Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos
Lição 2: O Casamento bíblico
TEXTO ÁUREO: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua
mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24).
VERDADE PRÁTICA: O casamento é uma instituição
divina, sendo constituído pela união indissolúvel de um homem e de uma mulher:
monogâmico e heterossexual.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:
Gênesis 1.27,31; 2.18,20-24.
INTERAÇÃO
Professor, nesta lição você ensinará a respeito do casamento. No decorrer
da semana, leia o texto bíblico com atenção e medite na bênção que é o
matrimônio. A união entre um homem e uma mulher não é somente para a
perpetuação da raça humana, mas para a formação da família, a instituição mais
importante de uma sociedade. O casamento tem sido atacado violentamente pelo
Diabo. O número de divórcios, até mesmo entre os crentes, vem aumentando. O
matrimônio é uma aliança divina, um sacramento indissolúvel. A igreja do Senhor
Jesus, como “coluna e firmeza da verdade” deve trabalhar em favor da família,
defendendo o casamento monogâmico, heterossexual e indissolúvel.
OBJETIVOS
Após esta
aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar
os princípios da monogamia.
Explicar
os princípios da heterossexualidade.
Conscientizar-se
da indissolubilidade do casamento.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor,
para a aula de hoje sugerimos que reproduza o gráfico abaixo em cartolina.
Leve-o para a classe e fixe-o em um lugar que poderá ser visualizado por todos
durante o período desse trimestre. De acordo com o gráfico, explique aos seus
alunos o que a Palavra de Deus ensina a respeito do casamento. Diga que os
princípios e propósitos do Todo-Poderoso para o matrimônio não mudaram e jamais
mudarão.
O
QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O CASAMENTO
Gênesis
2.18-24 — O
casamento é uma ideia de Deus.
Gênesis
24.58-60 — O
compromisso é essencial para um casamento bem-sucedido.
Gênesis
29.10,11 — O romance
é importante.
Jeremias
7.34 — O casamento proporciona
momentos de imensa felicidade.
Malaquias
2.14,15 — O
casamento cria o melhor ambiente para a educação dos filhos.
Mateus
5.32 — A infidelidade quebra o
vínculo da confiança, que é a base de todos os relacionamentos.
Mateus
19.6 — O casamento é permanente.
Romanos
7.2,3 — O correto
é que apenas a morte dissolva um casamento.
Efésios
5.21-33 — O
casamento está baseado nos princípios práticos do amor, não em sentimentos.
Efésios
5.23-32 — O
casamento é um símbolo vivo de Cristo e a Igreja.
Hebreus
13.4 — O casamento é bom e honroso.
INTRODUÇÃO
Palavra
Chave: Casamento:
É a união legítima entre um homem e uma mulher.
As
Escrituras ensinam que homem e mulher foram feitos “à imagem de Deus” (Gn
1.27). Após Deus formar o homem (Gn 2.7), formou também a mulher (v.22). Essa
foi a segunda grande decisão divina no tocante à existência da humanidade. Deus
uniu o homem à mulher, instituindo assim o casamento, não apenas para a
perpetuação da raça humana, mas para a formação do casal e, consequentemente,
de toda a família.
I. O PRINCÍPIO DA MONOGAMIA
1.
Monogamia x Bigamia.
A palavra
monogamia vem de dois vocábulos gregos: monos
(único) e gamós (casamento), significando
um único homem para uma única mulher. Desde o Gênesis, vemos a monogamia como o
modelo de união arquitetado por Deus para o casamento e a formação da família
(Gn 2.24). Porém, o primeiro registro da bigamia também está no livro dos
começos — Lameque, filho de Metusalém (Gn 4.18; 5.25), por razões não
explicadas, teve mais de uma esposa (Gn 4.19). Tempos depois, Esaú, filho de
Isaque, desobedeceu a Deus e casou-se com duas mulheres heteias (Gn 26.34,35).
No primeiro livro de Samuel, temos o caso de Elcana que tinha duas mulheres. O
resultado não poderia ser outro: invejas, intrigas e brigas (1 Sm 1.4-8).
2.
A poligamia torna-se comum.
Abraão
incorreu nesse grave erro. Por sugestão de sua mulher, Sara, que era estéril, o
pai da fé uniu-se a Agar, serva de sua esposa. Era o concubinato acontecendo na
família de Abraão (Gn 16), vindo Ismael a nascer como fruto daquela relação.
Transtornos familiares, históricos e espirituais foram inevitáveis naquele clã.
Isaque, considerado filho da promessa, casou-se aos 40 anos, com uma esposa
escolhida por seu pai, e preferiu viver um casamento monogâmico, honrando
Rebeca, sua esposa, e principalmente, honrando ao Senhor.
O Antigo Testamento
descreve a poligamia e as suas tragédias na vida de Jacó (Gn 29.21-23,28-31;
30.1-10) e na dos reis de Israel (1 Rs 11.4,7-9).
3.
Em o Novo Testamento, a poligamia é condenada por Jesus e pelo apóstolo Paulo.
Certa feita,
os fariseus aproximaram-se de Jesus e interrogaram-no se era lícito ao homem
repudiar a “sua mulher” por qualquer motivo (Mt 19.3). Note que eles não
perguntaram “deixar suas mulheres”. A resposta do Senhor remonta às origens do
casamento e da própria criação (Mt 19.5,6 cf. Gn 2.24). Jesus refere-se apenas
a “uma” esposa, e as epístolas fundamentam-se nos evangelhos ao tratar desse
tema.
a) Uma
esposa e um marido. Não há nada tão claro quanto à
monogamia nos ensinos do apóstolo Paulo. Aos coríntios, por exemplo, ele
ensinou que cada um deve ter a sua própria mulher e esta o seu próprio marido
(1 Co 7.1,2), numa prevenção clara contra a prostituição.
b) A
harmonia conjugal.
Na epístola aos Efésios, Paulo ensina a submissão da esposa ao marido. Ao
marido, ele exorta a amar a sua esposa, como Cristo amou a Igreja,
sacrificando-se por ela (Ef 5.25; Cl 3.19). Aqui, a harmonia conjugal é um dos
fatores que reforçam a monogamia, e ambas são valorizadas conforme o plano
original de Deus para o casamento entre um homem e uma mulher.
c) A
monogamia na liderança cristã. Para os líderes da igreja, Paulo exorta: “Convém,
pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher” (1 Tm 3.2 —
sem grifos no original). O diácono também deve ser “marido de uma mulher” (1 Tm
3.12). A liderança deve ser o exemplo dos fiéis em tudo, e esse exemplo inclui
o casamento (1 Tm 4.12).
II. O PRINCÍPIO DA HETEROSSEXUALIDADE
1.
“Macho e fêmea os criou”.
Deus criou
“o homem”, um ser masculino (Gn 1.26), e também fez a mulher, um ser feminino
(Gn 1.27). Em outras palavras, Deus não uniu dois machos ou duas fêmeas. Não!
Ele uniu um homem com uma mulher, demonstrando a natureza e o padrão divino da
heterossexualidade. As Santas Escrituras são claras ao condenarem — assim como
o adultério, a prostituição, a perversidade, a idolatria, a mentira, o falso
testemunho etc. — a prática do homossexualismo, quer masculino, quer feminino
(Lv 18.22; Rm 1.26).
2.
“E se unirá à sua mulher”.
Após
realizar o primeiro casamento, o Criador disse: “Portanto, deixará o varão o
seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn
2.24). Veja que o Senhor é taxativo ao falar ao homem a respeito da sua vocação
heterossexual: “apegar-se-á à sua mulher”. Por isso, olhemos para as Escrituras
e olhemos para o ciclo da vida humana e, inequivocamente, concordaremos: se não
fosse a união heterossexual, promovida por Deus, desde o princípio, a raça
humana não teria subsistido.
III. A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO
1.
Uma só carne.
A fim de
proporcionar uma vida conjugal abundante, o Criador planejou uma união
histórica, indissolúvel e permanente (Gn 2.24). O matrimônio entre homem e
mulher seria para sempre! Tristemente, o pecado ruiu o princípio divino da
continuidade do casamento, trazendo o divórcio e separando famílias. O plano de
Deus, entretanto, ainda pode ser encontrado nas palavras de Jesus: “o que Deus
ajuntou não separe o homem” (Mt 19.6).
2.
A porta de entrada para o divórcio.
Há situações
em que a falta de união e de amor no casamento, talvez motivados pela
desobediência a Deus, pelo orgulho e pela falta de perdão, fazem a convivência
do casal tornar-se uma grande fachada. Por conveniência, o casal apresenta-se à
sociedade ou à igreja local numa aparente alegria matrimonial, mas na
intimidade, a união tornou-se insuportável. É necessário que a Igreja esteja
pronta para auxiliar os casais que passam por crises conjugais, e motivá-los
sempre a permanecerem unidos em um amor não fingido, mas solidificado e
resistente às contrariedades que possam existir no dia a dia.
CONCLUSÃO
O casamento
heterossexual nunca foi tão atacado como no presente tempo. Em nossa sociedade,
leis e normas que atentam contra a Lei de Deus são elaboradas sob o argumento
de que o Estado é laico. E deve ser mesmo! Mas entre ser laico e desrespeitar
princípios ordenados por Deus desde a criação há uma grande distância. Neste
aspecto, a Igreja do Senhor Jesus deve ser a “coluna e firmeza da verdade” e
guardiã dos princípios morais e cristãos, denunciando o pecado e acalentando os
corações feridos. Assim, defendemos que o casamento monogâmico, heterossexual e
indissolúvel deva ser incentivado, apoiado e honrado nas esferas públicas de
relacionamento.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GILHAM, A.;
Bill. Conversas francas sobre o casamento. 7 ed., RJ: CPAD, 2012.
SOUZA, E. Â. ...e fez Deus a família: O padrão divino para um lar feliz. 1 ed., RJ: CPAD, 1999.
SOUZA, E. Â. ...e fez Deus a família: O padrão divino para um lar feliz. 1 ed., RJ: CPAD, 1999.
EXERCÍCIOS
1.
Qual a origem da palavra monogamia?
R. A
palavra monogamia vem de dois vocábulos gregos: monos (único) e gamós
(casamento), significando um único homem para uma única mulher.
2.
Quem deu início à bigamia?
R. Lameque,
filho de Metusalém.
3.
O que Pauto ensinou aos casados da igreja de Corinto?
R. Aos
coríntios, o apóstolo Paulo ensinou que cada um deve ter a sua própria mulher e
esta o seu próprio marido (1 Co 7.1,2), numa prevenção clara contra a
prostituição.
4.
De acordo com a lição, quem Deus uniu para embasar a heterossexualidade?
R. Homem
e mulher.
5.
O que pode fazer a convivência no casamento tornar-se uma grande fachada?
R. A
falta de união e de amor.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“Da
indissolubilidade
A natureza
indissolúvel do casamento vem desde a sua origem: ‘Portanto, deixará o varão o
seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne’ (Gn
2.24). O Senhor Jesus Cristo disse que essa passagem bíblica significa a
indissolubilidade do casamento: ‘Assim não são mais dois, mas uma só carne.
Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem’ (Mt 19.5,6). É uma união
íntima entre duas pessoas de sexos opostos que assumem publicamente o
compromisso de viverem juntas; é uma aliança solene, um pacto sagrado, legal e
social. Não existe no universo, entre os seres vivos inteligentes, uma
intimidade maior do que entre marido e mulher, exceto apenas entre as três
pessoas da Trindade.
O voto
solene de fidelidade um ao outro ‘até que a morte os separe’, que se ouve dos
nubentes numa cerimônia de casamento, não é mera formalidade. Isso tem
implicações profundas diante de Deus: ‘Porque o SENHOR, foi testemunha entre ti
e a mulher da tua mocidade’ (Ml 2.14). O compromisso que os noivos assumem é
diante de Deus, independentemente de o casal ser ou não crente em Jesus. Isso
diz respeito ao casamento per si, vinculado de maneira intrínseca à sua
natureza, pois assim Deus estabeleceu essa aliança ‘até que a morte os separe’”
(SOARES, E. Casamento, Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia. 1 ed., RJ:
CPAD, 2011, pp.16-7).
SUBSÍDIOS ENSINADOR
CRISTÃO
O
Casamento Bíblico
O padrão
para o matrimônio bíblico é que seja realizado entre um homem e uma mulher. E
dentro dessa única e correta perspectiva, há mandamentos diretos para ambos os
cônjuges.
Para o
homem, Deus ordena que seja amoroso para com sua esposa, da mesma forma que
Cristo o foi com a Igreja: Ele se entregou à morte por ela. Ele morreu para que
ela pudesse viver, e Ele cuida de tal forma dela que a apresentará “gloriosa,
sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef
5.27). Isso nos mostra que Jesus não utiliza de seu poder para subjugar a
Igreja ou para dizer que ela precisa ser submissa (como alguns homens fazem,
anulando a opinião de suas esposas, como se elas fossem incapazes de serem
ajudadoras), mas mostra que há comunhão entre Jesus e a Igreja, a ponto de o
amor fazer a diferença. Paulo diz que “Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo”
(Ef 5.28). Para Deus, a forma com que o esposo trata a esposa é tão importante
que pode impedir as orações dele, se ele dera sua esposa um tratamento injusto
ou desonrá-la.
Para a
mulher, Deus espera que seja uma ajudadora e uma pessoa submissa. Ajudadora no
sentido de cooperar com seu esposo, de ajudá-lo a tomar decisões à luz da
Palavra de Deus, de cuidar do lar (até da economia doméstica, como a mulher
virtuosa de Provérbios 31), de cuidar dos filhos e acompanhar sua educação e
crescimento. É evidente que, em nossos dias, o papel da mulher tem ido além
dessa descrição bíblica, pois o público feminino tem entrado no mercado de
trabalho com força e capacidade generosas. Há mulheres que foram abandonadas
por seus esposos, e que tiveram de ir atrás de recursos para suster suas
famílias. Há outras que ficaram viúvas, e outras ainda que não chegaram a
constituir uma família formalmente, pois, após a gravidez, o pai da criança negou-se
a assumir sua parte como pai e provedor. Há ainda mulheres que desejam ser
independentes financeiramente, e vão em busca de seus objetivos. Há, portanto,
diversos motivos que empurram as mulheres para o mercado de trabalho.
Deus não
aprova a bigamia, nem qualquer tentativa de conciliar a convivência conjugal de
um homem e duas mulheres ou de uma mulher e dois homens. Essas coisas ofendem o
padrão estabelecido por Deus para o casamento. Mesmo os homens de Deus
descritos na Bíblia como tendo mais de uma esposa, como Abraão, Jacó, Davi ou
Salomão, nunca foram felizes em seus casamentos por desrespeitarem o princípio
divino da monogamia.
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