sábado, 29 de abril de 2017
sexta-feira, 28 de abril de 2017
Lições Bíblicas 3° Trimestre de 2017, Adultos – CPAD
Lições Bíblicas 3° Trimestre de 2017 Adultos –
CPAD
TÍTULO: A Razão da Nossa Fé
Subtítulo: Assim cremos, assim vivemos
Comentarista:
Pr. Esequias Soares
TEMAS DAS LIÇÕES
Lição 1 - Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia
Lição 2 - O Único Deus Verdadeiro e a Criação
Lição 3 - A Santíssima Trindade: um só Deus em três Pessoas
Lição 4 - O Senhor e Salvador Jesus Cristo
Lição 5 - A Identidade do Espírito Santo
Lição 6 - A Pecaminosidade Humana e a sua Restauração a Deus
Lição 7 - A Necessidade do Novo Nascimento
Lição 8 - A Igreja de Cristo
Lição 9 - A Necessidade de Termos uma Vida Santa
Lição 10 - As Manifestações do Espírito Santo
Lição 11 - A Segunda Vinda de Cristo
Lição 12 - O Mundo Vindouro
Lição 13 - Sobre a Família e a sua Natureza
terça-feira, 25 de abril de 2017
Lição 5 CPAD - 2° Trimestre 2017
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD / ADULTOS
Título: O
Caráter do Cristão — Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro
Comentarista:
Elinaldo Renovato
TEXTO ÁUREO: “Como está escrito: Amei Jacó e aborreci Esaú” (Rm
9.13).
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que
o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Apresentar a origem de Jacó;
II. Mostrar a direção de Deus na vida de Jacó;
III. Refletir a respeito de alguns aspectos do caráter de Jacó.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na
lição deste domingo, estudaremos a respeito do caráter de Jacó. Ele nasceu
agarrado ao calcanhar de seu irmão primogênito e recebeu o nome de “enganador”.
Todavia, Deus em seus desígnios já o havia escolhido e revelado aos seus pais
que o primogênito serviria ao caçula. Jacó fez jus ao seu nome ao comprar a
primogenitura de seu irmão e ao mentir e enganar seu pai. Seu engano e mentira
levaram-no para longe de casa e fez com que ele também fosse enganado por seu
tio Labão. Mas Jacó teve um encontro com Deus e foi transformado por Ele. Todo
encontro com Deus é transformador. Ninguém sai da presença do Pai da mesma
maneira que entrou. Atualmente, muitos apenas ouviram falar a respeito de Deus,
mas na verdade nunca tiveram um encontro real e pessoal com Ele. Somente Deus,
o Criador, pode transformar o nosso verdadeiro “eu”.
INTRODUÇÃO
Isaque teve dois filhos gêmeos.
Esaú tinha uma inclinação para o campo, para vida pastoril e também para a
caça. Jacó, ao contrário, pelo seu temperamento e por sua personalidade
voltou-se para vida doméstica. Logo revelou ter um caráter oportunista e
usurpador, que o levou a enganar o pai com apoio da mãe. As conseqüências foram
duras em sua vida. O que plantou, colheu com grande sofrimento. Mas a
misericórdia de Deus o alcançou e o Senhor o escolheu para ser o pai das doze
tribos de Israel.
I. QUEM ERA JACÓ
1. O filho mais novo de Isaque.
Seu nome, em hebraico, é Yakoov
e significa “Deus protege”. Ele integra a lista dos três patriarcas hebreus,
que marcaram a história de Israel: Abraão, Isaque e Jacó. Sua história foi
pontilhada de episódios dramáticos desde o seu nascimento. Deus ouviu as
orações de Isaque, pois Rebeca era estéril (Gn 25.21). O texto diz que, no
ventre, havia uma luta entre os bebês (Gn 25.22). Jacó nasceu agarrado ao
calcanhar do seu irmão. Diante disso, o seu nome passou a ter o significado de
“aquele que segura pelo calcanhar” ou “suplantador”.
2. O preferido de sua mãe.
Isaque tinha preferência por
Esaú, por que gostava da caça. Mas Rebeca amava mais Jacó, por ser “varão
simples, habitando em tendas” (Gn 25.27,28). Quando Isaque quis dar a bênção a
Esaú, o primogênito (Gn 27.1-5), Rebeca, numa demonstração clara do seu caráter
astucioso, chamou Jacó e o induziu a enganar seu pai (Gn 27.11,12,14,15).
Enganado, Isaque abençoou Jacó (Gn 27.27-29). Ao retornar da caça, Esaú descobriu
que seu irmão tomara sua bênção. Desesperado, recebeu do pai uma bênção menor
(Gn 27.39,40). Cheio de ódio, planejou matar seu irmão (Gn 27.41). Jacó teve
que fugir ameaçado por Esaú. Isaque percebeu que Deus tinha um plano na vida de
Jacó, e o despediu com uma bênção profética de grande significado (Gn 28.1-4).
3. O preferido de Deus.
A escolha de Jacó é um caso
especial de presciência divina face aos desígnios de Deus. Deus não tem filhos
privilegiados, nem escolhe uns para a salvação e outros para a condenação, pois
tal atitude contrariaria frontalmente o seu caráter santo, justo e bom. Seria
uma terrível discriminação por parte de Deus que condena quem faz acepção de
pessoas (Tg 2.9; 1Pe 1.17). Mas, em sua soberania, em casos especiais, Ele escolhe
pessoas para serem instrumentos de sua vontade diretiva. Jacó foi um desses
escolhidos, ainda no ventre (Rm 9.9-13).
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Abraão, Isaque e Jacó estão entre
as mais importantes pessoas do Antigo Testamento. Isto não se deve ao seu
caráter pessoal, mas ao caráter de Deus. Eles foram homens que conquistaram o
respeito relutante e até mesmo o medo de seus colegas. Eram ricos e poderosos,
e ainda assim, os três foram capazes de mentir, enganar e agir com egoísmo.
Eles não eram os heróis perfeitos que poderíamos ter esperado; em vez disso,
eram exatamente como nós; tentavam agradar a Deus, mas não conseguiram” (Bíblia
de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, p.56).
Jacó
Era o terceiro no plano de Deus
para iniciar uma nação descendente de Abraão. O sucesso deste plano se deu mais
‘apesar de’ do que ‘em razão’ da vida de Jacó. Antes de Jacó nascer, Deus
prometera que seu plano se desenvolveria através dele, e não de seu irmão
gêmeo, Esaú. Embora os métodos de Jacó nem sempre fossem respeitáveis, suas
habilidades, determinação e paciência tinham de ser reconhecidas. Ao
acompanharmos sua vida desde o nascimento até a morte, vemos a mão de Deus
trabalhando. Para conhecer mais leia, Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD,
p.46.
II. A DIREÇÃO DE DEUS NA VIDA DE JACÓ
1. A
visão da escada que tocava o céu.
Em sua fuga, no meio do deserto, Jacó teve um sonho dado por Deus. Ele
viu uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus, e os anjos de Deus
subiam e desciam por ela. E Deus reiterou a bênção que lhe prometera (Gn
28.13-15). Deus não aprovou seus arranjos e enganos, mas também não retirou a
bênção prometida a seus pais. Naquela noite, ele descobriu a presença de Deus,
que se apresentou como o Deus de Abraão e de Isaque. Ele ouviu Deus reiterar
suas promessas e descobriu que onde Deus está, ali é sua casa, “a porta dos
céus” (Gn 28.13-17).
2. A coluna em Betel.
Jacó não buscou a Deus, mas Deus
o buscou, e se revelou como o Deus de seus pais. Uma prova do quanto à graça de
Deus é profunda. Sem dúvida alguma, a história de Jacó se divide em dois
períodos. Antes de Deus encontrá-lo e depois daquele encontro especial. Tão
impactante na sua vida foi aquele episódio, que ele chamou aquele lugar deserto
de Betel, que significa “Casa de Deus”. Ali, naquela madrugada, Jacó ouviu Deus
lhe falar; sentiu a presença divina e teve uma mudança extraordinária em sua
vida.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Jacó fazia tudo, o certo e o
errado, com grande zelo. Ele enganou seu próprio irmão Esaú, e seu pai, Isaque.
Ele lutou com Deus, e trabalhou catorze anos para se casar com a mulher que
amava. Por intermédio de Jacó, aprendemos como um forte líder pode, também, ser
um servo. Também vemos como ações erradas sempre voltam para nos perturbar.Depois de enganar Esaú, Jacó correu para salvar sua vida, viajando mais de 640 quilômetros até Harã, onde vivia seu tio, Labão. Pelo caminho, ele recebeu uma mensagem do Senhor, em um sonho, e deu a esse lugar o nome de Betel. Em Harã, Jacó se casou e iniciou uma família (Extraído de Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, p.58).
Reproduza o mapa abaixo para mostrar aos alunos a rota feita por Jacó até Padã-Ara.
1. Antes do seu encontro com Deus.
Até o encontro com Deus em Betel, ele era apenas um “homem natural”, ou
carnal (1Co 2.14). Naquela fase de sua vida, podemos ver alguns aspectos
negativos de seu caráter.
a) Oportunista e egoísta.
Quando seu irmão chegou com fome e lhe pediu para comer do seu guisado,
ele poderia ter-lhe oferecido de sua comida, compartilhando sua refeição. Mas,
numa prova de oportunismo e ambição, disse logo: “Vende-me hoje a tua
primogenitura” (Gn 25.31).
b) Interesseiro e
calculista.
Jacó era frio, calculista e de temperamento
fleumático. Além de propor a troca da primogenitura ao irmão, exigiu que Esaú
fizesse um juramento que lhe garantisse que a troca seria respeitada por toda a
vida: “Então, disse Jacó: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua
primogenitura a Jacó” (Gn 25.33; Hb 12.16). Ele só esquecia uma coisa. O que
ele estava plantando em sua juventude haveria de colher mais tarde (Gl 6.7). Em
proporção muito maior.
c) Mentiroso e enganador.
Com seu caráter fraco e leniente, concordou com a sua mãe em enganar o
velho pai. Ao chegar à presença de Isaque, mentiu três vezes. Este perguntou:
“Quem és tu, meu filho?”. Ele disse que era Esaú (Gn 27.19). A primeira
mentira. Indagado porque chegara tão rápido com a caça, mentiu a segunda vez,
dizendo: “Porque o Senhor, teu Deus, a mandou ao meu encontro” (Gn 27.20). Ao
abraçar Jacó, Isaque repetiu que era Esaú — “Eu sou” (Gn 27.24). Mentiu pela
terceira vez.
2. Depois do seu encontro com Deus. Observe a transformação no caráter de Jacó:
a) Um caráter
agradecido.
Jacó passou a ver as
coisas numa perspectiva espiritual de um novo relacionamento com Deus, e lhe
fez um voto, dizendo que se Deus não lhe deixasse faltar nada, levantaria um
altar e daria o dízimo “de tudo” (Gn 28.20-22). Neste fato, vemos que Jacó
tinha consciência do valor do dízimo, como expressão sincera de gratidão a
Deus, a exemplo do que fizera seu avô, Abraão, perante Melquisedeque (Gn
14.18-20). Ele não prometeu dar o dízimo do que lhe sobrasse (da “renda
líquida”), mas “de tudo” como seu avô fizera (Hb 7.2).
b) Um caráter esforçado
e sofredor.
Ao chegar à casa de
Labão, seu tio, revelou-se um homem trabalhador. Ali, começou a colher o que
semeara em engano e mentira. Na “lua de mel”, foi enganado pelo sogro. Em lugar
de casar com Raquel, teve de casar com Leia. Só depois, casou com sua amada, e
para tanto, trabalhou “outros sete anos” (Gn 29.21-30). Não foi apenas esse o
preço que Jacó teve que pagar por sua vida de enganos e mentiras. Labão mudou o
seu salário dez vezes, durante vinte anos (Gn 31.7). O que o homem semeia isso
é o que colhe (Gl 6.7).
c) Um homem na direção
de Deus.
Depois de ser enganado pelo
sogro, Jacó reuniu sua família e fugiu de Harã. Mas não o fez apenas por medo
do sogro. Sua saída de Harã foi por direção de Deus (Gn 31.3,13). Desse modo,
Jacó empreendeu a fuga com a família, e logo foi perseguido pelo sogro. Este
não pôde lhe fazer mal, porque Deus entrou em ação e lhe determinou que não
falasse com Jacó “nem bem nem mal” (Gn 31.24).
3. No seu encontro com Esaú.
Ao se aproximar de Seir, onde seu irmão vivia,
Jacó enviou mensageiro a Esaú, anunciando seu retorno. Os mensageiros voltaram
e disseram que Esaú vinha ao seu encontro com quatrocentos homens. Jacó temeu
grandemente (Gn 32.7-12). Mas, no Vale do Jaboque, teve um encontro que marcou
o resto da sua vida. Seu nome foi mudado para Israel, e viu Deus “face a face”
(Gn 32.22-30). Ao encontrar Esaú, reconciliou-se com ele e o abraçou com perdão
e amor.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor reproduza o esquema
abaixo no quadro. Utilize-o para enfatizar as características de Jacó antes do
seu encontro com Deus e depois. Ressalte que somente Deus pode mudar o nosso
caráter.
CONCLUSÃO
Em suas experiências com Deus,
vemos que Jacó teve seu caráter transformado. De oportunista e enganador,
passou a ser humilde, sofredor, paciente, longânimo, altruísta. Foi pela sua
paciência e graça que Deus escolheu Jacó, em lugar de Esaú. Quando damos lugar
ao Espírito Santo, Ele nos transforma radicalmente o caráter.
A respeito de Jacó, um exemplo de caráter
restaurado, responda:
1° Que significa o nome Jacó?
Resp: “Aquele que segura pelo calcanhar” ou “suplantador”.
2° Por que Esaú aborreceu a Jacó?
Resp: Por causa da bênção que seu pai deu a Jacó por engano.
3° Quantas vezes Jacó mentiu a seu pai por ocasião
da bênção?
Resp: Três vezes.
4° O que Jacó prometeu a Deus se fosse abençoado em
sua viagem?
Resp: Dar o dízimo de tudo.
5° Que aconteceu com Jacó, no vau de Jaboque?
Resp: Seu nome foi mudado para Israel, e viu Deus “face a face”.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Jacó, um exemplo de um caráter restaurado
Primeiramente, digamos que você entrega um valor monetário para uma pessoa, em tese de sua confiança, para depositá-lo numa conta mencionada por você. A pessoa diz que o depositou conforme solicitado. Mas passam os dias e o beneficiário informa que não o recebeu. Ora, por certo houve um problema eletrônico ou algo do tipo — pode-se pensar. Entretanto, a pessoa que você pediu para depositar o valor sabe que não houve problema algum, pois simplesmente ela o tomou para si.
Segundo, imagine um partido político uma vez no poder, que outrora pregava contra a corrupção, deliberadamente não obedecem às leis fiscais, não se faz transparente, maquia a contabilidade no ano de eleições a fim de os adversários políticos e a sociedade não terem acesso às informações verdadeiras. Tudo em nome de uma causa que poucos conhecem a quem interessa. Desobedecer deliberadamente às leis a fim de esconder o próprio crime é a prova cabal do desvio de caráter. Portanto, algo muito sério!
Os casos mencionados, ambos os exemplos da vida real, prejudicaram pessoas. O primeiro lesou duas: a que solicitou o depósito e a que teria de recebê-lo. Imagine o transtorno com atrasos, necessidades não atendidas e outras mais! O segundo caso lesou a nação inteira, pois trabalhadores perderam seus empregos, empresas faliram e a Economia quebrou. É impossível calcular as décadas de perda para essa nação. Demorará muito para ela se recuperar.
Na presente lição acerca do caráter de Jacó, tanto do ponto de vista individual quanto do coletivo, não podemos tratar o desvio de caráter como se fosse algo distante de nós. Invariavelmente, é possível o cristão comum se vê num contexto em que essa luta travada com a natureza humana se manifeste. Entretanto, devemos dar ênfase ao aspecto restaurador do caráter de Jacó, pois a história do patriarca mostra o quanto a natureza humana pode ser alterada a partir de um verdadeiro encontro com Deus. Um processo de metanoia se instala, isto é, há uma transformação radical no caráter, carregada de uma convicção profunda de arrependimento. Ora, em Cristo Jesus, todo ser humano pode ter esse encontro com o nosso eterno Senhor. Em Cristo, o caráter pode ser restaurado!
terça-feira, 18 de abril de 2017
Lição 4 CPAD - 2° Trimestre 2017
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD / ADULTOS
Título: O
Caráter do Cristão — Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro
Comentarista:
Elinaldo Renovato
TEXTO ÁUREO: “E disse
Deus: Na verdade, Sara tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome
Isaque; e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo para a
sua semente depois dele” (Gn 17.19).
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que
o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Explicar porque Isaque era o filho da promessa;
II. Mostrar que Isaque era um homem abençoado por Deus;
III. Refletir a respeito de algumas lições do caráter de Isaque.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na
lição deste domingo, estudaremos a respeito de Isaque, o filho da promessa.
Deus havia prometido a Abraão um herdeiro, porém sua idade e a da sua esposa já
eram bem avançadas. Continuar esperando o cumprimento de uma promessa a essa
altura da vida não parecia nada fácil. Mas Deus é fiel e vela por sua palavra.
Se Ele fez uma promessa a você, creia que no tempo certo ela se cumprirá.
Abraão e Sara devem ter criado o filho da promessa com muito amor e carinho,
contribuindo para desenvolver em Isaque um caráter manso, pacificador e
humilde. Isaque recebeu uma boa educação e decidiu fazer boas escolhas. Deus o
abençoou em todas as áreas, mas, não significa que sua vida foi fácil. Ele teve
de enfrentar a esterilidade de sua esposa, vizinhos invejosos e maus. Todavia,
diante das adversidades, demonstrou ter um caráter pacífico e confiante em
Deus.
INTRODUÇÃO
O caráter de uma pessoa é
demonstrado por suas atitudes, testemunho e práticas. Isaque é um personagem da
Bíblia que tem grande significado para a história do povo de Israel. Seu nome
foi dado por Deus mesmo antes do seu nascimento conforme Gênesis 17.19. O
significado de seu nome é interessante: quer dizer “aquele que ri” ou “ele ri”,
em alusão à reação de seu pai e de sua mãe, quando o anjo anunciou seu
nascimento, sendo seus pais de idade avançadíssima.
I. ISAQUE, O FILHO DA PROMESSA
1. Promessa de Deus a Abrão.
Para entender o caráter de Isaque, é importante
conhecer a história que moldou sua personalidade e forjou o seu caráter. A
história de Isaque ocupa nada menos que nove capítulos do livro de Gênesis.
Filho de Abraão e Sara pela lógica humana seu nascimento seria absolutamente
impossível. O “filho da promessa” teria nascido “fora de tempo”, na concepção
dos homens. Quando Deus chamou Abrão para sair de sua terra e for para uma
terra estranha, fez-lhe promessas gloriosas. Uma delas era que ele seria “uma
grande nação”, quando ele tinha 75 anos (Gn 12.2). Abraão já era idoso, e sua
esposa estéril. Parecia impossível o casal ter um filho. Quanto mais serem pais
de uma grande nação.
2. Seu nascimento, um verdadeiro milagre.
Ao ouvir que Sara seria “mãe de nações”,
Abraão riu considerando coisa impossível para um homem de 100 anos e uma mulher
de 90 (Gn 17.17). Percebendo Deus o pensamento de Abraão lhe fez saber que Ele
é Fiel (Gn 17.19). Por ter rido, o nome do menino seria Isaque, que significa
“riso” ou “aquele que ri”. Sua mãe, ao saber que teria um filho aos 90 anos (Gn
18.9,10), também não se conteve e, a exemplo do marido, também se riu no seu
interior (Gn 18.12). Abraão aos 100 anos, e Sara com 90, foram pais de um lindo
bebê, que causou espanto a todos que souberam daquele milagre.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Idade de Noventa e Nove Anos
Abrão agora estava com noventa e
nove anos e Sarai já há muito ultrapassara a idade de ter filhos. Mas treze
anos após o nascimento de Ismael e vinte e quatro anos depois da promessa
original de Deus, o Senhor apareceu a Abrão com uma mensagem e exigência. (1)
Deus se revelou como o ‘Deus Todo-Poderoso’, significando que Ele era
onipotente e que nada lhe era impossível. Como Deus Todo-Poderoso, Ele podia
cumprir suas promessas, quando na esfera natural tudo dizia ser impossível o
seu cumprimento. Então, seria por um milagre que Deus traria ao mundo o filho
prometido a Abrão. (2) Deus ordenou que Abrão andasse diante dEle e que fosse
‘perfeito’. Assim como a fé de Abrão foi necessária na efetuação do concerto
com Deus, assim também um esforço sincero para agradá-lo era agora necessário,
para continuação das bênçãos de Deus, segundo o concerto feito. A fé de Abrão
tinha que estar unida à sua obediência (Rm 1.5); senão ele estaria inabilitado
para participar dos propósitos eternos de Deus. Noutras palavras, as promessas
e os milagres de Deus serão realizados o seu povo busca viver de maneira
irrepreensível, tendo o seu coração voltado para Ele (Bíblia de Estudo
Pentecostal. RJ: CPAD, 2006, p.56).
II. UM HOMEM ABENÇOADO POR DEUS
1. A prosperidade espiritual.
Depois da morte de seu pai, já casado com Rebeca, e pai de Esaú e Jacó
(Gn 25.19-23), Isaque foi buscar abrigo em Gerar, na terra dos filisteus, para
escapar da fome que ocorreu onde morava. Ali, Deus lhe falou que não descesse
ao Egito. “[...] em tua semente serão benditas todas as nações da terra,
porquanto Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado, os meus
preceitos, os meus estatutos e as minhas leis. Assim, habitou Isaque em Gerar”
(Gn 26.4-6).
2. A bênção divina é passada de pai para filho.
A bênção de Abraão foi
transferida para Isaque, não pela hereditariedade em si, mas pela sua
fidelidade a Deus. Seu caráter, demonstrado em sua conduta, agradou a Deus. E
ele prosperou espiritualmente.
3. A prosperidade material.
“E semeou Isaque naquela mesma terra e colheu, naquele mesmo ano, cem
medidas, porque o SENHOR o abençoava” (Gn 26.12). Este é o segredo da vida de
Isaque. Ele era abençoado por Deus. Deus dá bênçãos espirituais e também
materiais, quando o homem obedece à sua voz. A produção dos seus campos lhe deu
cem por cento de colheita (Gn 26.12). É preciso entender que a prosperidade
material não é o objetivo da vida cristã, como propalam os adeptos da falsa
“teologia da prosperidade”. Mas Deus promete abrir “as janelas do céu” e derramar
grande abundância; repreender “o devorador” e fazer as nações perceberem que
seu povo é bem-aventurado, para quem é fiel nos dízimos e nas ofertas (Ml
3.10-12).
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Em uma família de poderosos
empreendedores, Isaque era do tipo quieto, que cuida apenas de sua vida, até
que foi especificamente chamado para agir. Ele foi o filho único e protegido,
desde o momento em que Sara se livrou de Ismael, e até que Abraão arranjou seu
casamento com Rebeca. Em sua própria família, Isaque tinha a posição
patriarcal, mas Rebeca tinha o poder. E em vez de defender suas convicções,
Isaque achou mais fácil fazer concessões ou mentir, para evitar confrontos.
Apesar desses defeitos, Isaque fazia parte do plano de Deus” (Bíblia de Estudo Cronológica
Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, p.44).
III. LIÇÕES DO CARÁTER DE ISAQUE
1. Um homem esforçado e trabalhador.
A prosperidade que Deus concedeu a Isaque chamou a
atenção dos filisteus. A bênção de Deus era tão grande que incomodava os
filisteus (Gn 26.15,16). Há pessoas a quem Deus abençoa e os adversários ficam
com inveja, desejando o mal aos servos de Deus. Mas a maldição não alcança os
que são fiéis a Deus. Balaão foi convocado para amaldiçoar os filhos de Israel.
Mas não conseguiu. “Como amaldiçoarei o que Deus não amaldiçoa?” (Nm 23.8).
Deus converteu a maldição em bênção (Ne 13.2 b; Pv 10.22).
2. O caráter pacífico de Isaque.
Ao sofrer terrível oposição dos
invejosos e ser aconselhado a sair do lugar onde prosperara Isaque não fez
questão alguma. Foi habitar “no vale de Gerar” (Gn 26.17). Honrando o nome e a
memória do seu pai, Isaque reabriu os poços que seu pai abrira e foram tapados
pelos filisteus, e chamou os poços com os mesmos nomes dados por Abraão (Gn
26.18). Os pastores de Gerar questionaram os outros poços que Isaque abrira,
mas ele não os confrontou (Gn 26.19,21).
3. Um caráter resiliente.
Após perder a posse de dois
poços, Isaque não desistiu. Mais do que resistente, ele foi resiliente. Soube
enfrentar as oposições sem se exasperar. Soube praticar a longanimidade (Gl
5.22). Continuou mandando abrir poços: “E partiu dali e cavou outro poço; e não
porfiaram sobre ele. Por isso, chamou o seu nome Reobote e disse: Porque agora
nos alargou o Senhor, e crescemos nesta terra” (Gn 26.22, 23). Era o “poço do
alargamento” concedido por Deus. Livre da contenda, Isaque “subiu dali a
Berseba” (Gn 26.28,29). Ali, Isaque e Abimeleque, rei de Gerar, fizeram um
juramento de que seriam amistosos. Daí, Berseba significar “juramento”, ou
“poço do juramento”. Em meio a essas experiências, “[...] apareceu-lhe o SENHOR
naquela mesma noite e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai. Não temas,
porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente por amor
de Abraão, meu servo” (Gn 26.24).
4. Obediência e submissão.
Certamente, esses são os aspectos
mais marcantes do caráter de Isaque. Ele soube honrar seu pai e sua mãe, como
manda o Senhor (Êx 20.12). A prova mais eloquente desse caráter foi
demonstrada, quando Deus falou com Abraão e ordenou que ele oferecesse o seu
filho em holocausto (Gn 22.2). Isaque foi amarrado sobre o altar para o
sacrifício, e não se rebelou. Mas obedeceu. Submeteu-se à vontade do pai. Deus
não permitiu que Abraão o imolasse. E proveu um cordeiro para ser oferecido em
seu lugar (Gn 22.11-13). Uma figura de Cristo oferecido em nosso lugar como “o
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Deus aceitou o gesto de
Abraão como realizado pela fé (Hb 11.17-19).
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor procure enfatizar as
características do caráter de Isaque. Mostre que a sua mansidão “é vista em sua
submissão sem resistência a seu pai ao tornar-se o sacrifício sobre o altar de
Moriá, e em sua recusa a discutir quando os pastores de Gerar reivindicavam os
poços. Ele possuía uma natureza afetuosa, profundamente ligada à mãe, chorando
por sua morte, e sendo depois confortado em seu amor por Rebeca. Seu espírito
mediador pode ter contribuído para seu afeto expansivo.Ele era um homem que vivia em contato com Deus. Embora não tenha as visitações dramáticas que foram concedidas o seu pai, Abraão, Isaque obedeceu aos mandamentos de Deus. O altar, a tenda e o poço simbolizavam os principais interesses de sua vida (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.990).
CONHEÇA MAIS
Isaque
O nome dado por Deus antes do
nascimento da criança (Gn 17.19) significa ‘ele ri’, ‘aquele que ri’, ou
simplesmente ‘riso’.Nada é conhecido sobre os dias da infância de Isaque. Em seguida, vemo-lo grande e forte o suficiente para carregar a madeira para o fogo do altar subindo a montanha, não sabendo que ele mesmo seria colocado no altar. A experiência de ter sido amarrado como uma vítima de sacrifício e então liberto pela intervenção divina deve ter afetado profundamente toda a sua vida. Para conhecer mais leia, Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p.989.
CONCLUSÃO
A Bíblia nos mostra quão
importante foi Isaque para história do povo de Deus. O seu nome se inclui entre
os três patriarcas mais citados no Antigo Testamento e também no Novo. O Deus
de Israel é o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Que Deus nos abençoe para
que nos espelhemos no caráter de Isaque para o fortalecimento da nossa fé no
Deus Todo-Poderoso.
A respeito de Isaque, um caráter pacífico,
responda:
1° Qual o significado do nome Isaque?
Resp: “Aquele que ri”, “ele ri” ou “riso”.
2° Que promessa Deus fez a Abraão, quando ele tinha
75 anos de idade?
Resp: Que ele seria “uma grande nação” (Gn 12.2).
3° Quais os aspectos mais marcantes do caráter de
Isaque?
Resp: Um homem trabalhador, humilde e obediente a Deus.
4° Por que a bênção dada a Abraão foi transferida
para Isaque?
Resp: Por causa de sua fidelidade a Deus.
5° Cite algumas características do caráter de
Isaque.
Resp: Obediente aos pais, temente a Deus e pacificador.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Isaque, um caráter pacífico
A história de Isaque é a história
de Israel. É o marco embrionário de uma nação que se desenvolveu por intermédio
de Jacó, filho de Isaque, e de seus doze filhos, posteriormente, doze tribos. A
história de Isaque remonta a história de Abraão. As promessas feitas ao pai da
fé são as mesmas repetidas a Isaque (26.2-5) e, mais tarde, a Jacó (28.13-15).
Os três patriarcas de Israel foram forjados debaixo da mesma promessa: “E
far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu
serás uma bênção” (12.2).
O caráter pacífico de Isaque
Um dos traços do caráter de
Isaque a chamar atenção quando se estuda o texto bíblico de Gênesis é o
pacífico. Isaque foi uma pessoa apaziguadora, buscando evitar os conflitos a
fim de ter uma estadia tranquila na terra de Canaã. E importante ressaltar a
época que o filho de Abraão viveu. Um período violento, onde as questões eram
resolvidas nos termos do “olho por olho” e “dente por dente”.O texto bíblico de Gênesis narra que Isaque habitou em Gerar e semeou na cidade (Gn 26.6,12). Motivo de o filho de Abraão prosperar abundantemente (26.13,14). Isaque passou a ter muitas ovelhas, vacas, pessoas ao seu serviço, despertando assim inveja nos filisteus. Estes iniciaram um processo de inviabilização aos planos do pai de Jacó. Primeira medida: entulharam os poços abertos nos tempos de Abraão. Segunda: Contenderam com os pastores de Isaque, afirmando que as fontes de águas não pertenciam a eles. Contudo, a reação de Isaque foi pacífica e bem diplomática. Quando os filisteus entulhavam os poços, ele os desentulhava. Quando os filisteus escolhiam uma região para cavar poços, Isaque partia para cavá-los em outro lugar. Assim, Deus o abençoou abundantemente.
Uma lição para hoje
Num tempo onde muitos não têm
paciência para ouvir o outro, muito menos absorver o desaforo do outro, embora
a sociedade ocidental do século XXI tenha muito bem desenvolvida as idéias de
direitos humanos, alteridade, dignidade da pessoa humana e integração dos
povos, o pacifismo de Isaque se torna uma chamada à Igreja de Deus. Viver de
maneira pacífica não significa tolice, mas ter conscientemente um estilo de
vida que priorize um coração leve e suave no espírito do Evangelho. Aqui, o
professor pode remontar o ensino de Jesus no Sermão do Monte: “Bem-aventurados
os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9).
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