Os Doze Profetas Menores
TEXTO ÁUREO
“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).
VERDADE PRÁTICA
A verdadeira profecia liberta o povo da indiferença e do
comodismo espiritual.“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).
VERDADE PRÁTICA
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Ageu 1.1-9.
1 - No ano segundo do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra do SENHOR, pelo ministério do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, dizendo:
2 - Assim fala o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do SENHOR deve ser edificada.
3 - Veio, pois, a palavra do SENHOR, pelo ministério do profeta Ageu, dizendo:
4 - É para vós tempo de habitardes nas vossas casas estucadas, e esta casa há de ficar deserta?
5 - Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos.
6 - Semeais muito e recolheis pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não vos saciais; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário recebe salário num saquitel furado.
7 - Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos.
8 - Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei e eu serei glorificado, diz o SENHOR.
9 - Olhastes para muito, mas eis que alcançastes pouco; e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu lhe assoprei. Por quê? — disse o SENHOR dos Exércitos. Por causa da minha casa, que está deserta, e cada um de vós corre à sua própria casa.
INTRODUÇÃO
De Joel até Ageu passaram-se mais de 300 anos. A hegemonia política e militar, nessa fase da história mundial, estava com os persas, pois os assírios e babilônios não existiam mais como impérios. Quanto ao pecado de Judá, este não era a idolatria, pois o cativeiro erradicara de vez essa prática. O problema agora, igualmente grave, era a indiferença, a mornidão e o comodismo espiritual dos judeus em relação à obra de Deus.
I. O LIVRO DE AGEU
1. Contexto histórico.
No livro de Esdras, encontra-se o relato das primeiras décadas do período pós-exílio. Por isso, é fundamental ler os seis primeiros capítulos do referido livro, para compreendermos o profeta Ageu. O rei Ciro, da Pérsia, baixou o decreto que pôs fim ao cativeiro de Judá em 539 a.C. Pouco tempo depois, a primeira leva dos hebreus partiu da Babilônia de volta para Judá.
a) Cambises. Ciro reinou até 530 a.C, ano em que faleceu. Cambises, identificado na Bíblia como Artaxerxes (Ed 4.7-23), reinou em seu lugar até 522 a.C. Este, por dar ouvidos a uma denúncia dos vizinhos invejosos e hostis a Judá, decidiu embargar a construção da Casa de Deus em Jerusalém (Ed 4.23).
b) Dario Histaspes. Após a morte de Cambises, Dario Histaspes assumiu o trono da Pérsia (reinando até 486 a.C), e autorizou a continuação da obra do Templo. Ele é citado nas Escrituras Sagradas simplesmente como “Dario” (Ed 6.1,12,13).
2. Vida pessoal.
Não há, além do profeta, outro Ageu no Antigo Testamento. O seu nome
aparece nove vezes na profecia e duas no livro de Esdras (Ed 5.1; 6.14). Ageu
foi o primeiro profeta a atuar no pós-exílio. Seu chamado ocorreu cerca de dois
meses antes de Zacarias receber o primeiro oráculo: “no ano segundo do rei
Dario” em 520 a.C (1.1; Zc 1.1). O fato de Ageu apresentar-se como “profeta”
(vv.1,3,12; 2.1,10) demonstra que os contemporâneos reconheciam-lhe o ofício
sagrado. Além dele, apenas Habacuque e Zacarias mencionam o ofício profético em
suas apresentações (Hc 1.1; Zc 1.1).
3. Zorobabel.
3. Zorobabel.
A profecia de Ageu foi dirigida “a Zorobabel, filho de Sealtiel, príncipe
de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote” (v.1). Sob a sua
liderança e a do sacerdote Josué, ou Jesua, filho de Jozadaque, os remanescentes
judeus retornaram da Babilônia para Jerusalém (Ed 2.2; Ne 7.6,7; 12.1). A
promessa divina dirigida a Zorobabel é messiânica (2.21-23), sendo que a própria
linhagem messiânica passa por ele (Mt 1.12; Lc 3.27). Dessa forma, Jesus é o
“Filho de Davi”, mas também de Zorobabel.
4. Estrutura e mensagem.
4. Estrutura e mensagem.
O livro consiste de quatro curtos oráculos. O primeiro foi entregue “no
sexto mês, no primeiro dia do mês” (v.1) [mês hebraico de elul, 29 de agosto]; o
segundo, “no sétimo mês, ao vigésimo primeiro do mês” (2.1) [mês de tisrei, 17
de outubro]; o terceiro e o quarto oráculos vieram no mesmo dia, o “vigésimo
quarto dia do mês nono” (2.10,20) [mês de quisleu, 18 de dezembro]. A revelação
foi dada diretamente por Deus (vv.1,3). Apenas Ageu apresenta com tamanha
precisão as datas do recebimento dos oráculos. O tema do livro é reconstrução do
Templo. Dos a 38 versículos divididos em dois capítulos, dez falam da Casa de
Deus, em Jerusalém (vv.2,4,8,9,14; 2.3,7,9,15,18). Em o Novo Testamento, Ageu é
citado uma única vez (2.6; Hb 12.26,27).
II. RESPONSABILIDADE E OBRIGAÇÕES
1. A desculpa do povo.
II. RESPONSABILIDADE E OBRIGAÇÕES
1. A desculpa do povo.
Ageu inicia a mensagem com a fórmula profética que aponta para a autoridade
divina (v.2). O povo, em débito que estava com o Eterno (v.2b), em vez de
reivindicar o decreto de Ciro para continuar a construção do Templo, usou a
desculpa de que não era tempo de construir. Por isso, o Senhor evita chamar Judá
de “meu povo”, referindo-se a eles como “este povo”. Em outras palavras, Deus
não gostou da desculpa da nação (Jr 14.10,11).
2. Inversão de prioridades (vv.3,4).
2. Inversão de prioridades (vv.3,4).
O oráculo volta a dizer que a Palavra de Deus veio a Ageu (v.3). Ênfase que
demonstra ser o discurso do profeta uma mensagem advinda diretamente do Senhor
que, inclusive, trouxera Judá de volta a Jerusalém para construir a sua Casa.
Mas o povo preocupou-se mais em morar nas casas forradas, enquanto que o Templo,
cujo embargo havia ocorrido há 15 anos, continuava em total abandono (v.4). Era
uma opção insensata. Os judeus negligenciaram uma responsabilidade que, através
do rei Ciro, o Altíssimo lhes atribuíra (Ed 1.8-11; 5.14-16). O desprezo pela
Casa do Altíssimo representa o gesto de ingratidão do povo judeu (veja o reverso
em Davi: 2 Sm 7.2).
3. Um convite à reflexão.
3. Um convite à reflexão.
No versículo cinco, vemos um apelo à consciência e ao bom senso, pois é o
próprio Deus quem fala. Tal exemplo mostra que devemos parar e refletir,
avaliando a situação à nossa volta, percebendo, inclusive, o agir do
Senhor.
III. A EXORTAÇÃO DIVINA
1. Crise econômica.
III. A EXORTAÇÃO DIVINA
1. Crise econômica.
O profeta fala sobre o trabalhar, o comer, o beber e o vestir como
necessidades básicas, pois garantem a dignidade do ser humano. Mas temos aqui um
quadro deplorável da economia do país. A abundante semeadura produzia muito
pouco. A quantidade de víveres não era suficiente para saciar a fome de todos. A
bebida era escassa, a roupa de baixa qualidade e o salário não tinha a bênção de
Deus (v.6). Tudo isso “por causa da minha casa, que está deserta, e cada um de
vós corre à sua própria casa” (v.9). Era o castigo pela desobediência (Dt
28.38-40). Era o resultado da ingratidão do povo. Por isso, o profeta convida a
todos a refletir (v.7).
2. A solução.
2. A solução.
Nem tudo estava perdido! Deus enviou Ageu para apresentar uma saída ao
povo. O Profeta deveria levar adiante o compromisso assumido com Deus: subir ao
monte, cortar madeira e construir a Casa de Deus. Fazendo isso, o Senhor se
agradaria de Israel e o nome do Eterno seria glorificado (v.8). Não era comum o
povo e as autoridades acatarem a mensagem dos profetas naqueles tempos. Oseias e
Jeremias são exemplos clássicos disso, mas aqui foi diferente. O Espírito Santo
atuou de maneira tão maravilhosa, que ocorreu um verdadeiro avivamento e a
construção do Templo prosseguiu sob a liderança de Zorobabel e do sumo sacerdote
Josué (v.14).
3. O Segundo Templo.
3. O Segundo Templo.
Enquanto isso, na Pérsia, o novo rei Dario Histaspes pôs fim ao embargo.
Ele colheu ofertas para a construção e deu ordens para não faltar nada durante o
andamento da obra. Ele ainda pediu oração ao povo de Deus em seu favor (Ed
6.7-10). Finalmente, o Templo foi inaugurado em 516 a.C, “no sexto ano de Dario”
(Ed 6.15). Esse é o segundo e o último Templo de Jerusalém na história dos
judeus. E assim, a presença de Deus no Templo fez da glória da segunda Casa
maior que a da primeira (2.9).
CONCLUSÃO
A lição de Ageu tem muito a ensinar-nos. Não devemos encarar a nossa responsabilidade e compromisso como fardos pesados, mas recebê-los como algo sublime. É honra e privilégio fazer parte do projeto e do plano divinos, mesmo em situação adversa (At 5.41). Assim, somos encorajados por Jesus a atuar na seara do Mestre a fim de que a nossa luz brilhe diante dos homens e Deus seja glorificado (Mt 5.16).
CONCLUSÃO
A lição de Ageu tem muito a ensinar-nos. Não devemos encarar a nossa responsabilidade e compromisso como fardos pesados, mas recebê-los como algo sublime. É honra e privilégio fazer parte do projeto e do plano divinos, mesmo em situação adversa (At 5.41). Assim, somos encorajados por Jesus a atuar na seara do Mestre a fim de que a nossa luz brilhe diante dos homens e Deus seja glorificado (Mt 5.16).
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