Lições Bíblicas CPAD - Adultos
Título:
Maravilhosa Graça — O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos
Comentarista: José
Gonçalves
TEXTO ÁUREO: “E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi
fortificado na fé, dando glória a Deus” (Rm 4.20).
VERDADE PRÁTICA: A justificação dos pecados diante
de Deus ocorre somente pela fé.
OBJETIVO GERAL: Explicar
que somos justificados diante de Deus somente pela fé e não pelas obras da
carne.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao
que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I
refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I.
Abalizar
que a justificação manifestada em Jesus Cristo veio para salvar judeus e gentios;
II.
Mostrar
que Paulo procurou responder, de forma bíblica, as contestações que seus
interlocutores faziam quanto à justificação;
III.
Explicar
como Paulo utilizou o exemplo de Abraão para tratar a respeito da justificação
pela fé.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, a lição de hoje trata a respeito de uma
das doutrinas mais importantes apresentadas por Paulo na Epístola de Romanos —
a justificação pela fé. Ressalte, no decorrer de toda a lição, que ninguém pode
ser justificado diante de Deus pela Lei ou pelas obras da carne. O caminho da
justificação é somente pela fé na obra expiatória de Jesus Cristo. Paulo mostra
que Cristo é o único caminho para que judeus e gentios sejam absolvidos da
penalidade do pecado. O apóstolo, de maneira sábia, utiliza o exemplo do
patriarca Abraão para desfazer a ideia errada que os judeus tinham de que a
aceitação de Deus era obtida mediante as obras da Lei.Glória a Deus, pois na Nova Aliança, tudo que recebemos da parte do Senhor, inclusive a salvação, é decorrente única e exclusivamente da graça de Deus.
INTRODUÇÃO
Na
lição de hoje, estudaremos a doutrina bíblica da justificação pela fé, conforme
a Carta aos Romanos nos capítulos 3.1- 4.25. Esses textos contêm uma das mais
contundentes defesas de Paulo em favor da justificação pela fé, independente
das obras. Para uma melhor compreensão deste tema tão relevante, a argumentação
do apóstolo será dividida em três partes: a justificação manifestada, a
justificação contestada e a justificação exemplificada. A chamada de Abraão, o
grande patriarca de Israel, será à base da argumentação de Paulo para provar a
doutrina da justificação somente pela fé. O argumento de Paulo é que todas as
bênçãos de Deus e todas as suas promessas são frutos da sua graça para conosco.
PONTO
CENTRAL: A
justificação diante de Deus é somente pela fé.
I.
A JUSTIFICAÇÃO MANIFESTADA (Rm 3.21-26)
1.
Um culpado que é inocentado.
Em
Romanos 3.21, lemos: “Mas, agora, se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus,
tendo o testemunho da Lei e dos Profetas”. Paulo nos mostra como Deus se
revelou para alcançar os gentios e judeus. Os gentios estavam debaixo da ira de
Deus, porque falharam em conhecê-lo. Os judeus também estavam debaixo da ira
divina, por não conseguirem guardar a Palavra do Senhor. O vocábulo manifestou,
no grego, vem de uma raiz cujo significado é tornar manifesto ou visível ou
conhecido o que estava escondido ou era desconhecido. Deus, na pessoa de Jesus Cristo,
tornou conhecido o seu grande amor para com os pecadores. Encontramos Paulo
recorrendo a uma figura extraída do mundo jurídico para esclarecer o seu
pensamento. O termo justiça traduz a palavra grega dikaiosyne, muito
comum no contexto de um tribunal. A imagem é de alguém que é inocentado por um
juiz, mesmo sendo culpado pelos seus atos. Concluímos então que, mesmo
culpados, Deus quis nos justificar e perdoar.
2.
Um prisioneiro que é libertado.
Em
Romanos 3.24, Paulo usa o verbo grego apolytroseo para se referir à
redenção efetuada por Jesus Cristo. Essa palavra, conforme definem os léxicos
da língua grega, tem o sentido de redenção, resgate ou libertação. No contexto
neotestamentário tem o sentido de libertar mediante o preço de um resgate. No mundo
antigo um escravo podia ser resgatado mediante o pagamento de um preço. É
exatamente isso que Deus fez. Enviou Jesus Cristo para resgatar o homem que
estava preso em seus delitos e pecados (Ef 2.1,2). Tanto judeus como gentios
deveriam se conscientizar dessa realidade. Ninguém pode se auto libertar.
3.
Um inocente que é culpado.
Se
o sistema judicial foi útil para elucidar o pensamento do apóstolo, da mesma
forma a figura extraída do sistema de sacrifícios levítico também o auxiliou.
Isso pode ser visto no texto: “Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no
seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes
cometidos, sob a paciência de Deus” (Rm 3.25). A palavra propiciação (gr. hülasterion),
que está relacionada ao termo propiciatório é uma terminologia muito utilizada
no Antigo Testamento para se referir aos sacrifícios pelo pecado. No sistema
levítico, quando alguém pecava tornava-se culpado de algo, e um animal inocente
eram sacrificados para que a culpa fosse expiada. Paulo mostra que tanto os
gentios como os judeus não podem chegar a Deus pelos seus esforços ou obras,
mas única e exclusivamente pelo sangue de Jesus: o inocente Cordeiro de Deus
que foi sacrificado por nós.
SÍNTESE
DO TÓPICO (I): Paulo nos mostra como Deus manifestou a sua
justificação para alcançar os gentios e judeus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
A
Doutrina da Justificação
A
estudarmos a Doutrina do Pecado descobrimos que ninguém pode ser justificado
pela justiça humana. Entretanto, é na doutrina da justificação, no texto de 3.1
a 5.21, que o pecador encontra o caminho da justificação, através da obra
expiatória de Cristo. No primeiro estado, o pecador está perdido e sem
possibilidade alguma de se justificar diante de Deus. No segundo estado, o
pecador encontra Cristo que o justifica.É a partir do capítulo 3.21 que o pecador, judeu ou gentio, encontra um novo caminho através dos méritos de Cristo Jesus. É aqui que ele pode ser perdoado e declarado livre da pena do seu pecado, perante Deus.
Justificação significa absolvição da culpa, cuja pena foi satisfeita. Significa ser declarado livre de toda culpa tendo cumprido todos os requisitos da lei.
Justificação é um termo forense que denota um ato judicial da administração da lei. Esse ato judicial legaliza a situação do transgressor perante a lei e o torna justo, isto é, livre de toda a condenação. Cristo assumiu a pena do pecador e foi sentenciado no lugar do pecador. Ele sofreu a pena contra o pecador. Cumprida a pena, o veredicto final da justiça divina é a justificação do pecador. Entende-se então que ser justificado não significa que a justiça tenha sido adiada, ou que ela não tenha sido cumprida (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.52).
II.
A JUSTIFICAÇÃO CONTESTADA (Rm 3.27-31)
1.
A justificação se opõe à salvação meritória.
Paulo
desejava que o seu ensino não fosse mal interpretado, então recorrendo ao
método da diatribe, se adiantando em responder as contestações que seus
interlocutores poderiam fazer-lhe. “Onde está, logo, a jactância? É excluída.
Por qual lei? Das obras? Não! Mas pela lei da fé” (Rm 3.27). A lei dizia faça e
o judeu devoto estava convicto de que Deus o justificaria pelo que fazia. No
entanto, a graça que Paulo ensinava dizia não faça, mas aceite o que Jesus já
fez. O que seria feito então do orgulho judaico que se vangloriava em ser o
povo eleito de Deus e das boas obras que praticavam? Não levaria Deus isso em
conta nessa nova doutrina de Paulo? Nas palavras do apóstolo, não! É bem fácil
imaginar que para um judeu devoto, guardador da lei e praticante de boas obras,
que o ensino da justificação “pela fé somente” era bem difícil de digerir. Não
é fácil abrirmos mão do nosso orgulho e deixarmos de nos vangloriarmos pelos
nossos feitos. Todavia, a doutrina da justificação pela fé diz que não há mérito
humano quando a graça de Deus se manifesta. A conclusão de Paulo é que “o homem
é justificado pela fé, sem as obras da lei” (Rm 3.28).
2.
A justificação se opõe ao orgulho nacionalista.
A
segunda indagação que Paulo procura responder é a seguinte: “É, porventura,
Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios,
certamente” (Rm 3.29). Esse é outro ponto que contrastava com a crença do
judaísmo do primeiro século — o exclusivismo. A doutrina da justificação pela
fé revela que Deus não é somente dos judeus, que se achavam privilegiados pelo
legalismo em relação à Torá, mas dos gentios também. Deus não é uma divindade
nacionalista, mas Ele é o Deus de toda a Terra. Não há dúvidas de que Paulo
tinha em mente o shema judaico quando argumentou sobre esse assunto: “Ouve,
Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Dt 6.4). Se Deus é o único
Deus, como de fato afirma o monoteísmo judaico, então Ele é o Deus dos gentios
também. Não podemos cair no erro de achar que Deus é nossa propriedade
exclusiva.
3.
A justificação se opõe ao antinomismo.
“Anulamos,
pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes estabelecemos a lei” (Rm 3.31).
Essa é última pergunta a ser respondida por Paulo dentro dessa seção. Os judeus
legalistas defendiam a observância dos preceitos da lei e acusavam Paulo de ser
antinomista, isto é, ensinar que a lei não tem mais nenhum sentido. Paulo
estaria ensinando que a justificação pela fé tornara a lei desprezível? A
resposta de Paulo é não! O problema não era com a Lei, que tinha a função de
servir de condutora até Cristo, mas com os homens que se mostraram incapazes de
cumpri-la. Nem judeu nem tampouco gentio algum foi capaz de cumprir a Lei.
Somente Jesus Cristo a cumpriu em nosso lugar. Qualquer tentativa de cumprir a
Lei hoje é nula, além de ser uma afronta àquEle que se mostrou o único
habilitado a fazê-lo — Jesus Cristo, nosso Senhor.
SÍNTESE
DO TÓPICO (II): A justificação anunciada por Paulo se opunha a
ideia que os judeus tinham da salvação por méritos religiosos.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Professor,
o subtópico três mostra que o antinomismo se opõe a justificação. Antes de
discorrer a respeito do assunto faça a seguinte indagação: “O que é antinomismo”?
Ouça os alunos com atenção e explique que “literalmente significa contra a lei”.
Doutrina que assevera não haver mais necessidade de se pregar nem de se
observar as leis morais do Antigo Testamento. Calibrando esta assertiva, alegam
as antimonitas que, salvos pela fé em Cristo Jesus, já estamos livres da tutela
de Moisés.Ignoram, porém, serem as ordenanças morais do Antigo Testamento pertencentes ao elenco do direito natural que o Criador incrustara na alma de Adão. Como podemos desprezar os Dez Mandamentos? Todo crente piedoso os observa, pois o Cristo não veio revogá-los; veio cumpri-los e sublimá-los. “Além do mais, as legislações modernas estão alicerçadas justamente no Decálogo” (ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. 8ª Edição. RJ: CPAD, 1999, p.44).
III.
A JUSTIFICAÇÃO EXEMPLIFICADA (Rm 4.1-25)
1.
Abraão, circuncisão e justificação (Rm 4.1-8).
Na seção de Romanos 4.1-8, o apóstolo Paulo toma o
exemplo do patriarca Abraão para fazer um contraste entre a justificação pela
fé e pelas obras. A antiga tradição judaica afirmava que Abraão já guardava a
Torá, mesmo tendo vivido séculos antes dela. Ele a teria guardado por
“antecipação”, pois segundo o judaísmo, apoiando-se em Gênesis 17.23, Abraão é
circuncidado como sinal da aliança entre ele e Deus. Da mesma forma o
sacrifício de Isaque confirmaria tal crença (Gn 22). Em outras palavras, as
obras justificaram Abraão. Contra essa argumentação, Paulo mostra que Abraão
não poderia ter sido aceito por Deus em virtude da circuncisão, pois ele creu
em Deus, tendo sido isso imputado como justiça, antes dele ser circuncidado e
pelo menos quatro séculos antes do advento da Lei. O que justificou Abraão não
foi o que ele fez, mas o que Deus fez por ele. Esse é o princípio do Evangelho
— somos aceitos não pelo que fizemos, mas pelo que Cristo fez por nós.
2.
Abraão, promessa e justificação (Rm 4.9-17).
Na
Aliança Abraâmica, Deus prometeu fazer dos descendentes de Abraão uma grande
nação. Ele também prometeu ao patriarca que lhe daria como herança a terra e
faria do seu servo uma bênção para todos os povos (Gn 12.1-3). Fazendo
referência a essa promessa divina, Paulo argumenta que a justificação não
poderia decorrer da obediência à lei pelo fato de que quando Deus fez a
promessa a Abraão, este nem mesmo era circuncidado (Rm 4.10-15). A própria
crença judaica dizia que a fé obediente de Abraão nas promessas de Deus lhe foi
imputada como justiça (Gn 15.5,6). Para Paulo, se as bênçãos divinas prometidas
a Abraão dependessem da obediência ao código mosaico, então as promessas de
Deus teriam falhado, visto que ninguém fora capaz de cumprir ou guardar a lei.
3.
Abraão, ressurreição e justificação (Rm 4.18-25).
Na
teologia de Paulo em Romanos 4.18-25 há um paralelismo entre a fé de Abraão e a
fé do cristão — ambos creram em um Deus que torna possível as coisas
impossíveis. Paulo mostra que Deus tornou possível a concretização das
promessas a Abraão, mesmo sendo seu corpo já “amortecido” pelo fato de sua
idade avançada, e dessa forma recompensou a sua fé. A sua fé, mesmo contra as
evidências externas, garantiu-lhe a concretização das promessas (Rm 4.16-22).
Da mesma forma, a fé do cristão na morte e ressureição de Jesus, o Filho de
Deus, é a garantia de que as promessas de Deus em sua vida também serão
cumpridas (Rm 4.23,25).
SÍNTESE
DO TÓPICO (III): Paulo se utiliza do exemplo do patriarca Abraão
para mostrar que a justificação é somente pela fé.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Paulo
diz que, se Abraão, o pai dos judeus segundo a carne, tivesse sido julgado por
obras ou justiça própria, teria que gloriar-se diante de Deus. Porém o que aprendemos
é que Abraão foi como qualquer outro homem, pecador e sem justiça nenhuma. Ele
foi declarado justo por meio da fé (Rm 4.3). Os judeus vangloriavam-se em
Abraão e criam que isto lhes garantiria a justificação, apenas por serem
‘filhos de Abraão segundo a carne’. Os versículos 4 e 5 apresentam dois modos
de justificação: por méritos e por graça.A justificação por méritos se baseia nas obras do homem para obter a sua salvação. A justificação por graça baseia-se sobre o princípio da fé. Deus justifica o pecador pela fé. “Ele imputa justiça ao que crê isto é pela graça de Deus” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.59).
CONCLUSÃO
Chegamos
ao final de uma importante lição sobre a doutrina da justificação pela fé.
Nesta lição aprendemos que Paulo recorreu à experiência do patriarca Abraão
para argumentar contra a crença judaica que associava a aceitação das obras
como garantia de justificação diante de Deus. Para Paulo isso não poderia ser
verdade já que o velho patriarca não possuía mérito algum quando recebeu as
promessas de Deus. As bênçãos recebidas por ele, assim como as da Nova Aliança,
decorrem exclusivamente da graça de Deus em resposta a fé.
A
respeito da Carta aos Romanos, responda:
1°
Segundo a lição, por que os gentios estavam debaixo da ira de Deus?
Resp: Os gentios
estavam debaixo da ira de Deus, porque falharam em conhecê-lo.
2°
Na pessoa de quem Deus tornou conhecido o seu grande amor para com os
pecadores?
Resp: Na pessoa
de Jesus Cristo.
3°
Existem méritos humanos quando a graça de Deus se manifesta?
Resp: A doutrina
da justificação pela fé diz que não há mérito humano quando a graça de Deus se manifesta.
4°
A justificação pela fé torna a lei desprezível?
Resp: A resposta
de Paulo é não! Porém, judeu nem tampouco gentio algum foi capaz de cumprir a
Lei.
5°
Qual era a função da lei?
Resp: A Lei tinha
a função de servir de condutora até Cristo.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Justificação,
somente pela fé em Jesus Cristo
Para
explicar a doutrina da Justificação pela Fé, o apóstolo Paulo usa dois tipos de
linguagem na carta: a do judiciário e a do sistema de sacrifício levítico. Como
o apóstolo pretende convencer o seu público leitor, os judeus, bem como os
gentios, de que mais do que observar o sistema de Lei como requisito para a
salvação, Deus havia manifestado a sua graça justificadora lá no tempo da
Antiga Aliança por intermédio do pai da fé, Abraão, o apóstolo afirma com todas
as letras: “Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a
promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas
também à que é da fé de Abraão, o qual é pai de todos nós. [...] Pelo que isso
lhe foi também imputado como justiça” (Rm 4.16,22). Dessa forma, o apóstolo
argumentava ao judeu de que, mesmo o gentio não tendo a Lei, a condição do
gentio em relação a Deus em nada é inferior ao do judeu. Em Jesus, pela fé
mediante a Graça de Deus, o gentio é filho de Abraão por intermédio da fé, que
é pai tanto do judeu quanto do gentio achado por Deus (Rm 4.9-13).
A
linguagem judiciária da Justificação
Ser
justificado por Deus é ser inocentado por Ele mesmo da condição de culpado
pelos atos. Ou seja, o indivíduo não tem quaisquer condições de se auto-
declarar inocente ou de aliviar a sua consciência, pois sabe que nada poderá
apagar a sua culpa. Por isso, Deus, em Cristo, na cruz do Calvário, nos
reconciliou para sempre (2Co 5.19). De modo que o apóstolo Paulo ratifica esse
milagre: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós;
é dom de Deus” (Ef 2.8).
A
linguagem sacrifical da Justificação
Trocar
o culpado pelo inocente. O sangue de Jesus Cristo foi derramado no lugar do
sangue da humanidade. Foi à substituição vicária de Cristo Jesus por nós.
Éramos culpados, mas Cristo se tornou culpado por nós; éramos malditos, Cristo
se tornou maldito por nós; éramos dignos de morte, Cristo morreu em nosso lugar
e por nós (Rm 3.25).A linguagem judiciária e sacrifical da justificação nos mostra um Deus amoroso e misericordioso, que não faz acepção de pessoas e que deixa clara a real condição do ser humano, seja ele judeu ou gentio: somos todos carentes da graça e da misericórdia do Pai.
Caro professor, esse trecho bíblico [3.1 — 4.25] é importante para o desenvolvimento do argumento do apóstolo em sua epístola. Estude-o com rigor.
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