sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Lição 9 CPAD - 1° Trimestre 2017

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD / ADULTOS

Título: As Obras da Carne e o Fruto do Espírito — Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente


Comentarista: Osiel Gomes


 TEXTO ÁUREO: “Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo” (2Tm 2.13).


 VERDADE PRÁTICA: A fidelidade, como fruto do Espírito, ajuda o crente a permanecer firme na fé em Cristo.


OBJETIVO GERAL: Explicar que a fidelidade, fruto do Espírito, nos ajuda a permanecermos firmes na fé até a Segunda Vinda de Jesus.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:  

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos sub-tópicos.

 
I. Saber que a fidelidade é a característica do que é fiel

II. Mostrar que a idolatria e a heresia são um perigo à fidelidade

III. Compreender que precisamos permanecer fiéis até o fim.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Vamos continuar com os estudos a respeito do fruto do Espírito. Estudaremos a fidelidade, contrapondo com a idolatria, uma das obras da velha natureza. No início da conversão, muitos desenvolvem uma fé inabalável, revelando sua fidelidade ao Senhor. Mas com o passar dos anos, diante das muitas dificuldades, os crentes vão esmorecendo na fé e comprometendo a sua fidelidade para com o Senhor. Não podemos nos esquecer que precisamos permanecer fiéis até o fim (Ap 2.10). É preciso perseverar! Vivemos tempos difíceis e somente um coração fiel a Deus e a sua Palavra pode nos livrar das heresias e da apostasia.

Nesta lição, também trataremos a respeito da idolatria. Alguns, quando ouvem essa palavra, pensam logo em imagens de escultura. Porém, idolatria é tudo aquilo que ocupa o lugar de Deus em nosso coração. A fidelidade, fruto do Espírito, nos ajuda a banir de nossas vidas todo e qualquer ídolo.

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos outro aspecto do fruto do Espírito, a fidelidade. Veremos também a idolatria e as heresias como obras da carne e como oposições, ou seja, contrárias à fidelidade. Como novas criaturas, precisamos crer e confiar em Deus de todo o coração, pois a nossa fé vai nos ajudar a permanecer fiéis até o dia em que nos encontraremos com o Senhor. Aquele que realmente crê no Pai e no Filho não se deixa levar por qualquer sorte de doutrina, pois está sempre vigilante e atento à voz do Senhor.


PONTO CENTRAL: A fidelidade nos ajuda a permanecermos firmes na fé.


I. O SIGNIFICADO DE FIDELIDADE


1. Definição.

Fidelidade, segundo o Dicionário Houaiss é a “característica do que é fiel, do que demonstra zelo, respeito por alguém ou algo, lealdade”. Logo, podemos afirmar que a fidelidade é a característica de quem é leal.


2. A fidelidade como fruto do Espírito.

Já vimos que a fidelidade é a característica de quem é leal, mas, como fruto do Espírito, tal virtude é desenvolvida em nós pela ação do Espírito Santo (Gl 5.22). À medida que confiamos em Deus e passamos a ter uma maior comunhão com Ele, mediante a leitura da Palavra, oração e jejum, desenvolvemos o fruto do Espírito.


3. A fidelidade de Deus.

Fidelidade é um dos atributos morais de Deus. Ele é fiel em sua natureza (2Ts 3.3). O Deus que é fiel, pela sua graça, nos salvou e nos deu uma nova vida a fim de que tenhamos comunhão com Ele e com o seu Filho (1Co 1.9). Como filhos de Deus e novas criaturas, precisamos ter para com Deus a mesma atitude de lealdade que Ele tem para conosco. A nossa fidelidade ao Senhor nos ajuda a resistir à idolatria e às heresias que tão de perto nos rodeiam. É importante ressaltar que idolatria não é somente adorar imagens de escultura, mas é tudo que toma o lugar de Deus em nossos corações, sejam pessoas, sejam objetos. Que Deus ocupe sempre o primeiro lugar em nossas vidas. Muitos infelizmente têm deixando que os bens materiais, os talentos e os cargos eclesiásticos ocupem o lugar em seus corações, lugar que deve ser somente do Pai (Dt 6.5). Que o Senhor nos livre de cometer tal loucura.

 
SÍNTESE DO TÓPICO (I): Fidelidade é a característica de quem é leal.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO


“Fidelidade”

 
Esta palavra é corretamente traduzida em Romanos 3.3 (fidelidade). Em Gálatas 5.22, a ARA corrige fé (ARC) por fidelidade.
Fé, pistis, primeiramente, ‘persuasão firme’, convicção fundamentada no ouvir (cognato de peitho, ‘persuadir’, sempre é usado no Novo Testamento acerca da ‘fé em Deus ou em Jesus, ou às coisas espirituais’. A palavra é usada com referência: (a) à confiança (por exemplo, Rm 3.25); (b) à fidedignidade, fidelidade, lealdade (por exemplo, Mt 23.23); (c) por metonímia, ao que é criado, o conteúdo da crença, a fé (At 6.7); (d) à base para a ‘fé’, a garantia, a certeza (At 17.31); (e) a um penhor de fidelidade, fé empenhada (1Tm 5.12).
Os principais elementos da fé em sua relação com o Deus invisível, em distinção da fé no homem, são ressaltados, sobretudo no uso deste substantivo e do verbo correspondente, pisteuo. “Tais elementos são: (1) uma firme convicção, produzindo um pleno reconhecimento da revelação ou verdade de Deus (por exemplo, 2Ts 2.11,12); (2) uma entrega pessoal a Ele (Jo 1.12); (3) uma conduta inspirada por tal entrega (2Co 5.7)” (Dicionário Vine: O significado exegético e expositivo das palavras do Antigo e do Novo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002, p.648).

CONHEÇA MAIS


“Heresia”

A palavra ‘heresiologia’ deriva-se do vocábulo grego hairesia, que significa opinião escolhida, seleção, preferência, e ‘logia’ — tratado ou estudo. Assim a palavra exprime: Estudo sobre a opinião escolhida, em oposição a uma disciplina aceita, acatada. É, pois, uma doutrina falsa. “A Bíblia fala de heresia em 2 Pedro 2.1 e Judas 4, e afirma que é um fruto da carne (Gl 5.20)”. Para conhecer mais leia, Heresiologia, Coleção Ensino Teológico, CPAD, p.12.


II. IDOLATRIA E HERESIA: UM PERIGO À FIDELIDADE


1. O que é idolatria?

O vocábulo idolatria, no grego, é eidololatria e significa culto destinado a adoração de ídolos. A idolatria aparece na relação de obras da carne apresentada por Paulo aos Gálatas (Gl 5.20). Ela é proveniente da falta de conhecimento das Escrituras e de Deus, pois quem conhece a Bíblia sabe que tal prática é condenada pelo Senhor (Lv 26.1; 1Sm 12.21; Sl 115.4; At 15.20; 1Jo 5.21). Os israelitas, embora tivessem visto de perto a glória e o livramento de Deus, por diversas vezes se deixaram levar pela idolatria. Ainda na travessia do deserto, quando Moisés estava no monte Sinai para encontrar-se com o Senhor, o povo fez um bezerro de ouro e o adorou (Êx 32.1-18). Já no período monárquico, depois da morte de Salomão e a divisão do reino, todos os reis do Reino do Norte fizeram o que era mal aos olhos do Senhor, levando o povo à adoração de ídolos (1Rs 16.25,30; 22.52-54; 2Rs 3.3). Jeroboão fundou um sistema religioso idólatra, mandando fazer dois bezerros de ouro, institucionalizando a idolatria em Israel (1Rs 12.26-33).


2. A idolatria no Novo Testamento.

Na Roma antiga adorar aos imperadores era uma forma de lealdade e devoção. Por isso, os primeiros cristãos foram severamente perseguidos e mortos, pois eles não aceitavam que o homem ocupasse o lugar de Deus. Além dos imperadores, os romanos (e também os gregos) tinham uma variedade muito grande de ídolos. Na cidade de Listra, Paulo foi confundido com o deus Mercúrio, e Barnabé com o deus Júpiter (At 14.11-13). Passando por Atenas, Paulo encontra um altar onde estava escrito: “Ao Deus Desconhecido” (At 17.23). Contudo, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo, a idolatria é condenada (Êx 20.3; Lv 26.1; Cl 3.5; Ap 22.15). Não podemos jamais esquecer que tudo aquilo que usurpa o lugar de Deus, em nosso coração, é idolatria. Qualquer pessoa ou objeto a que nos dedicamos com extremada atenção, e que não podemos viver sem os quais, podem se tornar um ídolo. A idolatria é a quebra da nossa fidelidade ao verdadeiro Deus.

3. O que significa heresia?

No grego, esta palavra é hairesis e significa preferência, escolha. Segundo o Dicionário Teológico (CPAD) podemos definir heresia “como uma rejeição voluntária de um ou mais artigos da fé”. Precisamos ter cuidado, pois atualmente, muitos estão se utilizando de argumentos falsos para enganar e macular a Igreja do Senhor. Precisamos de homens como Paulo, que não usavam de engano nem fraudulência (2Ts 2.3). Contudo, também precisamos investir mais no ensino sistemático da Escrituras Sagradas, pois as heresias só podem ser rechaçadas pelo conhecimento bíblico (Mc 12.24). Estamos vivendo tempos difíceis, nos quais muitas igrejas já não conservam mais a sã doutrina, sendo os crentes enganados por filosofias humanas e ensinos de demônios contrários à Palavra de Deus.


 
SÍNTESE DO TÓPICO (II): Fidelidade é a característica de quem é leal.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO


Idolatria

 

Esta é uma transliteração da palavra gr. eidolatria, cujo significado entendemos ser ‘a adoração a ídolos; a adoração a imagens como divinas e sagradas’.
Como uma criatura ligada ao tempo e ao espaço, o homem tem estado especialmente inclinado a prestar adoração a algum tipo de símbolo visível de divindade. Ele aparece anelar por manifestações tangíveis da presença divina. Durante a história humana, esta atitude tomou várias formas e manifestações. Mesmo que o homem tenha abandonado a adoração ao verdadeiro Deus, ele não renunciou à religião, mas procurou substituir o verdadeiro Deus por um deus falso que tivesse de acordo com seu próprio gosto.
A proibição da idolatria é um dos poucos conceitos absolutos e imutáveis no sistema judaico de ética (juntamente com o incesto e o assassinato). A adoração sem a imagem de Jeová anunciava não meramente que Ele era maior do que a natureza, mas que também não era limitado por ela. No Antigo Testamento, há muitos termos hebraicos usados como escárnio à idolatria, indicando sua infância e obscenidade, bem como seu absoluto vazio.
Todas as camadas da lei judaica dão testemunho da oposição a se fazer um retrato de Deus. Os dois primeiros mandamentos proíbem a adoração de imagens, bem como a adoração a qualquer outro deus (cf. Êx 20). “A idolatria era classificada como uma ofensa de estado e cheirava a traição, devendo ser punida com a morte (Dt 17.2-7)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.946).

 

III. SEJAMOS FIÉIS ATÉ O FIM

1. Olhando para o passado.

Para se conquistar um bom futuro é imprescindível ter estabelecido alicerces sólidos no passado. Por isso, o escritor aos Hebreus pede que os crentes dêem uma olhadinha no passado. O propósito era que eles não se esquecessem das bênçãos que já haviam recebido da parte de Deus e dos muitos combates e aflições quais enfrentaram e saíram vitoriosos (Hb 10.32). O Senhor também cuidaria dos seus servos, dando-lhes novamente força e vigor para permanecerem fiéis até o fim. A fé que recebemos como fruto do Espírito nos ajuda a continuar firmes e fiéis a Cristo diante das circunstâncias contrárias.


2. A fé que nos ajuda a permanecermos fiéis.


Já fomos justificados perante Deus pela nossa fé em Jesus (Rm 3.21,22). Esta é a chamada fé salvífica que vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm 10.17). Mas, à medida que buscamos ter maior comunhão com Deus, desenvolvemos a fé como fruto do Espírito. Essa fé cresce em nós com o tempo e nos livra da idolatria, das heresias e da apostasia (2Co 10.15; 2Ts 1.3). A nossa confiança em Deus nos ajuda a permanecer fiéis em tudo até o dia em que iremos nos encontrar com o Senhor (Ap 2.10).

3. Seja fiel.


O Deus fiel e imutável a quem adoramos deseja nos ajudar a permanecer fiéis em toda a nossa maneira de viver, neste mundo tenebroso, mau e que jaz no maligno (1Jo 5.19). Se quisermos permanecer fiéis não podemos descuidar da nossa comunhão com o Senhor. Precisamos buscá-lo enquanto é tempo, enquanto podemos achá-lo (Is 55.6). Noé, durante um bom tempo, anunciou que o dilúvio viria. Mas aquela geração não deu crédito à pregação do servo do Senhor. O dia do juízo chegou e somente ele e sua família foram salvos da fúria das águas. Mesmo vivendo em uma sociedade corrompida pelo pecado, Noé permaneceu fiel ao Senhor e cumpriu a sua missão com zelo e temor até o fim dos seus dias.

SÍNTESE DO TÓPICO (III): A fidelidade, fruto do Espírito, nos ajuda a nos mantermos fiéis até o fim.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO


A fidelidade como fruto do Espírito tem muito a ver com a moral e ética cristã. Esse fruto abençoado coloca o padrão cristão no nível de responsabilidade em palavras e ação. Houve um tempo em que a palavra de um homem tinha grande valor, e um aperto de mão era tão bom quanto um contrato assinado. Isto não parece ser verdade em nossos dias. Mas o homem que anda com Deus é diferente, porque nele está o fruto que é lealdade, honestidade e sinceridade. O Espírito Santo sempre concede poder para o cristão ser um homem de palavra.
A fidelidade como fruto do Espírito nos torna leal a Deus, leais os nossos companheiros, amigos, colegas de trabalho, empregados e empregadores. O homem leal apoiará o que é certo mesmo quando for mais fácil permanecer calado. Ele é leal quer esteja calado. Ele é leal quer esteja sendo observado, quer não. Este princípio é ilustrado em Mateus 25.14-30. Os servos que eram fiéis e fizeram como foram instruídos mesmo na ausência do senhor foram elogiados e recompensados. “O servo infiel foi castigado” (GILBERTO, Antonio. O Fruto do Espírito: A plenitude de Cristo na vida do crente. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004 p.112).

 

CONCLUSÃO

Que Deus nos ajude a permanecer fiéis até o fim (Ap 2.10). A infidelidade ao Senhor tem feito com que alguns ensinem heresias, levando muitos a apostatarem da fé. A fidelidade, como fruto do Espírito, nos ajuda a não abrir mão de nossas convicções cristãs. Que em nossa caminhada de fé possamos dizer como o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2Tm 4.7).

PARA REFLETIR


A respeito da fidelidade, firmes na fé, responda:


1° Defina fidelidade.
Resp: Fidelidade, segundo o Dicionário Houaiss é a “característica do que é fiel, do que demonstra zelo, respeito por alguém ou algo, lealdade”. Logo podemos afirmar que a fidelidade é a característica de quem tem fé.

2° Como podemos definir fé?

Resp: Dentro da perspectiva bíblica, podemos dizer que “é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11.1).

3° Segundo a lição, nossa fidelidade a Deus nos ajuda e nos livra de quê?

Resp: Livra-nos da idolatria.

4° O que é idolatria?

Resp: O vocábulo idolatria, no grego, é eidololatria e significa culto destinado a adoração de ídolos.

5° Quem fundou, depois da morte de Salomão, um sistema religioso idólatra em Israel?

Resp: Jerobão fundou um sistema religioso idólatra, mandando fazer dois bezerros de ouro, institucionalizando a idolatria em Israel (1Rs 12.26-33).

 SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 

Fidelidade, firmes na fé

 

A lição nove aborda sobre a oposição entre fidelidade x idolatria e heresia. O tema é bem contemporâneo, pois nunca estivemos diante de tantas invencionices em nome da pessoa do Senhor Jesus. São doutrinas, estratégias evangelísticas e músicas que nada têm a ver com o Evangelho do nosso Salvador. Por isso, é importante compreendermos bem o primeiro termo de nossa lição: fidelidade.
O significado da palavra fidelidade, conforme se encontra na epístola de Paulo aos Gálatas, se refere à lealdade. Mas é importante ressaltar que, na epístola aos Gálatas, mais precisamente no capítulo quatro e no versículo seis, aparece uma queixa de Paulo pela falta de fidelidade dos gálatas em relação ao Evangelho. Lembre que o apóstolo iniciou a carta lamentando a atitude dos crentes da cidade de Gálatas: “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo” (Gl 1.6,7). Logo, podemos afirmar que o apóstolo Paulo está recomendando fidelidade e lealdade dos gálatas a Deus e sua vontade. Ora, a vontade de Deus é revelada em sua Palavra. Esta nos dá o norte, a direção e a orientação para vivermos abundantemente na presença dEle.
A idolatria conforme está posta na carta aos Gálatas não se refere somente à adoração de imagens, mas a qualquer prática condenatória em relação aos ídolos. Um exemplo é o que está relacionado em 1 Coríntios 10.14-16 e Colossenses 3.5, onde o apóstolo recomenda a não participarmos de um banquete oferecido aos ídolos. Entretanto, a recomendação aos colossenses aprofunda mais ainda a questão, trazendo à tona a avareza, isto é, o apego ao dinheiro e às coisas materiais como idolatria. Isto vai à contramão da lealdade ao Senhor. Acompanhada da idolatria, vem à heresia. Heresia representa assumir um postulado de ensino totalmente oposto ao que você recebeu outrora, ou seja, o Evangelho de Jesus Cristo recebido pelo Espírito Santo, por intermédio da tradição dos santos apóstolos. Aqui, a nossa fidelidade e lealdade para com Deus, o nosso Pai, também são testadas.
Portanto, após expor o conceito desses três termos — Fidelidade, Idolatria e Heresia — faça uma reflexão com os alunos a respeito da fidelidade ao Evangelho do Senhor Jesus Cristo. Encoraje-os a perseverarem no ensino do Evangelho! Boa aula!

 

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Lição 8 CPAD - 1° Trimestre 2017


LIÇÕES BÍBLICAS CPAD / ADULTOS

Título: As Obras da Carne e o Fruto do Espírito — Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente

Comentarista: Osiel Gomes

 
 

TEXTO ÁUREO: Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna(1Jo 3.15).

 
VERDADE PRÁTICA: A vida é um dom de Deus e ninguém tem o direito de tirá-la a não ser o próprio Deus.

 
OBJETIVO GERAL: Explicar que a vida é um ato da bondade de Deus e que ninguém tem o direito de tirá-la.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.



 
I. Reconhecer que a bondade é o firme compromisso do crente para o benefício dos outros;

II. Mostrar que o homicídio é a destruição do próximo, por isso, Deus condena tal atitude;

III. Explicar por que precisamos ser bondosos e misericordiosos.
 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Você está gostando de estudar a respeito do fruto do Espírito? Se as lições estão contribuindo para edificar sua vida, certamente vão também edificar seus alunos. Vamos estudar mais um aspecto do fruto do Espírito, a bondade. Seu coração já foi transformado pelo Filho de Deus? Então, já foi enxertada em seu interior a “semente” da benevolência. Vivemos em uma sociedade onde as pessoas acreditam, erroneamente, que ser bom é ser fraco. Mas, tal virtude revela um caráter maduro e forte, leal a Deus e ao próximo. Como discípulos de Jesus, nosso exemplo maior de bondade, precisamos evidenciar nossa afabilidade por intermédio de ações e palavras. Não basta apenas dizer que é bondoso, as pessoas precisam ver esse aspecto do fruto do Espírito em suas palavras e ações, em seu dia a dia.
 

INTRODUÇÃO
Você já teve o coração transformado e regenerado pelo Senhor Jesus? Então, não há mais espaço, em sua vida, para sentimentos e desejos que faziam parte da sua velha natureza. Na lição de hoje, veremos que os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, falso testemunho e blasfêmias procedem do interior do homem, ou seja, da velha natureza adâmica (Mt 15.18,19).

 
PONTO CENTRAL: A vida é um ato da bondade de Deus e ninguém tem o direito de tirá-la.

 
I. BONDADE: O FIRME COMPROMISSO PARA O BENEFÍCIO DOS OUTROS

1. A bondade como fruto do Espírito.
Podemos afirmar que a bondade e a benignidade são frutos gêmeos. A palavra grega para bondade é agathosüne, e esta palavra pode ser aplicada em relação a Deus como um ser perfeito e completo (Mc 10.18), e em relação à benevolência de alguém (Mt 12.35; At 11.24; 1Pe 2.18). Como um dos aspectos do fruto do Espírito, podemos dizer que a bondade é uma qualidade nobre, gerada por Deus, nos corações daqueles que experimentaram o novo nascimento (Jo 3.3). Quem já experimentou a regeneração, em Jesus Cristo, é nova criatura e naturalmente inclinado a fazer o bem (2Co 5.17).


2. A bondade de Deus é singular.

Ele é bom para todos os homens, independentemente da condição destes (Sl 145.9). A bondade do Pai pode ser revelada na sua provisão, pois Ele faz com que o sol e a chuva se levante sobre os justos e injustos (Mt 5.45). Contudo, a maior prova da bondade de Deus está no fato de Ele ter enviado seu Filho unigênito para morrer por nós, homens pecadores e maus por natureza (Jo 3.16; Rm 5.8). Em geral costumamos agir bondosamente somente com aqueles que nos tratam com benevolência, mas o Criador é bom para com todos; e, como filhos seus, precisamos seguir o seu exemplo.


3. Um homem bondoso e uma mulher bondosa.
Na Bíblia, encontramos vívidos exemplos de homens bondosos, e Jó é um desses homens. Ele não era somente justo e paciente, mas também bondoso para com os outros (Jó 29.15-17; 31.32) e para com seus filhos, oferecendo a Deus holocaustos por eles (Jó 1.5). Dorcas era uma discípula que usava do ofício de costureira para abençoar os pobres (At 9.36,39). O texto bíblico afirma que “ela estava cheia de boas obras e esmolas” (At 9.36). Suas ações em favor dos necessitados demonstravam a sua bondade e o seu amor e devoção a Deus. Quem ama ao Senhor ama também o próximo, mas esse amor precisa ser manifesto em ações. Não basta dizer que amamos; é preciso mostrar esse amor por meio de ações. O que você tem feito para demonstrar a sua bondade pelo próximo?

 
SÍNTESE DO TÓPICO (I): A bondade é o nosso firme compromisso com Cristo para o benefício do próximo.

 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO

Bondade como fruto do Espírito é tradução de uma palavra grega que é encontrada apenas quatro vezes na Bíblia: agathosune. Quando comparada com chrestotes vemos que a bondade é a prática ou a expressão da benignidade, ou seja, fazer aquilo que é bom. O termo agathosune só é usado nos escritos de Paulo nas seguintes passagens: Romanos 14.14; Gálatas 5.22; Efésios 5.9; 2 Tessalonicenses 1.11.
No primeiro destes textos, Romanos 15.14-16, Paulo reconhece que os cristãos romanos estão prontos para ministrar uns aos outros e, portanto, os exorta a ministrar, lembrando-os de sua chamada para ser ministro (literalmente, servo) de Jesus Cristo. No versículo 16 (NVI), Paulo se compara a um sacerdote que oferece a Deus os gentios salvos como oferta santificada pelo Espírito Santo. Em todos estes versículos é vista a expressão da bondade.
Bondade, então, fala de serviço ou ministério uns aos outros, um espírito de generosidade posto em ação; diz respeito a servir e dar. É o resultado natural da benignidade — a qualidade interior de ternura, compaixão e brandura. Tudo isso está resumido na palavra amor. O amor é benigno, que é o oposto do maligno. O amor é bom, sempre buscando ministrar às necessidades dos outros (GILBERTO, Antônio. O Fruto do Espírito: A plenitude de Cristo na vida do crente. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.92).

 
CONHEÇA MAIS

Bondade

O Espírito Santo transmite esta virtude como um fruto, para que cada um do bom tesouro possa tirar o bem (Lc 6.45). Barnabé foi cheio do Espírito Santo e por isso se tornou um homem bom (At 11.24). Ele deixou um brilhante exemplo de que maneira esse fruto se manifesta. O seu coração era aberto para doar (At 4.37). Ele viu o que a graça de Deus havia operado (At 11.23), por isso conseguiu ajudar a Saulo (At 9.26-28; 11.25-26)”. Para conhecer mais leia, Teologia SistemáticaColeção Ensino Teológico, CPAD, p.28.

 
II. HOMICÍDIO, A DESTRUIÇÃO DO PRÓXIMO

1. Não matarás.
Em Êxodo 20.13, temos uma ordem de Deus em favor da preservação da vida. A ordenança divina é bem clara, de forma que até uma criança pode compreender: “Não matarás” (Êx 20.13; Dt 5.17). Encontramos, em todo o Pentateuco, várias advertências a respeito da violência contra a vida. Deus é bom. Por isso, Ele estabeleceu leis para os homicídios dolosos, ou seja, quando uma pessoa mata a outra intencionalmente (Dt 27.24,25) e culposos, quando não há intenção de matar (Dt 19.4-6). O Senhor Jesus, nosso maior exemplo de bondade e amor, reforçou a legislação divina ao ensinar que podemos atentar contra a vida do nosso próximo até mesmo por palavras (Mt 5.21, 22). O apóstolo João também deixa claro que quem aborrece o seu irmão é homicida (1 Jo 3.15). Que venhamos a amar o próximo, cuidar dele e preservar a sua vida, pois esta é a vontade de Deus para nós.


2. Aborto, a morte de um inocente indefeso.
Quando falamos em homicídio, estamos também nos referindo ao aborto. Este ato perverso está inserido no sexto mandamento, pois é um atentado contra a vida de um indefeso, além de ser um ato contra Deus, que é o doador da vida (Is 45.12; Mt 10.28). O aborto, segundo o Código Penal Brasileiro, é também um crime. Embora faça parte do Código Penal, alguns, erroneamente, acreditam que o aborto deve ser uma escolha da mulher. Mas o Criador não permite que nós, seres criados, venhamos a decidir quem deve ou não viver. Deus nos criou nos conhece e nos ama desde quando nosso corpo ainda estava sendo formado no ventre de nossa mãe (Sl 139.16).


3. O primeiro homicídio.
Logo no primeiro livro da Bíblia, Gênesis, encontramos o triste relato do primeiro homicídio depois da Queda (Gn 4.8-11). Caim matou seu irmão porque deixou seu coração ser dominado pela inveja e o ciúme. O texto bíblico diz que o próprio Deus amaldiçoou Caim numa forma de punição pelo seu ato (Gn 4.15). Homem algum pode zombar de Deus, porque todo o pecado tem a sua recompensa (Gl 6.7).

 
SÍNTESE DO TÓPICO (II): O homicídio é a destruição da vida alheia.

 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO

O sexto mandamento
Não matarás (20.13). ‘Assassinar’ é mais precioso aqui do que ‘matar’. A palavra hebraica rasah é a única sem paralelo em outras sociedades do segundo milênio a.C. Ela identifica ‘morte de pessoas’ e inclui assassinatos premeditados executados com hostil intenção e mortes acidentais ou homicídios culposo. Dentro da comunidade da aliança, precisava-se tomar um grande cuidado para que ninguém perdesse a vida, mesmo por acidente. O termo rasah não é aplicado em mortes na guerra ou em execuções judiciais” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse Capítulo por Capítulo. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.64).

Cidades de Refúgio
Entre as 48 cidades dadas aos levitas em Israel, seis, por ordem de Deus, foram indicadas como cidades de refúgio, ou asilo, para o ‘homicida’ (Nm 35.6,7). O próprio Moisés escolheu três delas no lado leste do rio Jordão: Bezer para os rubenitas, Ramote, em Gileade, para os gaditas; Golã, em Basã, para os manassitas (Dt 4.41-43). Mais tarde, na época de Josué, as outras três foram indicadas na parte oeste do Jordão. Elas estavam convenientemente situadas nas regiões norte, central e sul da terra que habitavam. Seriam construídas e mantidas abertas estradas para essas importantes cidades (Dt 19.3).
Em Hebreus 6.18 está indicado que as cidades de refúgio eram um tipo de Cristo. O apóstolo faz alusão a isso quando fala daqueles que fugiram procurando um refúgio, e também da esperança oferecida a eles. Nós procuramos o refúgio em Cristo, e nele estamos a salvo do Vingador do sangue divino (Rm 5.9) [PFEIFFER, Charles F. (Ed.) Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2010, pp.417-18].

 
III. SEJAMOS BONDOSOS E MISERICORDIOSOS

1. Servindo ao outro com amor.
Jesus deve ser o nosso exemplo de serviço e amor. Ele declarou que não veio ao mundo para ser servido, mas para servir e dar a sua vida por nós (Mt 20.28). Vivemos em um mundo egoísta, onde as pessoas só querem ser servidas. Por isso, precisamos, como sal e luz desse mundo, mostrarem-lhes o nosso serviço e compaixão (Mt 5.13,14). Paulo exortou os crentes da Galacia para que levassem as cargas uns dos outros (Gl 6.2). Para realizamos tal atos precisaram amar, pois levar a carga do outro significa ajudar o irmão que está enfermo, enfrentando tribulação ou enfrentando necessidade financeira. Você tem ajudado seus irmãos a carregarem suas cargas ou você tem ainda acrescentado mais peso a elas?


2. Ajudando o ferido.
Vivemos dias difíceis, nos quais o egoísmo tem imperado em nossa sociedade (2Tm 3.1). Precisamos demonstrar ao mundo o amor de Deus mediante as nossas ações enquanto ainda temos tempo, pois sabemos que, em breve, Jesus virá. Que não venhamos a agir como o sacerdote e o levita da parábola do Bom Samaritano, mas que sejamos como aquele que acolhe e ajuda ao ferido (Lc 10.25-37).


3. Ajudando os irmãos.
Paulo ensinou aos gálatas a fazerem o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé (Gl 6.10). Quantos irmãos, em nossas igrejas, estão carecendo de uma ajuda financeira, de uma oração ou de uma palavra de consolo. Mas, às vezes, nos tornamos indiferentes à dor do outro e nos esquecemos de ajudar aqueles que estão perto de nós. Não espere que seu irmão peça a sua ajuda se você sabe que ele está enfrentando alguma dificuldade e pode ajudá-lo, ajude-o. Também não espere receber recompensa: faça por amor e bondade. A recompensa virá do Senhor quando então recebemos os nossos galardões (Mt 10.41,42).
 

SÍNTESE DO TÓPICO (III): O crente cheio do Espírito Santo é bondoso e misericordioso.


SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A história do bom samaritano ensina ao doutor da lei que o seu próximo é qualquer um que ele encontrar que tenha uma necessidade. Jesus encerra a história com a pergunta: ‘Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?’. O doutor da lei sabe a resposta, mas ele não pode deixar de falar a menosprezada palavra ‘samaritano’ e ainda querer escolher seu próximo. Por isso ele só se refere a ele como ‘O que usou de misericórdia para com ele’ (v.37).
A resposta do doutor da lei está correta, porque o samaritano é aquele que agiu com o próximo. Mostrando compaixão, ele se alinhou com o amor a Deus e ao próximo. Ao contrário do sacerdote ou do levita, ele se submeteu ao mandamento de amor que resume toda a lei. Semelhantemente, Jesus quer que o doutor da lei responda a Deus e ao próximo de maneira própria de criança. Ele lhe fala: ‘Vai e faze da mesma maneira’. O doutor da lei também pode cumprir a ordem de amar a Deus e ao próximo satisfazendo as necessidades dos outros a despeito de raça, cor ou sexo (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Volume 1. 4ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.91).

 
CONCLUSÃO
Que possamos demonstrar ao mundo e aos nossos irmãos a bondade de Deus que um dia foi derramado em nossos corações. Que jamais venhamos aceitar qualquer forma de homicídio, pois somos novas criaturas e sabemos que Deus abomina tal prática.

 
PARA REFLETIR

A respeito da bondade que confere vida, responda:

 
1° De acordo com a lição defina bondade.
Resp: Bondade é uma qualidade nobre, gerada por Deus, nos corações daqueles que experimentaram o novo nascimento (Jo 3.3).

 

2° Como a bondade de Deus é revelada a nós?
Resp: A bondade do Pai pode ser revelada na sua provisão, pois Ele faz com que o sol e a chuva se levante sobre os justos e injustos (Mt 5.45).

 

3° Cite um exemplo bíblico de bondade.
Rep: Jó e Dorcas.

 

4° Qual a ordenança de Deus a respeito do homicídio?
Resp: A ordenança divina é bem clara, de forma que até uma criança pode compreender: “Não matarás” (Êx 20.13; Dt 5.17).

 

5° Qual o primeiro homicídio registrado nas Escrituras Sagradas depois da Queda?
Resp: Caim matou seu irmão Abel.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 


A bondade que confere vida

A única forma de um ser humano mau se tornar em um ser humano bom de maneira plena é por intermédio da graça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo (Ef 2.8). Somente assim que a pessoa tem a condição de compreender as implicações destes dois mandamentos do Senhor: “O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes” (Mc 12.29-31). Por isso devemos compreender que há somente um Deus todo-poderoso, glorioso e gracioso que devemos amá-lo e honrá-lo com toda a nossa vida. De modo que esse amor seja direcionado ao próximo que está ao nosso lado como o bem que fazemos a nós mesmos. Aqui, a bondade como fruto do Espírito começa a se manifestar.
Neste aspecto, a bondade é um compromisso que tem a ver com o benefício do outro. É viver a bondade de Deus até as últimas consequências. Ora, Deus é bom e deseja que todos manifestem sua bondade por onde passarmos. Uma bondade extraordinária que não pode ser encontrada em nenhum lugar, senão pela Palavra de Deus, mediante o encontro que tivemos com Jesus, o Nazareno, cuja vocação nos foi dada sem arrependimento. Nosso Deus é bondoso, gracioso, maravilhoso, pois assim criou os céus e a terra. Por isso, no lugar de vingança, oferecemos amor, consolo, disponibilidade para acolher quem mais precisa de nós. Sempre há alguém que precisa de um acolhimento verdadeiro e podemos ser o instrumento de Deus para acolhê-lo.
Diferentemente da bondade, o homicídio como obra da carne não acolhe a ninguém, pelo contrário, destrói a vida alheia, separando para sempre das pessoas queridas. Sobre o homicídio, a proibição de se tirar a vida do próximo remonta o Decálogo (Ex 20.13): não matarás. Ou seja, todo atentado contra a vida humana é um atentado contra o mandamento de Deus. Todo atentado contra o ser humano inocente, o aborto deliberado, o homicídio pensado e planejamento, é um atentado contra a Criação de Deus. Entretanto, para além do homicídio físico, o apóstolo João também se referiu ao homicídio quando disse: “Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanente nele a vida eterna” (1Jo 3.15).