousada certa, e nos afadigamos, trabalhando
com nossas próprias mãos; somos injuriados e bendizemos; somos perseguidos e
sofremos; somos blasfemados e rogamos; até ao presente, temos chegado a ser
como o lixo deste mundo e como a escória de todos” (1Co 4.11-13). Na verdade,
tudo o que Paulo desejava era mostrar a sua alegria em toda e qualquer
circunstância. Sua alegria e contentamento resultavam da comunhão do apóstolo
com o Senhor.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Como
ovelhas para o matadouro (Rm 8.36)
As adversidades alistadas pelo apóstolo nos
versículos 35 e 36 de Romanos 8, têm sido experimentadas pelo povo de Deus
através dos tempos. Nenhum crente deve estranhar o fato de experimentar
adversidades, perseguição, fome, pobreza ou perigo. Aflições e calamidades não
significam, decerto, que Deus nos abandonou, nem que Ele deixou de nos amar.
Pelo contrário, nosso sofrimento como crentes, abrir-nos-á o caminho pelo qual
experimentaremos mais do amor e do consolo de Deus (2Co 1.4,5). Paulo nos
garante que venceremos em todas essas adversidades e que seremos mais que
vencedores por meio de Cristo” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD,
p.1714).
CONCLUSÃO
O contentamento de Paulo diante das crises era
resultado da sua comunhão com Deus. Ele aprendera com o Senhor a se contentar
em toda e qualquer circunstância. Que possamos seguir o exemplo de Paulo e
aprender com o Senhor a ter paz e contentamento mesmo enfrentando uma crise.
A
respeito da fidelidade de Deus, responda:
1°
Como Paulo se apresenta na Carta aos Efésios?
Resp:
Na Epístola aos Efésios, Paulo se apresenta como “embaixador em cadeias” (Ef
6.20).
2°
As cadeias impediram Paulo de proclamar o Evangelho? As crises têm impedido
você de servir ao Senhor?
Resp:
Não, pois o evangelho que Paulo pregava era mais poderoso do que as cadeias e
grilhões. As crises não iriam impedi-lo de servir ao Senhor.
3°
Cite o nome de um cooperador de Paulo.
Resp:
Epafrodito.
4°
Qual o nome das irmãs que estavam brigadas, promovendo a desarmonia?
Resp:
Evódia e Síntique.
5°
Quem ensinou Paulo a vencer as crises e a se contentar em toda e qualquer
situação?
Resp:
O Senhor Jesus Cristo.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A
fidelidade de Deus
O nosso desafio hoje é aprendermos a enfrentar as crises sem perder a paz e o ânimo. Um bom começo é obedecendo ao ensino de Jesus em João 16 e ampliando essa reflexão à carta do apóstolo Paulo aos Efésios, quando ele escreve: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (5.18-20). Ora, a expressão “não vos embriagueis com vinho, em que há contendas” representa tudo que do ponto de vista humano e material traz confusão, briga e falta completa de sobriedade e discernimento do tempo em que estamos vivendo. Por isso, o apóstolo nos convida a “enchei-vos do Espírito”, alimentando sempre a nossa alma como cânticos espirituais, com hinos, com salmos e testemunhos, isto é, tudo aquilo que nos aproxima de Deus e do seu Santo Espírito.
Assim, com a mente voltada para Cristo Jesus e com a disposição de não perder a paz nem o discernimento, somos convidados a viver uma vida suficientemente em Cristo a fim de superar toda e qualquer crise que tente nos abater. Não perder o ânimo e a paz é o nosso grande desafio!
Que o Espírito nos ajude.
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