segunda-feira, 15 de abril de 2013

Lição 3 CPAD - 2° Trimestre 2013


Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos

 



VERDADE PRÁTICA: O casamento cristão tem de ser edificado tendo como base o amor a Deus e ao próximo. Sem amor não há casamento feliz.

INTERAÇÃO

Inicie a aula pedindo aos alunos que citem algumas características de um casamento bem-sucedido. À medida em que forem citando, anote as características em uma folha ou escreva-as no quadro. Após ouvir os alunos, explique que tais características oferecem uma ideia dos propósitos de Deus para a vida a dois. Ressalte o fato de que, instituído por Deus, o casamento tem o objetivo de ser a base da família e, consequentemente, de toda a sociedade. Lembre que a Igreja deve fazer soar sua voz profética, denunciando tudo que pode destruir o casamento monogâmico e heterossexual.

OBJETIVOS: Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Compreender qual é a verdadeira vontade divina para o casamento.

- Conscientizar-se da importância do amor mútuo e verdadeiro para se estabelecer uma família.

- Enfatizar a importância da fidelidade conjugal no casamento.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, reproduza como puder o esquema abaixo:

1 Coríntios 7. 1-16: O relacionamento conjugal entre o marido e a mulher (vv.1-7); os solteiros (vv.8,9,25); o casamento cristão e o misto (vv.12-16); o casamento e o serviço cristão (vv.25-38).

Explique que este capítulo é um tratado a respeito do matrimônio e do relacionamento familiar. O objetivo do capítulo é mostrar aos coríntios que o matrimônio não estava e jamais estará ultrapassado. Paulo revela aqui a importância do casamento, deixando bem claro que ele é uma aliança divina e indissolúvel.

INTODUÇÃO

Palavra Chave: Amor Conjugal: O amor entre os cônjuges.

Por ser uma instituição criada por Deus para atender aos propósitos divinos, não é de se admirar que o matrimônio venha sendo ridicularizado sistemática e violentamente pela mídia. Por isso, precisamos compreender a instrução divina quanto ao casamento e aplicá-la em nossa vida diária. Na epístola aos Hebreus, as Escrituras ensinam: “venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula” (13.4). Tal verdade a respeito do casamento indica-nos que ele deve ser respeitado, honrado e valorizado.

I. A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO

1. Um plano global.

Como expressão de sua vontade, o Criador ordenou, logo no princípio, que o homem deixasse pai e mãe e se unisse à sua mulher, para que ambos fossem “uma carne” (Gn 2.24). É exatamente o que acontece no ato conjugal, sendo esta a vontade de Deus para todas as pessoas, crentes ou não: que a humanidade cresça e, através da união legítima entre um homem e uma mulher, multiplique-se.

2. Os indicadores da vontade de Deus.

Ao aconselhar os jovens em relação ao namoro, noivado e casamento, é preciso orientá-los para que tomem decisões conscientes. Nesse particular, é preciso buscar a vontade de Deus, cujos indicadores são:

a) A Paz de Deus no coração. Um dos sinais da aprovação divina quanto ao que fazemos, ou pretendemos fazer, é o sentimento de paz interior, que nos domina os pensamentos e as emoções (Cl 3.15).

b) O comportamento pessoal. Se alguém não honra os pais, como honrará o seu cônjuge? Se o noivo não respeita a noiva, demonstrando um ciúme doentio a ponto de não lhe permitir que converse até mesmo com pessoas da própria família, isso evidencia claramente que ele está fora da aprovação divina. Tal relacionamento não dará certo.

c) Naturalidade. Procurar “casa de profetas” para saber se o casamento é ou não da vontade de Deus é muito perigoso. Quando o relacionamento é da vontade divina, um sente amor pelo outro, sente falta do outro, considera o outro, demonstra afeto pelo outro. Tudo flui naturalmente. Além disso, os pais aprovam o namoro e a igreja o reconhece. Estes indicativos realçam que Deus está de acordo com esta união.

d) Os princípios de santidade. Sabemos que as tentações sobre os namorados e noivos são fortes. Mas não devemos nos esquecer: a santidade é um requisito básico para a felicidade conjugal. Um relacionamento que não leva em conta o princípio da castidade já está fora da orientação divina. Portanto, se o namoro ou o noivado é marcado por atos e práticas que ofendem a Deus, é sinal de que o relacionamento já está fadado ao fracasso (1 Co 6.18-20). O sexo antes e fora do casamento é pecado (Êx 20.14; 1 Ts 4.3). E a virgindade, tanto do rapaz, quanto da moça, continua a ser muito importante aos olhos de Deus.

II. O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO

1. O dever primordial do casal.

O marido que não ama a própria esposa não pode dizer que obedece a Palavra de Deus. Ao contrário, ele peca por desobediência, pois amar é uma ordem divina. A Bíblia recomenda solenemente: “vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25). O amor à esposa, ordenado pelas Escrituras, deve ser o mais elevado possível. É semelhante ao amor de Cristo pela Igreja: “Como também Cristo amou a Igreja”. Perceba que o termo “como” é um advérbio de modo. Por conseguinte, o amor do esposo pela esposa deve ser como o amor de Cristo por sua Igreja. É um amor sublime e sem igual.

2. O amor gera união plena.

 A união é o resultado do amor sincero. Logo, o esposo deve estar unido à esposa de modo a formar uma unidade, ou seja, “dois numa [só] carne” (Ef 5.31). Por isso, o apóstolo Paulo ensina: “O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido” (1 Co 7.3). Isto quer dizer igualdade e reciprocidade no casamento; marido e mulher são iguais nos haveres de um para com o outro. Isso exige do casal união de pensamentos, de sentimentos e de propósitos.

 
III. A FIDELIDADE CONJUGAL

1. Fator indispensável à estabilidade no casamento.

Além de proporcionar segurança espiritual e emocional, a fidelidade é indispensável ao bom relacionamento conjugal. Sem fidelidade, o casamento desaba. As estruturas do matrimônio não foram preparadas para suportar o peso da infidelidade, cujos efeitos sobre toda a família são devastadores. O adultério é tremendamente destrutivo tanto para o homem como para a mulher (1 Co 6.15-20).

2. Cuidado com os falsos padrões.

O amor que se vê nos filmes, novelas e revistas seculares está longe de preencher os requisitos da Palavra de Deus. É falso e pecaminoso. O verdadeiro padrão do amor conjugal é o de Cristo para com a Igreja! Através de Malaquias, o Senhor repreendeu severamente os varões israelitas por sua infidelidade conjugal (Ml 2.13-16). Biblicamente, o casamento é uma aliança que deve perdurar até a morte de um dos cônjuges. Não é um “contrato” com prazo de validade, mas uma união perene, cuja fidelidade é um dos elementos indispensáveis para que os cônjuges sejam felizes.

CONCLUSÃO
Nosso desejo é que as igrejas promovam o crescimento das crianças, adolescentes, jovens e casais na Palavra de Deus. Enfim, que toda a família seja edificada em Cristo. Dessa maneira, demonstraremos o valor do casamento bíblico e os perigos das novas “configurações familiares” defendidas e apoiadas pelos que desprezam e debocham dos princípios divinos. Portanto, que a Igreja faça soar sua voz profética e denuncie as iniciativas que buscam destruir o casamento monogâmico, heterossexual e indissolúvel. Se a família não for sadia, a sociedade será enferma.

 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

CRUZ, E. Sócios, Amigos & Amados. Os três pilares do casamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2005.
YOUNG, E. Os Dez Mandamentos do Casamento: O que fazer e o que não fazer para manter uma aliança por toda a vida. 1 ed., RJ: CPAD, 2011.

 
EXERCÍCIOS

1. Quando o marido se torna “uma só carne” com a esposa?

R. Durante o ato conjugal.

2. Cite pelos menos três indicadores da vontade divina no relacionamento.

R. Paz de Deus no coração, o comportamento pessoal e naturalidade.

3. Como deve ser o amor do marido pela esposa?

R. O amor à esposa, ordenado pelas Escrituras, deve ser o mais elevado possível. É semelhante ao amor de Cristo pela Igreja: “Como também Cristo amou a Igreja”.

 4. O que é indispensável à estabilidade no casamento?

R. A fidelidade conjugal.

5. Qual é o verdadeiro padrão do amor conjugal?

R. O verdadeiro padrão do amor conjugal é o de Cristo para com a Igreja!

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Teológico

“Bom seria que o homem não tocasse em mulher (1 Co 7.1)

[...] A questão do casamento é unicamente dos gentios. Os judeus, de cuja herança Paulo também compartilhava, adotavam uma posição baseada em Gênesis 2.18: ‘Não é bom que o homem esteja só’. No judaísmo, o casamento era considerado a principal responsabilidade de todo homem. Mas alguns coríntios, que haviam sido convertidos da cultura geral, com atitudes negligentes em relação ao sexo e indecisos sobre a extensão da pureza moral à qual eram exortados em Cristo, foram para outro extremo. Também é provável que, para alguns, seu passado de relacionamentos sexuais havia se tornado uma questão de orgulho, uma base para a pretensão àquela espiritualidade superior à qual muitos se inclinavam, desejando ter um prestígio superior no corpo de Cristo.

A resposta de Paulo rejeitava esse conceito e argumentava a favor de uma expressão normal e plena do sexo dentro do casamento” (RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007, p.354).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Bibliológico

“A Obrigação de Reciprocidade (1 Co 7.3,4)

Paulo declara francamente que a relação entre as pessoas não é só um aspecto válido no casamento, mas também é uma obrigação de acordo com a necessidade e o desejo. O verbo traduzido como pague ‘não significa a concessão de um favor, mas o pagamento de uma obrigação, aqui do marido para a esposa e da esposa para o marido’. Godet diz: Este versículo nos confirma a ideia de que entre alguns dos coríntios existia uma tendência ‘espiritualista’ exagerada, que ameaçava ferir as relações conjugais, e desse modo a santidade da vida. Em seu sentido mais profundo, o verbo pague (apodidomi) significa dar o que se deve, ou o que se está sob a obrigação de dar. O apóstolo coloca o aspecto sexual do casamento em sua perspectiva correta, evitando tanto uma atitude promíscua como um ascetismo rígido.

No versículo 4, Paulo expande a ideia de mútua reciprocidade para incluir tudo o que faz parte da vida, ao declarar que parceiros casados possuem poder sobre os corpos um do outro. As palavras não têm poder refere-se ao exercício de autoridade. O entendimento mútuo elimina dois extremos no estado dos casados — a posse separada de si mesmo, e a sujeição de uma parte a outra. No casamento, cada parceiro tem um direito legítimo à pessoa do outro. Em outras passagens Paulo considera o marido como a cabeça da família, declarando que a esposa lhe deve ser sujeita (Ef 5.22-23). Mas na área sexual ambos estão no mesmo nível. O principal ensinamento aqui é que maridos e esposas têm os mesmos direitos. Ambos devem agir como cristãos. Portanto, qualquer conduta excessiva ou abusiva é proibida” [GREATHOUSE, W. M.; METZ, D. S.; CARVER, F. G. (Orgs.) Comentário Bíblico Beacon. Volume 8, 1 ed., RJ: CPAD, 2006, p.295].

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

As bases do Casamento Cristão

O casamento é uma instituição divina, e a Palavra de Deus nos mostra em diversos textos a importância dele diante de Deus e da sociedade.

Dentre as bases do casamento cristão está o amor. Nesse aspecto, é importante deixar claro a importância de utilizarmos o bom senso na escolha do futuro cônjuge. A não ser a descrição de Gênesis 2.22, em que Deus literalmente traz Eva a Adão, a Bíblia não traz outros textos em que Deus apresenta diretamente uma pessoa à outra. E como a Bíblia não diz que “João” vai se casar com “Josefina”, entendemos que a escolha de uma pessoa para o casamento deve passar pela orientação geral de Deus e pelo bom senso que Ele dá aos Seus servos.

A profecia manifesta a vontade de Deus, mas, no tocante ao casamento, Deus não se utiliza de profecias para direcionar casamentos. A função da profecia é exortar, edificar e consolar, e não casar pessoas. Por isso, não recomendamos profecias casamenteiras para crentes solteiros. É imprescindível que os casais, ao invés de buscarem profetas para descobrirem se Deus é favorável a tal união ou não, analisem a forma com que o pretendente trata os pais, como se porta na igreja e fora dela, se é uma pessoa que busca trabalhar e ter uma vida produtiva, se sabe buscar ao Senhor em oração e obedece à vontade dEle, e se sabe resolver conflitos de forma adequada.

Outra base para que o casamento dê certo, dentro dos parâmetros bíblicos, é a abstinência sexual dos solteiros até o matrimônio e a fidelidade sexual dos casados. A castidade é necessária tanto para as moças quanto para os rapazes da igreja, pois diante de Deus não há diferença no tocante à santidade do sexo. Os moços cristãos não podem alegar que precisam ser experientes sexualmente para desobedecer ao Senhor. E a fidelidade sexual dos casados é esperada por Deus como requisito de um compromisso feito no altar, diante do próprio Deus.

A monogamia também é uma das bases para o casamento cristão, inclusive é uma das características esperadas de quem está no ministério pastoral. Um ministro que não respeita a monogamia perde a capacidade de estar diante do rebanho do Senhor, pois a Palavra de Deus deixa claro que o obreiro deve ser marido de uma mulher, reiterando a monogamia. Logo, para que possa ministrar, deve obedecer à Palavra. Caso contrário, que se afaste do ministério, pois não terá o aval da parte de Deus para permanecer à frente do rebanho. Deus não espera menos de seus ministros do que espera da igreja.




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