sábado, 30 de setembro de 2017

Lição 1 CPAD - 4° Trimestre 2017


LIÇÕES BÍBLICAS CPAD / ADULTOS

Título: A Obra da Salvação — Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida

Comentarista: Claiton Ivan Pommerening

Lição 1: Uma promessa de Salvação

Data: 1º de Outubro de 2017




TEXTO ÁUREO: E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15).

VERDADE PRÁTICA:A promessa da salvação foi a resposta amorosa de Deus para reconciliar consigo mesmo o ser humano.

 
OBJETIVO GERAL: Mostrar que a promessa da salvação foi a resposta amorosa de Deus para reconciliar consigo o ser humano.

 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

 
I. Apresentar o conceito bíblico de salvação;

II. Mostrar a importância da doutrina da salvação;

III. Saber que a salvação foi prometida ainda no Éden.

 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado(a) professor(a), com a graça de Deus chegamos ao último trimestre do ano de 2017 e vamos encerrar a nossa série de estudos bíblicos tratando a respeito da maior e mais importante dádiva divina aos homens: a salvação. O homem pecou de modo deliberado contra Deus, mas o Criador não o deixou entregue à sua própria sorte; já no Éden o Senhor providenciou a sua redenção mediante o sacrifício de Jesus Cristo.
O comentarista do trimestre é o pastor Claiton Pommerening. Ele é doutor em Teologia, diretor da Faculdade Refidim e editor da Azusa, revista de Estudos Pentecostais.
Que mediante o estudo de cada lição, possamos evidenciar ainda mais a nossa gratidão ao Pai pelo extraordinário dom da salvação.

 
INTRODUÇÃO
A salvação é um processo imediato (conversão) e contínuo na vida do crente (santificação). É necessário que o nascido de novo conheça todos os benefícios que essa dádiva, por intermédio da morte de Cristo, outorgou-lhe na cruz. A vida plena, a paz, a alegria, a misericórdia, a graça e a bondade que o crente desfruta provêm do milagre da salvação.

 
PONTO CENTRAL: A promessa da salvação é a resposta amorosa de Deus para salvar a humanidade pecadora.

 
I. O CONCEITO BÍBLICO DE SALVAÇÃO

1. O conceito.
O significado bíblico de salvação compreende cura, redenção, remédio, completude, inteireza, integralidade, saúde física, mental e emocional. No sentido espiritual, salvação quer dizer que Cristo fez a expiação pelo pecador, ocupando o lugar dele na cruz (passado), regenerando e santificando sua vida (presente), a fim de um dia “glorificar” o corpo dele plenamente (futuro). Assim, a salvação só é possível por causa da obra de Cristo consumada na cruz (Hb 2.10). No sentido prático, salvação significa livramento da condenação eterna, apaziguamento e felicidade na vida de quem aceita Jesus como Senhor e Salvador. Essa pessoa é nova criatura e, por isso, se esforça para compartilhar e implantar as virtudes do Reino de Deus no mundo.


2. Salvação no Antigo Testamento.
No Antigo Testamento, a salvação está relacionada ao escape das mãos dos inimigos, à libertação da escravidão e ao estabelecimento de qualidades morais e espirituais para a vida de quem tem Deus como seu Senhor (Is 33.22-24). Nessa perspectiva, diante das calamidades naturais (Êx 15.25), da perseguição (Jz 15.18; 2Sm 22.3), da escravidão, das doenças e da morte, o Altíssimo prometeu salvação ao seu povo no sentido de libertá-lo (Êx 14.13; 15.2,13), livrá-lo e curá-lo (Is 38.16; 58.8) para viver uma vida longe das injustiças. Contudo, o ápice da salvação no Antigo Testamento (AT) se deu com a profecia de Isaías sobre a vida e a morte do “Servo Sofredor” (Is 53). O Antigo Testamento aponta os sacrifícios de animais para o sacrifício substitutivo de Jesus Cristo na cruz do Calvário (Hb 10.11,12); um evento vaticinado por vários profetas daquela época. Era o oferecimento de um inocente no lugar de um culpado; uma morte não merecida, mas aceita diante de Deus para remir os nossos pecados (Hb 9.22).


3. Salvação em o Novo Testamento.
A salvação não é alcançada por mérito humano (Tt 2.11), pois é oferecida por Deus ao que crê pela graça (Ef 2.8,9). Nas suas epístolas, o apóstolo Paulo é um dos que mais esclarece os conceitos de salvação em o Novo Testamento (NT), mostrando que essa dádiva não ocorre por intermédio da Lei, nem por meio do esforço humano, mas única e exclusivamente pela graça divina (Gl 2.16). Pela fé, cabe ao homem confiar em Cristo a fim de que seja redimido e justificado por meio de sua crucificação, bem como permitir que seja santificado até o fim, tendo tal esperança por meio de sua ressurreição (Rm 4.25). Ainda que o pecador não mereça, por intermédio do Filho de Deus, o Pai o justifica, o perdoa, o reconcilia consigo (Rm 5.11), o adota em sua família (Gl 4.5), o sela com o Espírito Santo da promessa (Ef 1.13) e faz dele uma nova criatura (2Co 5.17). Assim, o Espírito Santo capacita o crente a viver em santidade, mortificando a força do pecado, assemelhando-o com Cristo, a fim de que o nascido de novo espere, com confiança, pela salvação plena e gloriosa (Fp 3.21).

 
SÍNTESE DO TÓPICO (I): O conceito bíblico de salvação diz respeito da redenção da humanidade.

 
SUBSÍDIO LEXICOGRÁFICO
Vários termos que designam a salvação ocorrem frequentemente ao longo da Bíblia. No Antigo Testamento, a raiz mais importante em hebraico é yasha, que significa liberdade daquilo que prende ou restringe. Portanto, o verbo significa soltar, liberar, dar comprimento e largura a algo ou a alguém. Os vários substantivos derivados desta raiz significam tanto o ato de libertar quanto o de resgatar (1Sm 11.9), além de transmitir o estado resultante de segurança, bem-estar, prosperidade e de vitória sobre os adversários (2Sm 23.10,12). O particípio deste verbo é a palavra traduzida como ‘Salvador’, moshia, da qual vem o nome Josué, e sua forma grega, Jesus; ambas significam ‘Yah(weh) salva’.
[...] No cristianismo, o verbo passou a ser utilizado com o significado de salvar uma pessoa da condenação eterna, e conduzi-la à vida eterna (Rm 5.9). No texto de 2 Timóteo 4.18 este termo transmite a ideia de levar alguém com segurança ao reino celestial de Cristo. No Novo Testamento soteria só é encontrado em conexão com Jesus Cristo como Salvador, e não em qualquer sentido físico ou temporal. A salvação traz a justiça de Deus para o homem, quando este cumpre a condição de ter fé em Cristo (Rm 1.16,17; 1Co 1.12)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.1744).

 
II. A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA DA SALVAÇÃO

1. A grandeza da salvação.
Embora haja, na vida do crente, um momento de conversão, de ruptura com a velha vida e de nascimento para a nova vida em Cristo, é necessário ter o desejo de conhecer mais a verdade de Deus (1Tm 2.4). Nesse sentido, deve-se tomar o capacete da salvação (Ef 6.17), ou seja, proteger a mente com as verdades salvíficas, a fim de estarmos livres das investidas de Satanás — que busca nos colocar dúvidas — e assim compreendermos os conceitos fundamentais dessa gloriosa doutrina, tais como: propiciação, expiação, adoção, regeneração, santificação, perdão.


2. Para compreender o que Jesus fez.
A salvação abrange todas as dimensões da vida, por isso, embora tão simples de ser vivenciada — pois para isso basta aceitarmos a Cristo (Rm 10.10) — muitas vezes seu processo é lento e requer compreensões maiores. É o que se denomina “aperfeiçoamento dos santos”. Ora, embora a salvação seja um processo imediato alcançado por meio do sacrifício de Cristo, esse aperfeiçoamento se dá por meio da assimilação e da vivência constante na dependência de Deus em todas as áreas da vida. Esse processo chama-se “santificação”.


3. Para se apropriar dos benefícios da salvação.
Como a salvação pode ser negligenciada (Hb 2.3), devemos nos esforçar para conhecer e se apropriar de todos os seus benefícios, dentre os quais destacamos: o livramento da condenação do inferno, a libertação do poder do pecado e do poder das trevas (Cl 1.13), o experimentar da redenção em Cristo (1Pe 1.18,19), a vida segundo o Espírito (Rm 8.1), o novo nascimento (Jo 3.5) e a participação da manifestação de Cristo em glória (Cl 3.4).

 
SÍNTESE DO TÓPICO (II): A doutrina da salvação abrange todas as dimensões da vida.

 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO

A salvação baseia-se na morte de Cristo para a remissão dos pecados de acordo com os justos requisitos de um Deus santo e abençoador (Rm 3.21-26). As bênçãos da salvação incluem, basicamente, a redenção, a reconciliação, e a propiciação. A redenção significa a completa libertação através do pagamento de um resgate (2Pe 2.1; Gl 3.13). A reconciliação significa que, por causa da morte de Cristo, o relacionamento humano com Deus foi modificado de um estado de inimizade passando a um estado de comunhão (Rm 5.10). A propiciação significa que a ira de Deus foi retirada através da oferta de Cristo (Rm 3.25).
Quando uma pessoa crê no Senhor Jesus Cristo, ela é salva (At 16.31), e assim já está justificada, redimida, reconciliada e limpa (Jo 13.10; 1Co 6.11). Além disso, a salvação é também progressiva (1Co 1.18) e o homem precisa da obra santificadora do Espírito Santo no aperfeiçoamento de sua salvação (Rm 8.13). Além disso, a salvação em sua plenitude, deverá ser realizada no futuro, quando Cristo voltar (Hb 9.28)” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.1744).

 

CONHEÇA MAIS

Salvação
A salvação é uma milagrosa transformação espiritual, operada na alma e na vida — no caráter — de toda pessoa que, pela fé, recebe Jesus Cristo como seu único Salvador [...] A salvação abarca todos os atos e processos redentores, bem como transformadores da parte de Deus para com o ser humano e o mundo, através de Jesus Cristo nesta vida e na outra”. Para conhecer mais, leia Teologia Sistemática Pentecostal, CPAD, p.334.

 


III. A SALVAÇÃO PROMETIDA NO ÉDEN

1. O pecado humano.
A partir do momento em que Adão e Eva pecaram, a raça humana passou a expressar e a vivenciar a maldade (Gn 3.6,7 cf. 4.8-26). Enquanto vivia o período da inocência, o primeiro casal relacionava-se plenamente entre si e com Deus (Gn 2.23-25). Mas a partir do advento do pecado, o casal passaria a enfrentar conflitos entre si e com o Criador, passando a encobrir a maldade do seu coração. A obra de Cristo , porém, realizada no Calvário não nos permite viver hipocritamente, mas em verdade e sinceridade. Em Jesus, a maldade do coração é substituída pela capacidade de amar, realizar boas obras, pela fé, manifestar a bondade de Deus e cuidar do próximo. Esses atos são consequências da salvação (Ef 2.10).


2. A transferência da culpa.
Após pecarem contra Deus, e serem questionados pelo Criador, Adão e Eva deram respostas que mostraram a incapacidade deles em resolver o problema do pecado, pois ambos transferiram suas culpas para terceiros (Gn 3.12,13). Nesse contexto, Deus havia providenciado uma solução que foi ao encontro do drama do casal: cobrir a sua nudez com a pele de um animal (Gn 3.21). Naquele instante, o Criador “transferiu” a culpa pelo pecado dos nossos primeiros pais para um animal inocente, cujo ato simbolizava o sacrifício perfeito de Cristo para salvar a raça humana, “cobrindo a nudez” do pecado do homem (Hb 9.22b).


3. Satanás esmagado e o pecado vencido.
Deus anunciou no Éden o que se denomina de protoevangelho, isto é, a primeira vez na história em que é proclamado o projeto definitivo de Deus para a salvação do ser humano. O Altíssimo jamais abandonaria o ser humano à própria sorte. Embora Satanás tentasse eliminar o homem de vez, seu intento não passou de uma simples tentativa de “morder o seu calcanhar” (Gn 3.15). Mas, por intermédio da salvação outorgada na cruz, Cristo esmagou a cabeça da “Serpente” provendo a solução definitiva para o estado caído do ser humano. A peçonha do pecado que Satanás tentou passar à humanidade foi aniquilada pela morte redentora de Cristo. O Criador prometeu salvação e deseja que todo ser humano seja salvo (1Tm 2.3,4), apesar da condição de rebelado, de pecador e de inimigo de Deus.


SÍNTESE DO TÓPICO (III): A salvação nos foi prometida pelo Pai no Éden.

 
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

O proto-evangelho
A semente da serpente, que Jesus relaciona aos ímpios (Mt 13.38,39; Jo 8.44), e a semente da mulher têm ambas sentido fortemente pessoal. Deus disse à serpente: A Semente da mulher te ferirá a cabeça. Compare a referência de Paulo a isto em Romanos 16.20. A serpente só poderia ferir o calcanhar da Semente da mulher. De fato, ferir não é forte o bastante para traduzir o termo hebraico, que pode significar moer, esmagar, destruir. Uma cabeça esmagada que leva à morte é contrastada com um calcanhar esmagado que pode ser curado. O versículo 15 é chamado de ‘proto-evangelho’, pois contém uma promessa de esperança para o casal pecador. O mal não tem o destino de ser vitorioso para sempre; Deus tinha em mente um Vencedor para a raça humana. Há um forte caráter messiânico neste versículo.
Em Gênesis 3.14,15, vemos ‘o Calcanhar Ferido’. 1) O Salvador prometido era a Semente da mulher — o Deus-Homem; 2) Esta Semente Santa feriria a cabeça da serpente — conquistar o pecado; 3) A serpente feriria o calcanhar do Salvador — na cruz, Ele morreu” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 1. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.41).

 
CONCLUSÃO
Embora o homem tenha contrariado o plano divino, desprezando o grande cuidado de Deus dispensado a ele no Éden, o Criador imediatamente lhe providenciou um substituto através da morte de um animal, apontando, dessa forma, para Cristo. Portanto, no Éden, Deus apresenta duplamente o Redentor: (1) proferindo a promessa de redenção (Gn 3.15); (2) sacrificando o animal para vestir Adão e Eva (Gn 3.21).

 
PARA REFLETIR

A respeito de uma promessa de salvação, responda:

1° Qual é o conceito bíblico para salvação?
Resp: O significado bíblico de salvação compreende cura, redenção, remédio, completude, inteireza, integralidade, saúde física, mental e emocional. No sentido espiritual, salvação quer dizer que Cristo fez a expiação pelo pecador, ocupando o lugar dele na cruz (passado), regenerando e santificando sua vida (presente), a fim de um dia “glorificar” o corpo dele plenamente (futuro).

 

2° Como se concebia a salvação no Antigo Testamento?
Resp: No Antigo Testamento, a salvação está relacionada ao escape das mãos dos inimigos, à libertação da escravidão e ao estabelecimento de qualidades morais e espirituais para a vida de quem tem Deus como seu Senhor (Is 33.22-24).

 

3° Qual é a abrangência da salvação?
Resp: A salvação abrange todas as dimensões da vida, por isso, embora tão simples de ser vivenciada, pois para isso basta aceitarmos a Cristo (Rm 10.10), muitas vezes seu processo é lento e requer compreensões maiores.

 

4° Qual foi a promessa de salvação que Deus fez no Éden?
Resp: Deus prometeu que enviaria a Semente da mulher (Jesus) e que esta Semente feriria a cabeça da serpente (Satanás), mostrando que Jesus viria ao mundo e morreria na cruz por nossos pecados.

 

5° Qual deve ser nossa postura diante da tão grandiosa salvação de Jesus?
Resp: Crer no sacrifício de Cristo e se render a Ele como Salvador e Senhor.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO




 
Uma promessa de Salvação
Neste mês de outubro, ocorrerá o evento de suma importância para toda a igreja de tradição protestante no mundo: 500 anos da Reforma Protestante. Por isso, o tema que estudaremos ao longo deste trimestre — A Obra de Salvação: Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida — é importantíssimo para todos os cristãos que se identificam com a tradição protestante, e mais especificamente, para nós os pentecostais. O tema da salvação foi crucial para o advento da Reforma Protestante. Num contexto em que se vendia o céu por dinheiro, bispos praticavam imoralidades e a espiritualidade da igreja oficial era isquêmica e autômata, dizer que a salvação do pecador dependia exclusivamente da fé em Cristo Jesus era algo que só poderia brotar do Espírito Santo. Essa mensagem ia contra toda a teologia e tradição construídas ao longo dos anos pela igreja ocidental. Para nós, os pentecostais, de longa data, há sempre uma tensão ao tratar do assunto. Isso por que muitos se veem diante de uma tradição protestante forte em que a tônica soteriológica se dá no sentido de jamais ser possível perder a salvação. E se afirmamos que o crente precisa esforçar-se para viver em santidade e guardar fé para não cair da graça, faz-se uma acusação de pelagianismo, isto é, Deus não seria o responsável pela salvação, mas sim o homem. Jamais, nós os pentecostais, afirmamos tal “doutrina”. Neste trimestre, veremos que isso não faz sentido algum, pois a mesma Bíblia que diz que Deus é soberano e, sim, é o autor da salvação, pois Ele, em primeiro lugar, deseja que todos sejam salvos (1Tm 2.4); também diz que é preciso estarmos vigilantes e santificar nossa vida diante Deus, pois sem santidade “ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
Embora sejamos alcançados pela graça por Deus, pois jamais afirmamos coisa contrária, Ele espera que o Espírito Santo convença o homem “do pecado, e da justiça, e do juízo” (Jo 16.8). Assim, é o desejo do Pai, que em Cristo, o ser humano reconheça o seu real estado e diga o “sim” de verdade, como decisão consciente de que Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14.6); porque “quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo 3.18).


Livros de Apoio - CPAD 4° Trimestre 2017



Lições Bíblicas CPAD - 4° Trimestre 2017

Editora CPAD / 4º TRIMESTRE de 2017 da Revista Lições Bíblicas  Adultos!
Tema: "A Obra da Salvação - Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida”
Comentarista: Pr. Claiton Ivan Pommerening
 
SUMÁRIO:
Lição 1 - Uma Promessa de Salvação
Lição 2 - A Salvação na Páscoa Judaica
Lição 3 - A Salvação e o Advento do Salvador
Lição 4 - Salvação - O Amor e a Misericórdia de Deus
Lição 5 - A Obra Salvífica de Jesus Cristo
Lição 6 - A Abrangência Universal da Salvação
Lição 7 - A Salvação pela Graça
Lição 8 - Salvação e Livre-Arbítrio
Lição 9 - Arrependimento e Fé para a Salvação
Lição 10 - O Processo da Salvação
Lição 11 - Adotados por Deus
Lição 12 - Perseverando na Fé
Lição 13 - Glorificados em Cristo
Lição 14 - Vivendo com a Mente de Cristo


quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Lição 13 CPAD - 3° Trimestre 2017




Tema:  Razão da Nossa Fé - Assim cremos, assim vivemos


Lição 13: Sobre a Família e a sua natureza
Texto Áureo: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24).
INTERAGINDO COM O PROFESSOR

A família tradicional é uma herança da civilização ocidental. O encontro entre o Cristianismo (ética judaico-cristã), a filosofia grega e o direito romano delineou e modernizou a mais antiga instituição que remonta a criação divina: a família. Há forças no mundo contemporâneo que têm interesses em desestabilizar o conceito tradicional de família, pois fazendo isso, ataca o coração dos valores éticos do Ocidente, por consequência, a derrubada da fé cristã para colocar em seu lugar uma ideologia que todos sabemos no que dará. Quando alguém afirma que a masculinidade e a feminilidade não são naturais (ignorando até a própria biologia), mas construída socialmente ao longo da história, é isso que está em jogo. Nunca houve na história do mundo um ataque tão frontal aos fundamentos da família. Um assunto urgente que merece nossa atenção e estudo!

 

INTRODUÇÃO

A família é assunto de interesse geral, de cristãos e não-cristãos, de religiosos e não-religiosos. Trata-se de um projeto de Deus para os seres humanos. O livro de Gênesis traz um breve e singelo relato de como tudo isso começou e também revela o propósito de Deus para a família. Não existe prazo de validade para os princípios estabelecidos nessa narrativa e eles continuam valendo na atualidade. Esse é o enfoque da última lição.

 

PONTO CENTRAL: O casamento entre um homem e uma mulher foi instituido por Deus.

 

I. A ORIGEM

1. O homem e a mulher.

No relato da criação, ambos aparecem juntos, mostrando a igualdade ontológica do homem e da mulher. O texto de Gênesis 1.27 diz: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou”. A palavra hebraica usada para “homem” aqui é adam, que serve tanto para o nome do primeiro homem que Deus criou, como também para “homem” no sentido de representante do ser humano, semelhantemente à palavra grega anthropos. A expressão final, “macho e fêmea os criou”, mostra que adam, nesse versículo, diz respeito ao ser humano. Isso revela a igualdade de ambos, macho e fêmea, homem e mulher, como portadores da imagem de Deus; a diferença está na sexualidade (1Pe 3.7). Ao reunir esse casal, Deus instituiu o que chamamos hoje de casamento.


2. A formação da mulher.

A Bíblia nos conta como a mulher surgiu na história humana. Curiosamente, a formação da mulher não aparece nos antigos registros do Oriente Médio. No relato da criação, em Gênesis, a formação do homem só aparece uma vez (Gn 2.7), e seis vezes a da mulher (vv.18-23). O termo “adjutora” (v.18) quer dizer “auxiliadora”, conforme vemos na Almeida Revista e Atualizada e “ajudadora”, de acordo com o que registra a Tradução Brasileira. Isso não inferioriza a mulher, pois os termos “auxiliador” ou “ajudador” devem ser entendidos à luz do contexto (Sl 54.4; Hb 13.6). O termo hebraico, kenegdó, “como diante dele” (v.18b), tem a ideia de “igual e adequado” (Gl 3.28). O relato da criação pressupõe que Deus colocou o homem com prioridade governamental (1Co 11.3), mas que ambos os sexos, homem e mulher, são mutuamente dependentes (1Co 11.11).

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I): A origem da família remonta a criação do homem e da mulher como a base da formação familiar.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO

Família, Projeto Divino

Na sociedade hebraica a família era o âmago da estrutura social. Na Tanach, exclusivamente em Berê'shîth (Gênesis), encontramos o princípio judaico-cristão da família no texto que diz: ‘E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele. Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam’ (Gn 2.18,21-25). Segundo o filósofo Lévi-Strauss, o princípio da família é dado pelo texto da Escritura que diz: ‘deixará o varão o seu pai e a sua mãe’, regra infrangível ditada a toda a sociedade para que possa estabelecer-se e durar (BENTHO, Esdras Costa. A Família no Antigo Testamento: História e Sociologia. RJ: CPAD, 2011, p.23).

 

II. A FAMÍLIA

1. Conceito de família entre os antigos hebreus.

O lar é parte do clã, este parte da tribo e esta, por sua vez, parte do povo/nação (Js 7.16-18). O lar constitui-se de pai, mãe e filhos (Sl 128.1-4), é a família nuclear. Considerando que a base da economia do Antigo Israel era a agricultura e o pastoreio, a família nuclear com poucos membros via-se em dificuldade por falta de mão de obra para o sustento da casa. Por isso, ela poderia se estender com parentes próximos — tios e primos — ou com duas ou mais gerações vivendo juntas (Gn 24.67). As casas descobertas pelos arqueólogos mostram que essa família ampliada era formada, em média, de 15 membros. Quando se tratava de famílias ricas, acrescentavam-se servos e estrangeiros, como no caso de Abraão (Gn 14.14), ou como previsto na legislação mosaica (Êx 23.12). Saul, por exemplo, aparece na Bíblia com a menção de seu pai, avô, bisavô, trisavô, e também da tribo (1Sm 9.1,2).


2. O papel da mulher na sociedade israelita.

A tarefa do homem e da mulher era a mesma, sendo que a mulher cuidava da casa e ajudava o marido nos trabalhos diários para sustento da família. A sentença divina por ocasião da Queda no Éden diz: “E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor e a tua conceição; com dor terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará” (Gn 3.16). Isso significa que a mulher se dedicaria ao trabalho da mesma forma que o homem, e também à maternidade; a mulher não é inferior, mas o homem é o chefe e pastor do lar. Ela levava a criança no ventre e continuava exercendo suas tarefas. Considerando questões médicas, sanitárias e nutricionais, a gravidez era um período de alto risco para a mãe e para o bebê.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II): A família nuclear constitui-se de pai, mãe e seus filhos, onde homem e mulher exercem funções distintas.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

A Constituição do Núcleo Familiar

A constituição do núcleo familiar a priori foi composta por um homem e uma mulher. Mais tarde, acrescentou-se ao casal os filhos gerados dessa união. A partir do nascimento dos primeiros filhos, a família tornou-se o primeiro sistema social no qual o ser humano é inserido.

A primeira família, formada apenas por duas pessoas, tornou-se numerosa por meio dos filhos que, ao serem gerados, se inseriram ao núcleo familiar assumindo diversos papéis dentro do sistema: filho, irmão, neto, primo, etc. A família não foi criada, portanto, como um sistema fechado, mas dinâmico, e, com o passar do tempo, o número de seus membros foi aumentando gradativamente, e destes formando novos núcleos familiares ligados por consanguinidade e afinidade. Para mencionar mais uma vez Lévi-Strauss, este considerava que o grupo familiar tem sua origem no casamento. Este núcleo é constituído pelo marido, pela mulher e pelos filhos nascidos dessa união, bem como por parentes afins aglutinados a esse núcleo.

No contexto desse sistema familiar, cada membro do grupo passa por uma série de funções ou papéis sociais determinados tanto por fatores exógenos, que estão ligados aos cenários sociais próximos a ele, como por endógenos, ligados a idade, sexo e maturação psicológica (BENTHO, Esdras Costa. A Família no Antigo Testamento: História e Sociologia. RJ: CPAD, 2011, pp.25-26).

 

CONHEÇA MAIS

A natureza indissolúvel do casamento

“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne’ (Gn 2.24). O Senhor Jesus Cristo disse que essa passagem bíblica significa a indissolubilidade do casamento: ‘Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem’ (Mt 19.5,6). É uma união íntima entre duas pessoas de sexos opostos que assumem publicamente o compromisso de viverem juntas; é uma aliança solene, um pacto sagrado, legal e social”. Para conhecer mais, leia Casamento, Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia, CPAD, pp.16,17.

 

 

III. PRINCÍPIOS BÁSICOS

1. Casamento.

É a mais fundamental de todas as relações sociais. Trata-se da união íntima e verdadeira entre duas pessoas de sexos opostos que manifestam publicamente o desejo de viverem juntas mediante um pacto solene e legal. Não existe no universo, entre os seres vivos inteligentes, uma intimidade maior do que a que existe entre marido e mulher, exceto apenas entre as três Pessoas da Trindade. Deus estabeleceu a família para companheirismo mútuo e felicidade, para uma convivência amorosa. A declaração: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24), apresenta três princípios básicos sobre o casamento: monogamia (1Co 7.2), heterossexualidade (Gn 4.1,25) e indissolubilidade (Mt 19.6).


2. Monogamia.

O termo diz respeito às sociedades que adotam o princípio do casamento de um homem com uma única mulher e vice-versa, conforme estabelecido pelo Criador. As palavras “e apegar-se-á à sua mulher” (v.24) apontam para o princípio monogâmico; o texto não diz “às suas mulheres”, mas, pelo contrário, “à sua mulher”. Essa verdade expressa o pensamento bíblico (1Co 7.2; 1Tm 3.2).


3. Heterossexualidade.

Um dos propósitos divinos na criação do homem e da mulher é a procriação, visando a conservação dos seres humanos na terra: “[...] macho e fêmea os criou. E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.27,28). Quando Deus formou a mulher da costela de Adão, a Bíblia afirma: “[...] deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher” (Gn 2.24). Isso mostra que a diferenciação dos sexos assegura as particularidades de cada um na união conjugal, postura necessária à formação do casal. O homem se une sexualmente a sua esposa, como resultado do amor conjugal, não só para procriar, mas para uma vivência afetuosa, agradável e prazerosa (Pv 5.18). O relacionamento sexual aprovado na Bíblia é o de um homem e de uma mulher dentro do matrimônio. O pai e a mãe são o referencial para a formação tanto do menino quanto da menina. Acima de qualquer exemplo, o comportamento estabelecido para o homem e para a mulher deve vir da Palavra de Deus.



4. Indissolubilidade.

A natureza indissolúvel do casamento vem desde a sua origem: “e serão ambos uma só carne” (v.24b). O Senhor Jesus Cristo disse que essa passagem bíblica significa a indissolubilidade do casamento (Mt 19.6). O voto solene de fidelidade um ao outro “até que a morte os separe”, que se ouve dos nubentes numa cerimônia de casamento, não é mera formalidade (Ml 2.14). O casamento só termina pela morte de um dos cônjuges (Rm 7.3), pela infidelidade conjugal (Mt 5.32; 19.9) ou pela deserção por parte do cônjuge descrente (1Co 7.15).

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III): Os princípios básicos da família são o casamento monogâmico, sua indissolubilidade e a heterossexualidade.

 

SUBSÍDIO DIDÁTICO

Prezado professor, prezada professora, reproduza o esquema abaixo na lousa ou em cópias:


 


Após expor o tópico, solicite aos alunos que respondam com as próprias palavras o conceito de cada vocábulo. Enquanto eles respondem, vá preenchendo a outra coluna do quadro. Em seguida, discuta com eles as implicações da defesa desses princípios diante de uma sociedade cada vez mais liberal nesses valores.

 

IV. O DESAFIO DA IGREJA

1. Institucionalização da iniquidade.

A tendência humana é desafiar a Deus em tudo; isso vem desde a Torre de Babel (Gn 11.4) e vai continuar até o final dos tempos. E com a sagrada instituição da família não é diferente, uma vez que Deus a instituiu como união entre um homem e uma mulher (Gn 2.24; 1.27,28), o atual sistema de coisas quer institucionalizar a iniquidade ao considerar legítima diante de Deus a união de pessoas do mesmo sexo. É ir longe demais, em uma verdadeira afronta a Deus (Lv 18.22; 20.13). A Bíblia condena a prática homossexual, ou pecado de Sodoma, para usar o termo bíblico (Dt 23.17; Jd 7). O avanço dessa prática é um dos sinais do fim dos tempos (Lc 17.28-30). A Bíblia condena de maneira direta tal estilo de vida (Rm 1.26,27; 1Co 6.10; 1Tm 1.9,10).


2. A inversão de valores.

O que se vê hoje é a tentativa de tornar o errado certo e o certo, errado (Is 5.20). O mundo atual está invertendo os valores em busca do hedonismo, ou seja, a procura indiscriminada do prazer, gozo sensual, deleite sexual (1Jo 2.16). Mas essas autoridades vão prestar contas de tudo isso (Is 10.1). Esse também era o desafio da Igreja do período apostólico. O apóstolo Paulo denunciou também essa inversão de valores, dizendo que “mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!” (Rm 1.25 — ARA).

 

SÍNTESE DO TÓPICO (IV): A Igreja de Cristo está diante da institucionalização da iniquidade e da inversão de valores. O desafio é urgente!

 

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

Os Apelos da Consciência

O apóstolo Paulo entendeu a ligação entre uma consciência cristã e uma mente espiritual. Ele escreveu: ‘Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo’ (1Co 2.15,16). O cristão que tem a mente de Cristo conhece a sua vontade e seu propósito, por isso ele aprende a viver com uma consciência dos valores morais e espirituais estabelecidos por sua Palavra. Quando praticamos alguma ação, dizemos uma palavra, pensamos algo ou adotamos alguma atitude, devemos agir com uma mente espiritual. Ao avaliar essas várias situações, nossa consciência acenderá sua luz verde ou vermelha, concordando ou discordando; acusando ou defendendo. O julgamento da consciência será de acordo com o senso de justiça que a estiver dominando, se estiver purificada, jamais ela concordará com o erro; se contaminada, ela não conseguirá julgar corretamente. Devemos sempre comparar nossas ações à luz da justiça que a Bíblia apresenta. Nossas ações devem corresponder à uma consciência baseada na Palavra de Deus (2Tm 3.16,17)” (CABRAL, Elienai. A Síndrome do Canto do Galo: Consciência Cristã. Um desafio à ética dos tempos modernos. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2000, p.134).

 

CONCLUSÃO

Diante do exposto, entendemos que Deus criou o homem e a mulher para ser mutuamente dependentes, entretanto, cada um em sua particularidade, para juntos, com os filhos, “a herança do Senhor”, formarem um núcleo familiar. Essa é, então, a primeira estrutura social humana.

 

PARA REFLETIR 

A respeito da família e sua natureza, responda:

 

1° O que aconteceu quando Deus criou o primeiro casal, Adão e Eva?

Resp: No relato da criação, ambos aparecem juntos, mostrando a igualdade ontológica do homem e da mulher.

 

2° Qual a ideia de ajudadora “como diante dele”?

Resp: O termo “adjutora” quer dizer “auxiliadora”, conforme vemos na Almeida Revista e Atualizada e “ajudadora”, de acordo com o que registra a Tradução Brasileira. Isso não inferioriza a mulher, pois os termos “auxiliador” ou “ajudador” devem ser entendidos à luz do contexto. O termo hebraico, kenegdó, “como diante dele”, tem a ideia de “igual e adequado”.

 

3° Quais os três princípios básicos apresentados em Gênesis 2.24?

Resp: Monogamia (1Co 7.2), heterossexualidade (Gn 4.1,25) e indissolubilidade (Mt 19.6).

 

4° O que visa a diferenciação dos sexos?

Resp: Visa a conservação dos seres humanos na terra: “[...] macho e fêmea os criou. E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gn 1.27,28). Quando Deus formou a mulher da costela de Adão, a Bíblia afirma: “[...] deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher” (Gn 2.24). Isso mostra que a diferenciação dos sexos assegura as particularidades de cada um na união conjugal, postura necessária à formação do casal.

 

5° Onde encontramos no Novo Testamento a denúncia contra a inversão de valores?

Resp: O apóstolo Paulo denunciou a inversão de valores, dizendo que “mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!” (Rm 1.25 — ARA).


 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO




Sobre a família e a sua natureza

Há uma tentativa clara de desconstruir o modelo bíblico de família. A ideia é demolir conceitos tradicionais de masculinidade e de feminilidade. Assim, se desconstrói o casamento, a família tradicional e, por fim, o modelo de nossa sociedade para dar lugar a outro que ninguém sabe onde dará. Por isso, sugerimos que você pesquise sobre a Ideologia de Gênero, talvez o maior perigo moderno para a família tradicional.

É preciso compreender que a trincheira principal dessa ideologia é a Educação, isto é, as escolas formais onde crianças e adolescentes estudam. Abaixo, apresento alguns conceitos importantes para o professor e a professora darem continuidade à pesquisa.

 

O que é Ideologia de Gênero?

Para os defensores da Ideologia de Gênero, a sexualidade humana é vista como uma CONSTRUÇÃO SOCIAL, que para eles significa que o ser humano nasce “sexualmente neutro”. Podemos dizer que essa ideologia surgiu a partir da chamada Revolução Sexual, na década de 1960, onde o corpo e o sexo se desvinculam da função familiar. Antes, a sexualidade era vivida em sua plenitude no matrimônio, hoje essa sexualidade se encontra completamente desvinculada do matrimônio. Nesse aspecto, os proponentes dessa ideologia não mais veem o corpo como algo que lhe é dado de acordo com seus aspectos biológicos e pessoais, mas como uma construção pessoal adquirida a partir da sociedade e da cultura que o ser humano vive. Então, o conceito de masculinidade e feminilidade se dá, não mais pelo curso natural do desenvolvimento humano-biológico, mas pela construção social e cultural da sociedade. Esse conceito quando estimulado em crianças e adolescentes é uma tragédia para construção da identidade pessoal deles.

 

O que fazer?

Conhecer o assunto por intermédio de livros e sites especializados, posicionando claramente contra a proposição do movimento de Ideologia de Gênero.

Conhecer o que as escolas de nossos filhos estão ensinando e exigir o direito de que seus filhos não sejam doutrinados em sala de aula.

Ter a consciência que esta é uma ideologia formada para manipular pessoas, pois não há outros gêneros que não o Masculino e Feminino, ou seja, homem e mulher.

Investir na educação religiosa dos nossos filhos e filhas, mostrando-os que Deus criou o ser humano para a sua glória, implantando nele a sua Imagem: “Façamos o ser humano conforme a nossa imagem e semelhança” (Gn 1.26-28).