quarta-feira, 30 de novembro de 2016
Lição 10 CPAD - 4° Trimestre 2016
LIÇÕES
BÍBLICAS CPAD - ADULTOS
Título: O Deus de
toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises
Comentarista: Elienai
Cabral
TEXTO ÁUREO: “Louvai ao
SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade é para sempre” (Sl
136.1).
VERDADE PRÁTICA: A nossa fé em Deus leva-nos a adorá-lo em meio às
crises e dificuldades.
OBJETIVO GERAL: Ressalvar que a nossa fé
nos faz adorar a Deus em meio às crises.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I.
Apresentar um panorama do reino do Norte e do Sul
II.
Mostrar quem foi o rei Josafá
III.
Enfatizar a trajetória do rei Josafá e seus inimigos
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na
lição de hoje estudaremos a respeito da crise política que o rei Josafá teve
que enfrentar. Nações inimigas se levantaram para atacar Judá e diante da força
delas, Josafá não teria como escapar. Então, ele decide buscar o Senhor em
oração e jejum. Deus é o nosso socorro. Em tempos de crise, faça como o rei,
busque ao Todo-Poderoso. O Senhor ouviu e respondeu a oração de Josafá enviando
o seu socorro. Não tente resolver as situações difíceis sozinhos, ore, busque a
Deus e você verá o livramento do Senhor. Diante da vitória contra os seus
inimigos, Josafá exalta e adora ao Senhor. Seu coração foi afligido pelo temor,
mas o tempo de cantar chegou. Assim, como Deus deu o livramento a Judá, Ele
dará o livramento a você, confie.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje, estudaremos a
respeito da pior crise que o rei Josafá teve que enfrentar. Com a história de
Josafá, aprendemos que, em meio às crises, devemos orar e buscar o socorro de
Deus. Veremos que o rei jejuou, orou e confessou sua incapacidade para resolver
tal situação. Josafá teve fé. Por isso, recebeu a vitória. Em um gesto de
gratidão, ele louva e adora ao Senhor.
I. REINO DO NORTE E DO SUL
1. A divisão do reino de Israel.
Os livros dos Reis e das Crônicas
apresentam a história da divisão entre as tribos do Norte e do Sul em Israel. O
reino do Norte era formado por dez tribos e a capital era Samaria. O reino do
Sul era formado por duas tribos, Judá e Benjamim, e a capital era Jerusalém. Nos
dias de Roboão, filho de Salomão e Naamá, mulher amonita, o reino enfraqueceu.
Com o enfraquecimento econômico do reino de Israel, Roboão resolve aumentar a
carga tributária, que já era pesada desde os tempos de Salomão. Por causa desse
encargo que Roboão não quis aliviar, as tribos do Norte de Israel romperam com
as tribos do Sul (2Cr 10.1-15).
2. O Reino do Norte.
O Reino do Norte conseguiu
sobreviver por aproximadamente 200 anos. Foi governado por diferentes reis. Na
sua grande maioria, os monarcas são identificados pela seguinte expressão: “era
mau” aos olhos de Deus. A maldade dos governantes levou o povo de Deus a
experimentar diferentes crises: políticas, sociais e religiosas.
3. O Reino do Sul.
Segundo o Guia do Leitor da
Bíblia, este reino foi regido por 19 reis que pertenciam à família de Davi.
Judá também enfrentou muitas crises e teve que lutar com os mesmos inimigos do
Reino do Norte. Ambos os reinos sofreram crises ameaçadoras e graves.
A invasão dos moabitas
Os moabitas e os amonitas
começaram a se levantar contra Judá desde os dias de Davi. Ao invés de amonitas
a Septuaginta traz o termo Meunim, um povo de Seir. A invasão veio do
leste ou do sudeste. Dalém do mar é uma referência ao mar Morto. Josafá
conclamou o povo à oração e ao jejum em todo o território de Judá, a fim de
buscar a ajuda e a direção de Deus.Em momentos de crise, a oração é uma fonte de força capaz de nos fazer recordar experiências prévias em que fomos ajudados por Deus. O rei invocou o Deus de seus pais, e relembrou libertações ocorridas no passado, diante do pátio novo. Este seria o pátio externo, provavelmente renovado ou reconstruído desde os dias de Salomão. Sob a sombra do Templo, Josafá se lembrou e citou a oração de seu tataravô, na ocasião em que o local santificado havia sido dedicado (2Cr 6.28-31). O rei e seu povo se depararam com o tipo de dilema que todos nós enfrentamos mais de uma vez na vida; e não sabemos nós o que faremos. Mas ele, também tinha o recurso para a solução do problema. Este meio está à disposição de todo o verdadeiro servo de Deus: Os nossos olhos estão postos em ti. Seguindo uma liderança temente e obediente ao Senhor, as esposas (e também as crianças) permaneceram perante o Senhor com os seus maridos e com o seu rei Comentário Bíblico Beacon. Volume 2. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.461).
JOSAFÁ
Com 35 de idade ele se tornou co-regente
com seu pai Asa, até a morte deste em 870, e governou por 25 anos (1Rs 22.42).
Sua mãe era Azuba, filha de Sili. Ele foi contemporâneo de Acabe, e Jeorão de
Israel. Fez uma aliança com Israel casando seu filho Jeorão com Atalia, a filha
de Acabe e Jezabel (2Rs 8.18). Apesar deste ato ter aberto a porta à adoração a
Baal no reino de Judá, ele foi considerado um bom rei”.Para conhecer mais leia, Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.1089.
1. Quem era
Josafá (1Rs 22.41-43)
Ele
foi o quarto rei de Judá. Com 35 anos de idade, foi co-regente com seu pai,
Asa, por três anos (1Rs 22.41-50). Certamente ele teve como referencial de
governo a espiritualidade do seu pai. Seu governo foi próspero. As Escrituras
Sagradas afirmam que Deus era com ele, pois “andou nos primeiros caminhos de
Davi, seu pai” (2Cr 17.3). Josafá desfez os altares aos deuses que foram
erguidos nos montes. Infelizmente, o Reino de Judá tomou o caminho da
idolatria, seguindo o mau exemplo do rei Acabe e da rainha Jezabel.
2. O cuidado de Josafá em instruir o povo (2Cr
17.1-19).
No terceiro ano de seu reinado,
Josafá ordenou aos levitas e sacerdotes que fossem às cidades de Judá e
ensinassem o “livro da Lei do Senhor”. De cidade em cidade, esses homens
reuniam o povo nas praças, uma vez que não havia sinagogas nem templos fora de
Jerusalém, e ali ensinavam as pessoas.
3. A instrução e temor.
Os príncipes, os levitas e
sacerdotes ensinavam ao povo a Lei de Deus (2Cr 17.7,8). O ensino promoveu um
grande temor no coração de todos (2Cr 17.10). O temor a Deus é o princípio da
sabedoria. Um povo que teme a Deus se tornará próspero.
Josafá
Ele foi contemporâneo de Acabe,
Acazias, e Jorão de Israel. Fez uma aliança com Israel casando seu filho Jeorão
com Atalia, a filha de Acabe e Jezabel (2Rs 8.18). Apesar de este ato ter
aberto a porta à adoração a Baal no reino de Judá, ele foi considerado um bom
rei.No terceiro ano do seu reinado, ele conduziu algumas reformas para melhorar a situação religiosa, instruindo pessoalmente o seu povo e enviando levitas com os livros da lei para ensinar nas cidades de Judá (2Cr 17.7-9). Os filisteus e os árabes lhe pagavam tributos (vv.10,11), e ele mais tarde fortificou as cidades de seu reino.
Durante os últimos cinco anos de seu reinado, Josafá teve seu filho Jeorão reinando junto a si (2Rs 8.16 com 1.17). Josafá morreu com sessenta anos de idade, e foi sepultado na cidade de Davi (1Rs 22.50)” (Dicionário Bíblico Wycliff. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, pp.1088-1089).
1. A
perigosa aliança feita com Acabe (2Cr 18.1-3).
Josafá
tornou-se rico e próspero, mas deixou de buscar ao Senhor e passou a agir por
si mesmo, confiando apenas na sua capacidade e nos seus bens. Ele fez uma
aliança com Acabe, um rei perverso que, juntamente com sua esposa, estabeleceu
o culto a Baal no Reino do Norte. A aliança, selada por meio do casamento com
uma das filhas de Acabe, lhe traria derrota moral, física e espiritual. Deus
usou Jeú para repreendê-lo. O profeta mostrou ao rei Josafá o quanto a aliança
que ele havia feito com Acabe aborreceram ao Senhor (2Cr 19.2). Alianças feitas
sem a orientação e a permissão de Deus sempre trazem prejuízos.
2. Josafá enfrenta a ameaça dos inimigos (2Cr
20.1-12).
Os amonitas, os edomitas e os
moabitas uniram forças para invadir Judá, cruzando o mar em direção a En-Gedi.
Eles formaram um exército com muitos soldados, cavalos e armas. Então, Josafá
temeu os seus inimigos. O seu medo o levou a buscar a Deus com jejum.
Infelizmente, muitos só se lembram de buscar a Deus quando estão cercados pelas
dificuldades. Não deixe para buscar a Deus somente nos tempos de crise;
busque-o sempre.
3. A ação de Josafá.
Ele precisou agir rápido, pois um
grande exército formado por vários inimigos vinha em sua direção. No momento de
aflição e desespero, Josafá invocou o nome do Senhor, e apregoou um jejum (2Cr
20.3). A oração e o jejum nos ajudam a vencer as crises. Era uma nação inteira
buscando a Deus. Nenhum crente deve duvidar do poder da oração. O povo se
humilhou diante de Deus, mostrando sua total dependência do Senhor. O objetivo
era buscar o socorro e a misericórdia de Deus diante do iminente ataque do
inimigo. Não há crise que não possa ser vencida quando oramos, jejuamos e
confiamos no Senhor. Davi, em um dos seus cânticos, declarou: “Uns confiam em
carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor, nosso
Deus” (Sl 20.7). É tempo de invocarmos o nome do Senhor em favor da nossa
nação. Precisamos orar e jejuar a fim de que a crise política e econômica seja
solucionada. Jesus declarou que determinadas castas de demônios só podem ser
expelidas pela “oração e pelo jejum” (Mt 17.21).Deus mandou o profeta dizer ao povo que eles não precisariam lutar nem temer, pois Ele mesmo sairia e pelejaria em favor deles (2Cr 20.17). Josafá e seus súditos creram na Palavra de Deus e adoraram e louvaram ao Senhor (2Cr 20.18,19). Houve grande júbilo e a certeza da vitória que o Senhor daria ao seu povo. Quando os exércitos inimigos se aproximaram de Jerusalém e ouviram o som dos louvores, dizem as Escrituras Sagradas que eles caíram em emboscadas e se destruíram uns aos outros, sem que ninguém do povo precisasse fazer qualquer coisa. Os exércitos inimigos foram desbaratados porque Deus os confundiu (2Cr 20.24). Aprendemos que o inimigo não pode resistir ao povo de Deus quando há oração, jejum e verdadeira adoração.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Em 853 a.C., Acabe o persuadiu a se
ajuntar a Israel em uma tentativa de desarraigar Ramote-Gileade da Síria. Acabe
foi mortalmente ferido, mas Josafá sobreviveu (1Rs 22.1-38). Ele foi
severamente reprovado pelo profeta Jeú por ter se associado ao rei Acabe (2Cr
19.1,2). Judá ocupou uma clara posição subordinada, mas a aliança foi,
temporamente, a fonte da força de ambos os reinos. Em seu retorno, Josafá
novamente encorajou a adoração ao Senhor Jeová (1Cr 19.4).Ele havia previamente fortalecido as defesas de Judá e trazido Edom ao seu controle. Isto lhe deu o comando das rotas de caravanas da Arábia e lhe trouxe uma riqueza adicional (2Cr 17.5; 18.1). Josafá tentou construir uma frota de navios em Eziom-Geber com a cooperação de Acazias, rei de Israel, mas os navios foram destruídos. Josafá recusou quaisquer novas parcerias, provavelmente com medo da invasão de seu território e pelo fato de ter sido repreendido por se unir a Acazias (1Rs 22.48,49)” (Dicionário Bíblico Wycliff. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.1089).
CONCLUSÃO
A história de Josafá é uma
história de proezas. Ele buscou ao Senhor em jejum, oração e adoração e Deus
lhe concedeu a vitória em tempos de crise. Se você está enfrentando, como o rei
Josafá, uma terrível crise, não desanime. Não se renda diante das ameaças do
inimigo. Ore, jejue, adore e veja o livramento do Senhor.
A respeito de adorando a Deus em meio a calamidade,
responda:
1° O reino do Norte era formado por quantas tribos
e qual era a sua capital?
Resp:
O reino do Norte era formado por dez tribos e a capital era Samaria.
2° Quem foi o pai de Josafá?
Resp:
Josafá era filho de Asa.
3° Josafá foi um bom rei?
Resp:
Sim, embora tenha feito aliança com Acabe.
4° Qual foi a atitude de Josafá diante do iminente
ataque do inimigo?
Resp:
No momento de aflição e desespero, Josafá invoca o nome do Senhor (2Cr 20.4).
Ele apregoou um jejum e oração.
5° Josafá fez uma aliança errada com qual rei?
Resp:
Com Acabe.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Adorando a Deus em meio a calamidade
O que fazer quando uma nação se
divide? Quando a aliança que outrora a unia se faz quebrada? Foi o que
aconteceu com o Israel do período posterior ao reino do rei Salomão. Mediante a
decisão do rei Roboão, filho de Salomão, em aumentar mais vezes o imposto que
já era pesado, houve uma rixa inevitável entre as dez tribos do Norte e as duas
do Sul. O reino se dividiu, por consequência, a religião também. Agora não
haveria somente Judá e Jerusalém, haveria Israel e Samaria.A divisão foi tão aguda que persistiria até a época de Jesus: “Jesus enviou estes doze e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos” (Mt 10.5). Samaritanos e judeus não se davam, pois devido ao acúmulo de rixas e de desentendimentos irreparáveis em relação à Lei, ambos os grupos optaram pela divisão. Os samaritanos passaram aceitar como escritos inspirados o Pentateuco, e os profetas foram por eles rejeitados por causa da sua origem do sul. Os samaritanos também não aceitavam que o verdadeiro templo ficava em Jerusalém nem que o monte verdadeiro chamava-se Sião. Para eles, Samaria era a capital sagrada e o Monte Gerezim, o monte do único templo. Claro que para chegar a esse ponto foi necessário um trabalho complexo de aculturação religiosa. Jeroboão foi a pessoa fundamental para construir a religião dos samaritanos (1Rs 12.26-33).
Nesse contexto de lutas e desentendimentos étnicos, surge o rei Josafá de Judá. Podemos classificar o reino do rei Josafá como um dos instrumentos importantíssimo para um reavivamento espiritual para a nação de Israel. A característica desse reinado ressalta isso. O cuidado com a instrução do povo em relação à Lei de Deus, ordenando os levitas e sacerdotes que ensinassem publicamente a Palavra da Lei. O resultado foi o temor do Senhor sobre a nação e sobre os reinos ao redor de Judá (2Cr 17.7-10).
Assim como as Escrituras mostram que num contexto de idolatria e imoralidade Deus pode reavivar o seu povo, a História da Igreja também mostra que em momentos difíceis da Igreja, Deus restabeleceu seus “púlpitos”, a Palavra teve primazia e um desejo incomensurável de buscar a Deus em oração devorava os corações dos irmãos. Isso aconteceu na Inglaterra, na Grã-Bretanha, na América, na África, na China, na Manchúria, na Coreia, na índia e em muitos outros lugares. É possível um grande avivamento em meio à crise!
quinta-feira, 24 de novembro de 2016
Lição 9 CPAD - 4° Trimestre 2016
LIÇÕES
BÍBLICAS CPAD / ADULTOS
Título: O Deus de
toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises
Comentarista: Elienai
Cabral
TEXTO ÁUREO: “Pois o
SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses [...], que não faz acepção de pessoas,
nem aceita recompensas; que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro,
dando-lhe pão e veste” (Dt 10.17,18).
VERDADE PRÁTICA: Em tempos de crises Deus realiza o impossível e o
extraordinário.
OBJETIVO GERAL: Ressaltar que em tempos
de crise Deus opera o impossível.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I.
Apontar a crise financeira pela qual a viúva que procurou Eliseu passava;
II.
Mostrar que Deus realiza milagres;
III.
Enfatizar que Deus dá a provisão na medida certa.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na
lição de hoje estudaremos a respeito do milagre da multiplicação do azeite
realizado pelo profeta Eliseu. O milagre da multiplicação do azeite nos mostra
que para Deus não existem impossíveis. Não importa a crise que o nosso país
esteja enfrentando, o Senhor pode realizar o impossível para nos abençoar financeiramente.
A viúva endividada, no momento de crise foi até a pessoa certa, um profeta e
homem de Deus. É preciso ter cuidado, pois muitos estão buscando o milagre
divino no lugar errado e com a pessoa errada. Em tempos de crises não faltam
falsos profetas que prometem soluções milagrosas. Estes pseudos profetas
"vendem a bênção" do Senhor, ganhando com a dor e a miséria alheia.
Precisamos estar atentos, pois Deus não negocia milagres.
INTRODUÇÃO
Deus concedeu a Eliseu autoridade
espiritual para que ele pudesse suceder Elias. O seu ministério foi marcado por
muitos milagres. Na lição de hoje, vamos estudar o milagre que Deus operou por
intermédio do seu servo para salvar uma viúva e seus dois filhos de uma crise
financeira.
PONTO CENTRAL: Em
tempos de crises, Deus realiza milagres.
I. UMA FAMÍLIA EM DIFICULDADES
1. A crise das dívidas.
Não sabemos o nome da viúva nem
dos seus filhos, mas sabemos que ela era esposa de um discípulo de Eliseu.
Parece que este não lhe deixou nenhuma herança, apenas uma dívida impagável. A
situação daquela mulher era desesperadora. As viúvas eram sustentadas pelos
filhos e tudo indica que seus filhos ainda eram crianças.
2. O risco de perder os filhos.
A mulher corria o risco de perder
seus dois filhos para os credores. Eles poderiam ser vendidos como escravos
para saldar a dívida. A situação era gravíssima, pois não havia emprego para
uma viúva. Ela também não tinha dinheiro, joias ou qualquer tipo de alimento em
casa. Vivemos tempos de grandes dificuldades econômicas, quando muitas famílias
estão vivendo em absoluta pobreza. O número de desempregados é um dos maiores
da história do país. Muitos já não têm como sustentar suas famílias, e falta o
pão de cada dia. Não poucos crentes, fiéis a Deus, estão desempregados e
padecendo necessidades. Precisamos, como Igreja do Senhor, socorrer os
necessitados e aflitos.
3. A viuvez.
No Antigo Testamento, a mulher
trabalhava somente em casa e era sustentada por seu marido. Quando o marido
morria, era amparada por seus filhos ou parentes, até que encontrasse algum
familiar que se tornasse o remidor, casando-se com ela. No caso da viúva que
Eliseu ajudou, não houve quem a remisse. Pelo contrário, a dívida contraída por
seu marido deveria ser paga com a venda de seus filhos. Em meio à crise
financeira, a mulher lembrou-se do homem de Deus. Talvez Eliseu tivesse
conhecido aquela família nos tempos de bonança. Deus não desampara as viúvas e
os órfãos.
SÍNTESE DO TÓPICO (I): A família da viúva que
foi procurar a ajuda de Eliseu estava correndo sérios riscos.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
A viuvez no Antigo Testamento
No Antigo Testamento, a questão
da viuvez já era tratada com muita atenção. Inclusive, Deus advertira
fortemente ao povo de Israel para que tratasse bem aos órfãos e as viúvas, caso
contrário, Ele castigaria contundentemente aqueles que os oprimissem (Êx
22.22-24; Sl 68.5; Ml 3.5).
Um detalhe interessante a ser
notado é que as passagens tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, que tratam
da questão da viuvez, não falam do cuidado com os viúvos, mas, sim, em relação
às viúvas, uma vez que, no modelo de organização familiar daqueles tempos, a
morte da esposa não mudava a posição social e econômica do marido, mas o contrário,
sim. Lembremo-nos que, nos tempos antigos, ou seja, no período bíblico e também
durante muitos séculos depois, não havia pensão alimentícia nem seguro social,
e as mulheres também não tinham tantas alternativas de emprego em nossos dias.
Já para o homem, que normalmente sustentava a família sozinho, havia muitas
opções, além de ser privilegiado na questão das heranças. Por esse motivo as
viúvas passavam geralmente grandes necessidades.
No período bíblico, perder o
marido significava para a mulher perder de forma dramática a sua posição social
e econômica, e, conforme os lembram dos teólogos Merril F. Unger e William
White Jr, ‘a gravidade da situação era aumentada se ela não tivesse filhos’
(Dicionário Vine, p.33). No caso de não ter gerado filhos, a viúva voltava para
a casa dos pais (Gn 28.1) e ficava sujeita à lei do levirato, que já era praticada
antes de Moisés, mas foi estabelecida como lei, de fato, somente com ele (Dt
25.5,6) (COLEHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.43,44).
CONHEÇA MAIS
Escravos
Nos tempos do Antigo Testamento,
uma família de uma pessoa podia ser tomada e vendida para escravidão temporária
para pagar uma dívida devida pelo pai. O ato de Eliseu demonstrou a preocupação
de Deus pela viúva e pelo órfão que simbolizam o afligido pela pobreza e pela
fraqueza no AT.
Óleo de oliva refinado era usado
em cozimento, cosmético e queimado como combustível na iluminação e era sempre
mantido em combustão, mesmo na casa mais pobre dos hebreus. Podia ter sido
facilmente vendido pela viúva, à dívida paga e, assim, as necessidades da própria
família seriam atendidas.
Para conhecer mais leia, Guia do
Leitor da Bíblia, CPAD, p.245.
II. DEUS REALIZA MILAGRES
1. A fé do
profeta.
O
capítulo quatro do segundo livro de Reis registra quatro milagres operados por
Eliseu. Estes milagres evidenciam a fé do profeta e o cuidado de Deus para com
todos aqueles que creem nEle. Se quisermos ver milagres em nossas vidas
precisamos crer. É preciso ter fé, pois o que duvida não pode receber nada do
Senhor. Mesmo em tempos de crises, não podemos nos esquecer de que para Deus
não existem impossíveis. Ele pode operar um milagre em sua vida, creia.
2. A viúva procura Eliseu.
Diante da crise, a viúva decidiu
procurar a ajuda do profeta. A primeira pergunta que Eliseu fez à mulher foi:
“Que te hei de eu fazer? Declara-me que é o que tens em casa”. A igreja neste
tempo de crise econômica deveria fazer à sociedade a mesma pergunta. A Igreja
de Cristo não pode fugir à sua responsabilidade para com os pobres, órfãos e
viúvas. Precisamos investir no serviço social. Eliseu, como homem de Deus,
sabia que o Senhor poderia reverter à situação financeira daquela viúva. Ele
não quis saber quem era o responsável pela dívida, mas decidiu ajudar uma
pessoa necessitada.
3. Deus utiliza aquilo que temos.
O que você tem em mãos para
começar a ver o milagre de Deus? Moisés tinha um cajado e com ele Deus operou
grandes maravilhas. Davi tinha uma funda e algumas pedrinhas e com elas
derrotou o gigante Golias. Pedro tinha uma rede de pesca e viu o milagre de
Deus, depois de uma noite sem pegar nada. É a partir de “uma botija de azeite”
que Deus torna tudo abundante, porque Ele é o Deus de toda provisão.
SÍNTESE DO TÓPICO (II): Deus não mudou. Ele
continua a realizar milagres.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
A solução dentro de casa
O problema da dívida daquela
família precisava ser resolvido. Eliseu não pensou em buscar um empréstimo para
saldar aquela pendência financeira. Ele perguntou o que a que mulher tinha em
sua casa. Curiosa essa pergunta, pois se a mulher veio até o profeta pedir
ajuda para não ter seus filhos levados como escravo por causa de uma dívida é
plausível entender que ela não tinha bens de valor material em casa que fossem
suficientes para a quitação do débito.
A mulher respondeu ao profeta:
‘Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite’ (2Rs 4.2). Em que
um vaso de azeite seria útil em uma casa com falta de provisão? Lawrence O.
Richards fala que óleo de oliva refinado no cozimento, cosmético e queimado
como combustível na iluminação, e era sempre mantido em combustão, mesmo na
casa do mais pobre dos hebreus’ (Guia do Leitor da Bíblia, p.245). É possível
entender; dessa nota, que o azeite era um produto de pouco valor agregado, de
baixo custo, mas essencial à vida de todos. A ordem de Eliseu à mulher foi que
conseguisse muitos vasos emprestados, vazios, e que fechasse a porta de sua
casa, e derramasse o pouco de azeite que tinha naqueles vasos. Obedecendo à
palavra do profeta, aquela viúva viu o milagre que Deus realizou multiplicando
o pouco que ela possuía. Não havendo mais recipientes onde estocar o azeite,
cessou o milagre.
Aquela mulher tinha então uma
grande quantidade de azeite em casa, mas parece que não sabia o que fazer com
ele. Indo mais uma vez ao profeta, contou-lhe o ocorrido e ouviu dele que
vendesse o azeite, pagasse a dívida e vivesse do restante. É preciso saber
trabalhar com o que se tem em mãos.
A ordem era clara. Aquele milagre
não aconteceu para que ela gastasse o dinheiro com coisas desnecessárias, mas
sim para que pagasse a dívida adquirida por seu falecido esposo. Como servos de
Deus, precisamos entender que Deus dá o necessário para as necessidades, e não
para as vaidades (COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da
Vida. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.53-54).
III. PROVISÃO NA MEDIDA CERTA
1. Preparação
para receber o milagre.
Eliseu
orientou a viúva a respeito de como ela deveria proceder. A mulher precisaria
de muitas vasilhas, pois a multiplicação do azeite, que havia em sua casa,
seria sem medida. Ela precisava se preparar para receber tal bênção. Prepare
também seu coração e sua casa para receber a provisão de Deus. O dia do seu
milagre chegará, assim como chegou para a viúva.
2. Provisão abundante.
A viúva tinha somente uma botija
de azeite e a lição que aprendemos é que Deus abençoa aquilo que temos, não
importa a quantidade. Deus nunca nos dará uma porção menor do que necessitamos.
Sua medida é sempre além, sacudida, recalcada e transbordante.
3. Fé em ação.
A viúva e seus filhos deveriam
“tomar vasos emprestados”, tantos quantos pudessem conseguir e trazê-los para
dentro de casa. Eles precisavam seguir as orientações do profeta. Para que não
houvesse a interrupção dos credores à sua porta, nem o comentário de pessoas
incrédulas, a viúva deveria fechar a porta de casa. O milagre de Deus era para
aquela casa e não deveria ser partilhado com mais ninguém. O milagre de Deus é
para você e sua família. A mulher encheu todas as vasilhas com o azeite e
quando estas acabaram o azeite também acabou. A viúva não sabia o que fazer com
o azeite, então ela retorna ao profeta a fim de ouvir suas instruções. Eliseu
dá-lhe a seguinte instrução: que o azeite fosse vendido, e com o dinheiro,
pagasse a dívida. O azeite foi suficiente para saldar as dívidas e cuidar dos
filhos.
SÍNTESE DO TÓPICO (III): Deus nos concede a sua
provisão na medida certa.
SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ
Deus espera que ajamos com
sabedoria em todos os momentos de nossa existência, sobretudo nas adversidades.
O pouco que aquela mulher tinha em casa foi feito em muito, mas ela precisava
ser sábia no tocante ao que fazer com aquele muito que o Senhor lhe dera. Ter
recursos em abundância não é suficiente para que solucionemos problemas de
escassez. É preciso que saibamos utilizar o que Deus nos deu.
A orientação de Eliseu foi que a
mulher vendesse o azeite e pagasse a dívida que destruiria sua família que já
estava desfalcada. A mulher já tinha visto o milagre sendo operado. Agora,
deveria angariar os fundos necessários com a utilização correta do milagre de
Deus. Lembre-se disso: Na hora em que a despensa está vazia, não adianta ter
muitos recursos se você não sabe como aproveitá-los em prol de sua subsistência
e de sua família (COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da
Vida. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.54).
CONCLUSÃO
Muitos crentes estão vivendo o
drama da despensa vazia, da falta de recurso e das muitas dívidas. Com certeza
são momentos difíceis, mas não desanime. Ore ao Senhor, creia e o seu milagre
chegará à sua casa. A viúva seguiu as orientações do profeta de Deus. Leia a
Bíblia e ouça as orientações do Senhor para a sua vida. Deus vai instruí-lo a
vencer a crise da escassez e do endividamento.
PARA REFLETIR
A respeito do milagre está em sua casa, responda:
1° Quem deveria sustentar as viúvas?
Resp:
As viúvas eram sustentadas pelos filhos e parentes mais próximos.
2° O que aconteceria se a viúva não pagasse as
dívidas?
Resp:
A mulher corria o risco de perder seus dois filhos para os credores. Eles
poderiam ser vendidos como escravos para saldar a dívida.
3° Qual foi à primeira pergunta do profeta para a
viúva?
Resp:
A primeira pergunta foi: O que você tem?
4° O que a viúva tinha em sua casa?
Resp:
Uma botija de azeite.
5° O que você tem em suas mãos para ver o milagre
de Deus?
Resp:
Resposta pessoal.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O Milagre Está em Sua Casa
O nome Eliseu significa “Deus é
salvação”. Auxiliar do profeta Elias, Eliseu era filho de Safate, de
Abel-Meolá, no Vale do Jordão. Tinha como trabalho arar a terra com junta de
bois. O jovem Eliseu foi convidado pelo profeta Elias a segui-lo. O texto
bíblico mostra que ele “se levantou, e seguiu a Elias, e o servia” (1Rs 19.21).
O primeiro ponto digno de nota na
vida do profeta Eliseu foi a sua humildade e a disponibilidade em aprender com
o profeta Elias. Na caminhada com Deus, saber ouvir e ter o compromisso de
aprender com o outro é muito importante. Na época de Eliseu não havia uma
espécie de seminário teológico ou faculdade que tinha o objetivo de formar,
embora houvesse escola de profetas, mas que nem de longe era parecida com as
instituições modernas. Os profetas eram formados aos pés dos outros profetas.
No dia a dia da caminhada, os profetas iam sendo formados, trabalhados e
forjados diante de Deus e dos homens.
Outro ponto digno de nota é que o
ministério do profeta Eliseu é permeado por milagres. Segundo especialistas em
Antigo Testamento, excetuando a pessoa de Jesus Cristo, ninguém na história
sagrada registrou a quantidade de sinais e maravilhas como consta o registro na
vida do profeta mediante o seu ministério. Ele sarou águas infectadas (2Rs
2.19-22), fez brotar água no deserto (2Rs 3.9,16-20), proveu a necessidade da
viúva (2Rs 4.1-7) e ressuscitou mortos (2Rs 4.18-37), além de curar leprosos
(2Rs 5). Estes três últimos milagres antecipam o que o nosso Senhor faria em
abundância em seu ministério terreno.
A vida e a obra de Eliseu nos
ensinam que Deus traz provisão no momento oportuno. O ministério do profeta
mostra uma profusa quantidade de ações divinas em favor das pessoas que por
intermédio dele eram abençoadas.
Não podemos perder a dimensão da
verdade bíblica de um Deus que provê. O que não significa abrir barganha com
Ele. Nada disso. Resgatar a visão bíblica de que Deus intervém na circunstância
de uma pessoa é urgente a fim de não cairmos no erro de uma religiosidade sem
paixão, de uma ortodoxia morta e do gélido ceticismo.
À luz da vida de Eliseu, somos
convidados a andar com Deus em fidelidade e verdade. Amá-Lo de todo o nosso
coração, alma e pensamento. À medida que nos aproximamos mais de Deus por
intermédio da oração e da leitura da Palavra, o Senhor se aproxima mais de
nossas vidas. Por isso, busquemos ao Senhor, o reverenciemos enquanto há tempo.
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