Lições Bíblicas CPAD - Jovens e Adultos
Lição 6 - O EXEMPLO PESSOAL NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
TEXTO
ÁUREO: “O
justo anda na sua sinceridade; bem-aventurados serão os seus filhos depois dele”
(Pv 20.7).
VERDADE
PRÁTICA: A
melhor forma de se educar um filho é através do exemplo, pois as palavras
passam, mas o exemplo permanece.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE: Provérbios
4.1-9.
1 - Ouvi, filhos, a correção do pai e estai atentos para conhecerdes a
prudência.
2 - Pois dou-vos boa doutrina; não deixeis a minha lei.
3 - Porque eu era filho de meu pai, tenro e único em estima diante de
minha mãe.
4 - E ele ensinava-me e dizia-me: Retenha as minhas palavras o teu
coração; guarda os meus mandamentos e vive.
5 - Adquire a sabedoria, adquire a inteligência e não te esqueças nem
te apartes das palavras da minha boca.
6 - Não desampares a sabedoria, e ela te guardará; ama-a, e ela te
conservará.
7 - A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria; sim,
com tudo o que possuis, adquire o conhecimento.
8 - Exalta-a, e ela te exaltará; e, abraçando-a tu, ela te honrará.
9 - Dará á tua cabeça um diadema de graça e uma coroa de glória te entregará.
INTERAÇÃO
Caro
professor, a família moderna vem sofrendo grandes transformações. Com a cristã,
não é diferente. Há trinta anos não falaríamos sobre casais de jovens e
adolescentes tornando-se pais no seio da Igreja. Mas esta é uma realidade em
muitos lares cristãos. E qual o problema? O problema está quando o casal de
jovens deveria estudar, entretanto, vê-se responsável por um filho — são
“crianças” gerando crianças. Inevitavelmente, esta educação é terceirizada para
os pais, ou seja, avós. Aqui, inicia todo o problema na educação dos filhos de
grande parte da sociedade moderna e, também, da família cristã. Os pais não
educaCm, os avós se responsabilizam, mas se veem liberais com as crianças. Pais
e avós não se entendem. O que se vê é uma criança crescendo desorientada, sem o
mínimo parâmetro de limites. Você acha que esse processo não afetará a igreja?
OBJETIVOS: Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
1. Reconhecer
a importância de se colocar limites aos filhos.
2. Saber
do valor do exemplo na educação dos filhos.
3. Promover
a educação integral da criança.
Prezado
professor, para concluir o tópico II da lição, sugerimos que você reproduza o
esquema abaixo de acordo com suas possibilidades. Neste esquema, demarcamos
três funções básicas e completamente opostas às características negativas
apontadas na lição: “pais ausentes” e “mãe superprotetora”. Os pais que levam a
sério a educação dos seus filhos sabem que o “amor”, a “educação” e a
“proteção” são funções inegociáveis para a difícil missão de se criar filhos.
Portanto, convide a classe a não recusar essa missão dada por Deus.
AMAR. Todas as ações dos pais
para com os filhos têm como base o amor. Mas amar não significa abonar os atos
errados dos filhos. O maior ato de amor dos pais para com os filhos é corrigir
quando eles estiverem errados; adverti-los quando forem repreensíveis. Amar não
significa fechar os olhos para o erro; mas com mansidão corrigi-lo.
EDUCAR. Os pais não criam os filhos
para si. Eles os educam para o mundo. É na prática da vida que os filhos
provarão se os pais foram ou não competentes na sublime missão de educá-los.
PROTEGER. Além de amar e educar, os
pais devem ser verdadeiros protetores dos seus filhos. Por eles lutam,
sacrificam-se e buscam o melhor para as suas vidas. Mas proteger os filhos não
significa fazer a vontade deles. Quando os pais são honestos e sinceros com os
filhos, eles os protegem para a vida.
INTRODUÇÃO
Nas
lições anteriores, vimos que a expressão “ouve filho meu” soa como um refrão no
livro de Provérbios. É o apelo de um pai amoroso, ensinando ao filho as regras
do bom viver. É a partir de um conjunto de valores, já padronizado, que o pai
assim o faz. Entretanto, sua preocupação não é despejar sobre o filho um código
de regras, mas ensinar valores que o prepararão para a vida. Para isto, ele
utilizará o exemplo, mostrando que a atitude fala muitas vezes mais alto que as
palavras!
I. A IMPORTÂNCIA DOS LIMITES
1.
Satisfazendo necessidades, não vontades. Um princípio utilizado no treinamento de líderes, e
que tem se mostrado bastante eficaz, é a máxima de que “liderar é satisfazer
necessidades, não vontades”. No universo educacional, o princípio torna- se
ainda mais forte e verdadeiro.
Todo
pai deve saber que o filho, especialmente se ainda é criança, deseja que suas
vontades sejam imediatamente satisfeitas. Mas de que realmente a criança
necessita? Embora queira comer só doces, ela precisa de uma alimentação
balanceada para ter um crescimento saudável. É para isso que aponta a sabedoria
de Provérbios 29.15. Portanto, estabeleçamos limites às crianças, não apenas
quanto à alimentação, mas principalmente acerca dos valores morais e espirituais.
2.
Presença versus Agressão. Os educadores descrevem como referências negativas,
na educação da criança, a figura do “pai ausente” e a da “mãe superprotetora”.
O pai ausente é omisso na educação de seus filhos. Evitando o diálogo, vale-se
de métodos agressivos para impor-lhes a sua autoridade. Ele fala sempre aos
gritos. O autor dos Provérbios, porém, exorta-nos a ensinar a criança no
caminho em que deve andar, mas não aos gritos, nem utilizando-se de violência
(Pv 22.6).
A
mãe superprotetora, por seu turno, temendo produzir algum trauma na formação da
criança, acaba por não corrigi-la. Não é isso o que as Escrituras ensinam: o
pai e mãe são os responsáveis pela disciplina dos filhos, e não podem fugir a
esse dever (Pv 13.24).
SINOPSE DO TÓPICO (I): Os pais devem satisfazer as necessidades dos seus filhos, não
vontades; devem educá-los, não agredi-los.
1.
Ética da personalidade. Hoje, mais do que nunca, necessitamos educar nossas crianças, tomando
por base os valores morais e espirituais da Bíblia Sagrada. A ética ensinada
pelas escolas seculares e pela mídia é relativista e permissiva. O que conta
não é o ser e sim o ter. Com isso, nossos filhos ficam completamente
desprotegidos diante das armadilhas deste mundo, por não terem ainda a noção do
certo e do errado, conforme destaca Salomão em Provérbios 7.6,7. Nessa
passagem, deparamo-nos com a triste figura do jovem simples e desprotegido
diante da sedução do mundo.
Algumas
questões precisam ser elucidadas nesse texto. A palavra “simples”, traduzida do
hebraico pethy, refere-se a uma pessoa
tola e ingênua. O termo hebraico leb
traduzido por “coração”, “ser interior” ou “juízo”, é usado para descrever o
caráter moral do indivíduo. O que faltou ao jovem de Provérbios 7 foi
exatamente a noção de valores morais bem demarcados. O resultado não poderia
ser outro: ele caiu nas garras do pecado. Não permitamos, pois, que o mesmo
ocorra com os nossos filhos. Vamos instruí-los enquanto é tempo.
2.
Ética do caráter. A ética coloca os valores no lugar onde eles devem estar. A ideia,
aqui, é educar a pessoa, tomando por base os valores ensinados na Bíblia. O
mais importante não são os sentimentos, mas o comportamento. Não é a
sensibilidade, mas o compromisso com a atitude correta a se tomar. É exatamente
isso que Salomão diz ter herdado do seu pai e o mesmo objetiva transmitir ao
seu “filho” (Pv 4.3,4).
III. EDUCAÇÃO INTEGRAL
1.
Desenvolvimento mental. Provérbios mostra o quanto é importante os mais jovens serem treinados
para que tenham o discernimento adequado para a vida. Por isso, Salomão mostra
os frutos desse treinamento: sabedoria, disciplina, sensatez, justiça, direito,
retidão, habilidade, prudência, conhecimento e reflexão.
Todo
esse aprendizado valia-se de uma técnica apurada de memorização, visando
preparar integralmente o jovem à vida. Por conseguinte, inclinemos o coração ao
entendimento (Pv 2.2). Atemos a benignidade ao pescoço, escrevemo-la na tábua
do coração (Pv 3.3) e guardemos a instrução no lugar mais íntimo do ser (Pv
4.21).
2.
Desenvolvimento moral. A preocupação do sábio com o desenvolvimento moral e espiritual do
aprendiz é claramente demonstrada em sua insistência em educá-lo, tomando por
base a justiça, o direito e a retidão. Isso pode ser visto, quando Salomão
destaca a prática da justiça (Pv 22.22,23), os bons princípios (Pv 22.28;
23.10,11), a instrução e a disciplina (Pv 23.13; 14.22-25), a prudência nas
relações sociais (Pv 23.6-8) e o exercício da misericórdia (Pv 24.11,12).
CONCLUSÃO
Num
momento em que os modelos educacionais experimentam uma grave crise de valores,
é urgente estudarmos o livro de Provérbios, a fim de extrairmos preciosas
lições à educação dos nossos jovens, adolescentes e crianças.
Não
podemos consentir que a cultura deste século inocule, em nossos filhos, o
veneno de um ensino permissivo e contrário aos valores da Bíblia Sagrada.
Preservemos o que os nossos pais na fé construíram e, com muito sacrifício,
deixaram-nos como legado espiritual e moral.
Elucidativo: Que elucida; explicativo.
Atroam: Ato ou efeito de atroar; barulham, estrondam.
Inocule: Introduza, insira ou entre.
Atroam: Ato ou efeito de atroar; barulham, estrondam.
Inocule: Introduza, insira ou entre.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
HENRY,
M. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Jó a Cantares de Salomão.
1 ed., RJ: CPAD, 2010.
WRIGHT, H. N. Tornando-se Grandes Pais: 12 Segredos para criar filhos responsáveis. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
TAYLOR, K. N. Estudos Devocionais para Crianças. 1 ed., RJ: CPAD, 2008.
WRIGHT, H. N. Tornando-se Grandes Pais: 12 Segredos para criar filhos responsáveis. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
TAYLOR, K. N. Estudos Devocionais para Crianças. 1 ed., RJ: CPAD, 2008.
EXERCÍCIOS
1. Quais os principais limites que os pais devem estabelecer
às crianças?
R. Os valores morais e espirituais.
2. Explique as referências negativas na educação da criança
para “o pai ausente” e a “mãe superprotetora”.
R. O “pai ausente” é omisso na educação dos
filhos. Sem diálogo, usa métodos agressivos para impor-lhe a sua autoridade. A
“mãe superprotetora”, temendo produzir algum trauma na formação da criança,
acaba por não corrigi-la.
3. Com base em que devemos educar as nossas crianças?
R. Nos valores ensinados pela Bíblia.
4. O que o livro de Provérbios destaca como importante para o
ensino aos jovens?
R. Que eles sejam treinados para terem o
discernimento adequado para a vida.
5. Você tem se preocupado com a educação dos seus filhos?
R. Resposta pessoal.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
“A Disciplina dos Pais
Os
pais, na educação de seus filhos, devem considerar: 1. O benefício da correção
apropriada. Não somente os pais devem dizer aos seus filhos o que é bom e mau,
como devem repreendê-los, e corrigi-los e puni-los também, se necessário for,
quando negligenciarem aquilo que é bom ou fizerem o que é mau. Se uma
repreensão servir, sem a vara, muito bem, mas a vara não deve ser usada nunca
sem uma repreensão racional e séria; e então, embora possa haver um desconforto
momentâneo para o pai e também para o filho, ainda assim dará ao filho
sabedoria. Vexatio dat intellectum — Os tormentos aguçam o intelecto. O
filho receberá a advertência, e desta maneira, obterá sabedoria. 2. O erro da
indulgência indevida: um filho que não é reprimido nem repreendido, mas é
deixado à própria sorte, como Adonias, para seguir as suas próprias
inclinações, pode fazer o que desejar, mas, se decidir enveredar por maus
caminhos, ninguém o impedirá; é praticamente garantido que seja uma desgraça
para a sua família, e traga a sua mãe, que o mimou e lhe permitiu a sua
devassidão, à vergonha, à pobreza, à reprovação, e talvez ele mesmo a maltrate
e insulte” (HENRY, M. Comentário Bíblico Antigo Testamento: Jó a
Cantares de Salomão. 1 ed., RJ: CPAD, 2010,
pp.874-75).
Subsídio Vida Cristã
“Os Pais Relacionais
Pais
relacionais cuidam o suficiente para disciplinar os filhos. Esses pais entendem
a verdade disciplinar vital de que as regras sem o relacionamento produzem
rebelião. O amor verbalmente expresso sem dar tempo leva à raiva. Muitos filhos
são rebeldes e raivosos porque são criados por pais que não são relacionais.
Anteriormente,
consideramos pais que são autocráticos. Os pais relacionais têm autoridade
sem ser autocráticos. Eles têm o equilíbrio de ser exigentes e sensíveis. A
pesquisadora da Universidade da Califórnia Diane Baumrind descobriu que esses
pais utilizam métodos disciplinares que em primeiro lugar dão apoio, em vez de
meramente punir. Os pais relacionais que têm autoridade exercem o controle
sobre seus filhos, mas pelo fato de os entenderem, eles crescem em
flexibilidade. Eles colocam limites, mas promovem a independência. Os limites
definem o ‘campo de jogo’, a ‘arena de atividade’, em vez de serem cercas que
aprisionam. Os pais relacionais fazem exigências aos filhos, mas explicam os
motivos por que as exigências estão sendo feitas. Esses pais levam em conta o
diálogo, para que o filho seja capaz de expressar a sua opinião.
A
pessoa desenvolvida por pais assim sabe como fazer parte de um time. O filho
desenvolve a confiança em si mesmo e cresce em responsabilidade. Em vez de ser
agitado e de desenvolver quando adulto sempre uma busca por ‘pastos
verdejantes’, seja no casamento ou no trabalho, as pessoas criadas por pais
relacionais com autoridade tendem a ser pessoas satisfeitas.
Há
uma grande quantidade de pesquisas e bibliotecas de livros do tipo ‘como dizer’
sobre criar filhos. Mas se quisermos nos tornar pais que se relacionam bem com
os nossos filhos corretamente, exercer a autoridade, mas sem tirania, e
disciplinar de maneira eficiente, então precisaremos de sabedoria, inspiração e
amor sobrenaturais. O nosso relacionamento com Deus determinará a qualidade do
nosso relacionamento com nossos filhos” (YOUNG, E. Os 10 mandamentos da
Criação dos Filhos: O que Fazer e o que não Fazer para Criar Ótimos
Filhos. 1 ed., RJ: CPAD, pp.122-23).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
O Exemplo Pessoal na Educação dos Filhos
Deus
confiou aos pais a sublime tarefa de educar (Dt 6.1-9). Todavia, na chamada
“Modernidade”, muitos pais estão terceirizando a educação dos seus filhos.
Basta olhar a nossa sociedade para ver e sentir os resultados nefastos desta
falta de compromisso com a educação das nossas crianças. Muitos se preocupam
apenas com a provisão, o sustento da família. Isso é louvável, mas a função os
pais vai além da providência. Vivemos em uma sociedade permissiva e hedonista,
que está experimentando uma grave crise de valores. Os pais devem fazer um estudo
sistemático do livro de Provérbios, pois neste livro podemos encontrar lições
preciosas que vão nos ajudar na educação de nossas crianças e jovens.
No
livro de Provérbios, em especial no capítulo 4, podemos ver o cuidado, a
preocupação com a educação. Educar é cuidar, instruir. Educação é vida. No
Livro de Provérbios encontramos vários textos os quais nos ensinam que a
sabedoria não é inata, mas é algo a ser construído e transmitido pelos pais.
Cabe aos pais testemunharem aos filhos os feitos do Senhor (Sl 78.5). A
história era passada de pai para filho. Qual era o propósito do ensino? Que as
gerações futuras pudessem conhecer o Senhor mediante seus feitos e não se
tornassem rebeldes, mas obedientes. O objetivo era ensinar às gerações futuras
a fim de que não cometessem os erros dos seus descendentes no passado (Sl
78.8).
Nossos
filhos estão inseridos em uma sociedade onde faltam valores morais e éticos.
Nas escolas eles vão estar em contato com filosofias ateístas e mundanas,
contrárias e nocivas à fé cristã. Por isso, mas do que nunca, os pais devem
estar atentos ao que seus filhos ouvem, veem e praticam. Não podemos
negligenciar a educação de nossas crianças e jovens.
Já
às portas de entrar na Terra Prometida, Deus, por intermédio de Moisés, instrui
as famílias quanto à educação dos filhos. Se os israelitas quisessem uma vida
feliz e próspera, não poderiam descuidar da educação de suas crianças (Dt 6.3).
Em Deuteronômio 6.7 diz “e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado
em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te”. Fica
claro que o ensino deveria ser através do exemplo. Os filhos deveriam ver e
conhecer a Deus por intermédio das atitudes dos pais é o que chamamos de
“aprendizagem pelo exemplo”. O discurso dos pais deve ser coerente com as suas
ações, pois eles pais são exemplo. Não adianta ensinar algo e fazer o
contrário. Nossas palavras e ações têm o poder de influenciar as pessoas para o
bem ou para o mal.
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