ESCOLA DOMINICAL - Conteúdo da Lição 1
- Revista da CPAD - 4º Trimestre
Daniel,
Nosso “Contemporâneo”
05
de Outubro de 2014
TEXTO
ÁUREO: “Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o
profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, que entenda)” (Mt 24.15).
VERDADE PRÁTICA: Daniel é um exemplo de perseverança na fidelidade a Deus e de integridade moral, estimulando-nos a confiar no projeto divino.
VERDADE PRÁTICA: Daniel é um exemplo de perseverança na fidelidade a Deus e de integridade moral, estimulando-nos a confiar no projeto divino.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE: Daniel 1.1,2; 7.1; 12.4.
Daniel 1
1 - No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém e a sitiou.
2 - E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da Casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.
Daniel 7
1 - No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça; escreveu logo o sonho e relatou a suma das coisas.
Daniel 12
4 - E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará.
Daniel 1
1 - No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém e a sitiou.
2 - E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da Casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.
Daniel 7
1 - No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça; escreveu logo o sonho e relatou a suma das coisas.
Daniel 12
4 - E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará.
INTRODUÇÃO
Dada a importância do livro de Daniel, nós o estudaremos sob a perspectiva da
escatologia bíblica. Indiscutivelmente, Daniel é um profeta bíblico que não
ficou restrito ao passado. Ele é contemporâneo! O seu nome, a sua vida e obra
são um exemplo de perseverança em Deus. Embora vivendo em circunstâncias
adversas e numa cultura pagã, Daniel não perdeu a fé no Deus Altíssimo e o
vínculo com o seu povo.
O capítulo 24 do Evangelho de Mateus revela um dos mais importantes discursos proféticos de Jesus. Ali, o Mestre de Nazaré cita o profeta Daniel (v.15). Conquanto as profecias de Jesus nos remetam ao contexto de Israel, as evidências proféticas descritas em Mateus 24 não se aplicam apenas à história do povo judeu, mas igualmente à todas as etapas da história humana como descrita no livro de Daniel.
O capítulo 24 do Evangelho de Mateus revela um dos mais importantes discursos proféticos de Jesus. Ali, o Mestre de Nazaré cita o profeta Daniel (v.15). Conquanto as profecias de Jesus nos remetam ao contexto de Israel, as evidências proféticas descritas em Mateus 24 não se aplicam apenas à história do povo judeu, mas igualmente à todas as etapas da história humana como descrita no livro de Daniel.
I. A HISTÓRIA POR TRÁS DO LIVRO DE DANIEL
1. A formação histórica de Israel.
1. A formação histórica de Israel.
A
história do povo judeu começa com Abraão e Sara (Gn 12.1-3). Eles tiveram um
filho chamado Isaque, o filho da promessa de Deus (Gn 15.4; 17.18; 21.1-3).
Isaque, por sua vez, gerou dois filhos, Esaú e Jacó. Do segundo filho, Jacó,
surgiu um clã de 12 filhos. O clã cresceu e multiplicou-se e, posteriormente
mudou-se para o Egito. Ali a família de Jacó aumentou em número, tornando-se um
povo altamente abundante em terra estrangeira. A partir de então, formou-se
Israel, a futura nação projetada por Deus. Mas com o passar do tempo a família
judaica perdeu as benesses que desfrutava nos anos do rei egípcio que
respeitava a liderança e a história de José no Egito. Entretanto, através de
uma intervenção divina, e sob a liderança de Moisés, os israelitas saíram do
Egito e peregrinaram pelo deserto até a terra de Canaã por quarenta anos. A
partir da libertação egípcia, Israel viveu sob a égide de um governo
teocrático, isto é, governado diretamente por Deus e através de homens chamados
por Ele para esta função.
2. O governo teocrático.
Moisés
morreu e o seu substituto foi Josué. Sob o seu comando, Israel conquistou a
terra de Canaã e instituiu um governo em que a autoridade governamental vinha
de Deus — a teocracia. Esse período perdurou aproximadamente trezentos anos,
incluindo o período dos juízes. Foi um tempo difícil porque Israel afastou-se
da direção divina e “cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos” (Jz
21.25).
3. O governo monárquico.
O
reino de Israel esteve sob a liderança de Saul, Davi e Salomão por cento e
vinte anos. O rei Salomão morreu em 931 a.C. marcando assim a decadência
política, moral e religiosa da monarquia. Roboão, o seu filho, assumiu o reino,
mas acabou dividindo-o em dois: o do Norte e o do Sul.
O reino do Norte constituía-se de dez tribos. O do Sul, de apenas duas tribos, Judá e Benjamim. No ano de 722 a.C. o Império Assírio dominou o reino do Norte e subjugou o seu rei, os príncipes e todo o povo.
O reino do Sul teve momentos de glória, mas igualmente de calamidades. Constituído por alguns reis piedosos e outros ímpios, acabou por ser invadido pelo Império da Babilônia. Entre os anos 606 a.C. e 587 a.C., Nabucodonosor levou em cativeiro os nobres de Jerusalém: príncipes, intelectuais e homens de guerra, etc., deixando em Judá apenas os pobres e os deficientes. Toda esta história propiciou a intervenção divina na vida de Israel para preservação do projeto original de Deus.
O reino do Norte constituía-se de dez tribos. O do Sul, de apenas duas tribos, Judá e Benjamim. No ano de 722 a.C. o Império Assírio dominou o reino do Norte e subjugou o seu rei, os príncipes e todo o povo.
O reino do Sul teve momentos de glória, mas igualmente de calamidades. Constituído por alguns reis piedosos e outros ímpios, acabou por ser invadido pelo Império da Babilônia. Entre os anos 606 a.C. e 587 a.C., Nabucodonosor levou em cativeiro os nobres de Jerusalém: príncipes, intelectuais e homens de guerra, etc., deixando em Judá apenas os pobres e os deficientes. Toda esta história propiciou a intervenção divina na vida de Israel para preservação do projeto original de Deus.
II. OS FATOS QUE PROPICIARAM O EXÍLIO NA BABILÔNIA
1. O contexto político do reino de Judá.
1. O contexto político do reino de Judá.
Em
606 a.C. Nabucodonosor invadiu Jerusalém e, além da nobreza, tomou da cidade
todos os utensílios do Templo: ouro, prata e pedras preciosas. Jeoaquim, rei de
Judá, não resistiu e tornou-se tributário da Babilônia, perdendo o domínio do
seu reino e também a confiança dos seus valentes. Entre os cativos expatriados
para Babilônia estava o profeta Ezequiel (Ez 1.1-3). O exército de
Nabucodonosor destruiu o Templo, saqueou Jerusalém e arrasou política, moral e
espiritualmente o reino de Judá. Babilônia se impôs como império por mais de
quatro décadas. Israel foi humilhado, passando de nação próspera à tributária
da Babilônia!
2. Israel no exílio babilônico.
Quando
uma liderança perde a intimidade com Deus e, por consequência, a credibilidade
entre os homens, como aconteceu com os últimos reis de Israel e de Judá, a
tragédia espiritual e moral é inevitável. O cativeiro de 70 anos na Babilônia,
profetizado por Jeremias, foi cabalmente cumprido (2Cr 36.21). Por outro lado,
Deus nos ensina a conhecer os seus desígnios. Foi no exílio babilônico que
Israel aprendeu a conhecer a Deus e não aceitar outro deus em seu lugar. O
cativeiro propiciou a volta do povo de Deus à comunhão com o Altíssimo.
A partir desse panorama histórico compreenderemos o livro do profeta Daniel. Para isto, precisamos igualmente conhecer os aspectos gerais e a importância do livro e da pessoa do chamado “profeta do cativeiro”.
A partir desse panorama histórico compreenderemos o livro do profeta Daniel. Para isto, precisamos igualmente conhecer os aspectos gerais e a importância do livro e da pessoa do chamado “profeta do cativeiro”.
III. DANIEL, O AUTOR E O LIVRO
1. O homem Daniel. Há pouca informação histórica sobre a família de Daniel, senão a de que ele era da linhagem real de Israel (Dn 1.3). Levado para a Babilônia ainda muito jovem, Daniel destacava-se como um judeu inteligente e bem instruído. Ele possuía firmes convicções no Deus de Israel e era contemporâneo de dois importantes profetas da nação israelita: Jeremias e Ezequiel. Certamente esses profetas deixaram seus exemplos como legados para a vida do jovem Daniel. Em 597 a.C., Ezequiel havia sido levado para a Babilônia (Ez 43.6,7). Ali esse experiente profeta chega a citá-lo em seu livro, descrevendo Daniel como um homem de sabedoria e de justiça (Ez 14.14).
1. O homem Daniel. Há pouca informação histórica sobre a família de Daniel, senão a de que ele era da linhagem real de Israel (Dn 1.3). Levado para a Babilônia ainda muito jovem, Daniel destacava-se como um judeu inteligente e bem instruído. Ele possuía firmes convicções no Deus de Israel e era contemporâneo de dois importantes profetas da nação israelita: Jeremias e Ezequiel. Certamente esses profetas deixaram seus exemplos como legados para a vida do jovem Daniel. Em 597 a.C., Ezequiel havia sido levado para a Babilônia (Ez 43.6,7). Ali esse experiente profeta chega a citá-lo em seu livro, descrevendo Daniel como um homem de sabedoria e de justiça (Ez 14.14).
2. A importância do livro.
O
livro de Daniel possui dois conteúdos: o histórico e o profético. No plano
geral da revelação divina, o livro de Daniel ocupa um lugar de suma
importância. Do capítulo 1 ao 6 o conteúdo é histórico, e do 7 ao 12,
profético.
O conteúdo histórico do livro contém experiências que revelam a soberania e o cuidado de Deus para com aqueles que lhe são fiéis. Já o conteúdo profético traz predições escatológicas, em sua maioria, ainda não cumpridas. Por este último conteúdo cremos na “contemporaneidade” de Daniel.
O conteúdo histórico do livro contém experiências que revelam a soberania e o cuidado de Deus para com aqueles que lhe são fiéis. Já o conteúdo profético traz predições escatológicas, em sua maioria, ainda não cumpridas. Por este último conteúdo cremos na “contemporaneidade” de Daniel.
3. A autoria e as características do livro.
Indiscutivelmente,
foi o próprio Daniel quem escreveu o livro entre os anos 606 e 536 a.C. Ele
iniciou sua obra escrevendo na Babilônia e, posteriormente, encerrou-a no
palácio de Susã (Dn 8.2). O livro contém doze capítulos, majoritariamente
escrito em hebraico, excetuando a seção 2.4 até 7.28, que foi escrita em
dialeto aramaico.
Além de histórico, o livro de Daniel contém revelações proféticas cumpridas e outras que ainda vão se cumprir no futuro. São revelações concernentes ao povo de Israel e aos gentios. Deus revelou a Daniel o futuro das nações através da linguagem alegórica. Portanto, pode-se classificar o livro de Daniel como gênero apocalíptico porque desvenda o futuro do mundo trazendo esperança para o povo de Deus, pois ali, Israel é o ponto convergente dos fatos futuros.
Além de histórico, o livro de Daniel contém revelações proféticas cumpridas e outras que ainda vão se cumprir no futuro. São revelações concernentes ao povo de Israel e aos gentios. Deus revelou a Daniel o futuro das nações através da linguagem alegórica. Portanto, pode-se classificar o livro de Daniel como gênero apocalíptico porque desvenda o futuro do mundo trazendo esperança para o povo de Deus, pois ali, Israel é o ponto convergente dos fatos futuros.
CONCLUSÃO
O livro de Daniel nos mostra o compromisso de um homem que se dispõe a servir a
Deus, mantendo a sua integridade moral e espiritual sem fazer concessões ao
sistema idólatra e opressor da Babilônia. Aprendemos igualmente que a história
humana não é casual, mas dirigida pelo Deus soberano, que faz todas as coisas
contribuírem para o bem daqueles que amam ao Senhor.
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