quinta-feira, 30 de maio de 2013

Lição 9 CPAD - 2° Trimestre 2013

 
Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos
Lição 9 – A Família e a Sexualidade
 


TEXTO ÁUREO: E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou(Gn 1.27).

VERDADE PRÁTICA: Apesar da grotesca e abominável exploração sexual que vitima o mundo atual, não podemos esquecer-nos dos princípios bíblicos que regem o relacionamento entre os sexos.


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 1 Tessalonicenses 4.3-5; 5.23; 1 Pedro 1.14-16.

1 Tessalonicenses 4

3 - Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição;

4 - que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra;

5 - não na paixão de concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus.

1 Tessalonicenses 5

23 - E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.

1 Pedro 1

14 - Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância;

15 - mas, como é santo aquele que vos chamou sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver;

16 - porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.

INTERAÇÃO

Por muito tempo era tabu falar sobre a sexualidade na Igreja Evangélica. Muito se avançou neste sentido, mas sabemos que o assunto ainda é necessário e precisa ser desenvolvido com propriedade e seriedade. Pessoas mal resolvidas na sua sexualidade podem ter sérios problemas conjugais. É importante desconstruir a ideia de que o sexo é pecaminoso. Os cristãos devem entender que o sexo no âmbito do casamento expressa a vontade de Deus para um matrimônio feliz.

OBJETIVOS: Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

- Identificar algumas questões importantes sobre a sexualidade.

- Reconhecer o valor da pureza sexual antes do casamento.

- Compreender o que a Bíblia ensina sobre a homossexualidade.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, a homossexualidade é um tema polêmico em qualquer debate, seja na política, seja na ciência ou na religião. No entanto, a postura da igreja local é educar os seus membros à luz da Bíblia mostrando que o homossexualismo é pecado e como o crente deve lidar com essa questão. Para aprofundar o tópico III da presente lição sugerimos a seguinte atividade: divida a classe em dois ou três grupos de, no máximo, cinco pessoas por grupo. Peça para eles opinarem sobre as seguintes questões, respectivamente: “O homossexualismo é pecado?”; “Como a igreja deve lidar com isso?”; “Como deve ser o nosso relacionamento pessoal com um homossexual (na escola, no trabalho, etc.)?”. Em seguida, conclua o debate dizendo que o Senhor aborrece a prática pecaminosa, mas ama as pessoas, pois foi por elas que o Senhor Jesus morreu. Boa aula!

Palavra Chave: Sexualidade: O conjunto dos fenômenos da vida sexual; qualidade sexual; sexo.

INTRODUÇÃO:
Sabemos que o sexo foi criado por Deus com um propósito elevado, nobre e saudável. No entanto, desde a Queda, a sexualidade vem sendo deturpada de modo irresponsável, pecaminoso e grotesco. Assim, por ser também um tema bíblico, tal assunto deve ser abordado na Escola Dominical. O objetivo desta lição é ajudar às famílias, proporcionando-lhes uma visão bíblica e ortodoxa a respeito deste assunto. Afinal, como Igreja de Cristo, temos de ser santos em toda a nossa maneira de ser.

 
I. QUESTÕES SOBRE A SEXUALIDADE

1. Um mundo dominado pelo erotismo.
Vivemos numa sociedade marcada por um erotismo tão maligno e ímpio, que não poupa sequer as crianças. Nossas famílias, principalmente as crianças, estão sendo expostas à exploração do sexo de modo intenso e irresponsável. O sexo em si não é pecaminoso, pois foi Deus quem o criou. O Diabo, porém, encarregou-se de transformá-lo em algo vergonhoso e vil. Eis porque temos de educar nossas crianças e jovens segundo os princípios da Palavra de Deus, para que não sejam destruídos. Infelizmente há cristãos, inclusive obreiros, que, utilizando-se indevidamente da internet tornam-se vítimas da pornografia. O fácil acesso a esse tipo de material vem roubando a alegria da salvação de muita gente. Portanto, tomemos cuidado com o que vemos no computador (leia Sl 101.3).

2. Fornicação é pecado.
Não querendo Deus que o homem vivesse só, deu-lhe uma esposa (Gn 2.18). Por isso, o Cântico dos Cânticos de Salomão exalta o relacionamento sexual não entre solteiros, mas entre um homem e uma mulher devidamente casados (Ct 4.1-12; Ef 5.22-25). Isso significa que o sexo antes ou fora do casamento desagrada a Deus. E quem vive na prática do pecado não herdará o Reino de Deus (Ef 5.5).

3. Prazer no casamento.
Muita gente acha que o relacionamento sexual entre marido e mulher tem como único objetivo a procriação. Isso é um erro. Na Bíblia, encontramos vários textos que incentivam o casal a desfrutar das alegrias conjugais. Em Provérbios 5.18-23, os cônjuges são exortados a usufruírem da intimidade matrimonial. Por outro lado, o homem é advertido contra “a mulher estranha”, a adúltera. Em seguida, é incentivado a valorizar a união matrimonial e santa, exaltando sempre a monogamia, a fidelidade e o amor (Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9).

SINOPSE DO TÓPICO (I): Vivemos numa sociedade dominada pelo erotismo e pela sexualidade distorcida que nada tem com a ética cristã.



II. O VALOR DA PUREZA SEXUAL ANTES DO CASAMENTO

1. No Antigo Testamento.
A Bíblia exalta a pureza na vida de um jovem (Sl 119.9-11). Aliás, esse texto é indispensável a todo servo de Deus. As leis sobre a castidade eram rigorosas. Se uma jovem, por exemplo, tivesse relações sexuais antes do casamento era apedrejada até à morte (Dt 22.20,21), e o sacerdote só poderia se casar com uma virgem (Lv 21.13,14), demostrando que em Israel, a virgindade era necessária e valorizada por todos (Gn 34.7).

2. Em o Novo Testamento.
Doutrinando os coríntios sobre a fidelidade a Cristo, Paulo faz alusão ao valor da virgindade: “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2Co 11.2). Por conseguinte, a pureza sexual em o Novo testamento é tanto para o homem quanto para a mulher. Ambos devem manter-se castos e virgens até o casamento.

SINOPSE DO TÓPICO (II): No Antigo e em o Novo Testamento, a pureza sexual de um jovem é exaltada e valorizada.



III. O SEXO QUE A BÍBLIA CONDENA

1. A prática do homossexualismo.
De acordo com o Dicionário Houaiss, homossexualismo é a prática amorosa ou sexual entre indivíduos do mesmo sexo. O que a Bíblia tem a dizer sobre esse assunto?

No princípio, o Criador não uniu dois “machos” nem duas “fêmeas”. A Bíblia é clara: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). Mais adiante, acrescenta o texto bíblico: “E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gn 2.18). Tais passagens mostram que Deus criou apenas dois gêneros bem distintos: homem e mulher. Isto significa que o homossexualismo é pecado. Não resta dúvida! É um pecado de tal forma abominável que até mesmo o dinheiro proveniente de tal prática não deve ser introduzido na Casa de Deus: “Não trarás salário de prostituição nem preço de sodomita à Casa do Senhor, teu Deus, por qualquer voto; porque uma e outra coisa são igualmente abomináveis ao Senhor, teu Deus” (Dt 23.18 — ARA).

Cumpre ressaltar, aqui, que não admitimos qualquer tipo de violência contra os homossexuais. Mesmo porque, cumpre-nos ganhá-los para Jesus. E, graças a Deus, há muitos ex-homossexuais que, hoje, servem fielmente ao Senhor (1Co 6.11).

2. Educando os jovens na Palavra de Deus.
Com base na Bíblia Sagrada, ensinemos às nossas crianças, adolescentes e jovens, que o sexo é permitido por Deus para o prazer de um homem e uma mulher unidos pelo matrimônio. O sexo fora, ou antes, do casamento é pecado e contrário ao plano de Deus na vida de um casal crente. Enquanto isso, prontifiquemo-nos a orar pelas autoridades constituídas, para que não instituam leis cujo único objetivo é promover o pecado e destruir a família tradicional.

SINOPSE DO TÓPICO (III): A união heterossexual é o único modelo de casamento aprovado por Deus. Tal verdade condena o homossexualismo.

 
CONCLUSÃO

O casamento, de acordo com a Palavra de Deus, é monogâmico, heterossexual e indissolúvel. E não podemos fugir a esse padrão. Quanto ao ato sexual, só é lícito se praticado no casamento; antes e fora do matrimônio é pecado. Que sejamos, como servos do Senhor, exemplo de moderação, ética e, acima de tudo, santidade e pureza em todos os aspectos de nossa vida.

 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

JOHNSON, G.; YORKEY, M. A segunda década do amor: Renovando o casamento antes que os filhos saiam para viver suas próprias vidas. 1 ed., RJ: CPAD, 1996.
HEGSTROM, P. Homens violentos e as mulheres que os amam: Quebrando o ciclo do abuso físico e emocional. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
MILLER, M. A. Meu marido tem um segredo: Encontrando a libertação para o vício sexual. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.

EXERCÍCIOS

1. Qual advertência do Salmo 101.3 para o cristão?

R. “Não porei coisa má diante dos meus olhos”.

2. O sexo é algo pecaminoso? Justifique a sua resposta.

R. O sexo em si não é pecaminoso (Gn 1.31), pois foi Deus quem o criou.

3. O relacionamento sexual entre marido e mulher tem como objetivo único à procriação? Cite uma referência bíblica que justifique sua resposta.

R. Não. Na Bíblia, encontramos vários textos que incentivam o casal a desfrutar das alegrias conjugais: Pv 5.18-23; Ec 9.9; Ct 4.1-12; 7.1-9.

4. Cite um texto bíblico em o Novo Testamento que faça alusão a virgindade para o homem e para a mulher.

R. 2 Coríntios 11.2.

5. Cite duas referências bíblicas que mostre que Deus criou apenas dois gêneros distintos: homem e mulher.

R. Gênesis 1.27; 2.18.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Vida Cristã

“você necessita de algum encorajamento e ideias para ajudá-lo a iniciar um ‘Renascimento” [no casamento]?

Pensamos ser possível que haja tal renascimento antes das crianças deixarem o lar. Na verdade você precisa disto! Quando chegar o dia em que as crianças tiverem partido, e você acordar, olhar espantado para a pessoa com quem não está encorajado a passar o resto da sua vida... Pode não ter o desejo de reacender a chama do casamento.

Qual porta do Renascimento Você Deseja Abrir?

A maioria dos homens com quem conversamos enquanto pesquisávamos para este livro, admitiam pensar que um Renascimento seria fazer amor quatro vezes por semana [...]. Após conscientizarem-se quão ridículo isto era muitos apontaram a amizade que desejavam restabelecer com sua esposa.

O Renascimento desejado pelas mulheres não divergia muito do dos homens: um marido atencioso às necessidades emocionais, alguém para conversar e valorizá-la por quem ela é — e não por seus dotes domésticos como: quão bem ela limpa casa, a cozinha ou dá conta do ‘serviço’ [...]” (JOHNSON, G.; YORKEY, M. A segunda década do amor: Renovando o casamento antes que os filhos saiam para viver suas próprias vidas. 1 ed., RJ: CPAD, 1996, p.23).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Teológico

“O relato da criação ensina que homens e mulheres foram criados para viver em relação com o Criador e uns com os outros”. O fato de a humanidade rejeitar uma relação com o Criador resulta na perversão de todas as outras relações. O que Deus declarou bom, isto é, que homem e mulher vivessem juntos numa relação como uma só carne (Gn 2.18-25), é trocado por relações nas quais os homens se engajam em relações sexuais com outros homens, e mulheres com outras mulheres [Romanos 1] (vv.26,27). Estes atos são ‘contrário [s] à natureza’, ou seja, eles infringem a ordem criada. A frase no versículo 27, ‘cometendo torpeza’, mostra que o que é condenado é o ato homossexual ou lésbico, não a tentação em si. O contexto também deixa claro que a razão de a homossexualidade ser abordada aqui não é porque seja mais perversa que os outros tipos de pecados sexuais. Antes, Paulo a usa para mostrar como o pecado perverte a ordem criada de macho e fêmea.

O versículo 28 segue o mesmo padrão que já vimos acima: O ato de a humanidade rejeitar o conhecimento de Deus que lhes está disponível conduz à punição divina. Há um jogo de palavras no original grego que reforça o argumento de Paulo de que a punição se ajusta ao pecado. Porque ‘eles se não importam’ (dokimazo) em reter o verdadeiro conhecimento de Deus, ‘Deus os entregou a um sentimento perverso’ [adokimos].

A lista de vícios que se segue denota os tristes efeitos da perda da capacidade de a humanidade ver a verdade. A linha introdutória da lista de maus comportamentos: ‘Estando cheios de toda iniquidade’ (v.29), indica que o apóstolo quer que a lista seja considerada como um todo. O ponto dos versículos 29 a 31 não deve ser achado examinando cada ação mencionada. A ênfase está em como o vasto alcance da depravação humana pode ser remontado à rejeição voluntariosa de Deus. “Listas de vício como esta eram comuns em escritos do período, tanto em escritos judaicos quanto helenistas” [ARRINGTON, F. L.; STRONSTAD, R. (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2008, pp.823-24].

 
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

A Família e a Sexualidade

Tratar do assunto “sexo” tem sido um tabu para muitas pessoas, inclusive na igreja. Vivemos em um mundo dominado pela exposição corporal, sem pudores e com oferta abundante de pornografia, e isso tem influenciado profundamente pessoas dentro e fora da igreja, despertando o pior sentimento em relação a essa grande bênção que é o sexo.

O sexo foi criado por Deus tanto para a procriação quanto para a recreação do casal. Por meio dele, a união heterossexual tem dado prosseguimento à ordem divina de fazer com que homens e mulheres perpetuem suas gerações. E por meio também do sexo, Deus traz o prazer ao casal. Temos ciência de que aqueles que experimentam o sexo fora dos padrões de Deus obtém prazer e também têm filhos, pois essas duas manifestações da bênção de Deus para o sexo não são revogadas. Entretanto, o sexo irresponsável traz consequências para o homem e a mulher, como filhos não planejados e não reconhecidos, mães assumindo lares sozinhos, doenças sexualmente transmissíveis, memórias contaminadas pelo desprezo e pelo abandono, etc.

Uma das coisas que devemos relembrar neste assunto da sexualidade é a seriedade com que Deus trata a infidelidade conjugal e o sexo pré-conjugal. O sexo é mais que um ato de prazer: é um ato de responsabilidade.

O papel dos pais para com os filhos. Deus espera que os pais tenham um papel ativo no sentido de conversar com seus filhos sobre a sexualidade. É melhor que nossos filhos ouçam de nossa boca esse assunto, tratado de forma coerente e bíblica, do que ouvir do mundo em um momento de curiosidade e aprender errado sobre questões de sexualidade. O mundo não ensinará nossos filhos a se guardarem da prática sexual antes do casamento. O mundo não valorizará a castidade e a abstinência, mas incentivará uma relação promíscua, adúltera e irresponsável. Para que não pequemos por omissão, busquemos conversar com nossos filhos de forma bíblica e inteligente, mostrando a eles o valor daquilo que Deus diz que é valioso, e as consequências de se desprezar aquilo que Deus considera importante para dar valor ao que o Diabo alega ser importante.

A Bíblia e o homossexualismo — A Palavra descreve o homossexualismo como sendo um pecado contra Deus, e lei alguma pode mudar essa realidade descrita na Bíblia. Nunca fomos e nunca seremos favoráveis a atos criminosos contra homossexuais, pois devemos tratar a todas as pessoas com a devida dignidade, orar por elas e apresentar-lhes a Jesus.


 

 

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Lição 8 CPAD - 2° Trimestre 2013

Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos
 
TEXTO ÁUREO: Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6).
VERDADE PRÁTICA: A educação cristã de nossas crianças, adolescentes e jovens é uma responsabilidade intransferível e pessoal dos pais com o apoio e assistência da igreja.
INTERAÇÃO
Em lições anteriores vimos que grande parte dos pais não acompanha a vida estudantil dos filhos. Em que pese às demandas atuais da vida da família cristã, o que os pais cristãos têm feito pela educação religiosa dos seus filhos? Se, em primeiro lugar, a fé cristã não for ensinada e vivenciada no lar, certamente será impossível aos nossos filhos peregrinarem pelo caminho da retidão. A Educação Cristã é responsabilidade dada por Deus aos pais.
OBJETIVOS
 Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Considerar a Educação Cristã como missão prioritária dos pais.
- Compreender a educação no Antigo e em o Novo Testamento.
- Saber da importância da Educação Cristã na família.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir a lição dessa semana, sugerimos que leia o trecho do Manual de Ensino para o Educador Cristão, CPAD: “O mandato ‘Fazei discípulos’ (ARA [Almeida Revista Atualizada]) inclui intrinsecamente o ensino. Mas temos de notar que o ensino requerido aqui é o de determinada espécie, isto é, ‘guardar [obedecer] todas as coisas’ que Cristo ordenou. Em outras palavras, Seus ensinamentos foram designados para produzir informação e transformação [...]”.
Palavra Chave: Educação: Processo de desenvolvimento das capacidades física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social.
INTRODUÇÃO:
Educar os filhos não é uma tarefa fácil. Deus, porém, confiou-nos essa tarefa, e dela não podemos fugir. Infelizmente, muitos pais estão terceirizando a educação de seus filhos, e isso tem enfraquecido a família cristã. Para que cumpramos essa tão nobre missão é necessário que busquemos a sabedoria que somente Deus pode conceder-nos (Tg 1.5; 3.17). Ainda que contemos com a ajuda da igreja, a responsabilidade de educar é dos pais.
I. EDUCAÇÃO, A MISSÃO PRIORITÁRIA DOS PAIS
1. O que significa educar?
Segundo o Dicionário Houaiss “a palavra educar vem do latim educo e significa ‘criar uma criança’; cuidar, instruir”. Podemos definir educação como ensino e instrução. Não podemos jamais nos esquecer de que a Igreja do Senhor tem uma função educadora. Como sal e luz deste mundo ela deve educar e instruir segundo a Palavra de Deus (Mt 28.19,20). Como crentes precisamos ser guiados e orientados segundo as Escrituras, pois ela nos protege das sutilezas do Maligno.
2. Educação Cristã.
Se quisermos uma sociedade melhor, mais justa e solidária, precisamos, como Igreja do Senhor, valorizar o ensino da Palavra de Deus. Para isso, é imprescindível investir na Educação Cristã, pois o seu principal objetivo é levar o crente a conhecer mais a Deus (Os 6.3), contribuindo para que o fiel tenha uma vida reta perante o Senhor e a sociedade. Nesse processo, a participação da liderança é decisiva. Aliás, ensinar é um dos deveres do pastor (1Tm 3.2; 2Tm 2.24).
3. A educação nas escolas.
Vivemos em uma sociedade permissiva, onde faltam valores morais e éticos. Tanto nas escolas públicas quanto nas privadas as crianças e os jovens estão em contato com filosofias ateístas, materialistas e pragmáticas. Tais ensinos, nocivos à fé cristã, já fazem parte do currículo de muitas escolas. Por isso, os pais não podem negligenciar a educação dos seus filhos. Eles precisam, com a ajuda da igreja, ser instruídos para orientar seus filhos (Ef 6.1-4). Os resultados da educação divorciada dos valores cristãos podem ser os piores possíveis: milhares de adolescentes grávidas, aumento das doenças sexualmente transmissíveis, aumento do número de casos de AIDS, etc.
II. A EDUCAÇÃO NO ANTIGO E EM O NOVO TESTAMENTO
1. No Antigo Testamento.
A ordem do Senhor aos israelitas era para que estes priorizassem a educação. Os pais tinham a responsabilidade de ensinar os filhos a respeito dos atos do Senhor em favor do povo de Israel (Sl 78.5). Assim os filhos, mediante o testemunho dos pais, conheceriam a Deus e aprenderiam a temê-lo (Dt 4.9,10). No livro de Josué lemos a respeito do memorial erguido com doze pedras retiradas do rio Jordão (Js 4.20-24). Este memorial serviria para lembrar ao povo o dia em que o Senhor os fez passar a pés secos pelo rio. Ao verem esse memorial, as crianças ouviriam a sua história e aprenderiam mais sobre o Deus de seus pais. É preciso que façamos o mesmo com nossas crianças, testemunhando do poder de Deus às próximas gerações. É preciso aproveitar cada momento para mostrarmos a nossa gratidão a Deus, de modo que o nosso exemplo de vida fale tanto quanto nossas palavras.
2. Em o Novo Testamento.
As sinagogas também eram um centro de instrução onde os meninos judeus aprendiam a respeito da lei. Mesmo havendo essas “escolas” a educação no lar era prioritária. Jesus, como menino judeu, provavelmente participou do ensino nas sinagogas, pois seus pais cumpriam os rituais judaicos (Lc 2.21-24,39-42). Em sua pré-adolescência, Jesus já sabia de cor a Torá, chegando a confundir os doutores no templo (Lc 2.46,47). Em o Novo Testamento vemos que a educação começava no lar, passava pela sinagoga, e se fortalecia no templo. Temos também o exemplo do jovem obreiro Timóteo. O apóstolo Paulo escreveu a Timóteo exortando-o a permanecer nas Sagradas Escrituras, que havia aprendido ainda menino (2Tm 1.5,6; 3.14-17).
3. Na atualidade.
A Escola Dominical é a maior e a mais acessível agência de educação religiosa das igrejas evangélicas. Ela auxilia todas as faixas etárias na compreensão das Sagradas Escrituras. Porém, a Escola Dominical não pode ser a única responsável pela formação espiritual e moral de nossas crianças, adolescentes e jovens. A responsabilidade maior cabe aos pais. Aliás, a educação de nossos filhos deve começar, prioritariamente, em nosso lar, pois assim Deus recomenda em sua Palavra (Ef 6.1-4).
III. A EDUCAÇÃO CRISTÃ NA FAMÍLIA
1. Os filhos são herança do Senhor.
Os pais precisam cuidar dos filhos com zelo, carinho e amor, oferecendo uma educação de qualidade, pois eles são “herança do Senhor” e a nossa grande recompensa (Sl 127.3); portanto, agradeça a Deus pelos seus filhos. Como forma de gratidão, procure ensiná-los e educá-los no temor do Senhor (Ef 6.1-4). Não seja negligente com a educação deles (Pv 22.6).
2. O ensino da Palavra de Deus no lar.
Os pais são, por natureza, os primeiros professores dos filhos. A criança conhece a Deus primeiramente através dos pais, por isso, não deixe de fazer o culto doméstico. Reserve ao menos 10 minutos por dia para louvar e adorar ao Senhor com seus filhos. Tais momentos são especiais e ajudam a fortalecer a família. Não permita que a televisão ou quaisquer meios de distração impeçam a sua família de desfrutar desses minutos tão especiais.
3. Leve seus filhos à igreja.
Lamentavelmente, muitos pais vão à igreja sem seus filhos. As crianças e os jovens devem ser persuadidos, com amor, a ir à Casa do Senhor. Se ainda na infância forem conduzidos à Casa de Deus, quando jovens darão valor a essa prática saudável (Mc 10.13-16). A Educação Cristã começa no lar e é fortalecida na Igreja, notadamente na Escola Dominical.
CONCLUSÃO
“Educação é dever do Estado e direito do cidadão”, porém, a educação começa na família. Os pais receberam de Deus uma das mais nobres missões: educar seus filhos. Aqueles que amam ao Senhor e a sua Palavra vão fazer de tudo para que seus filhos sejam educados segundo os princípios bíblicos. Somente assim livraremos nossos filhos dos horrores destes últimos dias.
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ANDRADE, C. Teologia da Educação Cristã: A missão educativa da Igreja e suas implicações bíblicas e doutrinárias. 1 ed., RJ: CPAD, 2002.
GANGEL, K; HENDRICKS, H. G. (Eds.). Manual de Ensino para o Educador Cristão: Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. 1 ed., RJ: CPAD, 1999.
GEISLER, N.; ZACHARIAS, R. Sua Igreja Está Preparada? Motivando Líderes Para Viver Uma Vida Apologética. 1 ed., RJ: CPAD, 2007.
 
EXERCÍCIOS
1. Segundo a lição, o que significa “educar”?
R. Criar uma criança; cuidar, instruir.
2. O que devemos fazer se queremos uma sociedade mais justa e solidária?
R. Precisamos, como Igreja do Senhor, valorizar o ensino da Palavra de Deus.
3. Qual é a maior e mais acessível agência de educação religiosa das igrejas evangélicas?
R. A Escola Dominical.
4. De acordo com a lição, qual era a ordem do Senhor para os israelitas?
R. Que os israelitas priorizassem a educação de seus filhos.
5. Qual era o propósito do memorial erguido por Josué com as doze pedras do Jordão?
R. As crianças, ao verem esse memorial, ouviriam a sua história e aprenderiam mais sobre o Deus de seus pais.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“Educação Cristã
É a ciência magisterial da Igreja Cristã que, fundamentada na Bíblia Sagrada, tem por objetivos:
a) A instrução do ser humano no conhecimento divino, a fim de que ele volte a reatar a comunhão com o Criador, e venha a usufruir plenamente dos benefícios do Plano de Salvação que Deus estabeleceu em seu amado Filho. O apóstolo Paulo compreendeu perfeitamente o objetivo da Educação Cristã:
‘Admoestando a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo homem perfeito em Jesus Cristo’ (Cl 1.28).
b) A educação do crente, para que este logre alcançar a perfeição preconizada nas Sagradas Escrituras: ‘toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra’ (2Tm 3.16,17).
c) A preparação dos santos, visando capacitá-los a cumprir integralmente os preceitos divinos da Grande Comissão: ‘Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar que maneja bem a palavra da verdade’ (2Tm 2.15)” (ANDRADE, C. Teologia da Educação Cristã: A missão educativa da Igreja e suas implicações bíblicas e doutrinárias. 1 ed., RJ: CPAD, 2002, pp.5-6).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“A Educação Cristã” FOI PRATICADA PELA IGREJA PRIMITIVA
Não há a menor sombra de dúvida de que o Novo Testamento ordena a Igreja a ensinar. Mas a Igreja Primitiva obedeceu mesmo esse mandamento?
A ILUSTRAÇÃO
Em Atos 2.41-47, temos um retrato da Igreja primitiva, o qual nos informa que eles ‘perseveravam na doutrina [ensino] dos apóstolos’ (At 2.42). Este era o padrão contínuo; não uma exceção.
A IMPLEMENTAÇÃO
Efésios 4 confirma o compromisso de ensinar. Jesus Cristo, após subir aos céus, deu dons aos homens, a fim de que servissem à Igreja, conforme está escrito: ‘Uns [...] para pastores e doutores [mestres, professores]’ (Ef 4.11). O propósito? ‘Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo’ (Ef 4.12); mais outra prova de que os talentosos são chamados para o ministério da multiplicação e não da adição.
Para o judeu, não havia uma posição mais alta na escada da sociedade do que a de rabino. Por conseguinte, quando a Igreja do primeiro século foi ensinada sobre a doutrina dos dons espirituais, confrontou-se com um problema. As pessoas clamavam pelo ‘dom de ensino’ com todos os privilégios a ele pertencentes. Como resultado, Tiago teve de emitir esta advertência: ‘Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres [professores], sabendo que receberemos mais duro juízo’ (Tg 3.1). Considerando que o professor é compelido a falar e que a língua é o último membro a ser dominado (Tg 3.2), deve-se ter muito cuidado, ao aspirar tal responsabilidade, ponderada e sensata.
As evidências bíblicas acima devem ser constrangedoras o bastante para atrair o sério e abortar o superficial [a respeito do ensino]” (GANGEL, K; HENDRICKS, H. G. (Eds.). Manual de Ensino para o Educador Cristão: Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. 1 ed., RJ: CPAD, 1999, p.7).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Educação Cristã, Responsabilidade dos Pais
A educação da criança é responsabilidade dos pais, e o mesmo ocorre quando se fala em educação cristã. Os pais cristãos são responsáveis por educarem seus filhos e transmitir a eles as verdades sobre a Bíblia e o Evangelho. É evidente que a igreja, por meio da Escola Dominical, terá sua participação na transmissão do Evangelho de forma didática e direcionada, mas isso não exime os pais de ensinarem seus filhos em casa e com o próprio exemplo de vida.
Lembremo-nos de que o mundo se utiliza dos meios escolares vigentes para transmitir aos nossos filhos ensinos que zombam da fé cristã, o que reforça a necessidade de investirmos em uma excelente educação cristã para nossos filhos.
No Antigo Testamento, não havia a ideia de “educação cristã”, pois não existia ainda o cristianismo, mas existia a obrigatoriedade de os pais ensinarem seus filhos a temerem ao Senhor, respeitar Sua Lei e ter ao Senhor como seu Deus. O ensino também era demonstrado por meio de monumentos, como as doze pedras retiradas do Jordão, que seria memorial para as futuras gerações se lembrassem de como Deus cumpriu sua promessa de colocar o povo na terra prometida, fazendo com que o Jordão fosse aberto na época das chuvas e o povo pudesse ultrapassar essa barreira geográfica. No futuro, as crianças perguntariam sobre aquele conjunto de pedras, e os pais deveriam contar como Deus havia realizado aquele milagre.
Mesmo com o passar dos anos, quando os judeus não tinham mais o Templo, instituíram as sinagogas para reunir os membros da comunidade e ensinar às crianças a lei de Deus. Foi essa instituição — a sinagoga — que Deus posteriormente utilizou para difundir o Evangelho aos judeus, quando Paulo, em suas viagens missionárias, ia de cidade em cidade para falar de Jesus. Paulo ia primeiramente às sinagogas, anunciando Jesus aos seus irmãos, e depois pregava aos gentios em outros lugares.
A educação cristã de nossos filhos deve ser de suma importância para nós, tanto quanto a educação secular nas escolas. Por isso, é importante levá-los à Escola Dominical, onde aprenderão sistemática e didaticamente a Palavra, por meio de histórias, leitura da Bíblia e outros meios utilizados para fazer com que as crianças entendam a fé cristã e tomem uma decisão por Cristo. Além de aprender a Palavra, eles desenvolverão amizades cristãs e já terão contato com ministérios próprios do culto, como a música e a adoração.