LIÇÕES
BÍBLICAS CPAD / ADULTOS
Título: O desafio
da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a
toda criatura
Comentarista: Claudionor
de Andrade
TEXTO ÁUREO: “E aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles” (Mt 11.1).
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I.
Apresentar estratégias urbanas de evangelismo.
II.
Mostrar os desafios da evangelização urbana.
III.
Saber como fazer evangelismo urbano.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Evangelizar
os centros urbanos é um dos maiores desafios da Igreja no século 21, pois,
segundo dados da ONU, 54% da população mundial vivem nas grandes cidades. Com o
crescimento da população urbana vêm também os problemas e desafios. É preciso
atender às necessidades da população, mas nem sempre essas necessidades são
atendidas, gerando falta de habitação, transporte, energia, desemprego, etc.
Muitos não têm direito aos serviços básicos como educação e saúde garantidas.
Como Igreja não pode fechar os olhos para a realidade enfrentada nos centros
urbanos. O que fazer para alcançar essas pessoas? Temos que ir até elas.
Precisamos orar e pedir a Deus estratégias para sairmos das quatro paredes dos
templos e sermos “sal” fora do saleiro.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos algumas
estratégias a serem usadas na evangelização de uma cidade. Trataremos também
dos desafios enfrentados pelo evangelista nessas áreas e, finalmente,
mostraremos como efetivar a conquista de uma área urbana. Esta, se bem
conduzida, resultará na difusão integral da Palavra de Deus.Por esta razão, é urgente coordenar todas as nossas ações na abordagem de uma cidade, para que sejam implementados os pontos básicos do evangelismo autenticamente bíblicos: discipulado, estabelecimento de igrejas e missões.
Na evangelização urbana, levemos
em conta a estratégia de Jonas, do Pentecostes e dos pioneiros pentecostais.
1.
A estratégia de Jonas.
O
profeta não dispunha de tempo para percorrer toda Nínive com o juízo de Deus.
Por isso, traçou uma estratégia simples, porém eficaz: “E começou Jonas a
entrar pela cidade caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias,
e Nínive será subvertida” (Jn 3.4). Ele usou as vias principais da capital
assíria para apregoar a mensagem divina que, dessa forma, não demorou a chegar
ao rei (Jn 3.6).Na evangelização de uma área urbana, escolha pontos estratégicos: avenidas, praças, terminais de ônibus, trens e metrôs para o evangelismo pessoal. Se possível, também faça uso de outdoors, programas de rádio e serviço de som para anunciar a Cristo.
2. A estratégia do Pentecostes.
Não foi sem motivo que Deus
escolheu o Pentecostes para fundar a sua Igreja. Nesse evento judaico tão
importante, achava-se em Jerusalém israelitas de todas as partes do mundo (At
2.1-12). E, quando da descida do Espírito Santo, eles ouviram as maravilhas de
Deus em sua própria língua. Ao retornarem aos seus lugares de origem, levaram a
semente do Evangelho que, mais tarde, germinaria congregações e igrejas.A Igreja pode aproveitar a realização de eventos esportivos, artísticos e culturais para divulgar o Evangelho. Se possível, deve montar uma equipe com falantes de outros idiomas para apresentar o Evangelho aos representantes de outras nações.
3. A estratégia dos pioneiros.
Orientados pelo Espírito Santo,
Daniel Berg e Gunnar Vingren escolheram a cidade de Belém, no Pará, como ponto
de partida para a sua missão no Brasil. Logo em sua chegada, em 19 de novembro
de 1910, constataram que a capital paraense era geograficamente estratégica
para se alcançar o país em todas as direções. Por isso, ore e estude
detalhadamente a região que você quer alcançar.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Jonas tinha sido enviado para
pregar em Nínive, cidade assíria no início do século VIII a.C., descreveu-a
como ‘uma grande cidade, de três dias de caminho’ (Jn 3.3). Através desta
declaração, é provável que o profeta desejasse dizer que seriam necessários
três dias para alcançar todas as partes da cidade, em sua missão e pregação.
Podemos julgar o tamanho de sua população através da declaração expressa em
Jonas 4.11. Alguns entendem que o Senhor Deus, ao se referir à população
inocente de Nínive, estaria mencionando todas as crianças demasiadamente
pequenas para saberem a diferença que existe entre a mão direita e a esquerda,
e que totalizavam 120.000 crianças; isto sugeriria uma população total de
aproximadamente 600.000 pessoas. Talvez Jonas estivesse pensando na ‘grande
Nínive’, uma vez que todas as principais cidades frequentemente consistiam de
uma fortaleza murada com muitas outras vilas vizinhas estendendo-se por muitos
quilômetros, e que, na linguagem hebraica, era chamada de cidade e suas aldeias
(Js 15.45,47).Outros, entretanto, consideram essa expressão de Jonas 4.11 como metafórica, e designando toda a população a quem Deus entendia como tendo um conhecimento imperfeito do bem e do mal. Uma população total de 120.000 pessoas está bem de acordo com o número registrado de 69.574 pessoas acomodadas em Calá, uma cidade com uma dimensão que correspondia a menos da metade de Nínive em 879 a.C.” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, pp.1362,1363).
II. OS DESAFIOS DA EVANGELIZAÇÃO URBANA
Na evangelização urbana, há
desafios e imprevistos que podem ser convertidos em oportunidade.
Vivemos tempos trabalhosos, em que falsos obreiros anunciam um falso evangelho. É preciso anunciar a Cristo com sabedoria, poder e eficácia (2Tm 4.17). Nossa mensagem não pode ser confundida com a dos mercenários e falsos profetas. A mensagem da cruz precisa ser pregada na virtude do Espírito Santo (1Co 1.18).
Diante
das perseguições, não podemos desistir ou nos calar. Jesus também foi
perseguido em sua própria cidade, mas levou a sua missão até o fim (Lc
4.28-30).
2. Enfermos.
As áreas urbanas acham-se tomadas
de enfermos e doentes terminais. No tempo de Jesus, não era diferente. Ao
entrar em Jericó, Ele deparou-se com um cego que lhe rogava por misericórdia
(Lc 18.35). E, às portas de Naim, encontrou o funeral do filho único de uma
viúva (Lc 7.11-17). Ungido pelo Espírito Santo curou o primeiro e ressuscitou o
segundo. A Igreja deve desenvolver capelanias hospitalares, e visitar os
enfermos e moribundos.
3. Endemoninhados.
Quem se dedica à evangelização
urbana deve estar preparado, também, para casos difíceis de possessão
demoníaca. Muitos são os gadarenos espalhados pela cidade (Mt 8.28-34). Por
isso, o evangelista precisa orar jejuar e ter uma vida santa (Mc 9.29).A igreja não pode fazer da libertação dos oprimidos um espetáculo. Mas deve, no poder do Espírito Santo, orar pelos enfermos e pelos cativos de Satanás (Mt 10.8).
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor reproduza o quadro
abaixo para os alunos. Utilize-o para mostrar os números da urbanização.
Aproveite a oportunidade para conscientizar os alunos de que o número de
pessoas que vivem nas áreas urbanas vem crescendo consideravelmente. O grande
desafio da Igreja é alcançar as pessoas das áreas urbanas com o Evangelho.
Enfatize também os problemas decorrentes do grande número de pessoas vivendo
nas cidades.
III. COMO FAZER EVANGELISMO URBANO
A evangelização urbana só será
bem-sucedida se tomarmos as seguintes providências: treinamento da equipe,
estabelecimento de postos-chave e acompanhamento do trabalho.
1. Treinamento
da equipe.
Antes
de chegar à Macedônia, o apóstolo Paulo já podia contar com uma equipe
altamente qualificada, para implantar o Evangelho na Europa. Primeiro, tomou
consigo a Silas e, depois, o jovem Timóteo (At 15.40; 16.1,2). Acompanhava-os,
também, Lucas, o médico amado (At 16.11). Com este pequeno, mas operoso grupo,
o apóstolo levou o Evangelho a Filipos, a Tessalônica e a Bereia, até que a
Palavra de Deus, por intermédio de outros obreiros, chegasse à capital do
Império Romano (At 16.12; 17.1,10).
2. Estabelecimento de postos-chave.
Sempre que chegava a uma cidade
gentia, Paulo buscava uma sinagoga, de onde iniciava a proclamação do Evangelho
(At 17.1-3). Embora o apóstolo, na maioria das vezes, fosse rejeitado pela
comunidade judaica, a partir daí expandia sua ação evangelística urbana até
alcançar os gentios.É necessário que sejam encontrados postos principais para a evangelização urbana. Pode ser a casa de um crente, ou a de alguém que está se abrindo à Palavra de Deus (At 16.15). Na evangelização, as bases são muito importantes.
3. Acompanhamento do trabalho.
Procure estar atento à nova
frente evangelística. Ao partir para uma nova área urbana, alguém deve ser
deixado como responsável para cuidar dos novos convertidos que foram
alcançados, como fazia o apóstolo Paulo (At 17.14). E, periodicamente, deve
haver visitas até que amadureçam o suficiente para caminhar por si próprias (At
18.23).Não descuide do trabalho de discipulado. Fortaleça-os na fé, na graça e no conhecimento da Palavra de Deus. Quem se põe a evangelizar as áreas urbanas deve estar sempre atento. Por isso mesmo, tenha uma equipe amorosa, competente e disponível.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor utilize o quadro para
mostrar alguns passos que precisamos dar para evangelizar as cidades. Peça que
os alunos também sugiram ações, completando assim o quadro. Enfatize também os
vários tipos de evangelismo que podem ser realizados:
CONCLUSÃO
A evangelização urbana é o grande
desafio do século 21. As cidades tornam-se cada vez maiores e mais complexas,
exigindo da Igreja de Cristo ações específicas personalizadas e efetivas. Se,
por um lado, lidamos com as massas, por outro lado, temos de tratar
particularmente com cada pessoa, para que todos venham a ter um encontro
pessoal com Deus.Seguindo o exemplo de Jesus e de Paulo, façamos da evangelização urbana a base para alcançarmos os confins da Terra. As cidades são estratégicas na proclamação mundial do Evangelho.
A respeito da evangelização urbana, responda:
1° Qual a estratégia de Jonas?
Resp:
O profeta não dispunha de tempo para percorrer toda Nínive, por isso, traçou
uma estratégia simples, porém eficaz: “E começou Jonas a entrar pela cidade caminho
de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida”
(Jn 3.4).
2° Fale sobre a estratégia do Pentecostes.
Resp:
E, quando da descida do Espírito Santo, eles ouviram a mensagem da cruz em sua
própria língua. Ao retornarem aos seus lugares de origem, levaram a semente do
Evangelho que, mais tarde, germinaria congregações e igrejas.
3° Qual a estratégia adotada por Daniel Berg e
Gunnar Vingren?
Resp:
Orientados pelo Espírito Santo, Daniel Berg e Gunnar Vingren escolheram a cidade
de Belém, no Pará, como ponto de partida para a sua missão no Brasil.
4° Quais os desafios da evangelização urbana?
Resp:
Incredulidade, perseguição, enfermos, endemoninhados.
5°
Que providências podem tornar bem-sucedida a evangelização urbana?
Resp:
Treinamento da equipe, estabelecimento de postos-chave e acompanhamento do
trabalho.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A Evangelização Urbana e suas
estratégias
No século 21, há um desafio
imenso para a Igreja de Cristo: evangelizar a sociedade urbana. Por isso, é
importante, a partir da lição estudada, nós refletirmos sobre as razões de uma
evangelização de grande porte numa sociedade urbana e o meio de evangelização.
Um dos requisitos necessários à evangelização é a capacidade de quem evangeliza compartilhar, publicar, espalhar e anunciar uma notícia boa e nova para todo o ser humano, declarando que ela é relevante e verdadeira. A boa nova é a mensagem de nosso Senhor. Ela foi anunciada ontem pelos santos apóstolos, é anunciada hoje pela igreja visível do Senhor e, até a vinda de Jesus Cristo, será anunciada sempre.
O que pregar na evangelização? Ora, o conteúdo da mensagem de quem evangeliza passa inevitavelmente pelo tema da salvação, que é o anúncio de que Deus está consertando alguma situação destruída ou completamente equivocada. Imediatamente esse processo pode ser descrito pela Perdição, ou seja, o ser humano não sabia que algo de errado havia acontecido com ele, mas que por intermédio da encarnação de Jesus Cristo, da crucificação de nosso Senhor e a da ressurreição do nosso Rei, o ser humano teve o caminho livre para adentrar, pelo nome de Jesus, ao “Trono da Graça de Deus”.
Portanto, salvação e perdição, vida e morte, resgate e pecado são temas recorrentes da verdadeira mensagem do Evangelho passando inevitavelmente pelo acontecimento temporal e atemporal da encarnação, crucificação e ressurreição de nosso Senhor.
Esta é uma questão importantíssima, pois a despeito da urgência e da necessidade de comunicarmos o Evangelho para uma sociedade urbana, os fins não podem justificar os meios da evangelização. Há algumas práticas inaceitáveis: usar assistência social como “isca”; pressões psicológicas numa “evangelização” centrada nos benefícios da fé; promessas falsas e utópicas para o fim do sofrimento. Estes são exemplos do que não se pode ser feito em nome da “urgência evangelística”. Por isso, os meios de evangelização devem ser usados da maneira mais natural possível. Os instrumentos mais atuais e disponíveis são a mídia eletrônica, impressa, artísticas e o mais poderoso de todos: o relacionamento pessoal.
Que Deus use sua Igreja para
discernir o melhor meio de comunicar o Evangelho!
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