LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - ADULTOS
Título: O
desafio da evangelização — Obedecendo ao ide do Senhor Jesus de levar as
Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
TEXTO
ÁUREO: “A minha palavra e a minha pregação não
consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do
Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos
homens, mas no poder de Deus” (1Co 2.4,5).
VERDADE
PRÁTICA: Somente o Evangelho de Cristo, no poder do Espírito Santo, para destruir
as fortalezas e a resistência do universo acadêmico e do mundo político.
OBJETIVO
GERAL: Mostrar que precisamos alcançar com as Boas-Novas.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS: Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir
em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus
respectivos subtópicos.
I. Compreender que
Daniel fez a diferença na universidade de Babilônia.
II. Conscientizar de
que Daniel e seus amigos souberam realçar a soberania do Deus único e
verdadeiro na academia babilônica.
III. Explicar a
intervenção de Deus na política babilônica.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Como Igreja do Senhor Jesus, precisamos alcançar a
todos com as Boas-Novas. O mundo acadêmico e político também precisam de ações
evangelísticas por parte da Igreja. A Escola Dominical deve preparar os crentes
para serem testemunhas do Deus Todo-Poderoso nas universidades e na esfera
política. Infelizmente, ao chegar às universidades, muitos acabam sendo
envolvidos por filosofias malignas, apostatando da fé cristã. Precisamos seguir
o exemplo de Daniel e seus amigos. Eles tiveram uma vida pública, política e
acadêmica de sucesso, exaltando e glorificando o nome do Senhor. Estes não se
deixaram contaminar pela cultura babilônica, mas foram “sal” e “luz” em meio a
uma sociedade corrompida pelo pecado.
INTRODUÇÃO
A
evangelização nas universidades também deve ser uma prioridade máxima da
igreja, pois do universo acadêmico saem os cientistas, educadores, formadores
de opinião e boa parte dos governantes e legisladores. Cabe-nos, pois, preparar
adequadamente nossos irmãos em Cristo, a fim de que, no campus, atuem como
reais testemunhas de Jesus Cristo. Somente desta maneira viremos a ter um país
mais justo e comprometido com a Ética Cristã.Nesta lição, veremos o exemplo de Daniel e seus três companheiros. Exilados em Babilônia, destacaram-se como acadêmicos, servidores públicos e políticos. Eles mostraram, em atos e palavras, a supremacia do Deus de Israel.
A vida desses hebreus serve de exemplo aos acadêmicos e políticos cristãos, que lutam por levar o Evangelho às mais altas esferas do conhecimento e do poder.
PONTO CENTRAL: A Igreja do Senhor
precisa fazer a diferença no mundo acadêmico e político.
Em
Babilônia, Daniel e seus três companheiros foram reeducados na língua e na
cultura dos caldeus (Dn 1.4). Eles, porém, jamais renunciaram o seu temor a
Deus, que é o princípio de toda a sabedoria (Pv 1.7).
1. Uma vida testemunhal.
Antes mesmo de serem matriculados na
universidade babilônica, eles resolveu firmemente, em seu coração, não se
contaminar com a cultura caldaica (Dn 1.8). O seu objetivo não era destruí-la,
mas transformá-la através de uma postura santa e testemunhal. Mais adiante,
eles vieram a influenciar até mesmo a classe política do império.Os crentes devem ser orientados para que testemunhem de Cristo também no campus universitário. Em primeiro lugar, o universitário crente evangeliza através de um testemunho santo e irrepreensível que, por si mesmo, é uma mensagem. E, também, por meio de uma abordagem sábia e oportuna, que mostre a razão de nossa esperança (1Pe 3.15). Nenhum universitário cristão deve sacrificar o Evangelho no altar da pós-modernidade. Antes, que seja oportuno na proclamação de Cristo.
2. Uma carreira
acadêmica testemunhal.
Incentivemos
nossos irmãos (as) a que sobressaiam pela excelência acadêmica. Se apresentarem
rendimentos medíocres, como poderão demonstrar que o amor a Cristo conduz à
verdadeira sabedoria? Vejamos o exemplo de Daniel e seus companheiros. Eles
formaram-se com louvor máximo: “E em toda matéria de sabedoria e de
inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais
doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino” (Dn
1.20).A mediocridade acadêmica depõe contra o Evangelho. O crente que ama a Cristo adora-o também com as suas notas, graduações, mestrados e doutorados.
3. Uma carreira
testemunhal.
Daniel
e seus três companheiros foram inseridos, imediatamente, na elite cultural e
científica de Babilônia. E, nessa posição, Daniel ficaria por mais de 70 anos
(Dn 1.21). Jesus precisa de testemunhas em todas as áreas do saber humano. Ele
também morreu pelos cientistas, médicos, advogados, sociólogos e educadores. Se
prepararmos devidamente os crentes, levaremos Cristo à elite cultural de nossa
nação e do mundo. Por conseguinte, treinemos os crentes para que formem, no
campus, grupos de oração, estudo bíblico e evangelismo. Desses núcleos, Deus
haverá de suscitar testemunhas irresistíveis de sua Palavra. O Evangelho de Cristo
não pode ausentar-se das áreas cultas.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
Arqueólogos
revelam que os quatro jovens devem ter estudado, por exemplo: língua caldeia,
textos cuneiformes em caldeu e acádio, uma vasta gama de resumos sobre
religião, magia, astrologia e ciências, além de falarem e escreverem em
aramaico. Aproveite para mostrar aos alunos que quando o nosso compromisso com
Deus é forte, isso não significa necessariamente que seremos corrompidos por
uma educação pagã, numa sociedade pagã” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor
da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo.
10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.513).
Daniel
e seus três companheiros estavam a serviço de um governante que desconhecia por
completo a soberania divina. Entretanto, souberam como, num momento crítico,
realçar a soberania do Único e Verdadeiro Deus.
1. A crise escatológica.
O rei Nabucodonosor estava preocupado
com o futuro de seu império, quando Deus lhe mostrou, em sonho, o
estabelecimento do Reino do Céu, na Terra. Como nenhum de seus magos ou
astrólogos fora capaz de interpretar lhe o sonho, decretou a morte da elite
intelectual de Babilônia (Dn 2.5). A academia babilônica era inútil naquele
momento.Crises semelhantes desafiam os acadêmicos cristãos nas diversas áreas do conhecimento. Por essa razão, precisam estar alicerçados na Palavra de Deus, a fim de mostrar o Evangelho de Cristo como a única solução a todos os problemas humanos.
2. A resposta
teológico-evangélica.
Naquele
momento de crise, e diante da própria morte, Daniel apresenta corajosamente a
resposta divina: “Mas há um Deus nos céus, o qual revela os segredos; ele,
pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser no fim dos dias [...]” (Dn
2.28). E, assim, o profeta fez saber a Nabucodonosor o programa divino para os
últimos dias.Somente o Evangelho de Cristo pode responder às questões que tanto angustiam a humanidade. Aproveite, pois, a crise atual, para proclamar a todos, inclusive aos sábios e poderosos, que somente Cristo pode resgatar a sociedade atual de uma ruína certa e anunciada.
SUBSÍDIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO
Daniel resolveu desde o início não se contaminar. Não abriria mão de suas convicções, mesmo se tivesse de pagar com a vida por isso. Note-se que Daniel não tinha agora a presença dos seus pais para orientá-lo nas suas decisões; mas seu amor a Deus e à sua lei achava-se de tal modo arraigados nele desde a infância, que ele somente desejava servir ao Senhor de todo coração.
Aqueles que resolvem permanecer fiéis a Deus, enfrentando a tentação, receberão forças para permanecerem firmes por amor ao Senhor. “Por outro lado, aqueles que antes não tomam a decisão de permanecer fiéis a Deus e à sua Palavra, terão dificuldade para resistir ao pecado ou evitar conformar-se com os caminhos do mundo” (Lv 19.29; 21.7,14; Dt 22.2)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1244).
Daniel
já era bastante idoso quando foi convocado a gerir a pior crise do Império Babilônico.
Naquele instante, ele não poderia ser politicamente correto. Por isso,
proclamou corajosamente a sentença divina sobre o reino de Belsazar.
1. A corrupção de Babilônia.
Embora Nabucodonosor tenha
reconhecido o senhorio divino em três ocasiões, seu filho, Belsazar, ao
substituí-lo, não demorou a levar o império à ruína. Numa noite de orgia e
insultos ao Deus de Israel, ele profanou os utensílios sagrados do Santo Templo
na presença de suas mulheres, concubinas e grandes (Dn 5.1-3). Naquela mesma
hora, o Senhor escreveu, na parede do palácio, a sentença de morte daquele
reino. O mesmo acontece no Brasil. Deus está a requerer de seu povo uma atitude
mais evangélica, santa e decisiva (2Cr 7.14).
2. Daniel, o
incorruptível.
Como
nenhum acadêmico babilônico fosse capaz de ler a sentença divina escrita na
parede, o nome do velho profeta é evocado. Já na presença do rei, e rejeitando
todos os dons e agrados que este lhe oferecera, Daniel leu a sentença (Dn
5.25-31). Mais uma vez, ele não se deixou enlaçar pelo charme do politicamente
correto. Interpretando a inscrição, repreendeu energicamente o monarca.
Que
os homens públicos cristãos não se furtem ao seu dever. Que venhamos, neste
momento de crise econômica e política que debilita o Brasil, anunciar que Jesus
Cristo é o caminho, a verdade e a vida e que bem-aventurada é a nação cujo Deus
é o Senhor. Os governantes, legisladores e juízes também precisam ouvir que
Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e, em breve, virá nos buscar.
A Religião
Babilônica
Com
a ascensão da supremacia da cidade da Babilônia, Marduque, o patrono da cidade,
tornou-se a principal divindade do panteão babilônico. Uma festa de ano novo
chamada de festa de ‘akitu’ era realizada anualmente em sua honra, na qual uma
batalha simulada entre o rei e o dragão das profundezas era encenada
repetidamente para comemorar a primitiva vitória de Marduque sobre o caos.O propósito da festa era anunciar o ano novo com um ritual para assegurar paz, a prosperidade e a felicidade por todo o ano.
Outras divindades adoradas pelos babilônicos eram Anu, deus do céu; Enlil, deus do vento e da terra. Ea, deus do submundo — juntos, eles formavam uma tríade de divindades. Outra tríade importante era Sin, o deus-sol de Ur, e Harã, os primeiros abrigos da família de Abraão; Samas, a divindade do sol; e Istar, deusa do amor e da guerra, equivalente à Astarte dos fenícios, Astarote mencionada na Bíblia, e Afrodite dos gregos. Outras divindades significativas foram Nabu, o deus da escrita e Nergal (irmão de Marduque), o deus da guerra e da fome.
Os deuses da Babilônia eram, em sua origem, personificações das várias forças da natureza. A religião babilônica era, dessa forma, uma adoração à natureza em todas as suas partes, prestando homenagem a seres super-humanos que eram ao mesmo tempo amigáveis e hostis, com frequência representada por formas humanas, animais” (Bíblia de Estudo Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, pp.213,1697).
CONCLUSÃO
Que
os líderes saibam como preparar aqueles que vão frequentar uma universidade. À
semelhança de Daniel e seus companheiros, estes poderão fazer uma grande
diferença no mundo acadêmico e na esfera política. O Senhor Jesus precisa de
crentes em todas as camadas sociais.
A respeito do
Evangelho no mundo acadêmico e político, responda:
1° Por que a
evangelização acadêmica é prioridade da igreja?
Resp: Porque no universo
acadêmico saem os cientistas, educadores, formadores de opinião e boa parte dos
governantes e legisladores.
2° De que modo os
acadêmicos podem testemunhar de Cristo?
Resp: Por intermédio de
uma vida testemunhal e uma carreira acadêmica excelente.
3° Como atuaram
Daniel e seus companheiros em Babilônia?
Resp: Atuaram de forma
excelente, exaltando e glorificando o Deus Todo-Poderoso.
4° Fale da
intervenção de Daniel na cultura babilônica.
Resp: Daniel não se
deixou enlaçar pela cultura babilônica nem pelo charme do politicamente
correto.
5° Qual a obrigação
de um político cristão ante as crises?
Rep: Orar e anunciar
que Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida e que bem-aventurada é a nação
cujo Deus é o Senhor.
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Uma proposta?
Para
falarmos sobre evangelização em universidade, ou do mundo político,
primeiramente, deve haver um estágio intenso de treinamento das mentes de
nossos irmãos, como num treinamento de um candidato às missões transculturais,
pois ele tem de se preparar muito para exercê-las, dominando a cultura e a
língua, em primeiro lugar; e as particularidades dos países em que se deseja
evangelizar. No caso do evangelismo universitário não é diferente.O primeiro estágio passa pelo contato da historicidade da fé cristã. Nossos irmãos precisam ter o contato com a história a fim de conhecer a herança histórica e filosófica da própria fé, bem como ter contatos com obras dos primeiros pais da Igreja, o pensamento de Agostinho, Tomas de Aquino, Martinho Lutero, João Calvino, João Armínio, John Wesley, etc. Em outro momento, servir aos nossos irmãos de bons filósofos e apologistas cristãos mais contemporâneos de grande envergadura intelectual: Chesterton, C. S. Lews, Alister Mcgrath, Willian Lane Craig, Alvin Platinga e outros. Para introduzir nossos irmãos ao diálogo das principais cosmovisões de pensamento no mundo, a CPAD tem uma série de obras disponíveis para esse objetivo: “Sua Igreja está preparada?”; “Panorama do Pensamento Cristão”; “E Agora como Viveremos”; “Verdade Absoluta”.
Não há outra instituição especializada e capacitada, senão a Escola Dominical, para desenvolver com seriedade e qualidade esse urgente trabalho. Preparar nossos irmãos para este trabalho é fundamental para a evangelização universitária e a consequente sobrevivência nas comunidades acadêmicas atuais.
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