LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - ADULTOS
Título: O desafio da evangelização — Obedecendo ao ide do
Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura
Comentarista: Claudionor de Andrade
TEXTO
ÁUREO: “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não
nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus” (Jo 3.5).
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Apresentar alguns dos
mitos da religião.
II. Mostrar como podemos
evangelizar os religiosos.
III. Conhecer os grupos
religiosos que representam desafios para a Igreja.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Professor,
na lição de hoje estudaremos a respeito de alguns grupos religiosos. A palavra
religião vem do latim religiones. Segundo o pastor Claudionor de Andrade, esse
termo é oriundo de religare, ligar outra vez. A religião liga o homem ao
Criador, todavia ela não tem poder para salvá-lo. A salvação é obtida somente
pela graça. Ela é um dom gratuito de Deus que o pecador recebe pela fé no
sacrifício vicário de Jesus Cristo. Ninguém será salvo por pertencer a uma
igreja ou grupo religioso. Nicodemos era um homem religioso, um fariseu, e ao
se encontrar com Jesus, o Salvador lhe falou a respeito da necessidade de ser
transformado e de nascer de novo (Jo 3.3).Existe o mito de que toda religião é boa e leva o homem até Deus, mas o único caminho que pode nos conduzir até o Pai chama-se Jesus Cristo. Ele mesmo afirmou: “[...] Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai se não por mim” (Jo 14.6).
Professor identifique os grupos religiosos que estão ao redor de sua igreja ou congregação e incentive seus alunos a alcançarem esses grupos com as Boas-Novas de salvação.
INTRODUÇÃO
Evangelizar os religiosos é
um dos maiores desafios da Igreja de Cristo no século XXI. Ao contrário do que
supunham os racionalistas, o sentimento religioso do ser humano não foi
destruído pelo avanço da ciência. Hoje, pessoas de todas as classes sociais
continuam a procurar refúgio na religião. Nessa busca, milhões de almas
famintas deixam-se enredar por guias inescrupulosos, demônios e falsos deuses.Falar de Cristo aos religiosos também é nossa missão. No Brasil, deparamo-nos com estes grupos altamente desafiadores e prioritários: católicos, espíritas, judeus, muçulmanos, ateus e desviados. Com base na ação evangelística de Cristo, veremos como falar da verdadeira religião aos religiosos.
Genericamente, a religião é
definida como um sistema doutrinário e litúrgico, que facilita o acesso do ser
humano a Deus. A partir desse conceito, foram criados três mitos que barram o
acesso do pecador ao céu.
1. Mito um: todas as religiões são boas.
Não podemos afirmar que todas as religiões são
boas. Vejamos, por exemplo, o caso de Moloque. Em sua adoração, os amonitas
queimavam suas criancinhas (Lv 18.21; Jr 32.35). E, no culto a Baal-Peor,
divindade venerada pelos midianitas e moabitas, os desregramentos sexuais não
tinham limites (Os 9.10). As práticas de tais abominações levaram o Senhor a
castigar severamente a Israel (Nm 25). Vê-se, pois, que nem todas as religiões
são boas.
2. Mito dois: todas as
religiões levam a Deus.
Com base nos casos
mencionados no tópico anterior, como podemos alegar que todas as religiões
levam a Deus? No tempo de Paulo, a civilização greco-latina dava-se ao culto
aos demônios (1Co 10.20,21). Hoje, não é diferente. Muitos são os que
sacrificam animais e víveres aos ídolos. E, nos últimos dias, a humanidade
adorará a Besta, o Falso Profeta e o Dragão (Ap 13.4). Tais religiões não
conduzem o homem a Deus. Muitos, declaradamente, prestam cultos a Satanás.
3. Mito três: nenhuma
religião é verdadeira.
Tiago afirma que a religião
pura e imaculada é visitar os órfãos e viúvas em suas necessidades (Tg 1.27).
Por conseguinte, não podemos nivelar, por baixo, a religião que nos foi
concedida pelo Senhor, por meio de seus santos profetas e apóstolos.Receber a Jesus como Único e Suficiente Salvador não faz da pessoa um religioso, mas sim alguém que foi transformado pela misericórdia divina.
SUBSÍDIO
APOLOGÉTICO
Há uma crença comum de que
todas as religiões basicamente contêm a mesma verdade, embora se apresentem de
maneiras distintas. Esse é o conceito de que ‘Deus, mesmo quando chamado por
outro nome, é ainda Deus’. Deus habita no topo de uma enorme montanha, e todas
as religiões e sistemas de crenças do mundo são como caminhos distintos que nos
levam ao topo. Como todos os caminhos, por fim, levam ao cume, assim todas as
religiões também levam a Deus.Há apenas um problema com esse pensamento: todas as religiões não podem ser verdadeiras. Como podemos ter tanta certeza? Porque todas as religiões são diferentes e, em vários pontos, mutuamente exclusivas. Em vez de dizer que todas as religiões são verdadeiras, seria mais razoável acreditar todas são falsas, ou que apenas uma delas é verdadeira, e as outras, falsas.
Neste ponto, você pode estar imaginando: ‘Mas será que todas as religiões não contêm uma verdade?’. Correto. Mas, isso não significa que toda religião é verdadeira. Como gostamos de dizer: Há verdade em tudo, mas nem tudo é verdade” (BRUCE, Bickel; JANTZ, Stan. Guia de Seitas e Religiões: Uma visão panorâmica. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.11,12).
Tendo como exemplo a ação
evangelística de Jesus, vejamos como expor o Evangelho aos religiosos.
1. Não discuta religião.
Ao receber Nicodemos, na calada da noite, o Senhor
Jesus não perdeu tempo discutindo os erros e desacertos do judaísmo daquele
tempo. De forma direta e incisiva, falou àquele príncipe judaico sobre o novo
nascimento (Jo 3.3). Sua estratégia foi certeira. Mais tarde, Nicodemos
apresenta-se voluntariamente como discípulo do Salvador (Jo 7.50; 19.39).Em vez de contender com os religiosos, fale que Cristo é a única solução para a humanidade caída e carente da glória de Deus.
2. Não deprecie religião alguma.
Em seu encontro com a mulher samaritana, Jesus não
depreciou a religião de Samaria, nem sublimou a de Israel, mas ofereceu-lhe
prontamente a água da vida (Jo 4.10). A partir da conversão daquela religiosa,
houve um grande avivamento na cidade, repercutindo pentecostal mente em Atos
(At 8.5-14).Se depreciarmos a religião alheia, não teremos tempo para falar de Cristo, pois a evangelização exige ações rápidas e efetivas.
3. Mostre a verdadeira
religião.
Sem ofender a religiosidade
de seus ouvintes, mostre, em Jesus Cristo, a verdadeira religião. Foi o que
Paulo fez em Atenas. Tendo como ponto de partida o altar ao Deus Desconhecido,
anunciou-lhes Cristo como o único caminho que salva o pobre e miserável pecador
(At 17.26-34). Se agirmos assim, teremos êxito na evangelização dos católicos,
espíritas, judeus, muçulmanos, ateus e desviados.
SUBSÍDIO
APOLOGÉTICO
Professor procure enfatizar
neste tópico que o “cristianismo é mais do que uma religião sobre Jesus”. Para
sermos mais exatos, diz respeito ao relacionamento com Jesus, a quem Deus
enviou a terra para salvar a humanidade da morte espiritual. Esse é o coração e
a alma do cristianismo. É por essa razão que o cristianismo fica separado de
qualquer seita, religião ou sistema de crenças no mundo. Um cristão é aquele
acredita e aceita as afirmações de Jesus.Jesus afirma ser Deus em forma humana. Jesus não disse que era como Deus. Ele disse que era Deus (Jo 10.30). As pessoas ao redor de Jesus sabiam exatamente o que Ele queria dizer. Seus inimigos compreenderam essa afirmação e procuravam matá-lo por essa razão (Jo 5.18). Os seguidores de Jesus também compreenderam essa afirmação e estavam dispostos a morrer por ela. “O apóstolo Paulo escreveu: ‘Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade’ (Cl 2.9)” (BRUCE, Bickel; JANTZ, Stan. Guia de Seitas e Religiões: Uma visão panorâmica. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.33).
Na evangelização dos grupos acima mencionados,
temos de adotar a estratégia certa, para que o nosso trabalho não redunde em
fracasso. Daremos algumas informações, neste tópico, que poderão ser bastante
úteis.
1. Católicos romanos.
Embora nominalmente cristãos, os católicos acham-se
presos à idolatria, ao misticismo e, boa parte deles, a um perigoso
sincretismo. Por isso, em sua evangelização, não ofenda Maria, nem os santos
venerados por eles. Evite apontar a igreja evangélica como superior à católica.
Antes, exponha-lhes Jesus como o caminho, a verdade e a vida (Jo 14.6). Lhes
entregue folhetos com o endereço de sua igreja, para que os convertidos sejam
bem discipulados.
2. Espíritas.
Na evangelização dos espíritas e dos adeptos dos
cultos afros, evite toda e qualquer discussão. Mas, com amor e sabedoria,
convença-os, pela Bíblia, de que aos homens está ordenado morrerem uma única vez,
e que o sacrifício de Jesus Cristo é suficiente para levar-nos ao Pai (Hb 9.27;
1Pe 3.18).
3. Judeus e muçulmanos.
Embora os judeus sejam o
povo da promessa, eles são tão necessitados de Cristo quanto os muçulmanos (Rm
3.23). Por isso, prepare estratégias distintas e adequadas para ganhar tanto os
primeiros quanto aos segundos. Na evangelização dos muçulmanos, não ofenda
Maomé. Todavia, não deixe de proclamar-lhes a supremacia de Cristo na salvação
de todos os que creem (Rm 1.16).
4. Ateus.
Apesar de os ateus se
apresentarem como não religiosos e descrentes da existência de Deus, são tão religiosos
quanto os demais homens. Não tente provar-lhes que Deus existe. Mas, com poder
e graça, deixe-lhes bem claro que Jesus salva e liberta o mais vil dos
pecadores. Contra o ateísmo, somente o Evangelho eficaz da graça divina.
5. Os desviados do Evangelho.
Não nos esqueçamos dos que
estão afastados do Evangelho. Se Cristo se deu por eles, empenhemo-nos, nós
também, em sua recuperação plena (Mt 18.11; Lc 15.4).
SUBSÍDIO
APOLOGÉTICO
Professor, o islamismo
representa um desafio para a Igreja do Senhor. Esta é uma das religiões que
mais crescem no mundo. No Brasil temos um grupo grande de mulçumanos. Estes,
fora de seus países de origem, ficam mais susceptíveis a ouvir as Boas-Novas.
Utilize o quadro abaixo para mostrar aos alunos as principais crenças desse
grupo.CONCLUSÃO
PARA
REFLETIR
A respeito da evangelização
dos grupos religiosos, responda:
1° Quais os principais
mitos sobre a religião?
Resp: Todas as religiões são
boas, todas as religiões levam a Deus e nenhuma religião é verdadeira.
2° Como falar de Deus aos
católicos?
Resp: Em sua evangelização, não
ofenda Maria, nem os santos venerados por eles. Evite apontar a igreja
evangélica como superior à católica. Antes, exponha-lhes Jesus como o caminho,
a verdade e a vida (Jo 14.6).
3° Como falar de Cristo aos
espíritas e adeptos dos cultos afros?
Resp: Na evangelização dos
espíritas e dos adeptos dos cultos afros, evite toda e qualquer discussão. Mas,
com amor e sabedoria, convença-os, pela Bíblia, de que aos homens está ordenado
morrerem uma única vez, e que o sacrifício de Jesus Cristo é suficiente para
levar-nos ao Pai.
4° Como evangelizar os
muçulmanos?
Resp: Na evangelização dos
muçulmanos, não ofenda Maomé. Todavia, não deixe de proclamar-lhes a supremacia
de Cristo na salvação de todos os que creem (Rm 1.16).
5° Por que é urgente falar
de Cristo aos desviados?
Resp: Porque Jesus os ama e Ele
pode voltar a qualquer momento.
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
A Evangelização dos Grupos
Religiosos
Um fenômeno que nos traz
espanto é o crescimento exponencial da religião num mundo em que a Ciência e a
Tecnologia avançam drasticamente. Ora, o sentimento religioso é um elemento
intrínseco ao ser humano e, por isso, não sobreviveu nem sobreviverá à
concepção de um homem ideal religioso. A natureza religiosa do ser humano é
inerente à constituição da própria natureza. Ainda que o seu objeto de
contemplação seja de natureza meramente material, mas o sentimento, a
necessidade e a consciência da existência de algo maior que o ser humano está
no âmago do pensamento do homem moderno.Neste contexto, a Igreja de Cristo se coloca à disposição da sociedade para levar esperança e respostas às pessoas que peregrinam esta existência por descobrir o sentido da vida. Até ocorrer o encontro com Cristo, é comum ouvirmos de irmão o caminho que trilhou por outras religiões até encontrar a pessoa de Jesus e desfrutar do seu amor e da sua paz. Embora não seja muito comum falarmos, mas a verdade que muitas religiões escravizam e esmagam a consciência e a liberdade da pessoa humana neste aspecto, o cristianismo não está a salvo, pois a história mostra que houve tempos sombrios, onde se perseguiu e matou em nome de Deus.
1. Tratar a religião do outro com o devido respeito.
Nosso senhor não tratou a mulher samaritana de
maneira grosseira, nem deixou de atender o clamor da mulher sírio-fenícia.
Ambas as mulheres, por certos, adoravam outros deuses e praticavam uma religião
que, do ponto de vista das Escrituras, não dignificavam o ser humano. Mas com
todo carinho e amor, Cristo Jesus se pôs a falar com essas mulheres de maneira
respeitosa e amorosa.
2. Não detratar a religião alheia.
Não é fazendo “guerra santa” que pessoas crerão no
Senhor. É constrangedor quando sabemos de casos de completa falta de sabedoria
e bom senso, em que o anunciante da Palavra põe-se a agredir a religião alheia.
É importante ressaltar que, da mesma forma que nos sentiríamos ultrajados se
alguém entrasse em nosso prédio e quebrasse o púlpito à machadadas, igualmente
o mesmo sentimento se passa na mente e no coração do adepto de determinada
religião em que vê o seu símbolo sendo maltratado. A atitude de “guerra” e
agressividade nada tem haver com o nosso Senhor e o seu método de propagar o
Evangelho e o Reino de Deus.
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