Lições Bíblicas CPAD / Adultos
1º Trimestre de 2015
Título: A Lei de Deus — Valores imutáveis para uma sociedade em constante mudança
Comentarista: Esequias Soares
Lição 1: Deus dá sua Lei ao povo de Israel
Data: 4 de Janeiro de 2015
TEXTO ÁUREO: “Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas” (Rm 9.4).
- 1. Conhecer como a Lei foi promulgada.
- 2. Afirmar a autoria de Moisés.
- 3. Conceituar “Concerto” ou “Aliança”.
- 4. Classificar os sacrifícios que foram estabelecidos com a Lei.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Caro professor, uma nova revista foi pensada, reformulada e elaborada especialmente para você. A equipe de Educação Cristã da CPAD tem o prazer de apresentar uma revista com um formato novo a fim de estudarmos a Bíblia.
A revista Lições Bíblicas do professor, traz as seguintes seções como novidades: o objetivo geral da lição; os específicos; o ponto central, e outros pontos específicos que podem ser explorados por você de acordo com a realidade da sua classe. A criatividade do professor e sua competência em sala de aula contarão muito para o trimestre ser um sucesso. Para conhecer o restante das seções da revista, solicite a cartilha do novo currículo CPAD. Ela pode ser encontrada nas livrarias CPAD, livrarias colaboradoras e no site da Editora.
O tema desse primeiro trimestre é Os Dez Mandamentos — Valores Divinos para uma sociedade em constante mudança. O comentarista da revista é o pastor Esequias Soares, um dos mais renomados biblistas do pentecostalismo brasileiro, líder da Assembleia de Deus em Jundiaí (SP) e presidente da Comissão de Apologética da CGADB. Mestre em Ciências das Religiões, graduado em línguas orientais e autor de várias obras publicadas pela CPAD.
Desejamos um ótimo ano! Ótimo trimestre!
INTRODUÇÃO
PONTO CENTRAL
Deus revelou a sua Lei aos homens através de Moisés, o seu servo. Mas a revelação plena consiste em Cristo, o Filho de Deus.
O tema do presente trimestre são os Dez Mandamentos, a base de toda a legislação mosaica. Aqui vamos iniciar com a solenidade da promulgação da lei, no Sinai, a cerimônia do concerto que Deus fez com Israel. O evento envolveu holocaustos e a leitura do livro da lei num ritual com profundas implicações messiânicas.
I. A PROMULGAÇÃO DA LEI
1. A solenidade. O ritual do concerto e da promulgação da lei no pé do monte Sinai aconteceu cerca de três meses após a saída de Israel do Egito (Êx 19.1-3). Os israelitas permaneceram ali durante um ano (Nm 10.11,12). A revelação da lei começa aqui e vai até o livro de Levítico (Lv 27.34). O livro de Números registra as jornadas de Israel no deserto, e Deuteronômio é o discurso em que Moisés recapitula a lei e traz ao povo uma reflexão sobre os acontecimentos no deserto desde a saída do Egito, exortando Israel à fidelidade a Deus (Dt 1.3; 4.1).
2. A credibilidade de Moisés. Diante de tudo o que aconteceu, quem poderia questionar a legitimidade de Moisés como mediador entre Deus e o povo? Quem podia duvidar da autenticidade e da autoridade da lei (Êx 20.22)? Não seria exagero afirmar que Deus quis fortalecer a autoridade de Moisés com aquelas manifestações sobrenaturais (Êx 19.9). A manifestação visível do poder de Deus ao povo era uma prova irrefutável de sua origem divina (Êx 20.18-22; 19.16-19). As coisas de Deus são sempre às claras. Uma das grandezas do cristianismo é que ele foi erigido sobre fatos. Os evangelhos estão repletos dos milagres que Jesus operou diante do povo (Jo 18.19-21).
3. A lei. A lei de Moisés é o alicerce de toda a Bíblia, e os judeus a consideram “a expressão máxima da vontade de Deus”. O termo hebraico torah aparece no Antigo Testamento como “instrução, ensino, lei, decreto, código legal, norma”, e vem da raiz de um verbo que significa “instruir, ensinar”. A Septuaginta emprega a palavra grega nomos, “lei, norma”, usada também no Novo Testamento. Além de designar toda a legislação mosaica (Dt 1.5; 30.10) — o Pentateuco (Lc 24.44; Jo 1.45) — indica também o Antigo Testamento (Jo 10.34,35; Rm 3.19; 1Co 14.21). Segundo os antigos rabinos, a lei contém 613 preceitos contendo 248 mandamentos e 365 proibições.
SÍNTESE DO TÓPICO (I): A Lei foi entregue a Moisés no Monte Sinai. O legislador de Israel cumpriu o papel de mediador entre a vontade de Deus e o povo de Israel.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Prezado professor, neste tópico consta a explicação do processo de promulgação da Lei de Deus ao seu servo, Moisés. As perguntas “Como a Lei surgiu?”; “Quem a ditou?” e “Quem a recebeu?” são pertinentes para ministrá-las na aula. Aqui, o autor propõe-se respondê-las. Por isso, o desenvolvimento deste tópico será de grande importância para o aluno conhecer a revelação da Lei a fim de que tenha o conhecimento bíblico básico para acompanhar o desdobramento dos Dez Mandamentos ao longo da revista. Portanto, algumas questões são importantes, também, serem esclarecidas para a classe; “Em que livro do Pentateuco inicia a revelação da Lei?”; “Quem fazia a mediação entre Deus e o povo?”; “Qual é o significado da palavra torah?”.
Sugerimos ao professor responder a essas perguntas de modo que os alunos compreendam as informações básicas a respeito da Lei revelada no Pentateuco. Bons comentários bíblicos sobre o Pentateuco poderão auxiliá-lo.
II. OS CÓDIGOS
1. Classificação. Os críticos costumam fragmentar os escritos de Moisés. Consideram a legislação mosaica uma coleção de diversos códigos produzidos num longo lapso de tempo. A classificação apresentada é a seguinte: os Dez Mandamentos encabeçam a lista desses expositores (Êx 20.1-17; Dt 5.6-21). Em seguida, há o que eles denominam Código da Aliança (Êx 20.22-23.33). O que vem depois é o Código de Santidade (Lv 17-26). O Código Sacerdotal é o restante do livro de Levítico e o Código Deuteronômico (Dt 12-26).
2. O que há de concreto? Estas seções ou códigos são realmente identificáveis no Pentateuco; no entanto, é inaceitável a ideia de sua existência independente de cada um deles na história. O argumento dos críticos contraria todo o pensamento bíblico. Não existem provas bíblicas nem extrabíblicas de qualquer código isolado no Antigo Israel. A Bíblia inteira atribui a autoria a Moisés, e o próprio Senhor Jesus Cristo chamava o Pentateuco de “lei de Moisés” (Lc 24.44).
SÍNTESE DO TÓPICO (II): Embora os críticos bíblicos afirmem que os escritos atribuídos a Moisés são fragmentados, a Bíblia inteira, bem como o testemunho de Jesus Cristo, atribui a Moisés a autoria do Pentateuco (Lc 24.44).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O Pentateuco apresenta-se basicamente como obra de Moisés, um dos primeiros e certamente o maior profeta do Antigo Testamento (Nm 12.6-8; Dt 34.10-12). Deus comumente falava por Moisés de viva voz, como também fez mais tarde com os profetas, mas a atividade de Moisés como escritor também é mencionada muitas vezes (Êx 17.14; 24.4,7; 34.27, Nm 33.2; Dt 28.58,61; 29.20-27; 30.10; 31.9-13,19,22,24-26).
[...] A razão de Moisés e os profetas registrarem por escrito a mensagem de Deus, não se contentando apenas em entregá-la oralmente, era que às vezes a enviavam a outros lugares (Jr 29.1; 36.1-8; 51.60,61; 2Cr 21.12). Mas, na maioria das vezes, era para preservá-la para o futuro, como um memorial (Êx 17.14) ou uma testemunha (Dt 31.24-26), a fim de que ficasse escrita para o tempo vindouro (Is 30.8). A falibilidade da tradição oral era bem conhecida entre os escritores do Antigo Testamento. Temos uma lição prática disso quando da perda do Livro da Lei durante os maus reinados de Manassés e Amom. Quando foi redescoberto por Hilquias, seus ensinamentos causaram grande choque, pois haviam sido esquecidos (2Rs 22-23; 2Cr 34).
Não podemos ter certeza de quanto tempo levou para que o Pentateuco alcançasse a sua forma final. Entretanto, vimos no caso do livro do concerto, cuja alusão reporta-se a Êxodo 24, que foi possível um documento pequeno, como Êxodo 20-23, tornar-se canônico antes que tivesse atingido o tamanho do livro do qual hoje faz parte. O livro de Gênesis também incorpora documentos antigos (Gn 5.1). Números inclui um trecho proveniente de uma antiga coleção de poemas (Nm 21.14,15), e Deuteronômio já era considerado canônico mesmo no tempo em que Moisés vivia (Dt 31.24-26), pois foi colocado ao lado da arca do concerto. Contudo, a parte final de Deuteronômio foi escrita depois da morte de Moisés” (COMFORT, Philip Wesley (Ed.). A Origem da Bíblia. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1998, pp.81-83).
III. O CONCERTO
1. O que é um concerto? O termo usado no Antigo Testamento para “concerto” é berit, “pacto, aliança”, que literalmente indica obrigação entre pessoas como amigos, marido e mulher; entre grupos de pessoas; ou entre divindade e indivíduo ou um povo. Sua etimologia é incerta. A Septuaginta emprega o termo grego diatheke, “pacto, aliança, testamento”, ou seja, a mesma palavra usada por Jesus ao instituir a Ceia do Senhor. O Antigo Testamento fala de três concertos: com Noé, com Abraão e com Israel no monte Sinai (Gn 9.8-17; 15.18; Êx 24.8). O Novo Testamento fala do novo concerto que o Senhor Jesus fez com toda a humanidade (Mt 26.28; Hb 8.13).
2. Preparativos. Até este ponto na história dos israelitas, Deus vinha agindo em cumprimento às promessas feitas aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó (Gn 15.18; 17.19; Êx 2.24). Essa promessa precisava ser levada avante. Agora os filhos de Israel formavam um grande aglomerado de pessoas, e essa multidão precisava ser organizada como nação e estabelecida uma forma de governo com estatutos que constituíssem sua lei.
3. O concerto do Sinai. O concerto do Sinai não era apenas a ratificação da promessa feita a Abraão, mas sua aprovação oficial (Gn 15.18; Gl 3.17). As duas partes envolvidas eram, de um lado, o grande Deus Jeová: “se diligentemente ouvirdes a minha voz” (ÊX 19.5); e, de outro, Israel: “Tudo o que o SENHOR tem falado faremos” (Êx 19.8). O povo reafirma esse compromisso mais adiante (Êx 24.7). Era um concerto temporal, local e nacional com mediador falível, ao passo que o de Cristo tinha aplicação universal, foi em favor de toda a raça humana e o Mediador era perfeito.
4. O livro do concerto. Moisés “tomou o livro do concerto e o leu aos ouvidos do povo” (24.7). O concerto foi feito sob as palavras desse livro que continha os mandamentos e os direitos e deveres para a vida de Israel (24.8). Deus já havia mandado Moisés escrever os acontecimentos ocorridos até a guerra dos amalequitas (Êx 17.14). Mas aqui o texto se refere a uma coleção de ordenanças escritas pelo próprio Moisés (24.4). Segundo Umberto Cassuto, professor das universidades de Milão, Roma e Jerusalém, esse livro continha Êxodo 19—20.19 e 20.22—23.33. Nessa época, a revelação do Sinai ainda estava em andamento.
SÍNTESE DO TÓPICO (III): Enquanto o Antigo Testamento fala de três concertos — os de Noé, Abraão e Israel — o Novo revela uma nova e suficiente aliança: Jesus Cristo se fez homem.
IV. O SACRIFÍCIO
1. Os holocaustos. A solenidade foi celebrada com sacrifícios de animais (20.4). O holocausto, olah, em hebraico, significa “o que sobe”, pois a queima subia em forma de fumaça, como cheiro suave diante de Deus. Neste sacrifício, a vítima era completamente queimada como sinal de consagração do ofertante a Deus. A Septuaginta emprega holokautoma, derivado de duas palavras gregas: hotos, “inteiro, completo, total”, e kaustos, “queima”. Ou seja, uma oferta totalmente queimada, ou completamente queimada no altar, era considerada o mais perfeito dos sacrifícios.
2. O sangue. Deus mandou Moisés oferecer o sacrifício do concerto e aspergir o sangue sobre o altar e o povo (24.6,8). Todo o sistema sacrifical fundamenta-se na ideia de substituição, e isso implica expiação, redenção, perdão e sacrifício vicário à base de sangue (Lv 17.11). O sangue aqui era o ponto de união entre Deus e seu povo; com ele, Israel começava uma nova etapa em sua história (Sl 50.5). O escritor aos Hebreus lembra que o concerto do Sinai foi celebrado com sangue e faz uma analogia com a Nova Aliança, porque o Senhor Jesus a selou com seu próprio sangue (Hb 9.18-22).
3. A aspersão. Moisés colocou metade do sangue em bacias e aspergiu outra metade sobre o altar (24.6). O sangue das bacias foi aspergido sobre o povo, como recipiente das bênçãos de Deus e parte do concerto. O sangue do altar representa o próprio Deus, a outra parte da aliança, visto que sem derramamento de sangue não há remissão (Hb 9.22). Tudo isso era também um prenúncio da redenção em Cristo.
SÍNTESE DO TÓPICO (IV): Deus informou a Moisés, na Lei, a constituição de sacrifícios santos: os holocaustos; derramamento de sangue; aspersão do sangue.
CONCLUSÃO
A grandeza do acontecimento no Sinai mostra a natureza sem igual da cerimônia, algo nunca visto. Era a manifestação do próprio Deus de maneira explícita diante de todo o povo. O que devemos aprender é que a observância meramente exterior, destituída de significado interior, não passa de simples cerimônia. A riqueza espiritual e seu significado residem na figura do Filho de Deus e no cumprimento do concerto em Cristo.
VOCABULÁRIO
Promulgada: Publicada; tornada pública.
PARA REFLETIR
Sobre a lei de Moisés e a lei de Cristo, responda:
1° Qual é a maior e a mais completa lei: a de Moisés ou a de Cristo?
Ouça as respostas dos alunos com atenção. Em seguida, explique que o Senhor Jesus cumpriu toda a Lei, de modo que toda a moral contida no sistema mosaico foi incorporada e restaurada sob a graça derramada por Jesus através do sacrifício do Calvário. O mandamento de Cristo é a lei do amor, o mais importante mandamento (Rm 13.10).
2° É correto anular a lei de Moisés em nome da Graça?
Embora a lei tenha a sua importância, servindo durante um longo tempo como um “pedagogo” para o pecador, ela não tem mais domínio sobre nós. Isso não quer dizer que a lei foi anulada, mas efetivamente cumprida por Jesus e, por essa razão, vivemos debaixo da Graça (Gl 3.23-25).
3° O sistema de sacrifício judaico tem algum significado para os cristãos?
Sim, mas se trata de um significado simbólico. Todo o sistema de sacrifício do judaísmo fundamentava-se na ideia de substituição, expiação, redenção, perdão e sacrifício à base de sangue. Todo esse sistema era como sombra, porque Jesus Cristo selou uma nova aliança com a humanidade por meio do seu sangue (Hb 9.18-22). Ele expiou todos os nossos pecados.
4° A quem devemos obedecer: a Moisés ou a Jesus?
Jesus é maior que Moisés. Logo, todo o ensino de Moisés, no Antigo Testamento, deve ser compreendido à luz do Evangelho de Cristo (Hb 3.1-6).
5° Qual é o nosso maior modelo de vida?
Jesus Cristo (Fp 2.5-11).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Deus dá sua lei ao povo de Israel
Currículo novo, escola Dominical nova! É o que deseja o Departamento de Educação Cristã neste Ano Novo de 2015. Desafios modernos exigem uma nova maneira de se fazer a Educação Cristã em nossa nação. Precisamos pensar a fé de forma a falar ao coração das pessoas, desde as mais simples às mais doutas. Não é uma tarefa fácil, pois o currículo da CPAD atende ao Brasil inteiro, um país continental. Por isso, temos diferentes realidades em nosso país: as do Sudeste diferem das do Centro-Oeste; as do Nordeste, das do Norte etc. Assim vamos proclamando e ensinando o Evangelho, confiando em Deus e em você, professor. Sim, você é quem pode contextualizar o que não é possível fazê-lo. É o professor quem conhece o aluno, cada pessoa, cada vida, cada família. É você, professor, quem pode fazer as lições da CPAD, principalmente a Bíblia, fazerem sentido para as pessoas, desde ribeirinhas às grandes metrópoles. Muito nos honra chegar ao querido professor!
Sobre a lição
A primeira lição do novo currículo estuda “Os Dez Mandamentos”. Num tempo marcado pelas tentativas de desconstrução da herança civilizatória ocidental (Jerusalém, Atenas e Roma) — isto é, as contribuições das culturas judaica (noções morais), grega (a filosofia, a política e a literatura) e romana (do direito e das instituições) —, torna-se imperioso iniciarmos este novo ano estudando as leis divinas.
O que os Dez Mandamentos têm a nos dizer hoje? Uma pergunta honesta que o professor deve fazer. Os princípios descritos ali são tão atuais como os eram outrora? Quando lemos os Dez Mandamentos, quase sempre, não paramos para refletir no contexto de libertação em que o povo judeu estava situado. Geralmente olhamos para os mandamentos como “leis fixas ou regras duras” e não damo-nos conta de que a existência deste código divino tinha o objetivo de garantir a liberdade recém-conquistada pelos israelitas.
Há pouco, o povo judeu fora liberto da opressão dos egípcios. Os israelitas sofreram as influências da cultura, da religião, da filosofia de vida egípcia, etc. Não há como ficar incólume sob 430 anos de influência em uma cultura majoritária como a do Egito Antigo. Por isso, a providência divina foi a de estabelecer princípios divinos e de vida para os judeus a fim de que o processo de libertação do povo não fosse em vão. Voltar ao “espírito” do Egito, em pleno deserto, seria a sombra que os hebreus conviveriam por 40 longos anos. Mas, Deus estava disposto a libertá-los para sempre dessa sombra.
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