segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Lição 9 CPAD - 1° Trimestre 2015


Lições Bíblicas CPAD / Adultos


1º Trimestre de 2015

Título: A Lei de Deus — Valores imutáveis para uma sociedade em constante mudança

Comentarista: Esequias Soares

Lição 9: Não adulterarás

Data: 1º de Março de 2015

 
 
 

TEXTO ÁUREO: Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela” (Mt 5.28).

 
VERDADE PRÁTICA: O sétimo mandamento diz respeito à pureza sexual e à proteção da sagrada instituição da família, assim como o mandamento anterior fala sobre a proteção à vida.

 
LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 2.21-24

O casamento foi instituído por Deus antes da queda no Éden

 
Terça - Pv 6.32,33

O adultério destrói a reputação e deixa cicatrizes indeléveis

 
Quarta - Jr 29.20-23

O adultério é uma prática insana com consequências funestas

 
Quinta - Ml 2.14

Deus exige fidelidade entre marido e mulher

 
Sexta - Mt 19.4-6

O plano divino desde o princípio era monogâmico

 
Sábado - Mc 10.11,12

No NT, adultério é qualquer relação sexual extraconjugal

 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Êxodo 20.14; Deuteronômio 22.22-30.

Êxodo 20

14 - Não adulterarás.

Deuteronômio 22

22 - Quando um homem for achado deitado com mulher casada com marido, então, ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim, tirarás o mal de Israel.

23 - Quando houver moça virgem, desposada com algum homem, e um homem a achar na cidade e se deitar com ela,

24 - então, trareis ambos à porta daquela cidade e os apedrejareis com pedras, até que morram; a moça, porquanto não gritou na cidade, e o homem, porquanto humilhou a mulher do seu próximo; assim, tirarás o mal do meio de ti.

25 - E, se algum homem, no campo, achar uma moça desposada, e o homem a forçar, e se deitar com ela, então, morrerá só o homem que se deitou com ela;

26 - porém à moça não farás nada; a moça não tem culpa de morte; porque, como o homem que se levanta contra o seu próximo e lhe tira a vida, assim é este negócio.

27 - Pois a achou no campo; a moça desposada gritou, e não houve quem a livrasse.

28 - Quando um homem achar uma moça virgem, que não for desposada, e pegar nela, e se deitar com ela, e forem apanhados,

29 - então, o homem que se deitou com ela dará ao pai da moça cinquenta ciclos de prata; e, porquanto a humilhou, lhe será por mulher; não a poderá despedir em todos os seus dias.

30 - Nenhum homem tomará a mulher de seu pai, nem descobrirá a ourela de seu pai.

 
OBJETIVO GERAL: Apresentar o sétimo mandamento, ressaltando o intento de Deus em favor da família.

 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Tratar a abrangência e o objetivo do sétimo mandamento.

II. Mostrar o real significado da infidelidade.

III. Relacionar alguns pecados sexuais segundo a lei divina.

IV. Analisar o ensino de Jesus acerca do sétimo mandamento.

 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Infelizmente, vivemos em uma sociedade em que muitos já começam a ver a infidelidade conjugal como uma prática normal. Contudo, segundo a Palavra de Deus, o adultério é e continuará sendo pecado. Encontramos tanto no Antigo Testamento quanto no Novo, sérias advertências contra a infidelidade conjugal (Êx 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9; Cl 5.19). A princípio, a quebra do sétimo mandamento pode parecer doce e até prazerosa, mas o seu fim é amargoso como o absinto (Pv 5.4). Com a infidelidade vem a disfunção familiar. A disfunção é perigosa, é destrutiva para toda a família, para a igreja do Senhor e para a sociedade de um modo geral.

 
INTRODUÇÃO
O sétimo mandamento condena o adultério e a impureza sexual com o objetivo de proteger a família. A Bíblia não condena o sexo; a santidade dele é inquestionável dentro do padrão divino, mas sua prática ilícita tem sido um dos maiores problemas do ser humano ao longo dos séculos. O sétimo mandamento é tratado de uma maneira na lei, e de outra na graça. Um olhar no episódio da mulher adúltera (Jo 8.1-11) mostra que tal preceito foi resgatado pela graça e adaptado a ela, e não à lei.

 
PONTO CENTRAL: O adultério e a impureza sexual maculam a família.

 
I. O SÉTIMO MANDAMENTO

1. Abrangência.

Trata de um tema muito abrangente, que envolve sexo e casamento num contexto social contaminado pelo pecado. O mandamento consiste em uma proibição absoluta, sem concessão, expressa de maneira simples em duas palavras: “não adulterarás” (Êx 20.14; Dt 5.18). Sua regulamentação para os israelitas pode ser encontrada nos livros de Levítico e Deuteronômio, que dispõem contra os pecados sexuais, a prostituição e toda forma de violência sexual com suas respectivas sanções.

 
2. Objetivo.

O Decálogo segue uma lógica. Primeiro aparece a proteção da vida, em seguida vem a família e depois os bens e a honra. O mandamento “não adulterarás” veio para proteger o lar e dessa forma estabelecer uma sociedade moral e espiritualmente sadia. A proibição aqui é contra toda e qualquer imoralidade sexual, expressa de maneira genérica, mas especificada em diversos dispositivos na lei de Moisés.

 
3. Contexto.

A lei foi promulgada numa sociedade patriarcal que permitia a poligamia. Nesse contexto social, o adultério na lei de Moisés consistia no fato de um homem se deitar com uma mulher casada com outro homem, independentemente de ser ele casado ou solteiro. Os infratores da lei deviam ser mortos, tanto o homem quanto a mulher (Dt 22.22; Lv 20.10).

 
SÍNTESE DO TÓPICO (I): O sétimo mandamento tem como objetivo proteger a família, estabelecendo uma sociedade moral e espiritualmente sadia.

 
II. INFIDELIDADE
 

1. Adultério.

É traição e falsidade. É a quebra de uma aliança assumida pelo casal diante de Deus e da sociedade, uma infidelidade que destrói a harmonia no lar e desestabiliza a família. A tradição judaico-cristã leva o assunto a sério e considera o adultério um pecado grave. Trata-se de uma loucura que compromete a honra e a reputação de qualquer pessoa, independentemente de sua confissão religiosa ou status social (Jr 29.23; Pv 6.32,33).

 
2. Sexo antes do casamento.

Esta prática está muito em voga na sociedade moderna, mas nunca teve a aprovação divina, e por isso os jovens devem evitar essas coisas (Sl 119.9). Em Israel, os envolvidos em tal prática, desde que a mulher não fosse casada ou comprometida, não eram condenados à morte. A pena era menos rigorosa, mas o homem tinha de se casar com a moça, pagar uma indenização por danos morais ao pai da jovem e nunca mais se divorciar dela (Dt 22.28,29). Hoje, esse tipo de pecado requer aplicação de disciplina da Igreja, mas nem sempre o casamento deles é a solução.

 
3. Fornicação.

A “moça virgem, desposada com algum homem” (Dt 22.23) diz respeito, no contexto atual, à noiva que ainda não se casou, mas está comprometida em casamento. Trata-se do pecado sexual de fornicação praticado com consentimento mútuo. A pena da lei é a morte por apedrejamento, como no caso de envolvimento com uma mulher casada (Dt 22.24). A razão desta pena vai além do simples ato, pois se trata da quebra de fidelidade, “porquanto humilhou a mulher do seu próximo; assim, tirarás o mal do meio de ti” (Dt 22.24b).

 
SÍNTESE DO TÓPICO (II): A infidelidade conjugal quebra a aliança assumida pelo casal diante de Deus e dos homens.

 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
 
Geralmente o adultério era perdoado nas culturas pagãs, particularmente quanto à parte do homem que, embora fosse casado, não era acusado de adultério a não ser que coabitasse com a esposa de outro homem ou com uma virgem que estivesse noiva. O adultério é estritamente proibido tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento (Rm 13.9; Gl 5.19).
Na Bíblia, o termo adultério é muitas vezes utilizado como uma metáfora para representar a idolatria ou apostasia da nação e do povo comprometido com Deus. Exemplos disso podem ser encontrados em Jeremias 3.8,9; Ezequiel 23.26,43; Oseias 2.2-13)” (PFEIFFER, Charles F. (Ed). Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2010, p.35).

 
III. OUTROS PECADOS SEXUAIS
 

1. Estupro.

A lei contrasta a cidade com o campo para deixar clara a diferença entre estupro e ato sexual consentido. Os versículos 25-27 tratam do caso de violência sexual, pois no campo a probabilidade de socorro era praticamente nula, e a moça era forçada a praticar o ato (22.25). Neste caso, somente o estuprador era morto, acusado de crime sexual, mas a moça era inocentada (Dt 22.26,27).

 
2. Incesto.

lei estabelece a lista de parentesco em que deve e não deve haver casamento, para evitar a endogamia e o incesto (Lv 18.6-18). Mais adiante, a lei prescreve as penas de cada grupo desses pecados (Lv 20.10-23). “Nenhum homem tomará a mulher de seu pai” (Dt 22.30). A lei dispõe contra a prática sexual execrável de abusar da madrasta. É o pecado que desonra o pai, invade e macula o seu leito. Quem pratica tal abominação está sob a maldição divina (Dt 27.20). Na lei, o assunto pertence ao campo jurídico e a condenação prevista é a morte (Lv 20.11). Entretanto, estamos debaixo da graça, e por essa razão o tema é levado à esfera espiritual, cuja sanção se restringe à perda da comunhão da Igreja (1Co 5.1-5). A sábia decisão apostólica é a base para o princípio disciplinar que as igrejas aplicam hoje.

 
3. Bestialidade.
 
É uma aberração sexual, tanto masculina como feminina, contra a qual a lei dispõe tendo como sanção a pena de morte, seja para o homem, seja para a mulher e também para o animal, que devia ser morto (Lv 20.15,16). Bestialidade e homossexualismo desonram a Deus e eram práticas cananeias, razão pela qual os cananeus foram vomitados da terra (Lv 18.23-28).

 
SÍNTESE DO TÓPICO (III): Deus abomina o estupro, o incesto e a bestialidade.

 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
 

Incesto — O crime de coabitação ou relacionamento sexual com familiares ou parentes, que é proibido na lei de Moisés (Lv 18.1-18). A lista apresentada por Moisés é precedida por uma advertência de que Israel não deveria entregar-se aos pecados dos egípcios a quem eles haviam acabado de deixar, ou dos cananeus para cuja terra Deus os estava trazendo. A lista dos relacionamentos proibidos inclui: mãe, madrasta, irmã ou meia-irmã, neta, filha de uma madrasta, uma tia de ambos os lados, a esposa de um tio por parte de pai, nora, cunhada, uma mulher e sua filha, ou neta, a irmã de uma esposa viva. Uma filha e uma irmã por parte de pai e mãe não são mencionados especificamente, uma vez que já são classificadas como ‘parenta da sua carne’ (v.6)” (PFEIFFER, Charles F. (Ed). Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2010, p.966).


IV. O ENSINO DE JESUS

1. O sétimo mandamento nos Evangelhos.

O Senhor Jesus reiterou o que Deus disse no princípio da criação sobre o casamento, que se trata de uma instituição divina, uma união estabelecida pelo próprio Deus (Mt 19.4-6). Ele também se referiu ao tema do sétimo mandamento de maneira direta e indireta. Direta ao fazer uso das palavras “não adulterarás” ou “não cometerás adultério” no Sermão do Monte (Mt 5.27), na questão do moço rico (Mt 19.18) e nas passagens paralelas (Mc 10.19; Lc 18.20). Indireta quando fala acerca do divórcio, tema pertinente ao sétimo mandamento (Mt 19.9; Mc 10.11,12).

 
2. O problema dos escribas e fariseus
 
Mais uma vez Ele corrige o pensamento equivocado das autoridades religiosas de Israel. Os escribas e fariseus haviam reduzido o sétimo mandamento ao próprio ato físico, pois desconheciam o espírito da lei, apegavam-se à letra dela (2Co 3.6). Assim, como é possível cometer assassinato com a cólera ou palavras insultuosas, sem o ato físico (Mt 5.21,22), da mesma forma é possível também cometer adultério só no pensamento (Mt 5.27,28).

 
3. A concupiscência.
 
Há diferença entre olhar e cobiçar. O pecado é o olhar concupiscente. O sexo é santo aos olhos de Deus, desde que dentro do casamento, nunca fora dele. O livro de Cantares de Salomão mostra que o sexo não é apenas para procriação, mas para o prazer e a felicidade dos seres humanos. Jesus não está questionando o sexo, mas combatendo a impureza sexual e o sexo ilícito, a prostituição. O Senhor Jesus disse que os adultérios procedem do coração humano (Mt 15.19).

 
SÍNTESE DO TÓPICO (IV): O Senhor Jesus reiterou o princípio do sétimo mandamento.

 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
 
O Senhor Jesus estendeu a culpa pelo adultério da mesma forma como fez para outros mandamentos, incluindo o propósito ou o desejo de cometê-lo ao próprio ato em si (Mt 5.28). Tecnicamente, o adultério se distingue da fornicação, que é a relação sexual entre pessoas que não são casadas. Entretanto, a palavra grega porneia, uniformemente traduzida como ‘fornicação’, inclui toda lascívia e irregularidade sexual” (PFEIFFER, Charles F. (Ed). Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ. CPAD, 2010, p.35).

 
CONCLUSÃO
 
Cremos que Deus sabe o que é certo e o que é errado para a vida humana. A Bíblia é o manual divino do fabricante e é loucura querer ir contra Ele. A sanção contra os que violarem o sétimo mandamento, na fé cristã, não vai além da disciplina da Igreja e, em alguns casos, o caos na família. Mas o julgamento divino é tão certo quanto a sucessão dos dias e das noites, e a única salvação é Jesus (At 16.31; 17.31).

 
VOCABULÁRIO

Endogamia: Estado de endógamo, isto é, aquele que só se casa com membros da sua classe ou tribo.

 
PARA REFLETIR: Sobre o sétimo mandamento:

1° O adultério destrói a família. Por quê?
 
Sim. Ele destrói a família porque quebra a aliança assumida pelo casal diante de Deus e da sociedade. A infidelidade destrói a harmonia no lar e desestabiliza a família.

 
2° O adultério refere-se apenas ao envolvimento sexual de pessoas casadas?

Não. Refere-se também ao relacionamento sexual entre uma pessoa solteira e uma casada.

 
3° Por que o adultério é destrutivo para a família?

Porque é uma loucura que compromete a honra e a reputação do casal.

 
4° Por que o casamento é uma instituição divina?

Porque foi planejado e criado pelo Senhor.

 
5° Qual o limite entre o “simples olhar” e o “olhar malicioso”?

O olhar malicioso é o que cobiça com o desejo de possuir o outro.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
 

 
Não adulterarás

Quando um membro comete o pecado de adultério contra o cônjuge geralmente é redigido no Livro da Ata da Assembleia Geral da igreja local, assim: “pecou contra o sétimo mandamento”. Adultério e sétimo mandamento tornaram-se sinônimos na maioria das igrejas.
Com adultério, nos referimos ao relacionamento sexual de uma pessoa casada com outra casada ou solteira. Mas o sétimo mandamento tem uma particularidade no Antigo Testamento. Quando Deus o proferiu ao povo, a mulher tinha um papel bem diferente o da atual sociedade ocidental.
Era comum, em Israel, o homem adulterar com outra mulher, embora esta nunca fora a vontade de Deus para a humanidade. Pela dureza do coração humano, as mulheres eram preteridas por quaisquer desculpas: “Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na mão, e a despedirá da sua casa” (Dt 24.1). A expressão “achar coisa feia” foi responsável por muitas interpretações entre os sábios de Israel. O resultado: por mais absurdo dos motivos os judeus repudiavam as suas mulheres. Na sociedade dos tempos antigos, as mulheres repudiadas tinham apenas dois destinos para sobreviverem: tornavam-se prostitutas ou mendicantes.
No Novo Testamento, Jesus retomou o ideal de Deus para a humanidade e denunciou a covardia dos homens de Israel, principalmente a dos religiosos, dizendo: “Ouviste o que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém, vos digo que qualquer que atentar para uma mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela” (Mt 5.27,27). Note que a expressão “achar coisa feia”, de Deuteronômio 24.1, perdeu todo o sentido agora. O nosso Senhor estava falando aos homens nestes termos: vocês não têm o direito de repudiar as suas mulheres para ficar com outras mais novas. Assim Jesus asseverou: “Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem” (Mt 19.4-6).
O adultério viola por completo o princípio de Deus para com os seres humanos. Os destinatários das palavras de Jesus eram os homens da sua época. Por quê? Ora, eles determinavam a vida das mulheres. Mas hoje, também, o mandamento fala como nunca e cada vez às mulheres mais independentes: Não adulterarás!

 
 
 

 

Partiu o missionário Davi Miranda


NOTA DE FALECIMENTO DA IGREJA PENTECOSTAL DEUS É AMOR:



É com muito pesar que a Igreja Pentecostal Deus é Amor notifica que o Missionário David Miranda, homem muito amado, caridoso, amoroso, responsável, temente, querido, usado e fiel a Jesus Cristo, faleceu no dia 21 de fevereiro de 2015, às 23h45, com 79 anos, de infarto.

David Miranda era casado com a irmã Ereni Miranda, pai de quatro filhos (David, Débora, Leia e Daniel), além de netos. Ele aceitou a Jesus em 1958, daí em diante, a dedicação a Deus foi diariamente, até ouvir a voz dEle para fundar a IPDA: ‘Igreja Pentecostal Deus é Amor’.

Dia 03 de junho de 1962, ele fundou a IPDA, através da revelação do Espírito Santo, uma igreja que cresceu grandemente, tendo hoje mais de 22 mil igrejas espalhadas no Brasil e no mundo, aproximadamente. Ademais, o ‘ Templo da Glória de Deus’ (capacitado para receber 60 mil pessoas, com estacionamento para 500 automóveis e 143 ônibus) é uma de suas conquistas.

A tristeza está por causa da notícia de um homem de Deus que partiu. Um homem cujas lembranças sempre serão de fé, amor, dedicação na obra do Senhor, entre outras qualidades notórias. Entretanto, a felicidade é em saber que ele está perto do que vive para todo o sempre: Jesus Cristo. Os dias dele foram, especialmente, para adorar e buscar a Deus, ganhando almas ao Seu Reino. De fato, ele deixa vários exemplos: de pai, de esposo, de vô, de amigo etc. Soube ouvir, falar, aconselhar, pregar e conquistar.

Notificamos também que o culto fúnebre iniciou-se às 08h, do dia 22 de fevereiro de 2015, no Templo de Glória de Deus, localizado na Av. do Estado, 4.568. Neste momento, pedimos que nossas orações e sentimentos sejam dedicados para a família do missionário e aos membros por esta perda; para que Deus conforte os corações.

 

FONTE: Site da Igreja Pentecostal Deus é Amor

 

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Lição 8 CPAD - 1° Trimestre 2015


Lições Bíblicas CPAD / Adultos

 Título: A Lei de Deus — Valores imutáveis para uma sociedade em constante mudança

Comentarista: Esequias Soares

Lição 8: Não Matarás




TEXTO ÁUREO: De palavras de falsidade te afastarás e não matarás o inocente e o justo; porque não justificarei o ímpio” (Êx 23.7).

 
VERDADE PRÁTICA: O direito à vida é um bem pessoal e inalienável; sua preservação e proteção devem ser parte da responsabilidade do homem cristão.

 
LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 9.5,6: A vida deve ser protegida porque o homem é a imagem de Deus

Terça - Dt 19.4: Pena para o homicídio culposo, quando não há intenção de matar

Quarta - Dt 27.24,25: Pena para o homicídio doloso, quando há intenção de matar

Quinta - 1Sm 2.6: Somente Deus, o Doador da vida, tem o direito de tirá-la

Sexta - Mt 5.21,22: O Senhor Jesus condenou o assassinato e o ódio

Sábado - Jo 10.10: O Senhor Jesus veio para que todos tenham vida

 
OBJETIVO GERAL: Apresentar o sexto mandamento, ressaltando o propósito de Deus pela proteção da vida.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Abaixo, os objetivos específicos referem-se aos que o professor deve atingir em cada tópico.

Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Tratar a abrangência e o objetivo do sexto mandamento.

II. Ressaltar a importância da vida para Deus.

III. Apresentar o significado jurídico do homicídio.

IV. Descrever a punição do homicida.

 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Vivemos em uma sociedade marcada pela violência; por isso, esta é uma oportunidade ímpar para tratar a respeito do sexto mandamento; não matarás. Para muitos que não conhecem a Deus e a sua Palavra, a vida humana parece ter perdido o seu valor. Todos os dias milhares de pessoas matam e morrem por coisas triviais. A vida é um dom de Deus e, ao cometer um homicídio, além de estar infringindo a lei dos homens, a pessoa está indo contra o próprio autor e galardoador da vida, Deus.

 

INTRODUÇÃO
O sexto mandamento manifesta o propósito de Deus pela proteção da vida. Sua vontade é que os seres humanos façam o mesmo. O tema é abrangente e complexo, razão pela qual deve ser estudado com diligência. A lei diz “não matarás”. Isso não contraria a guerra, a pena capital e o próprio pensamento cristão? Mas o assunto não se encerra por aí. Esse é o tema do presente estudo.

 

PONTO CENTRAL: A vida é um dom de Deus e ninguém tem o direito de tirá-la.

 

I. O SEXTO MANDAMENTO

1. Abrangência.

Este é o primeiro mandamento que consiste em uma proibição absoluta, sem concessão, expressa de maneira simples com duas palavras: “Não matarás” (Êx 20.13; Dt 5.17). A legislação mosaica dispõe sobre o tema ao longo do Pentateuco, cuja abrangência fala contra a violência, o assassinato premeditado e o não premeditado. Temas como guerra, pena capital, suicídio, aborto e eutanásia são pertinentes ao sexto mandamento.

 
2. Objetivo.

O sexto mandamento reflete o ensino geral do Antigo Testamento sobre o respeito à santidade da vida. O Senhor Jesus incluiu aqui o ensino sobre o amor (Mt 5.21,22). No novo concerto Ele inclui “pensamentos e palavras, ira e insultos”. O Novo Testamento considera homicida quem aborrece a seu irmão (1Jo 3.15). O objetivo deste mandamento é religioso e social, com o propósito de proteger a vida e trazer a paz entre os seres humanos (Mt 5.44; Rm 12.18).

 
3. Contexto.

“Não matarás” já era um mandamento antigo, mas agora é introduzido de uma forma nova. O respeito à vida era conhecido na Antiguidade pelos mesopotâmios, egípcios e gregos, entre outros. O Código de Hamurabi (1750 a.C.), rei da Babilônia, é um exemplo clássico, contudo não se revestia de autoridade divina. Essa é a primeira distinção entre os códigos antigos e a revelação do Sinai. A outra é que Deus pôs sua lei no coração e na consciência dos demais povos (Rm 1.19; 2.14,15).

 

SÍNTESE DO TÓPICO (I): Deus criou e deseja preservar a vida humana.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Não matarás (20.13). ‘Assassinar‘ é mais precioso aqui do que ‘matar’. A palavra hebraica rasah é a única sem paralelo em outras sociedades do segundo milênio a.C. Ela identifica ‘morte de pessoas’, e inclui assassinatos premeditados executados com hostil intenção e mortes acidentais ou homicídios culposos. Dentro da comunidade da aliança, precisava-se tomar um grande cuidado para que ninguém perdesse a vida, mesmo por acidente. O termo rasah não é aplicado em mortes na guerra ou em execuções judiciais” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse Capítulo por Capítulo. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.64).

 

II. IMPORTÂNCIA

1. Da vida.

A vida é um dom de Deus e ninguém tem o direito de tirá-la (Gn 9.6). Somente Deus, que criou o homem à sua imagem, tem o direito de pôr fim à vida humana (Gn 1.26,27; Dt 32.39). Três grandes personagens da Bíblia pediram a morte e não foram atendidas: Moisés, Elias e Jonas (Nm 11.15; 1Rs 19.4; Jn 4.3). Tudo isso nos mostra que a vida pertence a Deus, e não a nós mesmos. Deus sabe a hora em que a vida humana deve cessar, Ele é o soberano de toda a existência.

 
2. Não matar.

A proibição do sexto mandamento é não assassinar. O verbo hebraico ratsach, “matar, assassinar, destruir”, aparece 47 vezes no Antigo Testamento, em sua maior parte nos textos legais. A primeira ocorrência é nos Dez Mandamentos (Êx 20.13). A tradução mais precisa das palavras lo e tirtsach seria: “não assassinarás”, ou “não cometerás assassinato”, pois “não matarás” é uma expressão genérica. O dispositivo mosaico proíbe o homicídio premeditado, o assassinato violento de um inimigo pessoal (Êx 21.12; Lv 24.17). O termo refere-se também a homicídio culposo, aquele em que não há intenção de matar (Dt 4.42; Js 20.3).

 
3. Etimologia.

São raros os termos correspondentes ao verbo ratsach nas línguas cognatas; só no norte da Arábia foi encontrado o verbo radaha, “quebrar em pedaços, estilhaçar”. O termo ratsach não é usado na guerra nem na administração da justiça e não aparece no contexto judicial e militar. Parece haver uma única ocorrência em que ele é aplicado à pena de morte (Nm 35.30), mas estudos mostram que originalmente a ideia do verbo era de vingança de sangue.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (II): É Deus quem dá ao homem o fôlego de vida e somente Ele tem o direito legal de pôr fim à vida.

 

III. PROCEDIMENTO JURÍDICO

1. Significado do homicídio.

O homicídio é o maior crime que um ser humano pode cometer. A proibição do assassinato, apesar de constar dos códigos de leis anteriores ao sistema mosaico, já havia sido estabelecido pelo próprio Criador desde o limiar da raça humana: “Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem” (Gn 9.6). É contra Deus que o homicida está desferindo seu golpe ao tirar a vida de alguém, pois a imagem é a representação de uma pessoa ou coisa.

 
2. Homicídio doloso (Nm 35.16-21).

Aqui são dadas instruções específicas acerca do procedimento jurídico sobre o homicídio doloso. Se alguém ferir de morte seu próximo, “com instrumento de ferro” (v.16), “com pedra à mão” (v.17) ou ainda “com instrumento de madeira” (v.17), ou por qualquer outra forma (vv.20,21), e a pessoa golpeada morrer, o autor da ação é considerado homicida. O substantivo “homicida”, rotseach, vem do verbo ratsach e aparece repetidas vezes aqui. Trata-se de homicídio doloso.

 
3. Homicídio culposo (Nm 35.22-25).

Era o crime involuntário e acidental, razão pela qual o autor não devia morrer, e a lei estabeleceu o procedimento a ser seguido para livrar o réu da pena de morte. Ele precisava se refugiar numa das cidades de refúgio até provar que o homicídio fora acidental (Dt 19.4-6). A outra maneira de escapar das mãos do vingador do sangue era agarrar-se nas pontas do altar (Êx 21.12-14; 1Rs 1.50,51). Esses dois recursos equivalem ao habeas corpus concedido atualmente.

 

SÍNTESE DO TÓPICO (III): Ao tirar a vida de alguém, o homicida está infringindo a lei dos homens e agindo diretamente contra o próprio autor da vida, Deus.

 

IV. PUNIÇÃO

1. O sangue de Abel.

O termo “sangue” de Abel em “A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra” (Gn 4.10), está no plural, no hebraico, que segundo o Talmude, antiga literatura religiosa dos judeus, significa “sangue de sua descendência” ou seja: “todo aquele que destruir uma vida em Israel a Escritura reputa como se tivesse destruído o mundo inteiro” (Sanedrin 4.5). Tal crime interrompe para sempre a posteridade da vítima. Em Hebreus é dito que o sangue da aspersão, de Cristo, fala melhor do que o sangue de Abel (Hb 12.24). Isso porque o sangue de Jesus clama por misericórdia, mas o de Abel por vingança (Gn 4.10,11).

 
2. O vingador.

A lei dava o direito ao “vingador do sangue” (Nm 35.19,21b), goel, em hebraico, “redentor, remidor, vingador”, de matar o assassino onde quer que o encontrasse. Vingar o sangue era, no Oriente Médio, uma questão de honra da família (Êx 21.24; Lv 24.20; Dt 19.21). Era uma grande desonra para a família não vingar o assassinato de um ente querido. Isso é mantido ainda hoje nessa parte do mundo. Porém, o Senhor Jesus mandou substituir a vingança pelo perdão (Mt 5.38,39).

 
3. Expiação pela vida.

O crime de assassinato podia ser expiado por uma das duas maneiras estabelecidas na legislação mosaica. A primeira, no caso de homicídio doloso, em que uma vida é expiada por outra (Nm 35.31), o assassino deve ser morto, ou seja, era “vida por vida” (Êx 21.23). A segunda diz respeito ao homicídio culposo, a busca de proteção em uma das cidades de refúgio. A expiação, nesse caso, é a morte do sacerdote da cidade (Nm 35.25).

 

SÍNTESE DO TÓPICO (IV): Não havia expiação para homicídio doloso; já para o homicídio culposo, havia as cidades de refúgio.

 

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Cidades de Refúgio — Entre as 48 cidades dadas aos levitas em Israel, seis, por ordem de Deus, foram indicadas como cidades de refúgio, ou asilo, para o ‘homicida’ (Nm 35.6,7). O próprio Moisés escolheu três delas no lado leste do rio Jordão: Bezer para os rubenitas, Ramote, em Gileade, para os gaditas; Golã, em Basã, para os manassitas (Dt 4.41-43). Mais tarde, na época de Josué, as outras três foram indicadas na parte oeste do Jordão. Elas estavam convenientemente situadas nas regiões norte, central e sul da terra que habitavam. Seriam construídas e mantidas abertas estradas para essas importantes cidades (Dt 19.3).
Em Hebreus 6.18 está indicado que as cidades de refúgio eram um tipo de Cristo. O apóstolo faz alusão a isso quando fala daqueles que fugiram procurando um refúgio, e também da esperança oferecida a eles. Nós procuramos o refúgio em Cristo, e nEle estamos a salvo do Vingador do sangue divino (Rm 5.9)” (PFEIFFER, Charles F. (Ed). Dicionário Bíblico Wycliffe. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2010, pp.417-18).

 
CONCLUSÃO

O Senhor Jesus vinculou o sexto mandamento à doutrina do amor ao próximo. Devemos manter nossa posição em favor da paz e da fraternização dizendo “não” à violência em suas diversas modalidades, para a glória de Deus.

 
VOCABULÁRIO

Homicídio culposo: Quando uma pessoa mata outra, mas sem que tivesse esta intenção.

Homicídio doloso: Quando há intenção de matar.


PARA REFLETIR: Sobre o sexto mandamento

1° O homem tem o direito de tirar a vida do outro?

Não. Explique que a vida é um dom de Deus e homem algum tem o direito de tirá-la.

2° O que você entende por “a santidade da vida?

Resposta livre, mas deixe claro que a vida é um dom divino e, por isso, santa.

3° Por que ninguém tem o direito de tirar a vida do outro?

Porque ela é um dom de Deus. Logo, somente Ele tem o direito de dar fim aos dias de uma pessoa.

4° Deus perdoa quem comente o assassinato?

Se houver arrependimento sincero, Ele perdoa.

5° Quanto ao “aborto”, a posição do crente deve ser contrária. Comente.

Sim. O aborto é o assassinato de uma vida.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Não matarás

Deus é o Senhor da vida! Por isso ordenou: Não matarás. Um mandamento que nem sempre o povo de Israel obedeceu. Cidades de Refúgio foram criadas em Israel para defender alguém que pudesse ser morto por causa de um assassinato por legítima defesa. Pois os criminosos que praticavam crimes hediondos pagariam com a própria vida. Não seria justo uma pessoa que matou outra para se defender pagar com o mesmo preço. Deus é justo!
Cidades de Refúgio, crimes hediondos e o próprio mandamento demonstram-nos o quanto seria duro para o povo de Israel conviver na terra de Canaã. O risco de se tornarem iguais ao Egito, mesmo longe do Egito, era iminente. O sexto mandamento defende a vida e afirma que todos têm direito a ela. É um dom de Deus que deve ser respeitado como a própria imagem dEle. A vida é um milagre!
Não é difícil esquecermos este mandamento quando nos revoltamos com os crimes hediondos e tantos outros crimes praticados nos quatro cantos do mundo, apoiando o fazer justiça com as próprias mãos. O Senhor Jesus foi vítima do mais corrupto e cruel sistema de julgamento, mas qual foi o seu comportamento nesse processo? Combatia a vingança com o perdão: “Não te digo que até sete [que se deve perdoar], mas até setenta vezes sete” (Mt 18.22). Criticava a mentalidade popular que dizia “Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo” com “Amai vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazendo bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do Pai que está nos céus” (Mt 5.43-45). E deu o maior exemplo com a própria vida enquanto os soldados romanos o crucificavam: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34). Que difícil!
O “não matarás” é um mandamento para proteger a vida. Por mais que sejamos tentados a defender o “olho por olho e dente por dente”, diante de uma tremenda injustiça, precisamos fazer o exercício diário de olharmos para Jesus e nos lembrarmos de que, mesmo a sua vida esvaindo-se, o nosso Senhor exalava o perdão contra os seus algozes.