Lições Bíblicas CPAD
/ Jovens e Adultos
TEXTO ÁUREO: “Eu, porém, esperarei no SENHOR; esperei no Deus da minha salvação; o meu
Deus me ouvirá” (Mq 7.7).
VERDADE PRÁTICA: Se buscarmos a graça de Deus e exercermos o amor
que Ele nos concedeu, poderemos resolver todos os conflitos que surgirem em
nossa família.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Efésios 5.22-30.
22 - Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor;
23 - Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a
cabeça da igreja: sendo ele próprio o salvador do corpo.
24 - De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim
também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.
25 - Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a
igreja, e a si mesmo se entregou por ela,
26 - Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela
palavra,
27 - Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem
ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
28 - Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a
seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.
29 - Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a
alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja;
30 - Porque somos membros do seu corpo.
INTERAÇÃO:
Foi no Éden que a família vivenciou seu
primeiro e maior conflito. A consequência desta desordem é sentida até hoje em
todos os lares. Porém, Deus não foi pego de surpresa com o pecado do homem e já
no Éden providenciou a solução para as famílias e para a iniquidade: Jesus
Cristo. O Filho de Deus veio ao mundo como um bebê e experimentou a vida
familiar. Atualmente, em Jesus, as famílias podem resolver seus conflitos. Com
o amor verdadeiro no coração, que é resultado da graça divina, poderemos não
somente vencer, mas evitar as confusões. Para isto precisamos convidar Jesus a
fazer do nosso lar sua morada permanente. Que o Filho de Deus tenha a primazia
em nossos lares.
OBJETIVOS:
- Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Elencar alguns fatores que podem gerar conflitos entre os cônjuges.
- Analisar os resultados das atividades profissionais dos pais.
- Compreender a importância da fidelidade conjugal no casamento.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor reproduza, conforme as suas possibilidades, o quadro abaixo.
Inicie a aula com a seguinte indagação: “Quais são os principais conflitos
vivenciados pelas famílias na atualidade?”. Ouça os alunos com atenção. À
medida que forem falando, vá preenchendo a primeira coluna do quadro. Depois
faça a segunda pergunta: “Como podemos vencer esses conflitos?”. Ouça as
respostas e preencha a segunda coluna do quadro. Conclua a atividade orando com
os alunos e pedindo que Deus dê sabedoria para que os conflitos que tentam
assolar as famílias sejam sanados com discernimento e prudência.
Palavra Chave: Conflito: Embate, discussão acompanhada de injúrias e
ameaças; desavença.
INTRODUÇÃO
Os conflitos familiares vêm de tempos imemoriais. No Éden, antes da
Queda, havia um ambiente perfeito: harmônico e amoroso. Mas o casal, ouvindo o
tentador, perdeu a doce comunhão com Deus, e a consequência não podia ser
outra: o início de sérios conflitos familiares. A boa nova para os nossos dias
é saber da possibilidade, em Cristo, de equacionarmos os problemas que, às
vezes, afetam a família cristã.
I.
DESENTENDIMENTO ENTRE OS CÔNJUGES
1. Temperamentos diferentes.
Dentre os vários motivos existentes para justificar os desentendimentos
entre os cônjuges, o que mais se destaca é o temperamento. Segundo os
psicólogos, temperamento “é a combinação de características inatas que herdamos
dos nossos pais que, de forma inconsciente, afetam o nosso comportamento”. De
acordo com o conceito popular, podemos dizer que o temperamento é a maneira
própria pela qual reagimos aos diversos estímulos e situações que se nos
apresentam cotidianamente (Gn 25.27). Mas, pelo amor, podemos (e devemos)
vencer todas as nossas diferenças, a fim de que tenhamos um casamento feliz
(1Pe 4.8).
2. Fatores que trazem conflitos.
Diversos são os fatores que desencadeiam conflitos no lar. Eis alguns
deles:
a) Falta de confiança. O casamento só tem sentido quando é estabelecido na
plena confiança do amor verdadeiro, pois o amor folga com a verdade (1Co 13.6).
Quando há amor entre o casal não há motivos para desconfianças ou ciúmes (1Co
13.5b). Há quem pense que o ciúme desenfreado é prova de amor. Grande engano! É
loucura que pode, inclusive, colocar em risco a estabilidade conjugal.
b) Tratamento grosseiro. Onde o Espírito Santo se faz presente há perfeito
amor, paz, alegria e longanimidade, que é a paciência para se suportar as
falhas alheias (Gl 5.22). Uma das formas de demonstrarmos o fruto do Espírito é
vista na maneira como usamos nossas palavras, pois a palavra branda joga para
longe o furor. Mas os conflitos entre os cônjuges suscitam ira, ódio e
destruição (Pv 15.1). E a forma com que tratamos uns aos outros é vista por
Deus como uma referência para designar quem é sábio ou não, pois a sabedoria é
manifesta em obras de mansidão (Tg 3.13).
c) Dívidas. As dívidas ocasionam muitos conflitos familiares,
chegando até mesmo a terminar um relacionamento conjugal. Quando uma pessoa se
endivida não pensa em mais nada a não ser nas dívidas. Algumas pessoas até
adoecem. Assim, precisamos ouvir a Palavra de Deus e nada deverem a ninguém (Rm
13.8). Através de um planejamento eficiente, bom senso e autocontrole podem
fugir das dívidas. Faça isso para o bem-estar da sua família (Pv 11.15;
22.7,26)
d) Infidelidade. Quando o cônjuge encobre a sua conduta pecaminosa o
pecado vem a público inesperadamente (Lc 12.2). O casamento sofre um duro
golpe, os filhos ficam sem direção e a família transtorna-se. É imperativo que
os cônjuges evitem, a todo o custo, o envolvimento extraconjugal. Além de ser
um grave pecado contra Deus, é uma ofensa contra o cônjuge, filhos e filhas
(ler Pv 5.3-6). A infidelidade contra o cônjuge é infidelidade contra Deus.
II.
ATIVIDADES PROFISSIONAIS DOS PAIS
1. A mulher no mercado de trabalho.
Devido às modernas demandas sociais, a mulher deixou de se dedicar
exclusivamente às funções domésticas, e passou também a exercer funções em
empresas e organizações diversas, ocupando a maior parte do seu tempo em
atividades profissionais. Mas essa mudança tem trazido sérias consequências. Há
mais de uma década, para cada dez homens que morria de infarto, apenas uma
mulher sofria desse mal. Hoje, o número de mulheres que morrem desse mal subiu
para quatro.
2. A ausência dos pais prejudica a criação dos filhos.
Sem a presença dos pais, as crianças ficam desorientadas. Muitas vezes
elas convivem com pessoas que não têm a menor capacitação para educá-las. Por
outro lado, algumas crianças ficam o dia todo em frente da “babá eletrônica”, a
televisão, ou com a “mestra eletrônica”, a internet. Ali, são “educadas” pelos
heróis artificiais. As figuras do pai e da mãe presentes estão cada vez mais
escassas. Tal ausência é sentida quando os nossos filhos entram na
adolescência, uma fase de novidades e mudanças bruscas.
III.
MÁ EDUCAÇÃO DOS FILHOS
1. Educação prejudicada.
A melhor escola ainda é o lar. Precisamos ensinar a Palavra de Deus aos
nossos filhos na admoestação do Senhor (Ef 6.4; Pv 22.6). Infelizmente, o
excesso de ocupação dos pais relegou a educação dos filhos às instituições
educacionais. Esperando que tais entidades construam o caráter dos seus filhos,
os pais ignoram a família como instituição responsável pela formação espiritual
e moral da criança. Muitos não acompanham a rotina escolar dos filhos e sequer
a filosofia pedagógica adotada pela instituição de ensino.
2. Quem são os professores?
Infelizmente, são graves os prejuízos à nação na área educacional. Os
“mestres” das crianças, hoje, são os artistas e as empresas de telecomunicação.
É comum ver as nossas crianças e adolescentes prostrados diante da TV, consumindo
todo tipo de má educação. Mas é raro vê-los nos cultos de oração e ensino da
Palavra. Que a igreja local invista nos professores de Escola Dominical. Que os
professores da Escola Dominical se preparem eficazmente para o grande desafio
de ensinar a Palavra de Deus num mundo que jaz no maligno (Rm 12.7).
3. Falta de estrutura espiritual e moral.
A ausência de Deus é o inimigo número um do lar. É essencial que aqueles
que constituem família convidem Jesus, o maior educador de todos os tempos, a
estar presente em seu lar. É indispensável que os pais, com a assistência da
Igreja, optem por servirem a Deus, contrariando as propostas do mundo (Js
24.15). Realizemos o culto doméstico e, juntamente com os nossos filhos,
estudemos a Bíblia. Não nos esqueçamos: “Se o Senhor não edificar a casa, em
vão trabalham os que a edificam” (Sl 127.1).
CONCLUSÃO
Sempre haverá conflitos nas relações familiares, mas a família cristã
precisa saber como contornar tais conflitos à luz da Palavra de Deus. Com o
amor verdadeiro no coração, poderemos não somente vencer, mas igualmente evitar
os conflitos. Basta ter a Jesus como o hóspede de nosso lar.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
ADEI, S. Seja o líder que sua família precisa. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
GANGEl, K. O. & GANGEl, J. S. Aprenda a ser Pai com o Pai. Tornando-se o pai que Deus quer que você seja. 1 ed., RJ: CPAD, 2004.
GANGEl, K. O. & GANGEl, J. S. Aprenda a ser Pai com o Pai. Tornando-se o pai que Deus quer que você seja. 1 ed., RJ: CPAD, 2004.
EXERCÍCIOS
1. Dentre os motivos dos conflitos familiares, qual
se destaca?
R. O temperamento.
2. Cite pelo menos três fatores que trazem
conflitos.
R. Falta de confiança, tratamento grosseiro e dívidas.
3.
O que acontece às crianças quando ficam sem a presença dos pais?
R. Sem a presença dos pais, as crianças ficam desorientadas.
4.
Quem é a principal responsável pela formação espiritual e moral da criança?
R. A família.
5. Que forma de auxílio diferenciado o servo de
Deus conta?
R. Com o amor verdadeiro no coração, poderemos não somente vencer,
mas evitar os conflitos.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I: Subsídio Devocional
“Zelo Bíblico como Relacionamento
Nós acreditamos que o companheirismo permanece sendo o propósito
primário do casamento. Apesar de todas as coisas maravilhosas que Deus criou no
jardim do Éden, elas eram inadequadas para suprir as necessidades de Adão.
Nenhum dos animais, esplêndidos como devem ter sido antes da queda, podiam
oferecer uma companhia adequada para ele. Naquele momento o Senhor criou a
primeira família. Em Gênesis 2.18, Deus disse: ‘Não é bom que o homem esteja
só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja diante dele.’ Aqui está de novo — paternidade
segue a parceria. Paternidade depende de fidelidade. O papel estratégico do
relacionamento marido/esposa no casamento estabelece um ponto central no alvo
familiar. Tudo mais é secundário. Tudo o mais é inferior, porque quando o
companheirismo não funciona, a família não pode funcionar.
Nós, pais, permanecemos no pináculo estabelecido por Deus, em nossa
unidade familiar, por isso somos ao mesmo tempo gratos, temerosos e
esperançosos no que se refere a nossa tarefa de liderança e ao nosso zelo
divino (cuidado estabelecido pela aliança) por nossos relacionamentos no
casamento” (GANGEL, K. O. & GANGEL, J. S. Aprenda a ser pai com o Pai: Tornando-se
o pai que Deus quer que você seja. 1 ed., RJ: CPAD, 2004, pp.72-3).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II: Subsídio
Bibliológico
Esta passagem [Ef 5.19-21] tem sido deturpada e fica quase
irreconhecível em algumas interpretações. Muitas vezes ouço pessoas fazendo
malabarismos com essa passagem em favor daquele versículo que diz que as
esposas têm que se submeter aos seus maridos — que os homens são o cabeça da
casa. Mas pegar esse versículo isolado da passagem anterior destrói o
significado da Escritura. Nós podemos ser tentados a controlar os outros, para
transformá-los em alguma espécie de imagem que nós formamos. Mas este tipo de
intolerância não é o que Paulo está falando. A ideia de Paulo era que maridos e
esposas devem submeter-se mutuamente. Eles devem ser sensíveis às necessidades
um do outro e fazer o possível para alcançá-las. Eles precisam ver seus
cônjuges como distintos, como independentes deles, com necessidades peculiares,
e não devem controlar ou dominar o esposo, ou a esposa, ou dizer a eles como
devem viver. também não devem viver inteiramente separados do seu parceiro.
Paulo idealizou uma interação íntima e santa entre marido e mulher: ‘Assim
também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e
a mulher reverencie o marido’ (Ef 5.33)” (HAWKINS, D. 9 erros críticos que todo
casal comete: Identifique as armadilhas e descubra a ajuda de Deus. 3
ed., RJ: CPAD, 2010, p.93).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Conflitos na Família
A vida em sociedade nunca foi livre de conflitos, e o mesmo se dá no
lar. Nenhuma família está isenta de passar por situações em que seus membros
não apenas possuem opiniões diferentes, mas apresentam muitas vezes reações
emocionais extremas quando contrariados. Independente da existência de
conflitos, eles devem ser tratados de forma coerente, bíblica e, acima de tudo,
de forma que Deus seja honrado e a unidade da família seja preservada. Dentre
as diversas formas de conflitos na família, destacamos:
Brigas na família — Cada pessoa na família possui um temperamento
diferente. Temperamento e, em síntese, a forma com que reagimos diante de
situações e estímulos. Ainda que tenham temperamentos diferentes, somos
desafiados a agir não de acordo com nossos temperamentos, mas sim de acordo com
a presença de Deus em nossas vidas.
Atividades dos pais — Em nossos dias, temos visto que pais e mães de
família têm se dedicado muito ao trabalho, devido aos muitos desafios
financeiros e o custo de vida cada vez mais alto. Isso pode prejudicar a
família, se os pais não tiverem um tempo adequado para ficar com seus filhos,
participar da educação deles, passar-lhes as tradições da família e acima de
tudo, repassar-lhes a fé em Deus e no evangelho.
Questões financeiras — Conflitos familiares podem advir de questões
financeiras. Um cônjuge que não possui controle de gastos e tem propensões
consumistas pode atrapalhar seu casamento, pois coloca em risco a economia de
toda a família. Os cônjuges precisam ter um controle correto de seus gastos,
aprender a gerir corretamente seus recursos financeiros e evitar desconfortos
que atrapalhem a convivência. É preciso aprender a poupar, tentar comprar a vista
os bens necessários e abster-se de adquirir coisas que não são necessárias
naquele momento. Todo cuidado nessa esfera é importante, a fim de que a família
não passe necessidade por culpe um de seus membros que não possui domínio
próprio.
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