LIÇÕES BÍBLICAS CPAD / ADULTOS
Título: As Obras da Carne e o Fruto do
Espírito — Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada
diariamente
Comentarista: Osiel Gomes
TEXTO ÁUREO: “Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez
digo: regozijai-vos” (Fp 4.4).
LEITURA DIÁRIA
Segunda
— Pv 14.30: A
inveja faz a alma adoecer
Terça —
Gn 30.1: A inveja gera
rivalidades e prejudica os relacionamentos
Quarta
— Pv 3.31: Não
tenhas inveja do homem violento
Quinta
— Rm 13.13: Não
ande em dissoluções, nem contendas e inveja
Sexta —
1Co 3.3: Não seja um crente
invejoso
Sábado
— Tg 3.14: Não dê
lugar a inveja em seu coração
João
16.20-24.
20 — Na verdade, na verdade vos digo que vós chorastes e vos lamentareis, e
o mundo se alegrará, e vós estareis tristes; mas a vossa tristeza se converterá
em alegria.
21 — A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada
a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já se não lembra da
aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo.
22 — Assim também vós, agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos
verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vo-la tirará.
23 — E, naquele dia, nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo
que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.
24 — Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi e recebereis, para que a
vossa alegria se cumpra.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I.
Mostrar que Deus é a fonte
da nossa alegria;
II.
Entender que a inveja traz
muitos males para o invejoso;
III.
Saber que o crente tem a
alegria do Espírito apesar das circunstâncias.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, na lição de hoje veremos a oposição entre um aspecto do
fruto do Espírito e uma das obras da carne: alegria x inveja. A alegria do
crente existe apesar das circunstâncias. Paulo, mesmo aprisionado e
acorrentado, estava cheio de alegria porque, independente do que lhe
acontecesse, Jesus estava com ele. Já a inveja e o desejo de querer possuir o
que o outro tem, pode levar a outros pecados como adultério e assassinato; e
dificilmente a pessoa admitirá o seu pecado. Acabe foi um exemplo. Além de
invejar e desejar a propriedade de outra pessoa, ele se recusou a admitir o seu
pecado contra Deus pois estava cego pela inveja e pelo ódio. O rei acabou
cometendo um assassinato contra Nabote. Que a alegria seja evidenciada em sua
vida e a inveja não encontre oportunidade em seu coração.
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje,
estudaremos a alegria, como fruto do Espírito, e a inveja, como obra da carne.
Veremos que a alegria que sentimos, e que é resultado do fruto do Espírito, não
depende das circunstâncias.Mesmo enfrentando dificuldades e tribulações,
podemos ter alegria em nosso coração. Estudaremos também a respeito da inveja,
um sentimento terrível que faz parte da natureza adâmica. Veremos que tal
sentimento não agrada a Deus e prejudica o próximo.
1. A
alegria do Senhor.
A alegria, como
fruto do Espírito, não está relacionada às circunstâncias e não depende dos
bens materiais. No texto de João 16.20-24, Jesus afirma que daria uma alegria
permanente para os seus servos de maneira que nada, nesse mundo, conseguiria
tirá-la, nem mesmo a morte. A alegria do Espírito é um estado de graça e de
bem-estar espiritual que resulta da comunhão com Deus. Quem tem a alegria do
Espírito não tem espaço para o desânimo, a melancolia e a inveja. Deus deseja
que todos os seus servos sejam cheios de alegria, “pois a alegria do Senhor é a
nossa força” (Ne 8.10). Zacarias profetizou acerca da entrada triunfal de
Jesus, em Jerusalém, dizendo que tal ato traria alegria (Zc 9.9); Paulo incitava
os crentes a serem alegres em todo o tempo (Fp 4.4) e o salmista incentiva o
povo a servir a Deus com alegria (Sl 100.2). A maior alegria do crente está no
fato de que seu nome já foi escrito no Livro da Vida e que Jesus em breve
voltará.
2. A
fonte da nossa alegria.
Deus é a fonte da
nossa alegria e de todas as dádivas que recebemos (Tg 1.17). O melhor presente
que o Senhor já nos concedeu foi à vinda de Jesus a este mundo e o seu
sacrifício, na cruz, para perdão dos nossos pecados (Jo 3.16). Talvez você
esteja enfrentando uma situação difícil e, por isso, está com o seu coração
triste e pesaroso. Mas creia que o Deus que não poupou o seu próprio Filho dará
a você todas as coisas que necessita para sua completa alegria no Espírito
Santo (Rm 8.32). Os irmãos do primeiro século, mesmo sofrendo, alegravam-se em
Deus, e essa alegria deu-lhes forças para enfrentar toda a sorte de
perseguição. Paulo e Silas, depois de serem açoitados e presos, cantavam hinos
de louvor a Deus, mostrando que não estavam tristes ou amargurados pelo
sofrimento (At 16.24,25).
3. A
bênção da alegria.
Diante dos embates
e conflitos da vida, o crente em Jesus Cristo não perde a paz nem a alegria,
pois o seu regozijo vem da comunhão com o Pai. Essa comunhão é estabelecida
mediante a oração, a leitura da Palavra e o jejum. O crente vive por fé e não
por circunstâncias. O profeta Habacuque declarou que ainda que não houvesse
provisão, ele se alegraria no Senhor e o exaltaria (Hb 3.17,18). Pertencer ao
Senhor e receber da sua alegria é um grande privilégio que nos leva a exaltar e
adorar ao Senhor em todo o tempo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O fruto do Espírito
é a obra espontânea do Espírito Santo em nós. O Espírito produz esses traços de
caráter que são encontrados em Cristo, e que são o resultado do controle de
Cristo — não podemos obtê-los tentando consegui-los sem a Sua ajuda. Se quisermos
que o fruto do Espírito cresça em nós, devemos unir a nossa vida à dEle (veja
Jo 15.4,5). Devemos conhecê-lO, amá-lO, lembrá-lO e imitá-lO. Como resultado,
cumpriremos o propósito da lei — amar a Deus e aos homens. Quais dessas
qualidades você quer que o Espírito produza em você?” (Manual da Bíblia de
Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 2013, p.41,42).
II.
INVEJA, O DESGOSTO PELA FELICIDADE ALHEIA
1. Definição.
Segundo o Dicionário
Bíblico Wycliffe “a palavra grega phthonos, que designa inveja” é
utilizada em todo o Novo Testamento. A inveja é uma dor intensa (interior),
diante do sucesso do próximo. Dor diante daquilo que é bom para o outro, por
isso, Provérbios 14.30 diz que “a inveja é a podridão dos ossos”. O invejoso se
amargura e adoece emocionalmente pelo fato de ele não ter o que a outra pessoa
tem. A inveja faz com que as pessoas se utilizem de atitudes mesquinhas e
malévolas para prejudicar o outro. Definitivamente, a inveja é um sentimento
negativo que pertence à natureza adâmica. Esse sentimento perverso tem a sua
origem em Satanás, pois ele tentou ser semelhante a Deus (Is 14.12-20).
2.
Inveja, fruto da velha natureza.
Aprendemos em
Gálatas 5.21 que a inveja é obra da carne. Uma pessoa dominada pela carne não
mede esforços para degradar as qualidades boas existentes em outras pessoas.
Infelizmente, muitos crentes ainda se deixam dominar por esse sentimento e
acabam prejudicando a Igreja do Senhor e impedindo até que algumas pessoas se
convertam. Que o Senhor livre os nossos corações dessa motivação perversa.
3. Os
efeitos da inveja.
A inveja jamais
trará bons resultados, pois é nociva e destruidora. Esse sentimento leva as
pessoas a cometerem toda a sorte de maldade. Tomemos como exemplo os irmãos de
José. Foi por inveja que eles o venderam como escravo aos mercadores (Gn
37.28). Alguns dos conflitos existentes entre Raquel e Lia também surgiram por
causa da inveja de Raquel (Gn 30.1). A inveja que Saul passou a alimentar em
relação a Davi levou-o a adoecer mental e espiritualmente (1Sm 18.7,8). Fez
também com que ele perseguisse e desejasse matar a Davi (1Sm 18.10,11). Quantos
não estão sendo também perseguidos e até “mortos” pela inveja. Ela separa os
irmãos, destrói as famílias e igrejas.Em o Novo Testamento, vemos que o Filho de Deus foi preso e levado a Pilatos por inveja dos sacerdotes (Mt 27.18). Paulo alertou a Timóteo e a Tito a respeito desse sentimento nefasto (1Tm 6.4; Tt 3.3). A inveja é obra da carne e somente encontra guarida nos corações daqueles que ainda são dominados pela velha natureza e não pelo Espírito Santo.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
“Cobiçar” é desejar a propriedade de outras
pessoas. Não devemos fixar nossos desejos em nada que pertença a outra pessoa.
Não apenas esses desejos nos fariam infelizes, como também pode nos levar a
cometer outros pecados, como adultério e roubo. Invejar os outros é um
exercício inútil, porque Deus pode propiciar tudo o que realmente necessitamos,
mesmo se não nos der sempre tudo o que queremos. Para deixar de cobiçar,
precisamos praticar o contentamento com o que temos. O apóstolo Paulo enfatiza
a importância do contentamento em Filipenses 4.11. É uma questão de
perspectiva. Em vez de pensar no que não temos, devemos agradecer a Deus pelo
que Ele nos deu, e nos esforçar para ficar satisfeitos. Afinal, o nosso bem
mais importante é gratuito e está disponível a todos — a vida eterna, que só é
dada por Cristo” (Manual da Bíblia de Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 2013,
p.462).
CONHEÇA MAIS
“Gozo” A palavra grega chara, que
traduzimos por ‘gozo’ ou alegria, inclui a ideia de um deleite ativo. Paulo
fala em regozijar-se na verdade (1Co 13.6). O termo também está estreitamente
ligado à esperança. Paulo fala em regozijar-se na esperança (Rm 12.12). É a
expectativa positiva de que Deus está operando na vida dos nossos irmãos na fé,
uma celebração da nossa futura vitória total em Cristo. A alegria é o âmago da
adoração. Os deveres pesados são transformados em deleite, o ministério é
elevado a um plano mais alto e a operação dos dons torna-se cintilante com essa
alegria. Para conhecer mais, leia Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal, CPAD, p.489.
III. A
ALEGRIA DO ESPÍRITO É PARA SER VIVIDA
1. A alegria no viver.
Não tenha medo de
sorrir e de desfrutar da felicidade que Cristo nos oferece. Não se esqueça de
que Jesus veio ao mundo para nos dar vida abundante, mesmo enfrentando
tribulações (Jo 10.10). O Senhor Jesus disse que, no mundo, teríamos aflições,
mas Ele nos exortou a ter bom ânimo (Jo 16.33). Jesus deseja que tenhamos
vitória sobre as aflições e tristezas.
2.
Alegria no servir.
Servir a Deus e ao
próximo é um privilégio, por isso, o fazemos com alegria (Sl 100.2). Muitos
querem ser servidos, mas precisamos seguir o exemplo do Mestre. Ele declarou
que não veio ao mundo para ser servido, mas para servir (Mc 10.45). Jesus
serviu aos seus discípulos, aos pobres e necessitados. Sua alegria e
desprendimento para o serviço era resultado da sua comunhão com o Pai. O
Todo-Poderoso também se alegrou com as obras do Filho (Mt 3.16,17).
3.
Alegria no contribuir.
Você tem entregue
seus dízimos e ofertas com alegria? Contribuir para a expansão do Reino de Deus
é uma alegria e um privilégio. Paulo ensinou aos coríntios a contribuírem não
com tristeza ou por obrigação, mas com alegria, pois Deus ama ao que oferta com
contentamento (2Co 9.7). O que agrada ao Pai não é o valor da nossa
contribuição, mas a disposição do nosso coração (Lc 21.1-4). Nossas ofertas e
dízimos são uma forma de louvor e gratidão a Deus por tudo que Ele fez, tem
feito e fará em nosso favor.Não entregue suas ofertas para ser visto pelos homens ou para barganhar com Deus, buscando ser abençoado de alguma forma. Entregue a Deus o seu melhor com alegria, pois você já foi e é abençoado por Deus. O Senhor merece o nosso melhor.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
“O
contentamento é um dom de Deus”
Você está
satisfeito, a despeito das circunstâncias que enfrente? Paulo sabia como ficar
contente, quer tivesse abundância ou estivesse em necessidade. O segredo era
buscar a força e a resistência no poder de Deus. Você tem grandes necessidades
ou está descontente porque não tem o que deseja? Aprenda a confiar nas
promessas de Deus e no poder de Cristo para ajudar você a ficar satisfeito e
contente. Se você sempre quer mais, peça que Deus remova esse desejo e lhe
ensine o contentamento em cada circunstância. Ele suprirá todas as suas
necessidades, mas de uma maneira que Ele sabe que é melhor para você. [...] Paulo
estava contente e satisfeito, porque podia ver a vida do ponto de vista de
Deus. Ele se concentrava no que deveria fazer e não no que achava que deveria
ter. Paulo tinhas as prioridades corretas e era grato por tudo o que Deus lhe
dera. Ele havia se separado do que não era essencial, para que pudesse se
concentrar no que é eterno” (Manual da Bíblia de Aplicação Pessoal. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2013, pp.163,164).
CONCLUSÃO
Que a alegria, como
fruto do Espírito, seja derramada em nossos corações, mesmo enfrentando lutas e
tribulações e que jamais venhamos permitir que a inveja tenha lugar em nossos
corações. Que amemos a Deus e ao próximo, alegrando-nos com o seu sucesso.
A
respeito da alegria, fruto do Espírito e da inveja; hábito da velha natureza,
responda:
1° Segundo
a lição, o que é a alegria do Espírito?
Resp: A alegria do Espírito é um estado de
graça e de bem-estar espiritual que resulta da comunhão com Deus.
2° Qual
é a fonte de nossa real alegria?
Resp: Deus é a fonte da nossa alegria e de
todas as dádivas que recebemos.
3° Defina
inveja.
Resp: A inveja é uma dor intensa
(interior), diante do sucesso do próximo; “a inveja é a podridão dos ossos”.
Definitivamente, a inveja é um sentimento negativo que pertence à natureza
adâmica.
4° A
inveja é resultado do quê?
Resp: A inveja é fruto da velha natureza.
5° Como
deve ser a nossa contribuição?
Resp: Devemos contribuir não com tristeza
ou por obrigação, mas com alegria, pois Deus ama ao que oferta com
contentamento.
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