terça-feira, 30 de maio de 2017
Lição 10 CPAD - 2° Trimestre 2017
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD / ADULTOS
Título: O Caráter
do Cristão — Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro
Comentarista: Elinaldo
Renovato
TEXTO ÁUREO: “Então,
Maria, tomando uma libra de ungüento de nardo puro, de muito preço, ungiu os
pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do
cheiro do ungüento” (Jo 12.3).
VERDADE PRÁTICA: Maria, de Betânia, é exemplo do crente que dá
prioridade a Jesus em sua vida, e lhe oferece o melhor em gratidão por seu
amor.
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que
o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao
tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Mostrar o exemplo de Maria de Betânia ao escolher a melhor parte;
II. Saber que Maria foi à mulher que ungiu o Senhor Jesus;
III. Apontar o caráter humilde de Maria.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado
professor, na lição de hoje estudaremos o caráter de Maria de Betânia. Maria
foi uma mulher que honrou Jesus colocando-o acima de toda e qualquer prioridade.
Sua atitude de ficar aos pés do Salvador, ouvindo-o e aprendendo, revelou o seu
desejo de querer estar mais perto do Filho de Deus, em íntima comunhão com Ele.
Como está sua comunhão com o Pai e o Filho? Você tem alegria e prazer em estar
em sua presença para adorá-lo pelo o que Ele é? Maria amava ao Senhor e sabia
como demonstrar, em seus gestos e atitudes, seu amor altruísta. Ao ungir os pés
de Jesus com um ungüento de boa qualidade e caro, ela demonstrou amar mais a
Jesus e as pessoas do que os seus bens materiais. Que o nosso amor pelo Mestre
seja maior do que por nossos bens materiais e ministérios.
INTRODUÇÃO
Maria, irmã de Lázaro, ou Maria
de Betânia, era uma mulher humilde e ao mesmo tempo cheia de energia e ousadia.
Quando Jesus hospedou-se em sua casa, preferiu ficar ouvindo a palavra do
Mestre, enquanto sua irmã envolvia-se nas tarefas domésticas (Lc 10.39). Foi
reprovada por Marta, mas recebeu elogio de Jesus por ter escolhido “a boa
parte” (Lc 10.41,42). Na mesma semana daquele acontecimento, vemos o fato em
que Maria, irmã de Lázaro, aparece protagonizando um dos momentos mais
interessantes e polêmicos do ministério de Jesus.
1. Maria “escolheu a boa parte”.
Certa vez, acompanhado de seus
discípulos, Jesus entrou em Betânia. Ali, foi recebido na casa de Lázaro, por
sua irmã, Marta. Aquela não era uma ocasião comum. Jesus só passava por aquela
aldeia, chamada Betânia, quando ia para Jerusalém. Maria, irmã de Marta, teve a
percepção de que aquele era um momento que deveria ser aproveitado plenamente
por várias razões.
a) Jesus na casa de
Maria. O texto de Lucas 10 diz que Marta, sua irmã,
recebeu Jesus em sua casa (10.38). Havia muitas casas em Betânia. Mas receber
Jesus e seus discípulos no lar era motivo de muita alegria e orgulho para uma
família piedosa. Certamente, a casa não era pequena, pois tinha lugar para
Jesus e seus discípulos.
b) Maria prefere ficar
aos pés de Jesus. Lucas diz que Marta
recebeu Jesus, e que se assentou aos pés de Jesus e ouvia a sua palavra
(10.39). Marta demonstrou que não soube aproveitar aquele momento, e ainda
criticou a irmã, julgando que esta não estava agindo bem, ficando aos pés de
Jesus. “Marta, porém, andava distraída em muitos serviços e, aproximando-se,
disse: Senhor, não te importa que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe,
pois, que me ajude” (10.40).
2. Maria deu prioridade a Jesus.
Maria tinha tarefas domésticas a
realizar como sua irmã. Mas entendia que, se Jesus estava ali, naquela ocasião,
a prioridade era ouvir sua palavra, e não ficar “distraída em muitos serviços”.
Ao ser questionado por Marta, que cobrava de Jesus que determinasse que Maria
se levantasse de sua presença e fosse ajudá-la, Jesus respondeu de forma
amorosa, mas cheia de ensino precioso, que Maria escolhera “a boa parte, a qual
não lhe será tirada” (10.41,42). A “boa parte” que Maria escolheu foi ouvir e
aprender de Jesus, ficar a seus pés, em atitude de reverência e adoração.
3. Mais “Martas” do que “Marias”.
Podemos afirmar que, no mundo
atual, há muito mais “Martas” do que “Marias”. A vida moderna tem exigido que a
mulher deixe de ser apenas dona de casa, esposa e mãe, e assuma posições
profissionais. Além dos excessos de atividades, em casa, na escola, e na
igreja, homens e mulheres estão sendo dominados e até escravizados por redes
sociais, no uso excessivo das tecnologias da informação e da imagem, a ponto de
não haver mais tempo para a maior parte das famílias estarem nos cultos de
oração, nos cultos de doutrina e na Escola Dominical.
Maria
A hospitalidade é uma arte.
Certificar-se de que um hóspede seja bem recebido, aquecido e bem alimentado,
requer criatividade, organização e trabalho de equipe. Sua capacidade de
alcançar esses objetivos faz de Maria, e sua irmã, Marta, uma das melhores
equipes de hospitalidade da Bíblia. Seu hóspede era Jesus Cristo.Para Maria, hospitalidade significava dar mais atenção ao hóspede que às necessidades que Ele pudesse ter. Ela permitia que sua irmã mais velha, Marta, cuidasse desses detalhes. A atuação de Maria nos eventos mostra que ela era, principalmente, uma pessoa ‘que responde’. Ela realizava poucos preparativos — seu papel era a participação. Diferentemente de sua irmã, que tinha que aprender a parar e ouvir, Maria precisava aprender que agir é, freqüentemente, necessário e apropriado. Nós vemos Maria, pela primeira vez, durante uma visita que Jesus fez à sua casa. Ela simplesmente se sentou aos seus pés e ouviu. Quando Marta se irritou com o fato de que sua irmã não a ajudava, Jesus declarou que a decisão de Maria de desfrutar da sua companhia era a reação mais adequada, na ocasião. Na última vez em que vemos Maria, ela havia se tornado uma mulher de ação ponderada mesclada com adoração. Novamente, ela estava aos pés de Jesus, lavando-o com perfume e secando com seus cabelos. “Jesus disse que seu ato de adoração deveria ser descrito em todas as partes, como um exemplo de serviço custoso” (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 2015, p.1437).
CONHEÇA MAIS
A oferta de Maria
A oferta que provavelmente
representou a economia de toda a sua vida, quinhentos denários (gregos), era
uma quantia bastante grande para uma pessoa comum. O motivo é simples, porém
profundamente significativo. Maria queria oferecer o melhor para Jesus. Para
conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.689.
II. MARIA, A MULHER QUE UNGIU O SENHOR
1. Maria
ungiu os pés de Jesus.
Foi, pois, Jesus seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava
Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos” (Jo 12.1). Para o
ministério de Jesus, aquela família tinha significância. Sempre que ia a
Jerusalém, ou a seus arredores, hospedava-se na casa de Lázaro e suas irmãs.
Betânia estava situada a três quilômetros de Jerusalém, na estrada que leva a
Jericó.
a) Uma ceia para Jesus. Embora o texto não diga que a ceia foi na casa de
Lázaro, Marta, certamente, foi à organizadora da refeição a ser oferecida a
Cristo. Mais uma vez, ela demonstrava especial cuidado com a hospitalidade, com
a recepção do ilustre visitante. “Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta
serviam, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele” (Jo 12.2). Ela fez o
melhor que sabia para atender bem ao grande amigo da família.
b) Maria unge os pés de
Jesus. Maria surpreendeu a todos,
“[...] tomando uma libra de ungüento de nardo puro, de muito preço, ungiu os
pés de Jesus e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do
cheiro do ungüento” (Jô 12.3). O gesto, considerado extravagante, de Maria
provocou grande reboliço entre os presentes, principalmente em Judas
Iscariotes. O perfume derramado de “nardo puro” equivalia a cerca de “trezentos
denários”, como acentuou Judas, ou seja, quase o salário de um trabalhador
durante um ano inteiro. Judas, além de traidor, era mentiroso e hipócrita. Seu
cuidado não era com os pobres, com a assistência social, mas em roubar o
dinheiro das ofertas (Jo 12.4-6).
c) Jesus aprova o gesto
de Maria. O traidor reprovou a
generosidade de Maria. Mas Jesus reconheceu a grandeza das intenções do seu
coração agradecido. “Disse, pois, Jesus: Deixai-a; para o dia da minha
sepultura guardou isto” (Jo 12.7). Pela fé, de forma profética, Maria ungiu
antecipadamente o corpo de Jesus para o seu sepultamento. Sua visão era mais
ampla e mais profunda. Marta via o amigo e visitante ilustre. Maria via o seu
Salvador que haveria de morrer em seu lugar (Jo 19.39). A repercussão da
presença de Jesus na casa de Maria foi tão grande que os principais dos
sacerdotes deliberaram matar Jesus e também Lázaro (Jo 12.9-11).
2. Maria ungiu a cabeça de Jesus.
Na mesma semana que lhe
antecedeu a morte, Jesus saiu de Jerusalém e foi para Betânia: “Bem sabeis que,
daqui a dois dias, é a Páscoa, e o Filho do Homem será entregue para ser
crucificado” (Mt 26.2). Dali dirigiu-se a Betânia, onde, na casa de “Simão, o
leproso”, lhe ofereceu outro jantar. Diz o texto que “uma mulher” ungiu a sua
cabeça com ungüento de grande valor. O contexto nos mostra que aquela mulher
era Maria de Betânia (Mt 26.6,7; Jo 11.1,2). A Bíblia de Estudo Cronológica,
Aplicação Pessoal, em nota sobre Mateus 26.7, confirma esse entendimento.
3. Devemos oferecer o melhor a Jesus.
Maria poderia ter oferecido um ungüento
de menor preço. Mas ungiu Jesus “com ungüento de grande valor, e derramou-lho
sobre a cabeça”. Ela foi criticada, mas o importante na adoração a Jesus é
saber se Ele aceita nosso louvor. E Jesus, solenemente, declarou sua aprovação
ao gesto de Maria, dizendo: “Em verdade vos digo que, onde quer que este
evangelho for pregado, em todo o mundo, também será referido o que ela fez para
memória sua” (Mt 26.13; Mc 14.9).
SÍNTESE DO TÓPICO (II): Maria foi à mulher que
em um gesto de adoração ungiu os pés de Jesus.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
III. O CARÁTER HUMILDE DE MARIA
1. Maria,
uma mulher humilde.
Com base nos textos citados, podemos concluir que Maria, irmã de Lázaro,
era uma mulher humilde, mesmo sendo possuidor de ótima condição financeira, a
ponto de poder oferecer a Jesus valiosa oferta como verdadeiro sacrifício de
louvor e adoração. No episódio em que ela ficou assentada aos pés de Jesus (cf.
Lc 10.39), revelou um profundo senso de valor diante do Mestre, considerando
prioridade maior ouvir seus valiosos ensinos.
2. Maria
não revidou as críticas da irmã.
Mesmo ouvindo sua irmã, Marta, reclamar diante de todos que ela deveria
sair da presença de Jesus para ajudá-la nas tarefas domésticas, ela não
revidou, criticando a atitude da irmã. Ficou em silêncio, e deixou Jesus falar.
E foi compensada por Jesus, que a defendeu dizendo que ela escolhera “a boa
parte, a qual não lhe será tirada” (Lc 10.42).
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, para tornar a aula
mais dinâmica, interativa e introduzir o terceiro tópico da lição, faça as
seguintes perguntas: “Como Maria reagiu diante da queixa e incompreensão de sua
irmã em relação a sua atitude de ficar aos pés de Jesus ouvindo-o?”; “Como
devemos agir quando as pessoas, até mesmo da nossa família, não compreendem
nossas atitudes em relação a Jesus e ao serviço cristão?”. Enfatize que assim
como Maria, nem sempre somos bem compreendidos pelas pessoas. Mas é diante das
incompreensões e julgamentos que temos de revelar o nosso caráter cristão. Ao
que tudo indica Maria não tentou se defender ou retrucou sua irmã. Porém, o
próprio Senhor Jesus a defendeu e procurou valorizar suas atitudes. Depois de
conversar com os alunos a respeito das atitudes de Maria, distribua as cópias
do quadro abaixo. Utilize para refletir com os alunos as características do
caráter de Maria e as lições que podemos aprender com suas atitudes.
CONCLUSÃO
Podemos concluir afirmando que
Maria, irmã de Lázaro, foi uma mulher humilde e que demonstrou liberalidade ao
oferecer a Jesus uma oferta valiosa. Ajamos da mesma forma, para que Cristo
seja glorificado em toda a maneira de agir, pensar e ver.
A respeito de Maria, irmã de Lázaro, uma devoção
amorosa, responda:
1° De que tipo de crente Maria é exemplo?
Resp: Do crente que prefere ouvir as palavras de Jesus.
2° Com que Maria ungiu os pés de Jesus?
Resp: Com ungüento de nardo puro, de muito preço.
3° Como Jesus viu o gesto de Maria?
Resp: Ele aprovou e disse que ela o ungira para a sepultura.
4° Que disse Jesus, quando Maria ungiu sua cabeça?
Resp: Que, onde o evangelho for pregado, seu gesto será lembrado.
5° O que representa a oferta de Maria?
Resp: As economias de todo uma vida.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Maria, irmã de Lázaro, um a devoção amorosa
Quem foi Maria de Betânia
É notória a existência de várias
“Marias” ao longo do Novo Testamento. Maria Madalena, Maria a mãe de Jesus,
Maria a mãe de Tiago e de João. A Maria que trataremos nesta lição é a irmã de
Lázaro, também conhecida como Maria de Betânia. O nome “Betânia” se refere a um
lugar que ficava a 6 km de Jerusalém. Alguns episódios que se referem à Maria
de Betânia em o Novo Testamento são os seguintes: quando Jesus chega à casa de
Maria e Marta para jantar (Lucas 10.38-42); quando da morte de Lázaro, o irmão
de Maria (João 11.28-32); quando Maria ungiu os pés de Jesus com ungüento de
nardo e puro e os enxugou com os cabelos (João 12.3; cf. Mateus 26.6-13; Marcos
14.3-9).
O perfil de Maria de Betânia
A partir dos textos mencionados
acima é possível traçarmos o perfil de Maria, pois suas ações, de singelas e
meigas, são marcantes e inconfundíveis aos leitores de todas as épocas. Não por
acaso, quando do ato de amor e humildade protagonizado por Maria, o nosso
Senhor expressou-se da seguinte maneira: “Em verdade vos digo que, onde quer
que este evangelho for pregado, em todo o mundo, também será referido o que ela
fez para memória sua” (Mt 26.13). A passagem mencionada, certamente, é uma das
mais conhecidas em Novo Testamento.À luz desse ato de Maria, bem como quando de outros da irmã de Lázaro, ao receber nosso Senhor para jantar em Betânia, é possível perceber que ela era essencialmente devotada ao Senhor. Há ações de Maria que demonstram isso de forma testemunhal: (1) Sua devoção delicada aos pés do Senhor; (2) a atenção e a prioridade integrais a Jesus Cristo; (3) o derramento e o quebrantamento do coração de Maria na ocasião em que ela ungiu os pés de Jesus; (4) a humildade de Maria diante das críticas de sua irmã Marta. Uma das mulheres mais especiais do Novo Testamento!
Lições modernas a partir de Maria de Betânia
Podemos destacar vários aspectos
da vida que podemos aprender a partir de Maria: a vida familiar, o
relacionamento com o próximo, maior brandura no falar e no se dirigir às
pessoas. Mas destacaria o aspecto litúrgico que podemos aprender com Maria de
Betânia. Uma devoção mais profunda, enraizada na total entrega da alma e do
coração ao nosso Senhor. Sem dúvida nossos cultos seriam mais enriquecidos a
partir da espiritualidade de Maria, irmã de Lázaro.quarta-feira, 24 de maio de 2017
Lição 9 CPAD - 2° Trimestre 2017
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD / ADULTOS
Título: O
Caráter do Cristão — Moldado pela Palavra de Deus e provado como ouro
Comentarista: Elinaldo Renovato
TEXTO
ÁUREO: “Assim diz o Senhor: Eis que
trarei mal sobre este lugar e sobre os seus habitantes, a saber, todas as
maldições que estão escritas no livro que se leu perante o rei de Judá”
(2Cr 34.24).
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo,
os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos
subtópicos.
I. Mostrar quem era a
profetisa Hulda;
II. Saber que Hulda
viu o tempo do avivamento;
III. Explicar que Hulda
foi levantada e usada por Deus.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Prezado professor, procure dar ênfase ao fato de
que os israelitas estavam vivendo um período de grande apostasia quando Josias
foi levantado como rei. O povo de Deus buscava os ídolos com entusiasmo, por
isso, Ele levantou Hulda com uma mensagem contundente. O fato de Hulda ter sido
levantada, pelo Senhor, como profetisa, nos mostra que, embora Israel fosse uma
sociedade patriarcal, Deus também usava as mulheres em funções de liderança. O
Senhor usou Miriã como profetisa (Êx 15.20), Débora para julgar Israel no tempo
dos juízes (Jz 4.4) e mais uma vez levantou uma mulher, Hulda, para chamar a
atenção dos israelitas a respeito dos pecados que vinham cometendo. Com ousadia
e coragem ela confrontou a nação sobre as consequências de seus pecados a fim
de que se arrependessem e se voltassem para Deus. O Senhor amava seu povo, por
isso iria discipliná-lo. Só havia uma saída capaz de fazer com que Judá
escapasse do juízo iminente, o arrependimento sincero. Mas, Hulda não
profetizou somente o juízo de Deus contra a rebeldia e o pecado, ela também
anunciou um tempo de restauração e prosperidade que se daria no reinado de
Josias (2Rs 22.18-20).
INTRODUÇÃO
Hulda
entrou na história do povo de Judá, mas logo desapareceu, após cumprir a missão
árdua que Deus lhe confiara. Ela entrou em cena quando o rei Josias tomou
conhecimento do conteúdo do livro da Lei, que fora perdido na Casa do Senhor.
Ao ouvir a leitura do livro da Lei e as maldições que cairiam sobre seu povo, o
rei mandou consultar ao Senhor sobre tamanha desgraça, causada pela
desobediência de Judá. E Hulda, usada por Deus, proferiu terrível profecia
contra Judá, mostrando que Deus iria derramar terrível juízo sobre a
desobediência do povo.
1. Hulda.
Ela
foi uma serva de Deus que demonstrou um caráter firme, decidido e discreto, num
tempo em que os reis e os profetas haviam se desviado dos caminhos do Senhor. O
texto em estudo diz que ela era esposa de Salum, filho de Tocate, que era
guardador das vestimentas, e habitava em Jerusalém, “na segunda parte” da
cidade, ou na “cidade baixa” (2Rs 22.14).
2. Atividade que
exerceu.
Ela
exerceu a atividade de profetisa, num tempo em que esse ofício era
predominantemente confiado aos homens. Hulda testemunhou a ascensão e queda do
reino de Ezequias, e decadência de Judá, nos tempos de Manassés e Amom (2Cr
33.11-25). Ela entrou em cena num momento dramático da história do reino de
Judá (639-609 a.C).
3. Deus ouviu
Hulda.
Se
os outros reis não tomaram conhecimento de seu ministério profético, ela viu
Deus trabalhar de forma evidente para ouvir suas orações e levantou um menino
para promover mudanças impactantes no reino Judá.
Hulda
Mulher
de Salum, guarda das roupas da corte de Josias, que viveu na cidade baixa de
Jerusalém como uma reconhecida profetisa. Quando Josias sentiu-se condenado
pelo livro da lei, encontrado durante a reforma do Templo, enviou oficiais para
inquirirem de Deus quanto ao seu significado. Embora Jeremias fosse
contemporâneo, eles foram até Hulda, que profetizou o juízo contra a nação, mas
a paz para Josias; ele, então iniciou as reformas (2Rs 22.14-20) (Dicionário
Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.940).
1. Josias promove verdadeiro avivamento.
Aos oito anos de idade, Josias foi
posto no trono pelo povo, em resposta aos inimigos de seu pai, permanecendo
durante trinta e um anos à frente de Israel (639-609 a.C). Tornou-se o décimo
sétimo rei de Judá, cuja capital era Jerusalém. Contrariando a sequência
perversa de idolatria, corrupção e apostasia, com o apoio de conselheiros
reais, Josias “[... ] fez o que era reto aos olhos do Senhor e andou nos
caminhos de Davi, seu pai, sem se desviar deles nem para a direita nem para a
esquerda” (2Cr 34.2).
2. Aboliu a
idolatria.
Ainda
moço, tomou medidas drásticas e corajosas contra a idolatria que tomou conta de
Jerusalém e de cidades vizinhas, no oitavo ano de seu reinado (2Cr 34.3-7).
Para um jovem rei, tomar tais medidas não seria possível se não fosse com
respaldo de Deus, e com apoio de homens sérios, que trabalhavam no reino, como
parte de um “remanescente fiel”, que buscava o bem do seu povo e não os
interesses mesquinhos dos que se aproveitavam do reino para satisfação de seus
interesses pessoais, carnais e diabólicos.
3. Resgatou a Lei
do Senhor.
Aos
vinte e seis anos de idade, Josias mandou reparar a Casa do Senhor, que tinha
sido desprezada pelos seus antecessores idólatras (2Cr 34.8-11). Em meio à
restauração física do Templo, o sumo sacerdote Hilquias, através de Safã, fez
ciente ao rei que o livro da Lei, que se achava perdido, na casa do Senhor,
fora encontrado. Ao ouvir o conteúdo do livro, o rei rasgou suas vestes, chamou
seus assessores, incluindo Safã, que era escrivão, e deu ordem, dizendo: “Ide,
consultai ao Senhor, por mim e pelos que restam em Israel e em Judá, sobre as
palavras deste livro que se achou, porque grande é o furor do Senhor, que se
derramou sobre nós; porquanto nossos pais não guardaram a palavra do Senhor,
para fazerem conforme tudo quanto está escrito neste livro” (2 Cr 34.21).
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
Josias
foi o último dos reis justos de Judá. Já em tenra idade começou a buscar o
Senhor com toda a dedicação e, quatro anos mais tarde, começou a expurgar de
Judá a religião falsa. Enquanto o Templo estava sendo restaurado, Hilquias
achou o livro da Lei escrito por Moisés. Surgiu daí um novo compromisso com a
Palavra de Deus, e todo o país experimentou uma renovação espiritual. Os
profetas Jeremias, Sofonias e Habacuque ajudaram Josias no seu esforço de
reconciliar o povo com Deus; quanto à condição espiritual do povo nos tempos de
Josias.O ‘livro da lei’ que Hilquias achou, tratava-se da lei que fora dada ‘pelas mãos de Moisés’; era, sem dúvida, um exemplar do Pentateuco, ou seja: os cinco livros da Bíblia. Essa descoberta dá testemunho da mão providente e soberana de Deus, cuidando da sua Palavra inspirada, protegendo-a da destruição pelos idólatras e apóstatas. Realmente, a inspirada Palavra de Deus escrita é indestrutível (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.609).
1. A dura mensagem de Deus.
Recebendo a consulta do rei, Hulda
foi usada por Deus para profetizar com relação a dois eventos. O primeiro,
prevendo a destruição de Judá por causa da idolatria (2Rs 22.14-17); o segundo,
prevendo restauração e prosperidade, no reinado de Josias (2Rs 22.18-20). O
sumo sacerdote Hilquias e os demais assessores do rei foram procurar a
profetisa Hulda para saber o que iria acontecer com Judá. “E ela lhes disse:
Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Dizei ao homem que vos enviou a mim: Assim
diz o Senhor: Eis que trarei mal sobre este lugar e sobre os seus habitantes
[...]” (2Cr 34.23). Era o prenúncio do cativeiro de Judá, o que aconteceu em
586 a.C.
2. Hulda profetiza
para o rei Josias.
Na
crise espiritual de Judá e Jerusalém, Deus mostrou à profetisa Hulda que o rei
Josias não seguiu os maus caminhos de seus pais, mas humilhou-se diante de
Deus. Disse Hulda, aos mensageiros do rei que Deus viu como Josias se humilhou,
quando ouviu a leitura do livro da Lei, e o juízo de Deus sobre Judá. E que
Deus lhe daria livramento e ele desceria ao sepulcro em paz (2Cr 34.26-28).
Deus teve misericórdia do jovem rei de Judá. A resposta de Deus a Josias foi
altamente confortadora para ele.
3. O efeito da
profecia sobre Judá e Jerusalém.
Após
ouvir a mensagem profética de Hulda, Josias tomou de pronto algumas medidas que
demonstram o seu cuidado e zelo em ouvir a voz de Deus. Observe:
a) Josias fez uma convocação urgente “a
todos os anciãos de Judá e Jerusalém”. As mudanças numa nação, ou numa
igreja, só têm efeito se começarem pela liderança.
b) Ele “subiu à Casa do Senhor com
todos os homens de Judá e os habitantes de Jerusalém, e os sacerdotes, e os
levitas, e todo o povo, desde o maior até ao menor”. Depois de reunir todo
o povo, “e ele leu aos ouvidos deles todas as palavras do livro do concerto,
que se tinha achado na Casa do Senhor” (2Cr 34.30).
c) Ele fez um concerto com Deus. “E pôs-se o rei em pé em seu lugar e
fez concerto perante o Senhor [...] com todo o seu coração e com toda a sua
alma, cumprindo as palavras do concerto, que estão escritas naquele livro” (2Cr
34.31).
d) Em seguida, ele levou o povo a fazer o concerto com Deus. “E fez estar em pé
a todos quantos se acharam em Jerusalém e em Benjamim; e os habitantes de
Jerusalém fizeram conforme o concerto de Deus, do Deus de seus pais” (2Cr
34.32). O verdadeiro líder vai à frente e influencia seus liderados.
e) Aboliu por completo a idolatria. Por fim, Josias usou da autoridade
que Deus lhe concedera e determinou que “todas as abominações” fossem tiradas
do meio de Israel (2Cr 34.33). Depois das reformas necessárias, Josias cumpriu
o que Deus determinara, e celebrou a Páscoa do Senhor, em Jerusalém (2Cr
35.1-19).
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
O
grupo designado por Josias procurou a profetisa Hulda. É difícil explicar
porque eles desconsideraram servos de Deus como Sofonias, Jeremias ou
possivelmente Habacuque, que viviam naquele tempo. Ela era rara exceção, já que
os homens normalmente ocupavam o cargo de profeta. Hulda, presumivelmente,
havia se estabelecido como uma confiável porta-voz de Deus. A sua inspiração
profética nesta ocasião é justificativa suficiente para os servos do rei a
terem procurado.A palavra do Senhor através de Hulda consistia de dois pontos principais: (a) A ira de Deus havia sido acesa e o julgamento viria sobre o povo por causa das práticas idólatras; Josias, o rei de Judá não viveria para ver a destruição e a desolação resultante da ira de Deus.
A importância das Escrituras tanto na vida pessoal como nacional é realçada nos versículos de 2 Reis 22.8-20. O tema desta passagem é ‘trazendo o livro de volta’. (1) A lei estava perdida dentro do próprio Templo; (2) Sua repercussão levou ao arrependimento; (9) O arrependimento leva ao reavivamento; (4) O reavivamento possibilita a prorrogação da pena, e inclina os corações à busca do perdão (Comentário Bíblico Beacon. 1ª Edição. Volume I. RJ: CPAD, 2005, p.385).
CONHEÇA
MAIS
JosiasA intenção de Deus em trazer desastre sobre Judá como punição é confirmada pela profetisa Hulda. Porém, a Josias é prometido que o julgamento não acontecerá em seu tempo. Josias responde a essa palavra de graça ao redobrar seus esforços em direção ao Senhor. Nesse mesmo ano, Josias conclama seu povo para novamente celebrar a Páscoa, com cerimônia sem igual desde o tempo de Samuel. Com a idade de 39 anos, o reinado devoto de Josias finaliza subitamente. Ele é morto lutando contra o faraó Neco que, aparentemente, está correndo para ajudar as forças assírias presentes a serem esmagadas pelos babilônios”. Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.301.
CONCLUSÃO
A
profetisa Hulda foi uma mulher de Deus, que teve um papel significante para a
história de seu povo, ainda que de modo muito passageiro. Seu papel foi
coadjuvante, mas o que importa é a qualidade de seu trabalho e não a extensão
de seu ministério. Soube colocar-se no lugar que Deus lhe reservou, com
discrição e humildade. Mas, no momento certo, entregou a mensagem de condenação
de Deus ao povo de Judá, que de modo contumaz, se afastara dos caminhos do
Senhor.
A respeito de
Hulda, a mulher que estava no lugar certo, responda:
Resp: Num tempo em que esse ofício era predominantemente confiado a homens.
2° Hulda foi
contemporânea de que reis?
Resp: Ezequias,
Manassés, Amom e Josias.
3° Onde estava o
livro da Lei, no tempo de Josias?
Resp: Estava perdido, na
casa do Senhor.
4° Que previu Hulda
em sua profecia?
Resp: A destruição de
Judá por causa da idolatria e a sua restauração, no reinado de Josias.
5° Que fez Josias
em relação à idolatria?
Resp: Determinou que
todas as abominações fossem tiradas do meio de Israel.
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Hulda, a mulher que
estava no lugar certo
A nação de Israel estava afastada dos caminhos de Deus. Segundo o livro de Deuteronômio 28, havia uma profecia proferida por Moisés sobre o povo de Israel que determinaria a exaltação ou a humilhação da nação: “E será que, se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o Senhor, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do Senhor, teu Deus” (vv.1,2). Ora, quando essa profecia foi proferida o povo de Israel estava próximo de entrar na terra prometida. O conteúdo do texto é claro: o sucesso da nação na nova terra estava condicionado à obediência do povo aos mandamentos de Deus.
Enquanto o povo fosse fiel a Deus, o eterno o abençoaria (Dt 28.3-14). Mas quando essa fidelidade fosse interrompida o povo sofreria as consequências de sua decisão: “Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do Senhor, teu Deus, para não cuidares em fazer todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, então, sobre ti virão todas estas maldições e te alcançarão” (Dt 29.15). Ou seja, no lugar de bendito na cidade, o povo seria maldito; de bendito no campo, maldito; de bendito ao entrar ou sair, maldito. Consequências inumeráveis viriam sobre o povo eleito por Deus em decorrência da sua desobediência.
Nos tempos do rei Josias a nação de Israel estava completamente alheia aos princípios e propósitos dos mandamentos de Deus. Quando o Hilquias, sumo sacerdote, achou o livro da Lei e o levou ao rei Josias e leu ao rei, ao tomar conhecimento do conteúdo da Lei, Josias temeu. Imediatamente procurou a profetisa Hulda para ouvir de Deus sobre o que fazer. Ele sabia que a nação estava afastada de Deus e as consequências para isso eram irreparáveis.
Aqui, Hulda aparece como a profetisa que não se cala e confirma o que Deus faria à Judá devido à desobediência da nação. A mensagem de Hulda era de maldição, não de bênção. Deus faria cumprir sua vontade. A profetisa Hulda não teria outra atitude a tomar, senão a de entregar o que Deus havia determinado, embora o conteúdo fosse duro e pessimista. A coragem e a determinação de Hulda são dignas de nossa admiração.
quinta-feira, 18 de maio de 2017
Lição 8 CPAD - 2° Trimestre 2017
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD / ADULTOS
2º Trimestre de 2017
Título: O Caráter do Cristão — Moldado pela Palavra de
Deus e provado como ouro
Comentarista: Elinaldo Renovato
TEXTO
ÁUREO: “A resposta branda desvia o furor, mas a
palavra dura suscita a ira” (Pv 15.1)
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Apresentar um resumo da
história de Abigail;
II. Mostrar aspectos do caráter
de Abigail;
III. Explicar quais foram os
resultados do caráter de Abigail.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Estudaremos, na lição deste domingo, a respeito do caráter de Abigail.
Ela foi uma mulher sábia que edificou sua casa e demonstrou ter habilidade para
lidar com os conflitos. Embora fosse uma mulher inteligente, teve a desventura
de se casar com um homem tolo. A insensatez de Nabal fez com que ele ofendesse
Davi e seus liderados, suscitando ira e desejo de vingança. Eles estavam
prestando um favor a Nabal ao proteger seus rebanhos. Se não fosse a
intervenção sábia de Abigail, toda a família de Nabal teria perecido. Quando a
crise familiar chegou, Abigail com coragem e sabedoria, soube tomar as atitudes
certas e na hora certa. Que nos momentos de crise, venhamos buscar em Deus
sabedoria para agirmos com prudência, coragem e de forma pacífica.
INTRODUÇÃO
Abigail era
esposa de Nabal, um rico fazendeiro, proprietário de grandes rebanhos de
ovelhas e de cabras, que vivia nas proximidades do Carmelo, em Maom, não muito
distante do deserto de Parã. Ali, os pastores de Davi travaram contato com os
pastores de Nabal. Necessitando de alimento para seus homens, Davi mandou pedir
víveres a Nabal. Ao ouvir o pedido, Nabal encolerizou-se e afrontou Davi diante
dos mensageiros, negando qualquer apoio (1Sm 25.10,11). Irado, Davi ajuntou
homens para atacar Nabal e toda a sua casa. A tragédia foi evitada pela pronta
intervenção de Abigail, que soube aplacar a ira de Davi.
1. Nabal, um homem de Belial.
Nabal
significa “insensato”, “tolo”. O texto bíblico diz que ele era “homem mui
poderoso, e tinha três mil ovelhas e mil cabras” (1Sm 25.2). Além de insensato,
“era duro e maligno nas obras, e era da casa de Calebe” (1Sm 25.3). Era um
homem dominado por um espírito mal, arrogante, que não se relacionava bem, nem
mesmo com sua esposa. Era considerado um “tal filho de Belial”, com o qual não
se podia falar pacificamente (1Sm 25.17). Seu coração estava focado em seus
bens materiais. Era homem de mau relacionamento, principalmente com seus servos
ou empregados.
2. Davi recorre a Nabal e é
desconsiderado.
Como a tropa
de Davi dependia de ajuda para alimentar-se no deserto, ao saber que Nabal, um
homem riquíssimo e muito próspero, estava tosquiando ovelhas, mandou Davi dez
jovens para lhe saudar, desejando paz a ele e à sua casa, e solicitou que
enviasse o que pudesse para seus homens. Com seu temperamento colérico, Nabal
sequer agradeceu a saudação. E respondeu de forma grosseira e irônica aos
criados de Davi: [...] “Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? [...] Tomaria
eu, pois, o meu pão, e a minha água, e a carne das minhas reses que degolei
para os meus tosquiadores, e o daria a homens que não sei de onde vêm?” (1Sm
25.10,11).
3. Davi resolve vingar a
afronta.
A resposta
dura de Nabal foi uma grande afronta a Davi e o seu grupo de guerreiros
dispostos a lutar por Davi, por si próprios e por suas famílias. Ele tomou
quatrocentos homens para ir em direção a Nabal. A intenção dele era atacar
Nabal e tudo o que ele tinha, com extrema vingança, disposto a destruir tudo
(1Sm 25.22). A reação de Davi foi carnal, carregada de ressentimento e
vingança, contrária à vontade de Deus (1Sm 25.10-13, 21,22).
SÍNTESE DO TÓPICO (I): Abigail era esposa de Nabal, um homem rude e tolo.
A solução de Abigail
“A irritação
de Davi foi compreensível, mas não justificada. Abigail demonstrou grande
sensibilidade em ajudar Davi em sua ira. Observe:
1 — Ela
trouxe comida para Davi e com esse ato corrigiu a situação que o irritou. Onde
uma injustiça foi cometida, necessitamos tentar corrigi-la.
2 — Ela
pediu desculpas a Davi. Esta é uma piedosa alternativa para cancelar uma
tentativa de obter vingança.
3 — Ela
apontou as conseqüências de agir sob irritação. Davi seria culpado do
derramamento desnecessário de sangue. E mais tarde, quando Davi se tornou rei,
seu ato poderia desgastar a confiança e o apoio do povo de Judá.
4 — Ela
também apressou Davi a deixar a vingança nas mãos de Deus. Deus, que corrige
todos os erros, se importaria com Davi — e cuidaria de todos os seus inimigos.
Impressionado pelas palavras dessa humilde, contudo segura mulher, Davi a
abençoou por afastá-lo de agir precipitadamente (RICHARDS, Lawrence O. Guia do
Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo.
9ª Edição. RJ: CPAD, p. 196).
CONHEÇA
MAIS
Nabal e Saul
Alguns
comentaristas observam uma semelhança entre Nabal e Saul. Os dois são hostis ao
leal e honesto Davi. Os dois vão contra o conselho da família e partidários. Os
dois são finalmente derrubados por Deus, não por Davi. Samuel disse que Saul
agira tolamente, usando as mesmas letras hebraicas que compõem o nome de Nabal.
O mal de cada um fez Davi voltar para condená-los. Que lição! Deixemos os
próprios atos de nossos inimigos condená-los, ao invés de lançarmos mão da
vingança. Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.196.
1. Uma mulher prudente.
O nome
Abigail significa “pai da alegria” ou “exultação”. Seu nome também corresponde
ao seu caráter pacificador e humilde. Ela era uma mulher dotada de beleza
física e entendimento (1Sm 25.3). Ao tomar conhecimento da terrível ameaça à
sua casa, Abigail resolveu agir com prudência, sabedoria e diligência, para
evitar um grande mal que seria perpetrado por Davi, o ungido de Deus. Diante de
tamanho perigo, foi que Abigail teve oportunidade de demonstrar quem era ela.
Abigail deu uma lição para todos os que servem a Deus: saber agir nos momentos
de crises e ameaças.
2. O caráter diligente e sábio.
Ao saber do
mal que estava arquitetado contra seu esposo e sua casa, Abigail atuou de forma
rápida e eficiente. Preparou uma carga de cereais, frutas e vinho e os colocou
sobre alguns jumentos, e os levou a Davi. Em sentido contrário, vinha Davi com
seus quatrocentos homens, respirando raiva e sentimento de vingança, com desejo
de não deixar com vida nem mesmo um menino (1Sm 25.18-22). Que diferença do que
Jesus ensinou com seu evangelho. Jesus mandou amar os próprios inimigos,
bendizendo-os e orando por eles (Mt 5.44).
3. O caráter conciliador de
Abigail.
Davi
cavalgava com a fúria dos homens de coração ferido. Mas em sentido contrário,
vinha Abigail, montada em seu jumento. Em seu coração, ela levava sentimento de
paz, de humildade, de amor e de perdão. Ao ver Davi, ela desceu de seu animal e
prostrou-se com o rosto em terra, diante daquele que ia destruir sua família.
“E lançou-se a seus pés e disse: Ah! Senhor meu, minha seja a transgressão;
deixa, pois, falar a tua serva aos teus ouvidos e ouve as palavras da tua
serva” (1Sm 25.24). Abigail exortou Davi para que não fizesse justiça com as
próprias mãos, pois Deus haveria de julgar seus inimigos (1Sm 25.25-31). Davi
nunca imaginou que a sua sede de vingança e fúria contra um desafeto fossem
anuladas pela sabedoria e pela força de uma mulher de caráter pacificador.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO
Professor
procure ressaltar algumas das características de Abigail. Enfatize o fato de
que seus sábios conselhos foram eficientes para aplacar a fúria de Davi,
impedindo que ele agisse com ira e de forma impensada, e para a preservação da
vida de seus familiares. Utilize o quadro abaixo para, juntamente com os
alunos, analisarem as realizações e exemplos que podem ser extraídos do caráter
de Abigail.
III. O RESULTADO DO CARÁTER DE
ABIGAIL
1. Davi foi aplacado por
Abigail.
Ao
encontrar-se com Abigail, Davi foi vencido pela palavra sábia e prudente de uma
verdadeira mulher de Deus. Cumpriu-se o que diz Salomão: “A resposta branda
desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Pv 15.1). A atitude humilde
e conciliadora de Abigail foi uma resposta à atitude agressiva de Davi.
Certamente ele aprendeu uma grande lição para a sua vida. Ele era corajoso e
provou isso quando enfrentou Golias. Mas faltava-lhe a lapidação do caráter
para enfrentar situações adversas e oposições.
2. Deus feriu Nabal.
Quando
Abigail relatou os acontecimentos a Nabal, “[...] se amorteceu nele o coração,
e ficou ele como pedra” (1Sm 25.37). A Bíblia diz de forma bem simples e direta:
“E aconteceu que, passados quase dez dias, feriu o Senhor a Nabal, e este
morreu” (1Sm 25.38). Se Davi tivesse feito justiça com suas próprias mãos, as
coisas teriam tomado outro rumo, imprevisível e perigoso. Mas como a sábia
mulher agiu com presteza e eficiência, ele foi poupado de manchar suas mãos e
sua história com o sangue de Nabal. “Minha é a vingança e a recompensa, ao
tempo em que resvalar o seu pé; porque o dia da sua ruína está próximo, e as
coisas que lhes hão de suceder se apressam a chegar” (Dt 32.35).
3. Davi toma Abigail por sua
esposa.
Logo após a
morte de Nabal, Davi agradeceu a Deus por ter-lhe livrado de cometer um grave
erro diante do Senhor; “E mandou Davi falar a Abigail, para tomá-la por sua
mulher” (1Sm 25.39). E o fez, mandando seus criados falar com Abigail,
transmitindo o honroso convite, que ela aceitou com muita humildade (1Sm
25.39-42). Ela se apressou, certamente mudou suas vestes, “montou num jumento
com as suas cinco moças que seguiam as suas pisadas: e ela seguiu os
mensageiros de Davi, e foi sua mulher” (1Sm 25.42).
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
Tanto os
servos de Nabal (cujo nome em hebraico significa ‘tolo’, insensato
intelectualmente e moralmente) quanto sua esposa concordava quanto à maldade de
seu senhor. Quando retornou à sua fazenda, Abigail encontrou seu marido comendo
e bebendo como um rei. Ele estava tão bêbado, que ela não lhe contou sobre sua
pequena escapada até o dia seguinte, quando estava sóbrio. Após ouvir sobre o
perigo que estava exposto, alguns entenderam que Nabal sofreu um ataque
cardíaco ou talvez uma congestão e ficou ‘como pedra’. Dez dias depois ‘feriu o
Senhor a Nabal, e este morreu’. Davi considerou sua morte como um ato de Deus,
pelo qual foi vingado e protegido de derramar sangue por si mesmo.Pouco tempo depois, Davi enviou servos para pedirem a mão da viúva em casamento. Abigail graciosamente e sem hesitar consentiu, dizendo: ‘Eis aqui a tua serva servirá de criada para lavar os pés dos criados de meu senhor’. Em sua segunda viagem ao campo de Davi, ela foi acompanhada de seus bens pessoais e cinco servas a fim de permanecer com Davi como sua segunda esposa. Mais tarde ela foi com Davi para Hebrom e Jerusalém, como sua rainha (Dicionário Bíblico Wycliff. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.1324).
CONCLUSÃO
Nabal era um
homem insensato, dotado de um temperamento duro e violento. Mas Deus permitiu
que Davi dele precisasse, para que uma mulher sábia e prudente protagonizasse
um exemplo marcante para seus servos e suas servas, em todo o mundo, ao longo
dos séculos. Viúva de um homem irascível, que era bem-sucedido em suas
atividades produtivas, mas um tolo e insensato, no relacionamento humano,
Abigail jamais imaginou ser esposa do rei Davi, o mais afamado monarca de
Israel. O Deus de Davi é o nosso Deus, que provê tudo para os que nEle confiam.
A respeito de Abigail, um
caráter conciliador, responda:
1° Que significa o nome Nabal?
Resp: Nabal significa “insensato”,
“tolo”.
2° Que significa o nome
Abigail?
Resp: Significa “pai da alegria” ou
“exultação”.
3° Que exortação Abigail deu a
Davi?
Resp: Para que não fizesse justiça
com as próprias mãos, pois Deus haveria de julgar seus inimigos.
4° Qual era o plano vingativo
de Davi?
Resp: Destruir tudo que Nabal tinha
até mesmo um menino.
5° Que fez Davi a Abigail,
depois da morte de Nabal?
Resp: Mandou falar com ela para ser
sua esposa.
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Abigail, um caráter
conciliador
Nabal era um
homem destemperado. Não por acaso o seu nome significa “insensato”, “tolo”. Ao
ser instado pelos jovens de Davi a usar de benevolência para com ele, por
intermédio do seu rebanho, Nabal tratou Davi de maneira desrespeitosa e
tresloucada. Por outro lado, Davi também se mostrou descontrolado, afobado e
precipitado. Com uma mente voltada para a guerra, a primeira coisa a pensar foi
na vingança: “Cada um cinja a sua espada. E cada um cingiu também Davi a sua; e
subiram após David uns quatrocentos homens, e duzentos ficaram com a bagagem”
(1Sm 25.13). Notou? 400 homens para dá cabo da vida de um homem? Algo
completamente desproporcional.
Nesse
contexto de ira, ódio, precipitação aparece Abigail, mulher de Nabal (1Sm
25.14). Uma mulher formosa e de bom senso. Reconheceu a loucura de seu esposo e
preparou uma grande dádiva de suprimentos para Davi e seus guerreiros. A partir
de sua prudência e palavras de reconciliação, ela controlou a ira de Davi e
salvou a vida de seu esposo. O próprio Davi admitiu que por causa de Abigail
não cometesse um ato extremo de vingança em relação ao inimigo: “Bendito o teu
conselho, e bendita tu, que hoje me estorvaste de vir com sangue e de que a
minha mão me salvasse” (25.33).
Mais tarde,
após a morte de Nabal, Davi achou por bem tomar Abigail como esposa. O perfil
da sábia mulher, que fez Davi retroceder em sua decisão em relação à Nabal, fez
muita diferença. O bom senso, o equilíbrio e polidez de Abigail por certo
encantaram a Davi. Logo, Abigail casou-se com o futuro rei e teve um filho
chamado Quileabe (2Sm 27.3) em Hebrom.
Quantas
dores não foram evitadas por causa de um conselho conciliador de Abigail? A
Palavra de Deus diz que “a resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura
suscita a ira” (Pv 15.1). Muitas vezes esquecemos esse alerta e pensamos que
podemos falar com outras pessoas da forma que se bem pretenda. Usando a
desculpa de “sou sincero” ou “só falo a verdade” as pessoas acabam cometendo
“sincericídio”. No lugar de aplacar a ira, a estimula mais. No lugar de apagar
o fogo da discórdia, o acende mais. Há pessoas que preferem jogar “gasolina na
fogueira”, quando deveriam trabalhar para apagá-la. Trabalhar pelo
entendimento, pela conciliação, pela unidade. Trabalhar para debelar a contenda
e ter um espírito mais manso. Trabalhar pela paz é que fomos chamados!
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