TEXTO ÁUREO: “Portanto, deixará o
varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e será ambos uma carne”
(Gn 2.24).
VERDADE PRÁTICA: É da vontade expressa de Deus que levemos a sério o nosso relacionamento com Ele, com a família e com a sociedade.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Malaquias 1.1; 2.10-16.
INTRODUÇÃO
No presente estudo, veremos que a mensagem de Malaquias enfoca a sacralidade do relacionamento com o Altíssimo e com a família. Durante o exílio na Babilônia, a idolatria de Judá fora definitivamente erradicada. A questão agora era outra: o relacionamento do povo com Deus e com a família. E tais relacionamentos precisavam ser encarados com mais piedade e temor.
VERDADE PRÁTICA: É da vontade expressa de Deus que levemos a sério o nosso relacionamento com Ele, com a família e com a sociedade.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Malaquias 1.1; 2.10-16.
INTRODUÇÃO
No presente estudo, veremos que a mensagem de Malaquias enfoca a sacralidade do relacionamento com o Altíssimo e com a família. Durante o exílio na Babilônia, a idolatria de Judá fora definitivamente erradicada. A questão agora era outra: o relacionamento do povo com Deus e com a família. E tais relacionamentos precisavam ser encarados com mais piedade e temor.
I. O LIVRO DE MALAQUIAS
O livro não menciona diretamente o
reinado em que Malaquias exerceu seu ministério. Também não informa o nome do
seu pai, nem o seu local de nascimento. Isso é observável também nos livros de
Obadias e Habacuque. Não obstante, há evidências internas que permitem
identificar o contexto político, religioso e social do livro em apreço.
a) O governador de Judá. Jerusalém era governada por um pehah, palavra de origem acádica traduzida por “príncipe” na ARC (Almeida Revista e Corrigida), ou “governador”, na ARA e TB (1.8). O termo indica um governador persa e é aplicado a Neemias (Ne 5.14). O seu equivalente na língua persa é tirshata (“tirsata, governador”, cf. Ed 2.63; Ne 7.65; 8.9; 10.1). A profecia mostra que o templo de Jerusalém já havia sido reconstruído e a prática dos sacrifícios, retomada (1.7-10).
b) A indiferença religiosa. As principais denúncias de Malaquias são contra a lassidão e o afrouxamento moral dos levitas (1.6); o divórcio e o casamento com mulheres estrangeiras (2.10-16); e o descuido com os dízimos (3.7-12). Tudo isso aponta para o período em que Neemias ausentou-se de Jerusalém (Ne 13.4-13,23-28). O primeiro período de seu governo deu-se entre os anos 20 e 32 do rei Artaxerxes (Ne 5.14) e equivale a 445-433 a.C.
a) O governador de Judá. Jerusalém era governada por um pehah, palavra de origem acádica traduzida por “príncipe” na ARC (Almeida Revista e Corrigida), ou “governador”, na ARA e TB (1.8). O termo indica um governador persa e é aplicado a Neemias (Ne 5.14). O seu equivalente na língua persa é tirshata (“tirsata, governador”, cf. Ed 2.63; Ne 7.65; 8.9; 10.1). A profecia mostra que o templo de Jerusalém já havia sido reconstruído e a prática dos sacrifícios, retomada (1.7-10).
b) A indiferença religiosa. As principais denúncias de Malaquias são contra a lassidão e o afrouxamento moral dos levitas (1.6); o divórcio e o casamento com mulheres estrangeiras (2.10-16); e o descuido com os dízimos (3.7-12). Tudo isso aponta para o período em que Neemias ausentou-se de Jerusalém (Ne 13.4-13,23-28). O primeiro período de seu governo deu-se entre os anos 20 e 32 do rei Artaxerxes (Ne 5.14) e equivale a 445-433 a.C.
2. Vida pessoal de Malaquias.
A expressão “pelo ministério de
Malaquias” (1.1) é tudo o que sabemos sobre sua vida pessoal. A forma hebraica
do seu nome é mal’achi, que significa “meu mensageiro”. A Septuaginta traduz
por angelo sou (“seu mensageiro, seu anjo”). O termo é ambíguo, pois pode
referir-se a um nome próprio ou a um título (3.1). No entanto, entendemos que
Malaquias é o nome do profeta, uma vez que nenhum livro dos doze profetas
menores é anônimo. Por que com Malaquias seria diferente?
3. Estrutura e mensagem.
A profecia começa com a palavra
hebraica massa — “peso, sentença pesada, oráculo, pronunciamento, profecia”
(1.1; Hc 1.1; Zc 9.1; 12.1). O discurso é um sermão contínuo com perguntas
retóricas que formam uma só unidade literária. São três os seus capítulos na
Bíblia Hebraica, pois seis versículos do capítulo quatro foram deslocados para
o final do capítulo três. O assunto do livro é a denúncia contra a formalidade
religiosa: prática generalizada com os fariseus e escribas na época do
ministério terreno de Jesus (Mt 23.2-7).·.
II. O JUGO DESIGUAL
1. A paternidade de Deus (2.10).
A ideia de que Deus é o Pai de todos
os seres humanos é biblicamente válida. O Antigo Testamento expressa que essa
paternidade refere-se a Israel (Êx 4.22,23; Jr 31.9; Os 11.1). A criação divina
dá base para isso, embora não garanta uma relação pessoal com Ele (At
17.28,29). Jesus, porém, fez-nos filhos de Deus por adoção. Por isso, temos
liberdade e direito de chamar ao Senhor de Pai (Mt 6.9; Jo 1.12; Gl 4.6).
2. A deslealdade.
O termo “desleal” aparece cinco vezes
nessa seção (2.10,11 14-16). Trata-se do verbo hebraico bagad, que significa
“agir traiçoeiramente, agir com infidelidade”. Não profanar o concerto dos pais
— estabelecido no Sinai (2.10) que proíbe a união matrimonial com cônjuges
estrangeiros (Dt 7.1-4) — é uma instrução ratificada em o Novo Testamento (2 Co
6.14-16,18). O profeta retoma essa questão em seguida.
3. O casamento misto (2.11).
É a união matrimonial de um homem ou
uma mulher com alguém descrente. O profeta chama isso de abominação e
profanação. Os envolvidos são ameaçados de extermínio juntamente com toda a sua
família (2.12).
a) Abominação. O termo hebraico para “abominação” é toevah e diz respeito a alguma coisa ou prática repulsiva, detestável e ofensiva. A Bíblia aplica-o à idolatria, ao sacrifício de crianças, às práticas homossexuais, etc. (Dt 7.25; 12.31; Lv 18.22; 20.13). Trata-se de um termo muito forte, mas o profeta coloca todos esses pecados no mesmo patamar (2.11).
b) Profanação. Profano é aquele que trata o sagrado como se fosse comum (Lv 10.10; Hb 12.16). A “santidade do SENHOR”, que Judá profanou (2.11), diz respeito ao Segundo Templo, pois em seguida o oráculo explica: “a qual ele ama”. A violação do altar já fora denunciada antes (1.7-10). Mas aqui Malaquias considera o casamento misto como transgressão da Lei de Moisés: “Judá [...] se casou com a filha de deus estranho” (2.11b). A expressão indica mulher pagã e idólatra. E mais adiante inclui também o divórcio (2.13-16).
a) Abominação. O termo hebraico para “abominação” é toevah e diz respeito a alguma coisa ou prática repulsiva, detestável e ofensiva. A Bíblia aplica-o à idolatria, ao sacrifício de crianças, às práticas homossexuais, etc. (Dt 7.25; 12.31; Lv 18.22; 20.13). Trata-se de um termo muito forte, mas o profeta coloca todos esses pecados no mesmo patamar (2.11).
b) Profanação. Profano é aquele que trata o sagrado como se fosse comum (Lv 10.10; Hb 12.16). A “santidade do SENHOR”, que Judá profanou (2.11), diz respeito ao Segundo Templo, pois em seguida o oráculo explica: “a qual ele ama”. A violação do altar já fora denunciada antes (1.7-10). Mas aqui Malaquias considera o casamento misto como transgressão da Lei de Moisés: “Judá [...] se casou com a filha de deus estranho” (2.11b). A expressão indica mulher pagã e idólatra. E mais adiante inclui também o divórcio (2.13-16).
III. DEUS ODEIA O DIVÓRCIO
1. O relacionamento conjugal (2.11-13).
Malaquias é o único livro da Bíblia
que descreve o efeito devastador do divórcio na família, na Igreja e na
sociedade. As lágrimas, os choros e os gemidos descritos aqui são das esposas
judias repudiadas. Elas eram santas e piedosas, mas foram injustiçadas ao serem
substituídas por mulheres idólatras e profanas. As israelitas não tinham a quem
recorrer. Nada podiam fazer senão derramar a alma diante de Deus. Por essa
razão, o Eterno não mais aceitou as ofertas de Judá (2.13). Isso vale para os
nossos dias. Deus não ouve a oração daqueles que tratam injustamente o seu
cônjuge (1 Pe 3.7). O marido deve amar a sua esposa como Cristo ama a Igreja
(Ef 5.25-29).
2. O compromisso do casamento.
Os votos solenes de fidelidade mútua
entre os noivos numa cerimônia de casamento não são um acordo transitório com
data de validade, mas “um contrato jurídico de união espiritual” (Myer
Pearlman). O próprio Deus coloca-se como testemunha desse contrato. Por isso, a
ruptura de um casamento é deslealdade e traição (2.14). A reação divina contra
tal perfídia é contundente.
3. A vontade de Deus.
A construção gramatical hebraica do
versículo 15 é difícil. Mas muitos entendem o seu significado como defesa da
monogamia. Deus criou apenas uma só mulher para Adão, tendo em vista a formação
de uma descendência piedosa (2.15). A poligamia e o divórcio são obstáculos aos
propósitos divinos. É uma desgraça para a família! Por isso, o Altíssimo
aborrece e odeia o divórcio (2.16). Ele ordena que “ninguém seja desleal para
com a mulher da sua mocidade” (2.15).
CONCLUSÃO
A sacralidade do relacionamento familiar deve ser levada em consideração por todos os cristãos. Todos devem levar isso a sério, pois o casamento é de origem divina e indissolúvel, devendo, portanto, ser honrado e venerado.
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