Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos
VERDADE PRÁTICA: O casamento cristão tem de ser
edificado tendo como base o amor a Deus e ao próximo. Sem amor não há casamento
feliz.
INTERAÇÃO
Inicie a
aula pedindo aos alunos que citem algumas características de um casamento
bem-sucedido. À medida em que forem citando, anote as características em uma
folha ou escreva-as no quadro. Após ouvir os alunos, explique que tais
características oferecem uma ideia dos propósitos de Deus para a vida a dois.
Ressalte o fato de que, instituído por Deus, o casamento tem o objetivo de ser
a base da família e, consequentemente, de toda a sociedade. Lembre que a Igreja
deve fazer soar sua voz profética, denunciando tudo que pode destruir o casamento
monogâmico e heterossexual.
OBJETIVOS: Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
- Compreender qual é a verdadeira vontade divina para o casamento.
- Conscientizar-se da importância do amor mútuo e verdadeiro para se
estabelecer uma família.
- Enfatizar a importância da fidelidade conjugal no casamento.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza como puder o
esquema abaixo:
1 Coríntios 7. 1-16: O relacionamento conjugal entre o
marido e a mulher (vv.1-7); os solteiros (vv.8,9,25); o casamento cristão e o
misto (vv.12-16); o casamento e o serviço cristão (vv.25-38).
Explique que este capítulo é um
tratado a respeito do matrimônio e do relacionamento familiar. O objetivo do
capítulo é mostrar aos coríntios que o matrimônio não estava e jamais estará
ultrapassado. Paulo revela aqui a importância do casamento, deixando bem claro
que ele é uma aliança divina e indissolúvel.
INTODUÇÃO
Palavra Chave: Amor Conjugal: O amor entre os cônjuges.
Por ser uma instituição criada por
Deus para atender aos propósitos divinos, não é de se admirar que o matrimônio
venha sendo ridicularizado sistemática e violentamente pela mídia. Por isso,
precisamos compreender a instrução divina quanto ao casamento e aplicá-la em
nossa vida diária. Na epístola aos Hebreus, as Escrituras ensinam: “venerado
seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula” (13.4). Tal verdade a
respeito do casamento indica-nos que ele deve ser respeitado, honrado e
valorizado.
I. A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO
1. Um plano global.
Como expressão de sua vontade, o
Criador ordenou, logo no princípio, que o homem deixasse pai e mãe e se unisse
à sua mulher, para que ambos fossem “uma carne” (Gn 2.24). É exatamente o que
acontece no ato conjugal, sendo esta a vontade de Deus para todas as pessoas,
crentes ou não: que a humanidade cresça e, através da união legítima entre um
homem e uma mulher, multiplique-se.
2. Os indicadores da vontade de Deus.
Ao aconselhar os jovens em relação ao
namoro, noivado e casamento, é preciso orientá-los para que tomem decisões
conscientes. Nesse particular, é preciso buscar a vontade de Deus, cujos
indicadores são:
a) A Paz
de Deus no coração. Um dos sinais da aprovação divina
quanto ao que fazemos, ou pretendemos fazer, é o sentimento de paz interior,
que nos domina os pensamentos e as emoções (Cl 3.15).
b) O
comportamento pessoal. Se alguém não honra os pais, como
honrará o seu cônjuge? Se o noivo não respeita a noiva, demonstrando um ciúme
doentio a ponto de não lhe permitir que converse até mesmo com pessoas da
própria família, isso evidencia claramente que ele está fora da aprovação
divina. Tal relacionamento não dará certo.
c)
Naturalidade. Procurar “casa de profetas” para
saber se o casamento é ou não da vontade de Deus é muito perigoso. Quando o
relacionamento é da vontade divina, um sente amor pelo outro, sente falta do
outro, considera o outro, demonstra afeto pelo outro. Tudo flui naturalmente.
Além disso, os pais aprovam o namoro e a igreja o reconhece. Estes indicativos
realçam que Deus está de acordo com esta união.
d) Os
princípios de santidade. Sabemos que as tentações sobre os
namorados e noivos são fortes. Mas não devemos nos esquecer: a santidade é um
requisito básico para a felicidade conjugal. Um relacionamento que não leva em
conta o princípio da castidade já está fora da orientação divina. Portanto, se
o namoro ou o noivado é marcado por atos e práticas que ofendem a Deus, é sinal
de que o relacionamento já está fadado ao fracasso (1 Co 6.18-20). O sexo antes
e fora do casamento é pecado (Êx 20.14; 1 Ts 4.3). E a virgindade, tanto do
rapaz, quanto da moça, continua a ser muito importante aos olhos de Deus.
II. O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO
1. O dever primordial do casal.
O marido que não ama a própria esposa
não pode dizer que obedece a Palavra de Deus. Ao contrário, ele peca por desobediência,
pois amar é uma ordem divina. A Bíblia recomenda solenemente: “vós, maridos,
amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou
por ela” (Ef 5.25). O amor à esposa, ordenado pelas Escrituras, deve ser o mais
elevado possível. É semelhante ao amor de Cristo pela Igreja: “Como também
Cristo amou a Igreja”. Perceba que o termo “como” é um advérbio de modo. Por
conseguinte, o amor do esposo pela esposa deve ser como o amor de Cristo por
sua Igreja. É um amor sublime e sem igual.
2. O amor gera união plena.
A união é o resultado do amor sincero. Logo, o
esposo deve estar unido à esposa de modo a formar uma unidade, ou seja, “dois
numa [só] carne” (Ef 5.31). Por isso, o apóstolo Paulo ensina: “O marido pague
à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido” (1 Co
7.3). Isto quer dizer igualdade e reciprocidade no casamento; marido e mulher
são iguais nos haveres de um para com o outro. Isso exige do casal união de
pensamentos, de sentimentos e de propósitos.
III. A FIDELIDADE CONJUGAL
1. Fator indispensável à estabilidade
no casamento.
Além de proporcionar segurança
espiritual e emocional, a fidelidade é indispensável ao bom relacionamento
conjugal. Sem fidelidade, o casamento desaba. As estruturas do matrimônio não
foram preparadas para suportar o peso da infidelidade, cujos efeitos sobre toda
a família são devastadores. O adultério é tremendamente destrutivo tanto para o
homem como para a mulher (1 Co 6.15-20).
2. Cuidado com os falsos padrões.
O amor que se vê nos filmes, novelas
e revistas seculares está longe de preencher os requisitos da Palavra de Deus.
É falso e pecaminoso. O verdadeiro padrão do amor conjugal é o de Cristo para com
a Igreja! Através de Malaquias, o Senhor repreendeu severamente os varões
israelitas por sua infidelidade conjugal (Ml 2.13-16). Biblicamente, o
casamento é uma aliança que deve perdurar até a morte de um dos cônjuges. Não é
um “contrato” com prazo de validade, mas uma união perene, cuja fidelidade é um
dos elementos indispensáveis para que os cônjuges sejam felizes.
CONCLUSÃO
Nosso desejo é que as igrejas
promovam o crescimento das crianças, adolescentes, jovens e casais na Palavra
de Deus. Enfim, que toda a família seja edificada em Cristo. Dessa maneira,
demonstraremos o valor do casamento bíblico e os perigos das novas
“configurações familiares” defendidas e apoiadas pelos que desprezam e debocham
dos princípios divinos. Portanto, que a Igreja faça soar sua voz profética e
denuncie as iniciativas que buscam destruir o casamento monogâmico,
heterossexual e indissolúvel. Se a família não for sadia, a sociedade será
enferma.
CRUZ, E. Sócios, Amigos &
Amados. Os três pilares do casamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2005.
YOUNG, E. Os Dez Mandamentos do Casamento: O que fazer e o que não fazer para manter uma aliança por toda a vida. 1 ed., RJ: CPAD, 2011.
YOUNG, E. Os Dez Mandamentos do Casamento: O que fazer e o que não fazer para manter uma aliança por toda a vida. 1 ed., RJ: CPAD, 2011.
EXERCÍCIOS
1. Quando o marido se torna “uma só carne” com a esposa?
R. Durante o ato conjugal.
2. Cite pelos menos três indicadores da vontade divina no relacionamento.
R. Paz de Deus no coração, o comportamento
pessoal e naturalidade.
3. Como deve ser o amor do marido pela esposa?
R. O amor à esposa, ordenado pelas
Escrituras, deve ser o mais elevado possível. É semelhante ao amor de Cristo
pela Igreja: “Como também Cristo amou a Igreja”.
4. O que é indispensável à estabilidade no casamento?
R. A fidelidade conjugal.
5. Qual é o verdadeiro padrão do amor conjugal?
R. O verdadeiro padrão do amor conjugal é o
de Cristo para com a Igreja!
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“Bom seria que o homem não tocasse em
mulher (1 Co 7.1)
[...] A questão do casamento é
unicamente dos gentios. Os judeus, de cuja herança Paulo também compartilhava,
adotavam uma posição baseada em Gênesis 2.18: ‘Não é bom que o homem esteja
só’. No judaísmo, o casamento era considerado a principal responsabilidade de
todo homem. Mas alguns coríntios, que haviam sido convertidos da cultura geral,
com atitudes negligentes em relação ao sexo e indecisos sobre a extensão da
pureza moral à qual eram exortados em Cristo, foram para outro extremo. Também
é provável que, para alguns, seu passado de relacionamentos sexuais havia se
tornado uma questão de orgulho, uma base para a pretensão àquela
espiritualidade superior à qual muitos se inclinavam, desejando ter um
prestígio superior no corpo de Cristo.
A resposta de Paulo rejeitava esse
conceito e argumentava a favor de uma expressão normal e plena do sexo dentro
do casamento” (RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo
Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007, p.354).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
“A Obrigação de Reciprocidade (1 Co
7.3,4)
Paulo declara francamente que a
relação entre as pessoas não é só um aspecto válido no casamento, mas também é
uma obrigação de acordo com a necessidade e o desejo. O verbo traduzido como pague
‘não significa a concessão de um favor, mas o pagamento de uma obrigação, aqui
do marido para a esposa e da esposa para o marido’. Godet diz: Este versículo
nos confirma a ideia de que entre alguns dos coríntios existia uma tendência
‘espiritualista’ exagerada, que ameaçava ferir as relações conjugais, e desse
modo a santidade da vida. Em seu sentido mais profundo, o verbo pague (apodidomi) significa dar o que se deve, ou o
que se está sob a obrigação de dar. O apóstolo coloca o aspecto sexual do
casamento em sua perspectiva correta, evitando tanto uma atitude promíscua como
um ascetismo rígido.
No versículo 4, Paulo expande a ideia
de mútua reciprocidade para incluir tudo o que faz parte da vida, ao declarar
que parceiros casados possuem poder sobre os corpos um do outro. As palavras
não têm poder refere-se ao exercício de autoridade. O entendimento mútuo
elimina dois extremos no estado dos casados — a posse separada de si mesmo, e a
sujeição de uma parte a outra. No casamento, cada parceiro tem um direito legítimo
à pessoa do outro. Em outras passagens Paulo considera o marido como a cabeça
da família, declarando que a esposa lhe deve ser sujeita (Ef 5.22-23). Mas na
área sexual ambos estão no mesmo nível. O principal ensinamento aqui é que
maridos e esposas têm os mesmos direitos. Ambos devem agir como cristãos.
Portanto, qualquer conduta excessiva ou abusiva é proibida” [GREATHOUSE, W. M.;
METZ, D. S.; CARVER, F. G. (Orgs.) Comentário Bíblico Beacon. Volume 8,
1 ed., RJ: CPAD, 2006, p.295].
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
As bases do Casamento Cristão
O casamento é uma instituição divina,
e a Palavra de Deus nos mostra em diversos textos a importância dele diante de
Deus e da sociedade.
Dentre as bases do casamento cristão
está o amor. Nesse aspecto, é importante deixar claro a importância de
utilizarmos o bom senso na escolha do futuro cônjuge. A não ser a descrição de
Gênesis 2.22, em que Deus literalmente traz Eva a Adão, a Bíblia não traz
outros textos em que Deus apresenta diretamente uma pessoa à outra. E como a
Bíblia não diz que “João” vai se casar com “Josefina”, entendemos que a escolha
de uma pessoa para o casamento deve passar pela orientação geral de Deus e pelo
bom senso que Ele dá aos Seus servos.
A profecia manifesta a vontade de
Deus, mas, no tocante ao casamento, Deus não se utiliza de profecias para
direcionar casamentos. A função da profecia é exortar, edificar e consolar, e
não casar pessoas. Por isso, não recomendamos profecias casamenteiras para
crentes solteiros. É imprescindível que os casais, ao invés de buscarem
profetas para descobrirem se Deus é favorável a tal união ou não, analisem a
forma com que o pretendente trata os pais, como se porta na igreja e fora dela,
se é uma pessoa que busca trabalhar e ter uma vida produtiva, se sabe buscar ao
Senhor em oração e obedece à vontade dEle, e se sabe resolver conflitos de
forma adequada.
Outra base para que o casamento dê
certo, dentro dos parâmetros bíblicos, é a abstinência sexual dos solteiros até
o matrimônio e a fidelidade sexual dos casados. A castidade é necessária tanto
para as moças quanto para os rapazes da igreja, pois diante de Deus não há
diferença no tocante à santidade do sexo. Os moços cristãos não podem alegar
que precisam ser experientes sexualmente para desobedecer ao Senhor. E a
fidelidade sexual dos casados é esperada por Deus como requisito de um
compromisso feito no altar, diante do próprio Deus.
A monogamia também é uma das bases
para o casamento cristão, inclusive é uma das características esperadas de quem
está no ministério pastoral. Um ministro que não respeita a monogamia perde a
capacidade de estar diante do rebanho do Senhor, pois a Palavra de Deus deixa
claro que o obreiro deve ser marido de uma mulher, reiterando a monogamia.
Logo, para que possa ministrar, deve obedecer à Palavra. Caso contrário, que se
afaste do ministério, pois não terá o aval da parte de Deus para permanecer à
frente do rebanho. Deus não espera menos de seus ministros do que espera da
igreja.
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