Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos
Título: Sabedoria de Deus para uma vida
vitoriosa — A atualidade de Provérbios e Eclesiastes
Lição 2: Advertências Contra o Adultério
Texto Áureo: “Bebe a água da tua cisterna e das correntes do teu poço.
[...] Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade” (Pv
5.15,18).
Verdade Prática: A melhor
prevenção contra o adultério é temer ao Senhor e estreitar os laços do amor
conjugal.
INTERAÇÃO
O livro dos
Provérbios, talvez, seja o principal dos livros bíblicos a falar sobre o
adultério, os seus caminhos e suas artimanhas destruidoras. O sábio não
economiza palavras e ironias ao denunciar a pessoa que adere essa prática como
um estilo de vida: ela não passa de um jovem displicente (Pv 7). Displicência,
imaturidade e fraqueza são palavras que denotam o perfil do homem que,
inexplicavelmente, deixa a casa da sua esposa a fim de unir-se com uma
estranha. Esta não é a mãe dos seus filhos, a mulher que, juntamente com ele,
conquistou tudo o que tem. Não! A estranha é a mulher que deseja tirar tudo o
quanto ele construiu: a sua família e a sua vida.
OBJETIVOS: Após esta aula, o aluno deverá
estar apto a:
1. Conhecer os conselhos do sábio sobre a sexualidade
humana.
2. Identificar as causas da infidelidade conjugal e suas
consequências.
3. Previnir-se da infidelidade conjugal.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, é importante relembrar as
características literárias apresentadas no livro dos Provérbios. Por isso, para
introduzir a aula desta semana sugerimos que você utilize o quadro de
Orientação Pedagógica da lição anterior. Em seguida, utilize o esquema abaixo
(reproduza-o de acordo com as suas possibilidades). A partir dele, a classe
conhecerá o esboço temário de Provérbios. O objetivo é fazer com que os alunos
apreciem o panorama do livro, facilitando assim, a assimilação do assunto da
aula de hoje.
ESBOÇO DO LIVRO DOS PROVÉRBIOS
I. Prólogo: Propósito e Temas de Provérbios (1.1-7)
II. Treze Discursos à Juventude sobre a sabedoria
(1.8-9.18)
A) Obedece a Teus Pais e Segue Seus Conselhos (1.8,9)
B) Recuse Todas as Tentações dos Incrédulos (1.10-19)
C) Submeta-se à Sabedoria e ao Temor do Senhor (1.20-33)
D) Busque a sabedoria e Seu Discernimento e Virtude
(2.1-22)
E) Características e Benefícios da Verdadeira Sabedoria
(3.1-35)
F) A Sabedoria Como Tesouro da Família (4.1-13,20-27)
G) A Sabedoria e os Dois Caminhos da Vida (4.14-19)
H) A Tentação e Loucura da Impureza Sexual (5.1-14)
I) Exortação à Fidelidade Conjugal (5.15-23)
J) Evite Ser Fiador, Preguiçoso e Enganador (6.1-19)
K) A Loucura Inominável da Impureza Sexual a Qualquer
Pretexto (6.20-7.27)
L) O Convite da Sabedoria (8.1-36)
M) Contraste entre a Sabedoria e a Insensatez (9.1-18)
III. A Compilação Principal dos Provérbios de Salomão
(10.1-22.16)
A) Provérbios Contrastantes sobre o Justo e o Ímpio
(10.1-15.33)
B) Provérbios de Incentivo à Vida de Retidão (16.1-22.16)
IV. Outros Provérbios dos Sábios (22.17-24.34)
V. Provérbios de Salomão Registrados pelos homens de
Ezequias (25.1-29.27)
A) Provérbios sobre Vários Tipos de Pessoas (25.1-26.28)
B) Provérbios sobre Vários Tipos de Procedimentos
(27.1-29.27)
VI. Palavras Finais de Sabedoria (30.1-31.31)
A) De Agur (30.1-33)
B) De Lemuel (31.1-9)
C) Acerca da Esposa sábia (31.10-31)
Palavra Chave: Adultério: Violação,
transgressão da regra de fidelidade conjugal imposta aos cônjuges pelo contrato
matrimonial.
INTRODUÇÃO
O advento das mídias eletrônicas, e de forma mais
específica as redes sociais, facilitou muito para a possibilidade de alguém vir
a ter um “caso” extraconjugal. As estatísticas demonstram essa triste
realidade. A cada dia, cresce o número de lares desfeitos e, juntamente com
este fenômeno, as consequências nefastas para a sociedade. E as igrejas? Estas
também têm sofrido o efeito de tais males.
Apesar de a infidelidade conjugal ser uma prática
pecaminosa antiga, é preciso entender que a sexualidade é algo intrínseco ao
ser humano. Logo, o desejo por satisfação sexual acompanha tanto o homem como a
mulher desde sempre. O problema está na forma de expressão do desejo e em como
é satisfeito. Segundo o entendimento mundano, não há regras para o homem e a
mulher viverem a sua sexualidade. No entanto, as Escrituras demarcam um limite
bem preciso: o casamento legitimamente instituído por Deus. Aqui, encontraremos
os conselhos da sabedoria bíblica para orientar-nos contra as ilusões e as
artimanhas do adultério.
I. CONSELHOS SOBRE A SEXUALIDADE HUMANA
1. Uma dádiva divina.
Boa parte dos conselhos de Salomão diz respeito à
sexualidade humana. Ele dedicou quase três capítulos do livro de Provérbios
para falar sobre o sexo e seus desvios (Pv 5.1-23; 6.20-35; 7.1-27). Nesses
provérbios, há dezenas de máximas que nos ensinam muito sobre como estabelecer
o parâmetro de um relacionamento saudável.
Quando ainda discorria sobre os perigos da infidelidade
conjugal, o sábio advertiu: “Porque os caminhos do homem estão perante os olhos
do Senhor, e ele aplana todas as suas carreiras” (Pv 5.21). Isto é, Deus
considera os caminhos do homem e a forma deste conduzir até mesmo a sua
sexualidade, pois se trata de uma criação divina e como tal é uma dádiva do
Criador à humanidade. Se o Senhor “aplana todas as nossas carreiras”,
demonstrando cuidado pelo exercício correto da sexualidade, concluímos não ser
o sexo algo mau ou maligno, mas algo honroso e nobre (Hb 13.4; 1Pe 3.7).
2. Uma predisposição humana.
Ao iniciar a sua coletânea de conselhos sobre como evitar
os laços do adultério, Salomão chama a atenção do seu “filho” para que ouças os
seus conselhos e aja em conformidade com estes (Pv 5.1,2). O texto hebraico de
Provérbios, nesse versículo, apresenta a palavra ben
traduzida em nossas Bíblias como “filho”. O mesmo termo ocorre também nas
advertências contra o adultério em Provérbios 6.20 e 7.1. A palavra ben pode se referir tanto a um filho biológico
quanto a um discípulo. Em todos os casos, a admoestação é dirigida a um ser
humano que, como todos nós, está sujeito à tentação! Portanto, a fim de
vivermos o gozo da nossa sexualidade nos parâmetros estabelecidos pelo Criador,
que é o casamento, ouçamos o conselho do sábio. O sexo, portanto, foi criado
por Deus para ser praticado entre um homem e uma mulher, mas somente no
casamento. Antes do casamento e fora do casamento é pecado.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A sexualidade humana é uma dádiva de Deus ao
ser humano. Ela se manifesta na predisposição do indivíduo em vivê-la no
parâmetro do casamento.
II. AS CAUSAS DA INFIDELIDADE
1. Concupiscência. Um fato interessante salta aos
olhos de quem lê os conselhos de Salomão contra a mulher adúltera em
Provérbios: não há referência ao Diabo em suas advertências! O sábio não
responsabiliza o anjo caído pelo fracasso moral dos homens, mas responsabiliza
aquele a quem chama de “filho meu”. Somos agentes morais livres e temos a
liberdade de escolher entre o bem ou o mal. Desejos bons e ruins são inerentes
ao ser humano. Não os subestimemos! Por isso, o sábio aconselha: “Não cobices
no teu coração a sua formosura, nem te prendas com os seus olhos” (Pv 6.25; cf.
Gl 5.16).
2. Carências.
Em Provérbios 5.15-17, o sábio lança mão de algumas
metáforas para aconselhar como deve ser a vida íntima do casal. A frase “bebe a
água da tua própria cisterna” mostra que o sexo não deve ser praticado apenas
como um dever de um cônjuge para com o outro (1Co 7.3), mas como algo
prazeroso, assim como o é beber água! Se esse princípio não for observado, um
dos cônjuges ficará com a sensação de que lhe falta alguma coisa!
Desgraçadamente, muitos vão saciar-se noutra fonte (Pv 7.18), daí o desastre em
muitas famílias.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A concupiscência e as
carências não supridas na vida do ser humano são algumas das muitas causas da
infidelidade conjugal.
III. AS CONSEQUÊNCIAS DA INFIDELIDADE
1. Perda da comunhão familiar.
Uma das primeiras consequências da infidelidade conjugal é
a desonra da família. O sábio avisa que o “seu fim é amargoso como o absinto,
agudo como a espada de dois fios” (Pv 5.4). Esse fim amargo respingará nas
famílias envolvidas (Pv 6.33). O sentimento de vingança estará presente na
consciência do cônjuge traído (Pv 6.34). Se pensássemos na mancha que a
infidelidade conjugal produz teríamos mais cuidado quando lidássemos com o sexo
oposto. A pergunta inevitável é: “Deus perdoa quem cometeu tal ato?” Não há
dúvida que perdoa. Mas apesar do perdão divino, as consequências ficam (Pv
5.9-14).
2. Perda da comunhão com Deus.
É trágico quando alguém perde a comunhão familiar por
conta de um relacionamento extraconjugal. Todavia, mais trágico ainda é perder
a comunhão com Deus. Salomão sabia desse fato e por isso advertiu: “Mas não
sabem que ali estão os mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do
inferno” (Pv 9.18). A palavra hebraica usada aqui para inferno é sheol, e esta designa o mundo dos mortos. De fato
a expressão “ali estão os mortos”, no hebraico, significa: espíritos dos
mortos ou região das sombras. O Novo Testamento alerta que os adúlteros
ficarão de fora do Reino de Deus (1Co 6.10). O que tudo isso quer dizer? Que
essa é a consequência de quem cometeu esse pecado, mas não se arrependeu! Por
isso, não flerte com a (o) adúltera (o). Seu caminho pode até parecer
prazeroso, mas inevitavelmente o levará à morte (Pv 9.17,18).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Além de perder a comunhão da família, o cônjuge
adúltero quebra a sua comunhão com Deus.
IV. CONSELHOS DE COMO SE PREVENIR CONTRA A INFIDELIDADE
1. Sexo com intimidade.
A intimidade sexual (ou a falta dela) é um dos fatores que
influenciam a vida conjugal. Há casais na igreja que tem relações sexuais com
relativa frequência, mas sem intimidade! Há sexo na relação, mas não há amor
nem intimidade! Observe o conselho de Salomão: “Seja bendito o teu manancial, e
alegra-te com a mulher da tua mocidade, como cerva amorosa e gazela graciosa;
saciem-te os seus seios em todo o tempo; e pelo seu amor sê atraído
perpetuamente. E por que, filho meu, andarias atraído pela estranha e
abraçarias o seio da estrangeira?” (Pv 5.18-20).
Há maridos que não demonstram o mínimo afeto à esposa e o
oposto também é verdadeiro. Mas Deus criou o sexo para ser desfrutado com
afeto, amor e intimidade. Do contrário, o relacionamento sexual não atenderá
aos propósitos divinos e nem às expectativas do cônjuge.
2. Apego à Palavra de Deus e à disciplina.
Como antídoto e forma de prevenção contra a infidelidade,
Salomão aconselha o apego à Palavra de Deus e à disciplina. Para não cairmos na
cilada da infidelidade conjugal, devemos guardar a instrução do Senhor,
guardando-a em nosso coração. A Palavra do Senhor é luz que ilumina a nossa
vida (Pv 6.20-24). O homem e a mulher só estarão livres do perigo da
infidelidade conjugal quando a Palavra estiver impregnada em suas mentes e
corações. Para isto, o crente deve meditar nela dia e noite. Por isso, seja
disciplinado.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Um conselho importante para prevenir-se contra
a infidelidade conjugal é apegar-se a Palavra de Deus, à disciplina e
relacionar-se intimamente com o cônjuge.
CONCLUSÃO
A fidelidade conjugal é o que Deus idealizou aos seus
filhos. Sabemos que a tentação é uma realidade, que vem acompanhada da natureza
adâmica que herdamos, e ambas pressionam-nos a desprezar o santo ideal da
fidelidade. Todavia, o Senhor deixou-nos a sua Palavra com dezenas de
conselhos, a fim de prevenir-nos quanto ao abismo chamado adultério.
VOCABULÁRIO
Nefasta: Nociva, danosa, prejudicial.
Coletânea: Conjunto de várias obras ou coisas.
Flerte: Relação amorosa mais ou menos casta, leve e inconsequente, geralmente, destituída de sentimentos profundos.
Coletânea: Conjunto de várias obras ou coisas.
Flerte: Relação amorosa mais ou menos casta, leve e inconsequente, geralmente, destituída de sentimentos profundos.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
CRUZ, E. Sócios, Amigos & Amados: Os Três
Pilares do Casamento. 1 ed., RJaneiro: CPAD, 2005.
MILLER, M. A. Meu Marido Tem Um Segredo: Encontrando a Libertação para o Vício Sexual. 1 ed., RJ, 2010.
PARROT, L. A Batalha Pela Sua Mente: Entendendo a Personalidade Santificada. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
MILLER, M. A. Meu Marido Tem Um Segredo: Encontrando a Libertação para o Vício Sexual. 1 ed., RJ, 2010.
PARROT, L. A Batalha Pela Sua Mente: Entendendo a Personalidade Santificada. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
EXERCÍCIOS
1. A quem é dirigida a admoestação contra o adultério no livro de
Provérbios?
R. A
admoestação é dirigida a um ser humano que, como todos nós, está sujeito à
tentação.
2. Qual fato interessante salta aos olhos de quem lê os conselhos de
Salomão contra a mulher adúltera em Provérbios?
R. Que
não há referência ao Diabo em suas advertências contra a mulher adúltera. O
sábio não responsabiliza o anjo caído pelo fracasso moral dos homens, mas
responsabiliza aquele a quem chama de “filho meu”.
3. O que a frase “bebe a água da tua própria cisterna” mostra?
R. Ela
mostra que o sexo não deve ser praticado apenas como um dever de um cônjuge
para com o outro (1Co 7.3), mas como algo prazeroso, assim como o é beber água!
4. Qual é uma das primeiras consequências da infidelidade conjugal?
R. A
desonra da família.
5. Com suas próprias palavras, liste outras consequências igualmente
destruidoras para a família vítima da infidelidade conjugal.
R. Resposta
pessoal.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Vida Cristã
“Sexo promove comunhão
A Bíblia afirma que ser dois é melhor do que ser um, e que
onde estiverem dois ou três reunidos, Deus ali estaria (Ec 4.9-12; Mt 18.20). E
em 1 Pedro lemos que quando um casal precisa coabitar (verbo que significa
relacionar-se sexualmente) com entendimento para que as suas orações sejam
respondidas. Ora, isto significa que sexo tem a ver com vida espiritual, e que
o casal, sendo dois, têm a possibilidade de serem mais fortes quando unidos,
além da promessa da presença de Deus com eles no cotidiano da vida e na oração
conjunta.
Não tenho medo de afirmar que muitos casais estão com
problemas pessoais, financeiros, profissionais, de saúde, e até ministeriais,
porque não estão se entendendo na vida sexual. Por mais que orem suas orações
estão impedidas [...]. Outros há que até se acertam na cama, mas vivem às
turras e perdem a bênção de Deus pois se magoam mutuamente. Sem falar em casais
que não oram juntos, que não fazem cultos domésticos, e que não dividem o
sacerdócio do lar. Estes perdem a chance de serem dois, e de vivenciarem uma
vida conjugal, profissional, financeira, familiar, ministerial e sexual
prazerosa e sadia” (CRUZ, E. Sócios, Amigos & Amados: Os Três
Pilares do Casamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2005, p.241).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Vida Cristã
“FUGIRÁS DA TENTAÇÃO — ON LINE E DE OUTRAS FORMAS
CORRA DA TENTAÇÃO
O Antigo Testamento não é o único que trata do assunto
‘fugir da tentação sexual’. Em sua primeira carta aos coríntios, Paulo chama
nossos corpos de templos do Espírito Santo. Qualquer outro pecado, ele diz,
cometemos contra Deus, mas a imoralidade sexual é um pecado tanto contra Deus
quanto contra nossos próprios corpos. O povo de Corinto conhecia bem a
imoralidade sexual; muitos juntavam-se a ela em vez de fugir dela. Mas Paulo os
instruiu a fugir (1Co 16.18).
O apóstolo repetiu essa ordem ao jovem pastor chamado
Timóteo. Como a maioria dos jovens, Timóteo lutava com os desejos. Então Paulo
instruiu a seu jovem amigo a ‘fugir das paixões da mocidade’ (2Tm 2.22). Essa
instrução reporta-se não apenas a maridos e esposas, mas também àqueles que
estão para se casar. A Bíblia ensina que nossos corpos são presentes reservados
para nossos futuros cônjuges. Que presente de casamento maravilhoso para se
trazer ao seu próprio casamento!
A Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, nunca
nos encoraja a tentar enfrentar a tentação sexual. Mas insiste em que saiamos
completamente do caminho dela.
TRATE A TENTAÇÃO SEXUAL COMO UMA DOENÇA MORTAL
Imagine que você tenha ouvido a respeito de um surto de
uma doença mortal em uma área remota. Apenas profissionais médicos treinados
ousaram viajar até a área onde houve o surto, e você ficou sabendo que se
contrair a doença provavelmente morrerá. Você também sabe que apenas aqueles
que viajam para o local da epidemia estão vulneráveis à doença.
Seria um ato de bravura ou de plena estupidez viajar até a
área afetada apenas para provar quão ‘resistente’ à bactéria mortal você é?
Nenhuma pessoa em sã consciência se poria em tamanho perigo sem uma boa razão.
Mas é exatamente isso que muitos cristãos fazem em relação à tentação sexual.
Antes e depois do casamento, dedicam-se a ela, flertam com ela e entretêm-se
com ela — acreditando que no último instante serão capazes de pisar nos freios
e evitar a colisão.
Isso não funciona desse jeito. Deus nos conhece. Ele nos
criou, então sabe o quanto a tentação sexual pode arrastar seus filhos. É por
isso que Ele nos instrui a fugir. Se tratássemos a tentação sexual como uma
doença mortal e altamente contagiosa, entenderíamos melhor e obedeceríamos à
admoestação da Bíblia a fugir” (YOUNG, E. Os Dez Mandamentos do Casamento.
1 ed., RJ: CPAD, pp.123-24)
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Advertência contra o adultério
Em Provérbios, encontramos uma série de exortações quanto
à infidelidade conjugal (Pv 5.7-15). A infidelidade é tida como falta de
sabedoria (Pv 6.32). Sabemos que o temor ao Senhor é o princípio da sabedoria.
Quando se perde a reverência a Deus, a insensatez toma conta do coração do
homem.
Atualmente, muitos veem a infidelidade conjugal como uma
prática normal, porém os princípios de Deus são eternos e imutáveis. Na Bíblia,
o adultério é, e continuará sendo, pecado. Encontramos tanto no Antigo quanto
no Novo Testamentos sérias advertências contra a infidelidade conjugal (Êx
20.14; Dt 5.18; Rm 13.9; Gl 5.19).
Como servos de Deus, precisamos estar atentos, pois “os
lábios da mulher estranha destilam favos de mel”. A princípio, a infidelidade
pode parecer doce e prazerosa, mas o seu fim é amargoso como o absinto (Pv
5.4). Com a infidelidade, vem a disfunção familiar. Ela é perigosa, é
destrutiva para toda família, para a Igreja do Senhor e para a sociedade de um
modo geral.
Uma vida conjugal feliz
O capítulo 5 de Provérbios tem início com uma série de
conselhos contra o sexo ilícito. A partir do versículo 15, o autor inicia uma
seção para falar a respeito do relacionamento íntimo entre marido e mulher.
“Bebe a água da sua cisterna” (Pv 5.15). Água é símbolo de vida. O ser humano
não pode viver sem ela. Assim também é o relacionamento sexual no casamento.
Ele é importante e traz vida aos cônjuges. Um casamento não pode subsistir sem
ele. “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1.31).
Tudo que o Pai criou é bom e isso inclui a sexualidade. E importante ressaltar
que o sexo nunca foi, em si mesmo, pecaminoso. Deus o estabeleceu para ser
desfrutado no casamento antes que o pecado entrasse no mundo (Gn 2.21-25).
Ao nascer, fomos dotados de instintos (tendência natural)
específicos sem os quais nossa sobrevivência seria impossível. O impulso sexual
caracteriza o instinto de preservação da espécie. Depois da Queda, no Jardim do
Éden, o homem pecador passou a deturpar esse impulso divino, gerando as muitas
aberrações que sabemos existir hoje, mas isso não invalida a intenção de Deus
de abençoar o homem e perpetuar a espécie através da relação sexual sadia.
Provérbio 5.18 diz: “Bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua
mocidade”. A vida sexual saudável dentro do casamento tem a bênção de Deus,
além de dar alegria e prazer ao homem (Hb 13.4).
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