Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos
Lição 6: A infidelidade conjugal
TEXTO ÁUREO: “O que adultera
com uma mulher é falto de entendimento; destrói a sua alma o que tal faz”
(Pv 6.32).
VERDADE PRÁTICA: A infidelidade
conjugal traz sérias consequências a toda a família. Por isso, Deus abomina tal
prática.
INTERAÇÃO
Como vai o seu casamento professor(a)? Como vai a
sua família? O adultério é um pecado de consequências desproporcionais ao
bem-estar da família. Sofre o cônjuge ferido, os filhos e toda a família. Esta,
certamente, não é a vontade divina, por isso, a presente lição, além de ensinar
aos alunos a respeito do perigo da infidelidade conjugal, é uma ótima
oportunidade para todos nós fazermos uma autoanálise. A família é o bem maior
que o Senhor nos concedeu. Por isso, vale todo o esforço para aperfeiçoar o relacionamento
conjugal e aprofundar o convívio com a família. Pense nisso!
OBJETIVOS: Após esta aula, o
aluno deverá estar apto a:
- Reconhecer que o
adultério é um grave pecado.
- Elencar as
consequências da infidelidade conjugal.
- Pontuar alguns conselhos
preventivos contra a infidelidade.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado
professor, reproduza o esquema abaixo na lousa ou tire cópias. Peça aos alunos
para escolherem um dos três temas relacionados a fim de discutirem o assunto em
grupo. Na sequência, pergunte até que ponto estas situações podem comprometer a
estabilidade de um relacionamento conjugal. Ouça as respostas e finalize a
atividade afirmando que podemos nos relacionar com diversas pessoas, pois,
afinal de contas, vivemos nesse mundo, mas devemos conhecer o nosso limite. Até
onde podemos ir e não ir. A nossa mente e coração devem estar guardados no
Senhor, pois, a sua Palavra é a nossa bússola.
Se
bem usada, a internet pode ser uma bênção. Ela proporciona um mundo imenso de
novas oportunidades, amizades e empregos. É um espaço virtual que congrega
pessoas de diversas origens e tipos.
AMIZADE
PROFISSIONAL
Quando
trabalhamos numa empresa conhecemos diferentes pessoas. Naturalmente as
afinidades aparecem e estabelecemos permanente comunicação com elas. A amizade
profissional é uma consequência direta do nosso trabalho.
RELACIONAMENTO NA
IGREJA
Na
igreja local também nos relacionamos com pessoas distintas. No Departamento dos
Jovens, na União Feminina e outros. A igreja local é uma ótima oportunidade de
estabelecermos laços fraternos de amizade com pessoas distintas.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave: Infidelidade:
Procedimento de infiel; deslealdade, traição, perfídia.
Vivemos
num mundo carente de valores éticos e princípios cristãos. Para as pessoas que
não seguem os desígnios divinos, a infidelidade conjugal é vista como prática
socialmente aceitável. Porém, os mandamentos divinos são eternos. De acordo com
a Bíblia, o adultério é e continuará a ser uma ofensa ao próprio Deus.
Lamentavelmente, muitos cristãos estão se deixando levar pelas astutas ciladas
do Diabo, fazendo da infidelidade conjugal um hábito. Nesta lição, refletiremos
a respeito desse terrível mal que vem infelicitando as famílias.
I. ADULTÉRIO, UM GRAVE
PECADO
1. Conceito e
origem da palavra.
A
palavra adultério vem do latim adulterium, que significa
“dormir em cama alheia”. Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe (CPAD), é
a relação sexual entre uma pessoa casada com outra que não é o seu cônjuge. Tal
ato é um pecado gravíssimo perante Deus, sendo condenado tanto no Antigo quanto
em o Novo testamento (Êx 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9; Gl 5.19). É um ato tão grave
que no tempo da lei Mosaica, a pena para o adultério era o apedrejamento (Lv
20.10; Dt 22.22).
2. É preciso
vigiar.
A
infidelidade conjugal é um processo maligno que tem início na mente. No começo,
são apenas alguns pensamentos que surgem de “mansinho”. Se estes, porém, não
forem combatidos, acabam por nos impregnar a alma e o coração, redundando em
atos vergonhosos. Tomemos muito cuidado com o que vemos e pensamos (Sl 101.3;
Fp 4.8). Enfim, vigiemos e oremos constantemente para não cairmos nas astutas
ciladas do Diabo (Ef 6.11). Jesus exortou-nos a respeito da vigilância e da
oração (Mt 26.41). Davi, mesmo sendo um homem segundo o coração de Deus (1Sm
13.14), não vigiou. Ele cometeu um adultério que o arrastou a um homicídio (2Sm
11). Por isso, vigie.
3. Buscar a
presença de Deus e não desprezar o cônjuge.
Sem
a presença de Deus, o casal torna-se vulnerável às investidas do Maligno.
Todavia, a comunhão diária com o Senhor, por intermédio da oração, da leitura
da Bíblia e do jejum, além de fortalecer-nos, ajuda-nos a ter um bom
relacionamento com o cônjuge. A presença divina auxilia-nos a suportar as
crises.
Muitos
obreiros, por falta de orientação, acabam dedicando-se excessivamente ao
ministério eclesiástico em detrimento da família. O resultado é que a esposa e
os filhos deixam de receber atenção e carinho. É bom dedicar-se à Obra de Deus.
A família, porém, não pode ser esquecida, pois ela é o primeiro rebanho do
pastor (1Tm 3.1-7; 5.8; 1Co 7.32-34).
1. Afastamento de
Deus.
A
Palavra de Deus diz que “os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e
o seu paladar é mais macio do que o azeite” (Pv 5.3). O pecado, a princípio,
pode ser até “prazeroso”, mas o preço a ser pago é muito alto; não vale a pena;
traz sofrimento e muita dor.A imoralidade sexual e a infidelidade destroem a família. Todos no lar são afetados de alguma forma. Alguns minutos de prazer ilícito podem levar um homem, ou uma mulher, para o inferno, para a perdição eterna (1Co 6.10). Deus é santo e não aceita o pecado. O adultério divide a família, afasta o cônjuge da presença de Deus e impede as bênçãos divinas (Is 59.1,2).
2. Morte
espiritual.
O
adultério leva à morte espiritual, às vezes até a morte física. Quando nos
afastamos de Deus morremos espiritualmente. A infidelidade conjugal fere as
pessoas e destrói a alma (Pv 6.32). Davi arrependeu-se, mas pagou um alto preço
pelo seu erro. Se o Senhor não ouve as orações daqueles que tratam mal os
cônjuges (1Pe 3.7), imagine como Ele reage à infidelidade conjugal (Ml 2.16).
3. Um lar
despedaçado.
O
adultério aflige toda a família. Os filhos, independentemente de sua idade, são
sempre os maiores prejudicados. Em geral, ficam decepcionados com os pais e
tendem a desconfiar sempre de todos. Alguns filhos acabam, além de carregarem
mágoas de seus pais, levando ressentimentos e dor para suas futuras famílias.
Seus relacionamentos são afetados. Por isso, Deus abomina a infidelidade, a
deslealdade (Ml 2.15). O marido deve amar a esposa, assim como a esposa precisa
amar o marido (Ef 5.22-33). A falta de amor prejudica o casamento e abre
brechas à deslealdade. O amor entre os cônjuges deve ser incondicional, assim
como o de Cristo pela Igreja. Tal amor é um antídoto contra a deslealdade.
III. CONSELHOS CONTRA
A INFIDELIDADE
1. Fuja das
tentações.
É
preciso ser prudente e evitar o mal. Jesus ensinou os discípulos a terem uma
atitude de prudência e sensatez diante das tentações (Mt 10.16; 26.41). Ante o
perigo, façamos como José. Ele preferiu fugir a pecar contra Deus. Temendo ao
Senhor, rejeitou o pecado. E embora viesse a pagar um alto preço por sua
fidelidade, foi honrado por Deus no devido tempo (Gn 39-41). Diante do pecado,
fuja (1Ts 4.3).
2. Honre o seu
cônjuge.
Há
maridos que se envergonham de suas esposas. O profeta Malaquias advertiu o povo
de Deus, para que ninguém fosse “desleal para com a mulher da sua mocidade” (Ml
2.15). Envelhecer junto à mulher amada é um privilégio. Também há mulheres que,
com o passar do tempo, deixam de se interessar e honrar seus maridos. A Bíblia,
porém, recomenda a esposa a reverenciar o marido (Ef 5.33). Os muitos afazeres
levam algumas mulheres a se esquecerem de seu papel junto ao esposo. Honre seu
cônjuge, dando-lhe o apreço e o respeito necessários.
3. Aprecie seu
cônjuge.
Você
aprecia seu cônjuge? Ter apreço significa vê-lo como algo valioso. A Palavra de
Deus nos diz que “onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso
coração” (Lc 12.34). Se o seu cônjuge é o seu tesouro, ou seja, uma joia que
você protege e zela com carinho e respeito, o adultério não terá vez em sua
vida. Há esposas e maridos que cuidam bem da casa, do carro, da conta bancária,
da igreja, mas não têm cuidado nem interesse pelo seu cônjuge. Valorize-o e
alegrem-se juntos no Senhor. Não busque jamais beber água de outra cisterna (Pv
5.1-23).
CONCLUSÃO
Muitas
famílias têm sido destruídas por causa da infidelidade conjugal. Para que
tenhamos uma vida conjugal bem-sucedida precisamos investir diariamente em
nosso relacionamento. É necessário orar, vigiar e demonstrar afeto, apreço,
investir no diálogo franco e não abrir mão do respeito. Temos de
conscientizar-nos de que a família e o relacionamento conjugal são prioridades.
Uma família bem constituída é uma bênção para a obra de Deus.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HUGHES,
R. K. Disciplinas do Homem Cristão. 3 ed., RJ: CPAD, 2004.
HUGHES, B. Disciplinas da Mulher Cristã. 1 ed., RJ: CPAD, 2005.
HUGHES, K. & B. Disciplinas da Família Cristã. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.
HUGHES, B. Disciplinas da Mulher Cristã. 1 ed., RJ: CPAD, 2005.
HUGHES, K. & B. Disciplinas da Família Cristã. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.
EXERCÍCIOS
1. Defina, de acordo
com a lição, a palavra adultério.
R.
É a relação sexual
entre uma pessoa casada com outra que não é o seu cônjuge.
2. Na Lei Mosaica, qual era a pena para quem adulterava?
R.
O apedrejamento (Lv
20.10; Dt 22.22).
3. Cite as
consequências da infidelidade.
R.
Afastamento de Deus,
morte espiritual e um lar despedaçado.
4. De acordo com a
lição, quais conselhos podem ajudar a evitar a infidelidade?
R.
Fuja das tentações,
honre o seu cônjuge, aprecie seu cônjuge.
5. Que conselho você
daria para alguém que foi infiel para com o seu cônjuge?
R.
Resposta pessoal.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Vida Cristã
“UMA META DE VIDA
[...]
[...]
Nossa igreja evangélica parece uma comunidade de casamentos sãos. É tão boa na
superfície “ cursos de extensão, segurança financeira, casas elegantes, igrejas
dignas, pessoas bonitas e terapeutas matrimoniais para quando houver uma
lombada na estrada. Mas como é que Deus mede nosso casamento? Não é por esses
padrões.
O
casamento de meus pais estava muito longe do maravilhoso pacote evangélico que
descrevi. Contudo, havia autenticidade e beleza nas promessas feitas e mantidas
por este casal trabalhador que enfrentou o que pareciam probabilidades
insuperáveis. O resultado foi uma colheita de graça, e eu sou parte disto.
Kent
e eu somos casados há trinta e oito anos. Temos quatro filhas adultas e
dezesseis netos. Juntos tentamos vivenciar as diretivas da Palavra de Deus
sobre casamento. Nossas lutas foram muitos diferentes das de meus pais, mas
mesmo assim nosso compromisso se fortaleceu, como o de meus pais, num amor
profundo e permanente um pelo outro. Nosso compromisso mútuo em viver conforme
o plano de Deus para marido e mulher nos capacitou a experimentar uma unidade
feliz - algo raro e admirável neste mundo arruinado” (HUGHES, B. Disciplinas da
Mulher Cristã. 1 ed., RJ: CPAD, 2005, p.150).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A infidelidade
conjugal
A
infidelidade conjugal é, sem dúvida, o fator mais destrutivo da união familiar.
É tão séria que foi a única opção descrita por Jesus como tolerável, em um caso
de divórcio, para que um homem se afastasse de sua mulher para se casar com
outra (a esposa infiel era repudiada pelo esposo e vinha então o divórcio).
A
infidelidade conjugal é prejudicial à família e à relação com Deus. O Antigo
Testamento mostra que a idolatria é comparada a uma infidelidade conjugal.
Oséias, profeta de Deus, demonstrou em sua profecia a similaridade da traição
de sua mulher, Gomer, com as traições de Israel para com Deus, motivo que fez
com que Deus se irritasse muito com Seu próprio povo.
Vigilância dos
crentes
— Não são poucos os crentes que utilizam a desculpa da “espiritualidade” para
se desvencilharem de suas obrigações conjugais. Paulo deixa claro que essa
atitude tem uma implicação séria: a tentação de satanás. “Não vos negueis um ao
outro, a não ser de comum acordo por algum tempo, a fim de vos consagrardes à
oração. Depois, uni-vos de novo, para que Satanás não vos tente por causa da
vossa falta de controle” (1Co 7.5). Paulo deixa claro que a abstinência sexual
das pessoas casadas devem seguir estes princípios: Deve ser de comum acordo, ou
seja, o casal deve concordar com essa abstinência, ou ela não poderá acontecer;
deve ser temporário, ou seja, não pode ser por toda a vida; deve ser para que a
pessoa se dedique à oração, ou seja, um propósito específico e elevado. A
consequência de não se respeitar esses princípios é ser alvo da tentação de
Satanás. Imagine a situação: se andamos com Deus e ainda assim somos tentados,
quem dirá se abrirmos a guarda e dermos motivos para que o tentador nos ataque.
Portanto, que isso fique claro: atender ao nosso cônjuge em suas necessidades
sexuais faz parte de nossa obrigação também diante de Deus, e nos resguarda de
tentações satânicas na esfera sexual. Portanto, fuja desse tipo de tentação,
compreendendo seu cônjuge e honrando-o em suas necessidades afetivas.
Lembremo-nos
das duas consequências funestas da infidelidade conjugal: a destruição do lar e
o afastamento de Deus. É evidente que o preço a se pagar por tal pecado é alto
demais para aqueles que prezam por sua família e pela comunhão com Deus. Uma
família bem estruturada tem seu preço, e da mesma forma uma família
desestruturada. Que isso nos sirva de lição para que nos guardemos dos pecados
sexuais e de suas consequências.
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