sábado, 29 de agosto de 2015
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Lição 9 CPAD - 3° Trimestre 2015
3º Trimestre de 2015 / CPAD Adultos
Título: A Igreja e o seu Testemunho — As
ordenanças de Cristo nas cartas pastorais
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Data: 30 de Agosto de 2015
TEXTO ÁUREO: “Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção” (2Pe 2.12).
VERDADE PRÁTICA: O ensino da Palavra de Deus, de modo cuidadoso, pode evitar que a corrupção domine os corações dos salvos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I. Apontar as características dos tempos trabalhosos.
II. Apresentar o apóstolo Paulo como exemplo de obreiro em tempos difíceis.
III. Conscientizar os alunos acerca do
valor do ensino bíblico nesses tempos trabalhosos.
Professor, os dias não são fáceis para quem deseja servir a Jesus com
humildade, sinceridade e fidelidade ao Senhor. São tempos que requer dos
líderes, sobriedade, temperança, firmeza. A lição desta semana visa munir os
alunos de conhecimento sólido do Evangelho de Cristo a fim de que eles,
autonomamente, discirnam a corrupção desses últimos dias. Tal corrupção deve
ser combatida por aqueles que têm a vocação ministerial para servir a Igreja de
Cristo Jesus na terra. Incentive os alunos a desenvolverem uma consciência
crítica em relação a tudo o quanto se mostra claramente contra o princípio do
Evangelho de Cristo: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si
mesmo.
Deus criou o homem
bom e perfeito, mas ele pecou. Como resultado da Queda veio a morte e toda a
sorte de corrupção. Na lição de hoje estudaremos a respeito dos pecados dos
últimos dias. Sabemos que, infelizmente, a humanidade afastada de Deus, vem a
cada dia se tornando mais e mais corrupta.
1. Nos últimos dias (v.1).
Paulo inicia o
capítulo três falando a respeito da extrema corrupção dos últimos dias. O termo
“últimos dias” não se refere somente ao fim dos tempos escatológicos, mas faz
referência ao ataque gnóstico sobre a Igreja. O apóstolo mostra a Timóteo o
grande desafio que é permanecer fiel ao Senhor em tempos difíceis, quando os
falsos mestres parecem se multiplicar. Ele faz uma lista com as características
dos falsos mestres, homens sem Deus. Vejamos algumas:
a) Amantes
de si mesmos. São homens que buscam os seus
interesses em primeiro lugar, antes de valorizarem os outros e a obra do
Senhor. Eles não têm amor, pois o verdadeiro amor “não busca seus interesses”
(1Co 13.5).
b)
Avarentos. São amantes do
dinheiro, fruto do seu egoísmo. Hoje, há falsos obreiros, que só pregam ou
fazem a obra de Deus esperando receber bens materiais (1Tm 6.10).
c)
Presunçosos, soberbos.
São homens cheios de orgulho, de arrogância, que se julgam superiores aos
outros. Sabemos que Deus abomina a altivez e que a “soberba precede a ruína”
(Pv 6.16,17).
d)
Blasfemos. Blasfêmia é ofensa
verbal a Deus, porém, ela não se limita às palavras. Jesus ensinou que para a
blasfêmia contra o Espírito Santo não haverá perdão (Mt 12.31).
e)
Desobedientes a pais e mães e ingratos. São péssimos exemplos na família, pois não honram seus pais e mães (cf.
Êx 20.12). São ingratos com Deus, os pais, os amigos, à igreja e todo
ministério.
f)
Profanos e sem afeto natural. São homens que não sabem amar, por isso não respeitam as coisas
sagradas (Lv 19.8,12).
g)
Irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes e cruéis. Nunca estão dispostos a perdoar e se
reconciliarem. Cometem o crime de calúnia. Nas igrejas, esse crime é ignorado.
Raramente se pune um caluniador. Não sabem conter-se, não tem autocontrole, nem
domínio próprio. São pessoas impiedosas, desumanas.
Muitos vão à igreja, tem o linguajar de
crente, se vestem como crentes, porém suas atitudes não condizem com a Palavra
de Deus. Paulo adverte quanto a estes que querem viver apenas de aparência,
enganando e sendo enganados. Porém, haverá um dia em que eles terão que prestar
contas ao Senhor. Estes podem enganar a liderança e os crentes, mas jamais
enganam a Deus. O Senhor conhece aqueles que são seus.
Caro professor,
nesta oportunidade, você pode usar o artigo do subsídio para Lições Bíblicas
da Escola Dominical, da Revista Ensinador Cristão (p.40) deste
trimestre. O prezado professor poderá usá-lo para uma leitura reflexiva após a
exposição do tópico primeiro ou pode igualmente usá-lo como introdução ao
tópico para iniciar a lição. A ideia para a exposição deste tópico é que fique
bem claro para os alunos a descrição que o apóstolo Paulo fez acerca dos falsos
mestres. Por isso, abra esse tópico de maneira a aguçar a curiosidade dos
alunos com questões como: “Dê exemplos de uma pessoa amante de si mesma”; “O
que é uma pessoa avarenta?”.
1. Um obreiro exemplar (v.10).
Paulo exorta
Timóteo a fim de que ele perseverasse na sã doutrina e sempre procurasse pregar
a Palavra de Deus em todas as ocasiões. Como líder, Paulo era um exemplo a ser
seguido pelos demais pastores e por toda a igreja. Ele era um seguidor
autêntico de Jesus, na proclamação do evangelho e da doutrina de Cristo.
Muitos exortam,
ensinam e pregam com muita desenvoltura, todavia, na prática não vivem aquilo
que transmitem nos púlpitos. Paulo não somente ensinava, mas sua vida era um
testemunho vivo do poder transformador do Senhor Jesus Cristo. Com toda
autoridade, ele podia afirmar: “Sede também meus imitadores, irmãos, e tende
cuidado, segundo o exemplo que tendes em nós, pelos que assim andam” (Fp 3.17).
A intenção de Paulo
não era se promover, mas promover o Evangelho de Cristo. Seu desejo era ganhar
almas para Cristo. Ele era um homem de fé, por isso, pôde suportar todos os
embates, combates e sofrimentos por que passou durante o seu ministério. A fé
nos faz vencer os embates do ministério.
Ser longânimo é ter
paciência para suportar os fracos, os defeituosos, os problemáticos (Gl 5.22).
O líder precisa cultivar esse dom, especialmente o amor. Paulo não só falou e
ensinou, mas deu exemplo do que é ter amor. Na sua epístola de 1 Coríntios, ele
dedica o capítulo 13 inteiro para falar a respeito da suprema excelência do
amor.
Outro exemplo que
pode auxiliá-lo a mostrar o quanto um homem de Deus pode ser um modelo para o
povo escolhido do Senhor, com o objetivo de estimular ao povo a viver na
presença de Deus, é apresentarmos o contexto do profeta Malaquias. Igualmente ao
do apóstolo Paulo, o profeta Malaquias vivia num contexto hostil aos valores do
Eterno. Mas a vida do profeta foi capaz de demonstrar “que Deus sempre amou seu
povo, dizia Malaquias, mas este nunca havia assimilado a profundidade deste
amor, e na verdade retribuía-o com desonra e desobediência (Ml 1.6-14). Tudo
isto pode ser visto na própria indiferença do povo para com as ofertas, pois
enquanto se empenhavam em importar o melhor para suas próprias casas, os
sacrifícios eram da pior espécie, com animais cegos e doentes. Os próprios
sacerdotes se voltavam contra Deus, violando abertamente o compromisso de
levitas (Ml 2.8). Além disso, muitos judeus tinham se divorciado de suas
mulheres, sinalizando assim seu descaso para com os ensinamentos das Escrituras
(Ml 2.10). Como resultado, o Senhor enviaria seu mensageiro messiânico para
purgar o mal enraizado no coração do povo e purificar um remanescente que
andaria diante da presença do Senhor em verdade” (MERRIL, Eugene H. História de
Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as
nações. 6ª Edição. RJ: CPAD, 2007, pp.548,49). Lembre aos alunos que o
nosso Deus conta com as nossas vidas para sermos sal da terra e luz do mundo
(Mt 5.13-16) numa geração hostil à vontade do Senhor.
1. O valor do ensino bíblico.
Na atualidade é
imprescindível que os líderes invistam recursos e tempo no ensino da Palavra de
Deus. Somente o ensino bíblico ortodoxo conduz o homem à santidade e à santificação
(Sl 119.105; Rm 15.4; 1 Co 4.17). O ensino da Palavra de Deus é instrução que
leva o homem a viver de modo justo e digno. Nesses tempos difíceis em que
estamos vivendo necessitamos de líderes dedicados ao estudo e ensino das
Escrituras Sagradas.
Vivemos tempos
difíceis, porém, sabemos que o Anticristo ainda não está no mundo, mas muito de
seus seguidores já se encontram em plena atividade, inclusive realizando sua
obra satânica de oposição a Cristo e a sua Igreja. Assevera-nos a Bíblia:
“Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também
agora muitos se têm feito anticristos [...]” (1Jo 2.18). Observe alguns dos
“instrumentos” utilizados por Satanás nesses últimos dias contra o rebanho do
Senhor:
a) O
relativismo. O
relativismo moral domina o pensamento na atualidade. Em nome de um falso
pluralismo, e do “respeito às diferenças”, o Diabo vem convencendo as pessoas
de que nada é errado, tudo é relativo.
b) Leis infames. Leis que criminalizam e preveem a
prisão daqueles que usam textos da Bíblia para falar contra o homossexualismo.
Leis que querem legalizar o uso de drogas e a prática do aborto.
As leis de muitos
países favorecem a imoralidade e a falta de ética na sociedade. Muitas delas
são estabelecidas sob a égide de filosofias materialistas, relativistas e
pluralistas. A Palavra de Deus, todavia, trás em seu âmago referenciais éticos
e morais para a plena felicidade das famílias em qualquer civilização. Os que
rejeitam esses referenciais ficarão perdidos, inseguros, sem rumo e orientação.
O resultado disso é a tragédia moral que vem se abatendo, especialmente sobre a
família, e a sociedade como um todo.
Conservando a sã doutrina e
Manifestação do Espírito Santo
O que acho alarmante
é o número crescente de pastores e igrejas que estão caindo vítimas desta
mentalidade de ‘especialidades’. Muitas igrejas parecem só se envolverem em
determinadas áreas ministeriais nas quais ou têm prazer ou acham
particularmente fáceis. Temos igrejas da ‘Palavra’, igrejas do ‘louvor’,
igrejas do ‘fogo e enxofre’, igrejas da ‘família’, igrejas do ‘discipulado’, e
a lista prossegue sem fim. Em resposta a muitas pessoas feridas, cujas
necessidades ou problemas não se ajustam em uma especialidade em particular,
muitas igrejas teriam a dizer: ‘Desculpe, não fazemos esse tipo de serviço
aqui’. Nestes últimos dias, a igreja precisa ser lugar de cura e refúgio para
todo aquele que precisar — pouco importando qual seja a necessidade. Temos de
insistir em ser uma igreja equilibrada. Podemos e devemos redescobrir que temos
a imutável sã doutrina da Palavra de Deus e que ainda fluímos com o vento e a
espontaneidade do Espírito” (CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas E.; TRIPLETT,
Loren (et al). Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 1999, pp.633-34).
Vivemos tempos
difíceis, por isso, precisamos nos voltar para a Palavra de Deus. Ela é um guia
seguro para conduzir o crente neste mundo de trevas morais e espirituais. A
Igreja do Senhor Jesus é formada de pessoas que são “sal da terra” e “luz do
mundo”. Portanto, sejamos exemplo para esta sociedade pós-moderna.
A respeito das Cartas Pastorais:
1° Paulo inicia o capítulo três
falando a respeito de qual assunto?
Resp: Paulo inicia falando a respeito da
extrema corrupção dos últimos dias.
Resp: O termo “últimos dias” não se refere
somente ao fim dos tempos escatológicos, mas faz referência ao ataque gnóstico
sobre a Igreja.
Resp: Amantes de si mesmos; avarentos; presunçosos, soberbos; blasfemos, etc.
Resp: Promover o Evangelho de Cristo.
Resp: O relativismo e Leis infames.
A corrupção dos últimos dias
“Amantes de si
mesmos”; “avarentos”; “presunçosos, soberbos”; “blasfemos”; “desobedientes a
pais e mães e ingratos”; “profanos sem afeto natural”; “irreconciliáveis,
caluniadores, incontinentes e cruéis”; “sem amor para com os bons”;
“traidores”; “obstinados”; “orgulhosos”; “mais amigos dos deleites do que
amigos de Deus”; “tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela”:
esta é a lista que o apóstolo Paulo deu a Timóteo para que o jovem pastor
soubesse discernir os falsos líderes dos verdadeiros.As características dos falsos ensinadores revelam pessoas que são capazes de fingir uma “capa de piedade”, mas ao mesmo tempo, internalizar um coração duro, sem qualquer respeito com a dignidade humana e com as pessoas que fazem parte do Corpo de Cristo. Seu olhar só se desvia em direção de quem lhe possa beneficiar. Por isso, tal pessoa procura cercar-se de pessoas importantes, com um status quo vantajoso, pronto para beneficiá-la em tudo o que for possível.
Caro professor,
você percebeu que tais características, descritas pelo apóstolo, parecem ser
notícias do jornal do dia? Não são poucos os exemplos de desrespeito com as
coisas de Deus e com as “ovelhas” que fazem parte do rebanho do Senhor. Diante
disso, você pode se perguntar: O que fazer? A resposta do apóstolo para essa
pergunta está no versículo 5: “destes afasta-te”.
Se lermos o
Evangelho e atentarmos para o conselho de Jesus Cristo: “Acautelai-vos, porém,
dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente
são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis [...]” (Mt 7.15,16a); bem
como o do apóstolo Pedro: “por avareza, farão de vós negócio com palavras
fingidas” (2Pe 2.3); perceberemos que, implicitamente, o conselho evangélico e
apostólico nos adverte a discernir o “falso profeta” do verdadeiro para nos
afastarmos daquele.
Ora, quem ler e compreende as mensagens de Jesus para
guardar a sua alma desses “absurdos” realizados em nome da fé, não tem
alternativa, senão, a de declarar enfática, curta e objetivamente o que o
apóstolo Paulo afirmou: “afasta-se”. Afasta-se desses falsários para guardar a
sua alma da incredulidade. Afasta-se desses que usam o Evangelho para se auto beneficiar,
a fim de beneficiar-se da graça de Deus. Não empreste os seus ouvidos e nem o
seu coração para quem só tem a avareza e a soberba como suas companheiras. Afasta-se,
para salvar a sua alma disso tudo!
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Lição 8 CPAD - 3° Trimestre 2015
Lições Bíblicas CPAD / Adultos
3º
Trimestre de 2015
Título: A Igreja
e o seu Testemunho — As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais
Comentarista: Elinaldo
Renovato de Lima
Data: 23 de
Agosto de 2015
TEXTO ÁUREO: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que
se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15).
VERDADE PRÁTICA:
O obreiro aprovado por Deus tem as
marcas do Senhor Jesus Cristo.
OBJETIVO GERAL: Contrastar
o obreiro aprovado e o “vaso de honra” com os falsos mestres.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo
I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
II. Explicar as expressões “vaso de honra” e
“vaso de desonra”.
III. Propor uma postura ministerial equilibrada.
Caro professor, nesta lição estudaremos o capítulo 2 da segunda Epístola de Timóteo.
É importante que você faça uma apresentação panorâmica do capítulo dois à luz de todo o conteúdo da epístola de Timóteo. Lembre-se de que o objetivo desse trimestre é expor o texto bíblico das cartas pastorais. De modo que o conteúdo geral das três epístolas deve ser estudado com o auxílio de uma boa Introdução ao Novo Testamento e um bom Comentário Bíblico do Novo Testamento.
Uma informação importante para preparação do seu plano de aula é a informação de que no capítulo 2, dos versículos 1 a 18, o apóstolo Paulo faz dois contrastes: obreiro aprovado x falsos mestres; vaso de honra x vaso de desonra. Estes dois encontros de personalidade, na igreja local, permeariam o relacionamento dos crentes, de modo que o objetivo do apóstolo é orientá-los em como se portarem diante de tal realidade.
Na lição de hoje estudaremos alguns temas importantes que são relatados no segundo capítulo da Segunda Carta de Paulo a Timóteo. Paulo fala, além do que vimos na Leitura Bíblica em Classe, a respeito do obreiro aprovado e dos vasos de honra na Casa do Senhor (2Tm 2.19-21). Ele faz um contraste com os falsos mestres que tanto prejudicavam a obra do Senhor em Éfeso.
Que sejamos sempre vasos de honra, servindo ao Senhor com amor e zelo, a fim de que muitas vidas sejam ganhas para o seu Reino e que sua Igreja seja edificada.
I. OBREIROS APROVADOS POR DEUS
1. Pregam e ensinam sem engano.
Paulo nunca usou de engano em suas
pregações, diferente de alguns falsos mestres de sua época que pregavam e
ensinavam com argumentos falsos e logro. É preciso ter muito cuidado com os
“lobos” vestidos de ovelhas, que andam a enganar os crentes incautos, sob a
capa de “muito espirituais”. Paulo exortava a igreja através da mensagem do
evangelho, mostrando-lhes as verdades desconhecidas. Para os novos crentes ele
tornou conhecido o “mistério de Deus” — Cristo (Cl 2.2). Paulo era um líder zeloso
que levava a mensagem de modo claro, obedecendo à revelação que recebera do
Senhor. Aliás, era esse também o cuidado dos demais apóstolos (1Jo 4.6; 2Pe
1.16).
2. Pregam com pureza.
Paulo pregava por amor a Cristo.
Jesus era o seu alvo. Atualmente, há muitos falsos obreiros que só visam lucro
e bens financeiros. Estes se aproveitam da fé dos fiéis para obter ganhos. Na
primeira carta a Timóteo, Paulo coloca como um dos requisitos para aqueles que
almejam o ministério pastoral, não ser “cobiçoso de torpe ganância” (1Tm 3.3).
Pedro também exortou que o obreiro deve apascentar o rebanho do Senhor “tendo
cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância” (1Pe
5.2). O obreiro aprovado não visa lucro material, pois sabe que a sua
recompensa vem do Senhor.
3. Não buscam a glória de homens.
“E, não buscamos glória dos homens
[...]” (1Ts 2.6). Quando Paulo estava com os tessalonicenses, ele afirmou que
não buscou o elogio deles. Infelizmente muitos buscam glória para si. Estes são
movidos a elogios e bajulações. Isso é um perigo para o ministério pastoral e
para qualquer servo ou serva de Deus. Tem pregadores e mestres que não aceitam
convite para falar para um pequeno auditório. Só se sentem bem se estiverem
diante de grandes plateias, pois querem ser vistos pelos homens e não abençoar
as pessoas. O obreiro aprovado pelo Senhor busca apontar tão somente o Senhor,
e não ele mesmo.Professor, após fazer uma ou duas leituras desse primeiro tópico (refiro-me a leitura pessoal de estudo da lição, não em classe), medite na seguinte reflexão acerca da pregação, a fim de internalizar mais a ideia do que representa um arauto do Rei, o pregador do Evangelho: “São inúmeros os requisitos exigidos de um bom mensageiro de Jesus Cristo, uma vez que desempenha o papel de arauto do Rei”. Por outro lado, para que lhe demos tão alto qualificativo (de bom pregador), precisa ele preencher certas exigências indispensáveis. Entre outras, que possua grande piedade, e seja homem de oração, portador de dons naturais, cultura — geral e específica — e habilidades, especialmente na Palavra de Deus; que ame ao Senhor e às almas; que tenha vida espiritual plena, pois o batismo no Espírito Santo é ponto de partida e imprescindível.
Íntima comunhão com Deus. Um ardente amor ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo manterá o pregador ligado com o Céu e ‘as coisas que são de cima’ (Cl 3.1). Só assim conseguirá levar uma vida de oração, consagração e fé, procedimentos indispensáveis a um homem de Deus. Haja em seu interior a chama divinal, grande amor pelas almas e profundo desejo de conhecer cada vez melhor a Palavra de Deus, que é a mensagem a ser pregada para alimentar tanto a sua alma quanto a de seus ouvintes (1Tm 4.16). Se o desejo de Deus é a salvação das almas também deve ser esta a vontade do pregador, seu mensageiro. Como depositário do conhecimento da Palavra e intérprete do divino querer, deve esforçar-se para desincumbir-se fielmente de tão sublime missão. Para isto, naturalmente, precisa ser cheio do Espírito Santo. “Com dom inefável, sua palavra será cheia de graça e poder, capaz de apontar a todo viajor o caminho da vida — Jesus Cristo” (DANTAS, Anísio Batista. Como Preparar Sermões: Dominando a arte de expor a Palavra de Deus. 22ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.23).
1. Vasos de honra (2.20).
Paulo estava preocupado com a
situação confusa que prevalecia na igreja em Éfeso. Ele então usa a analogia
dos vasos para mostrar que na igreja existem pessoas sinceras e obedientes aos
ensinos de Cristo (vasos de honra). Estes adornavam e adornam a Casa de Deus,
com sua santidade e pureza. Deus deseja usar este tipo de vaso, limpo e sem
contaminação. Tem você sido um vaso de honra na Casa do Senhor? O crente deve
ter uma vida irrepreensível. Isso só é possível na vida do crente através do
poder redentor, libertador e purificador do sangue de Jesus mediante a fé.
2. Vaso de desonra.
Quem são estes? Paulo estava se
referindo aos falsos mestres, Himeneu e Fileto (2.17). Himeneu também foi
mencionado em 1 Timóteo 1.20. Podemos igualmente afirmar que são os crentes
infiéis, que causam problemas e escândalos na Casa do Senhor. Os vasos de honra
são “o trigo” e os “vasos para desonra” são o “joio” a que se referiu Jesus (Mt
13.24-30).
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
A próxima analogia de Paulo diz respeito à variedade de artigos em uma próspera casa antiga. Existem artigos caros, como os vasos ‘de ouro e de prata’; mas existem também aqueles que são baratos, como os vasos “de madeira e de barro”. Alguns servem ‘para honra’, para propósitos nobres, como por exemplo, para serem admirados pelos convidados durante os banquetes; alguns servem ‘para desonra’, a propósitos humildes, comuns, como conter o lixo que será eliminado. A metáfora era comum na antiguidade, tanto no Antigo (Jr 18.1-11) como no Novo Testamento (Rm 9.19-24), mas a aplicação do apóstolo neste contexto é nova.
A expressão ‘De sorte que’, no início do verso 21, liga a aplicação desta analogia ao verso 19, que diz que ‘qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade’, ‘Se alguém se purificar destas coisas’ — do reino do ignóbil, ou seja, do falso ensino — essa pessoa ‘será [um] vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra’. Somente o vaso ‘santificado e idôneo’, nobre e honorável é que possui o mais elevado valor. O que importa não é o valor dos vasos ou do material de que são feitos, mas o conteúdo de cada um. “Então, a fim de se enquadrar nesse perfil, cada um deve ser ‘santificado’, isto é, separado para os propósitos sagrados, afastando-se dos ensinos e da prática do mal” (Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 1ª Edição. R: CPAD, 2004, p.1495).
1. Rejeitando “questões loucas”.
O que eram as “questões loucas”? Eram
as questões levantadas pelos falsos mestres, que traziam confusão e não
edificavam ninguém (1Tm 1.3,6,7). O obreiro deve rejeitar questionamentos que
não edificam (2Tm 2.23). Atualmente, muitos estão levantando indagações que em
nada vai edificar a fé dos irmãos. Outros, ainda estão cometendo o terrível
pecado de adicionar, subtrair e modificar partes das Escrituras. A Palavra de
Deus é completa e infalível e não precisa de quaisquer acréscimos ou revisões
em seu conteúdo e mensagem.Há, em nossos dias, diversas “novas teologias” que precisam ser combatidas pela liderança, pois agridem diretamente a mensagem bíblica.
2. Não entrando em contenda.
“E ao servo do Senhor não convém
contender, mas, sim, ser manso para com todos aptos para ensinar, sofredor”
(2Tm 2.24). Paulo exorta a Timóteo a fim de que ele não contendesse com os
falsos mestres, pois brigas e discussões são obras da carne e envergonham a
Igreja do Senhor. Uma pessoa espiritualmente cega não pode ser convencida de
seus erros pela força. Pregamos e ensinamos, mas só o Espírito Santo podem
convencê-las dos seus erros.
SÍNTESE DO TÓPICO (III): A natureza
dos demônios declara que eles são seres criados, limitados, espirituais, malignos
e imundos.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
Caro professor, o princípio destacado
neste tópico é importante para fazermos uma autocrítica em nossa jornada no
magistério cristão. Quantas vezes perdemos tempo com temas sem importância, por
exemplo, coisas como “o tamanho da arca de Noé”, “o cumprimento da roupa do
sacerdote”, etc.? E muitas vezes não nos apropriamos do princípio da Palavra.
Um exemplo clássico são as parábolas de Jesus. Quando deveríamos, por exemplo,
na parábola do filho pródigo, focar o princípio do reconhecimento da miséria
humana e de seu pecado e de um verdadeiro arrependimento, gastaram tempo no
comportamento do irmão mais velho, da postura do pai, etc. Por isso, é
importante estudarmos bem qualquer passagem bíblica a fim de termos o pleno
domínio sobre o que é essencial ensinarmos e o que são informações secundárias.Na administração das igrejas, por vezes, surgem conflitos de ordem espiritual e doutrinária. Por isso, os líderes precisam de preparo bíblico e teológico. Como obreiros aprovados devem conduzir o rebanho do Senhor. Seja você um vaso de honra na Casa de Deus.
ARA REFLETIR
A respeito das Cartas Pastorais:
1° Segundo a lição, quais as duas
características do obreiro aprovado?
Resp: Obreiros que ensinam sem engano
e com pureza.Resp: A motivação do apóstolo Paulo era pregar o Evangelho por amor dos santos (2Tm 2.9).
Resp: Jesus Cristo (Fp 3.13-14).
Resp: Enganar os incautos com argumentos falsos e logro.
Resp: Vaso para honra e para desonra.
Caro professor, a Escola Dominical é uma grande parceira do Evangelho na formação do caráter de cada crente que a frequenta. Além de preparar pessoas para seguirem Jesus, a Escola Dominical prepara oficiais, pessoas que vão ministrar à igreja local. Por isso, prezado professor, tenha a clareza que os alunos a quem você ministra poderão tornar-se pastores, missionários, principalmente, pregadores da Palavra, segundo a vocação que eles forem chamados.
Atualmente, é notório que a Igreja Evangélica Brasileira vive uma crise nos púlpitos. As mensagens neles expostas, na sua maioria, são antropocêntricas, de autoajuda, barganhistas, apresentando um Deus que “comercializa” bênção com os homens, sem compromisso com a Bíblia, isto é, lê-se o texto bíblico sem o compromisso de explicá-lo corretamente e fazer a sua devida aplicação. Por isso, nesta lição é importante você destacar a característica de uma boa pregação. Além do compromisso pessoal do pregador, há uma necessidade de formarmos na mente e no coração dos nossos jovens e adolescentes a cultura da boa pregação. Ainda que eles não sejam chamados por Deus a serem os seus arautos, formaremos ouvintes que saibam distinguir o bom do ruim, o cristocêntrico do antropocêntrico etc.
Basicamente, a pregação que glorifica a Deus confronta o caráter do ser humano. É uma pregação descompromissada com as barganhas e dissimulações do nosso tempo. Era a tal postura que Paulo se referia quando disse: “instruindo com mansidão os que resistem, a ver se, porventura, Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade” (2Tm 2.25).
Ler o texto, “explicar” o texto e “aplicar” o texto é o trabalho objetivo de todo arauto de Deus. Mas para isso, exige-se dele uma profunda disciplina pessoal para o estudo. Estude a pregação e a tradição dos puritanos (você pode encontrar um rico material na internet), mergulhe no mundo da Bíblia e na cultura do seu tempo e cultive uma vida de oração e devoção a Deus. Assim começa nascer o arauto do Senhor.
As pessoas andam aflitas esperando algo da parte de Deus para cultivar uma vida cristã autêntica. A pregação da Palavra ainda é o meio pelo qual o Altíssimo fala, orienta e conduz seu povo. Por isso, no segundo capítulo de 2 Timóteo, o apóstolo Paulo condenou os obreiros que perdem o seu tempo com aquilo que é “comezinho”, que traz somente confusão e contenda e em nada edifica ou constrói, pelo contrário, “a palavra desses roerá como gangrena”.
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