LIÇÕES BÍBLICAS CPAD / ADULTOS
Título: A
razão da nossa fé — Assim cremos, assim vivemos
Comentarista:
Esequias Soares
TEXTO ÁUREO: “Não
sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?”
(1Co 3.16).
VERDADE PRÁTICA
Cremos que o Espírito Santo é a
Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, Senhor e Vivificador, que convence o
mundo do pecado, da justiça e do juízo, regenera o pecador, e que falou por
meio dos profetas.
OBJETIVO GERAL: Mostrar que o Espírito
Santo é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade e que Ele convence o mundo do
pecado, da justiça e do juízo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos
referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o
objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Compreender quem é o Espírito Santo;
II. Mostrar a divindade do Espírito Santo à luz da Bíblia;
III. Apresentar os atributos da divindade;
IV. Analisar a personalidade do Espírito Santo.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado
professor, nesta lição estudaremos acerca da Terceira Pessoa da Trindade, o
Espírito Santo. Ele não é um fogo, um vento ou uma força, mas Deus. Uma das
provas da sua deidade reside no fato de que Ele possuiu atributos divinos. Sem
sua ação teria sido impossível conhecer a Deus e a Jesus Cristo. Sem Ele jamais
teríamos experimentado o novo nascimento e a santificação. Alguns,
erroneamente, acreditam que o Espírito Santo entrou no mundo somente no dia de
Pentecostes. Mas, a Terceira Pessoa da Trindade esteve também presente na
criação (Gn 1.26), no ministério de Jesus e dos discípulos.
INTRODUÇÃO
As Escrituras Sagradas revelam a
identidade do Espírito Santo, sua deidade absoluta e sua personalidade, sua
consubstancialidade com o Pai e o Filho como Terceira Pessoa da Trindade e suas
obras no contexto histórico-salvífico. Todos esses dados da revelação só foram
definidos depois do Concílio de Nicéia. A formulação da doutrina pneumatológica
aconteceu tardiamente na história da Igreja, na segunda metade do século IV. A
presente lição pretende explicar e mostrar como tudo isso aconteceu a partir da
Bíblia.
PONTO CENTRAL: Cremos que o Espírito Santo é a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.
I. O ESPÍRITO SANTO
1. A revelação divina.
A Bíblia mostra que a revelação
divina foi progressiva, como disse um dos pais da Igreja no século IV: “O
Antigo Testamento manifestou claramente o Pai e, obscuramente, o Filho. O Novo
manifestou o Filho e, obscuramente, indicou a divindade do Espírito Santo.
Hoje, o Espírito habita entre nós e se dá mais claramente a conhecer” (Gregório
de Nazianzo). O Senhor Jesus revelou o Pai (Jo 1.18), e o Espírito Santo é quem
revela o Filho (Jo 16.14; 1Co 12.3).
2. O esquecimento.
Há abundância de detalhes na
Bíblia sobre a identidade do Espírito Santo no que diz respeito à sua
personalidade e divindade, bem como ao seu relacionamento com o Pai e o Filho.
Ele aparece, literalmente, em toda a Bíblia desde o Gênesis, na criação (Gn
1.2), até o Apocalipse (22.17). Mas esses dados da revelação precisavam ser
definidos, daí a necessidade de formulações teológicas exigidas pela nova
realidade cultural em que a Igreja vivia e pelas demais civilizações em que o
evangelho havia penetrado. Essa difícil tarefa levou séculos para ser concluída,
e as várias tentativas resultaram também em heresias.
3. O Espírito Santo e os primeiros cristãos.
À luz do Novo Testamento e
comparando com a literatura patrística dos séculos II e III, fica claro que os
cristãos da Era Apostólica conheciam mais sobre a identidade do Espírito Santo
do que os pais da Igreja do referido período. A verdadeira identidade do
Espírito Santo, com base bíblica, só aconteceu a partir de Atanásio e dos três
grandes capadócios. Antes disso, a conceituação sobre o Espírito Santo era quase
sempre inadequada.
SÍNTESE DO TÓPICO (I): O
Espírito Santo está presente em toda a Bíblia.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Reproduza o quadro abaixo e
utilize-o para mostrar aos alunos algumas das verdades a respeito do Espírito
Santo extraídas do evangelho de João:
• Ele nunca nos deixará (Jo
14.6).
• O mundo não pode recebê-lo (Jo
14.7).
• Ele vive em nós e conosco (Jo
14.17).
• Ele nos ensina (Jo 14.26).
• Ele nos lembra as palavras de
Jesus (Jo 14.26).
• Ele nos convence do pecado, nos
mostra a justiça de Deus, e anuncia seu juízo contra o mal (Jo 16.8).
• Ele nos guia na verdade, e nos
dá conhecimento de eventos futuros (Jo 16.13).
• Ele glorifica a Cristo (Jo
16.14).
II. A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO À LUZ DA BÍBLIA
1. A divindade declarada.
O Espírito Santo é chamado de Senhor nas Escrituras Sagradas: “Ora, o
SENHOR é o Espírito” (2Co 3.17 — ARA). Os nomes “Deus” e “Espírito Santo”
aparecem alternadamente na Bíblia: “Por que encheu Satanás o teu coração, para
que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? [...]
Não mentiste aos homens, mas a Deus” (At 5.3,4b). Deus e o Espírito Santo aqui
são uma mesma divindade. O apóstolo Paulo também emprega esse tipo de
linguagem: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus
habita em vós?” (1Co 3.16). Isso vem desde o Antigo Testamento: “O Espírito do
SENHOR falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca. Disse o Deus de
Israel, a Rocha de Israel a mim me falou” (2Sm 23.2,3). É nessa linguagem que a
Bíblia diz que o Espírito Santo é Deus.
2. A divindade revelada.
O relacionamento do Espírito
Santo com o Pai e com o Filho revela a sua divindade e a sua
consubstancialidade com Eles. Isso está claro nas construções tripartidas do
Novo Testamento (Mt 28.19, 1Co 12.4-6; 2Co 13.13; Ef 4.4-6; 1Pe 1.2). Em
relação ao Pai, o Espírito penetra todas as coisas, até mesmo as profundezas de
Deus (1Co 2.10,11); é igualmente chamado de “Espírito de Deus” (Gn 1.2) e de “o
Espírito que provém de Deus” (1Co 2.12). Concernente ao Filho, Ele é chamado
por Jesus de “outro Consolador” (Jo 14.16). O termo grego para “Consolador”
aqui é paracleto, que significa “ajudador, advogado” e é aplicado ao
Senhor Jesus como Advogado (1Jo 2.1). Ele é chamado de “Espírito de Jesus” (At
16.7), “Espírito de Cristo” (Rm 8.9) e ainda “Espírito de seu Filho” (Gl 4.6).
3. Obras divinas.
A divindade do Espírito Santo é
vista não apenas na declaração direta das Escrituras, nem somente pelo
relacionamento dEle com o Pai e o Filho, mas também nas obras de Deus. O
Espírito Santo é o Criador do Universo e dos seres humanos (Jó 26.13; 33.4; Sl
104.30). Ele gerou Jesus (Mt 1.20; Lc 1.35) e o ressuscitou dentre os mortos
(1Pe 3.18); e ressuscitará os fiéis (Rm 8.11). Ele é o Senhor da Igreja (At
20.28); autor do novo nascimento (Jo 3.5,6); dá a vida (Ez 37.14), regenera o
pecador (Tt 3.5) e distribui os dons espirituais (1Co 12.7-11). Assim, o Credo
Niceno-Constantinopolitano declara: “E no Espírito Santo, o Senhor e
Vivificador, o que procede do Pai e do Filho, o que juntamente com o Pai e o
Filho é adorado e glorificado, o que falou por meio dos profetas”. A
confirmação bíblica dessa verdade é abundante (2Co 3.17; Rm 8.2; Jo 15.26; Fp
3.3; 2Pe 1.21).
SÍNTESE DO TÓPICO (II): Cremos na
deidade do Espírito Santo.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O divino Consolador tem pleno
poder sobre todas as coisas. Ele tem poder próprio. É dEle que flui a vida, em
suas dimensões e sentidos bem como o poder de Deus (Sl 104.30; Ef 3.16). Isso é
uma evidência da deidade do Espírito Santo. Ele tem autoridade e poder
inerentes, como vemos em toda a Bíblia, máxime em o Novo Testamento.
Em 1 Coríntios 2.4, na única
referência (no original) em que aparece o termo traduzido por ‘demonstração do
Espírito Santo’, designa-se literalmente uma demonstração operacional, prática
e imediata na mente e na vida dos ouvintes do evangelho de Cristo. E isso
ocorre pela poderosa ação persuasiva e convincente do Espírito, cujos efeitos
transformadores foram visíveis e incontestáveis na vida dos ouvintes de então,
confirmando o evangelho pregado pelo apóstolo Paulo (1Co 2.4,5) (GILBERTO,
Antonio. Teologia Sistemática Pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2008, p.175).
CONHEÇA MAIS
Credo Niceno-Constantinopolitano
Entre 361-81, a ortodoxia
trinitariana passou por mais refinamentos, mormente no tocante ao terceiro
membro da Trindade, o Espírito Santo. Em 381, em Constantinopla, os bispos
foram convocados pelo Imperador Teodócio, e as declarações da ortodoxia de Nicéia
foram reafirmadas. Além disso, houve menção explícita do Espírito Santo em
termos de deidade, como o ‘Senhor e Doador da vida, procedente do Pai e do
Filho; o qual, com o Pai e o Filho juntamente é adorado e glorificado; o qual
falou pelos profetas’”. Para conhecer mais, leia Teologia Sistemática, uma
perspectiva pentecostal, CPAD, p.177.
III. OS ATRIBUTOS DA DIVINDADE
1. Alguns
atributos incomunicáveis.
A divindade do Espírito Santo é revelada também nos seus atributos
divinos. Aqui apresentamos apenas alguns, devido à exiguidade do espaço. O
Espírito é onipotente (Rm 15.19) e a fonte de poder e milagres (Mt 12.28; At
2.4; 1Co 12.9-11). Ele é onipresente, está em toda parte do Universo (Sl
139.7-10); e é onisciente, pois conhece todas as coisas, desde as profundezas
de Deus (1Co 2.10,11), passando pelo coração humano (Ez 11.5), até alcançar as
coisas futuras (Lc 2.26; Jo 16.13; 1Tm 4.1). Assim a Bíblia ensina que o
Espírito Santo é eterno (Hb 9.14).
2. Alguns atributos comunicáveis.
A santidade de Deus é o atributo
mais solenizado nas Escrituras (Is 6.3; Ap 15.4). O termo “santo” é aplicado ao
Espírito como consequência direta de sua natureza e não como resultado de uma
fonte externa. Ele é santo em si mesmo; assim, não precisa ser santificado,
pois é Ele quem santifica (Rm 15.16; 1Co 6.11). A bondade é outro atributo
divino, por isso, Jesus disse: “Ninguém há bom senão um, que é Deus” (Mc 10.18
e passagens paralelas de Mt 19.17; Lc 18.19); no entanto, a Bíblia ensina que o
Espírito Santo é bom (Ne 9.20; Sl 143.10). O Espírito é a verdade (1Jo 5.6) e
sábio (Is 11.2).
3. O Espírito Santo e a Trindade.
O Espírito Santo iguala-se ao Pai
e ao Filho, tendo também um nome, pois o Senhor Jesus determinou que os seus
discípulos batizassem “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt
28.19). Isso significa ser o Espírito Santo objeto de nossa fé, pois em seu
nome somos batizados, indicando reconhecimento igual ao do Pai e do Filho. A
expressão “comunhão com o Espírito Santo” (2Co 13.13) mostra que Ele é não
apenas objeto de nossa fé, mas também de nossa oração e adoração. Há uma
absoluta igualdade dentro da Trindade e nenhuma das três Pessoas está sujeita à
outra, como se houvesse uma hierarquia na substância divina. Existe, sim, uma
distinção de serviço, e o Espírito Santo representa os interesses do Pai e do
Filho na vida da Igreja na terra (Jo 16.13,14).
SÍNTESE DO TÓPICO (III): O
Espírito Santo possui todos os atributos da divindade.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“O Espírito Santo é Deus”
O Espírito Santo não é
simplesmente uma influência benéfica ou um poder impessoal. É uma pessoa, assim
como Deus e Jesus o são.
O Espírito Santo é chamado Deus e
Senhor — (At 5.3,4; 2Co 3.18). Quando Isaías viu a glória de Deus escreveu:
‘Ouvi a voz do Senhor, ... vai e diz a este povo’ (Is 6.8,9). O apóstolo Paulo
citou essa mesma palavra e disse: ‘Bem falou o Espírito Santo a nossos pais
pelo profeta Isaías dizendo: Vai a este povo’ (cf. At 28.25,26). Com isso,
Paulo identificou o Espírito Santo com Deus (BERGSTÉN, Eurico. Introdução à
Teologia Sistemática. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1999, p.97).
IV. PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO
1. As
faculdades da personalidade.
A personalidade do Espírito Santo está presente em toda a Bíblia de
maneira abundante e inconfundível e tem sido crença da Igreja desde o
princípio. Há nEle elementos constitutivos da personalidade, tais como
intelecto, pois Ele penetra todas as coisas (1Co 2.10,11) e inteligência (Rm
8.27). Ele tem emoção, sensibilidade (Rm 15.30; Ef 4.30) e também possui
vontade (At 16.7; 1Co 12.11). As três faculdades intelecto, emoção e vontade
caracterizam a personalidade.
2. Reações do Espírito Santo.
Outra prova da personalidade do
Espírito Santo é que Ele reage a certos atos praticados pelo ser humano. Pedro
obedeceu ao Espírito Santo (At 10.19,21); Ananias mentiu ao Espírito Santo (At
5.3); Estevão disse que os judeus sempre resistiram ao Espírito Santo (At
7.51); o apóstolo Paulo nos recomenda não entristecer o Espírito Santo (Ef
4.30); os fariseus blasfemaram contra o Espírito Santo (Mt 12.29-31); os
cristãos são batizados em nome do Espírito Santo (Mt 28.19).
SÍNTESE DO TÓPICO (IV): O Espírito Santo possui
personalidade.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
É difícil sugerir que um dos
títulos ou propósitos do Espírito Santo seja mais importante que outro. Tudo o
que o Espírito Santo faz é vital para o Reino de Deus. Há, no entanto, um
propósito, uma função essencial do Espírito Santo, sem a qual tudo que se tem
dito a respeito dEle até agora não passa de palavras vazias: o Espírito Santo é
o penhor que garante a nossa futura herança em Cristo: ‘Em quem [Cristo] também
vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa
salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da
promessa; o qual é o senhor da nossa herança, para redenção da possessão de
Deus, para louvor da sua glória’ (Ef 1.13,14)” (HORTON, Stanley. Teologia
Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996,
p.401).
CONCLUSÃO
A frase que se refere ao Espírito
Santo como “terceira Pessoa da Trindade” se deve ao fato de seu nome aparecer
depois do Pai e do Filho na fórmula batismal. Não se trata, pois, de hierarquia
intratrinitariana, porque o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só Deus que
subsiste em três Pessoas distintas.
PARA REFLETIR
A respeito da identidade do Espírito Santo,
responda:
1° Quem revela o Filho?
Resp: O Espírito Santo é quem revela o Filho (Jo 16.14; 1Co 12.3).
2° O que revela o relacionamento do Espírito Santo
com o Pai e o Filho?
Resp: O relacionamento do Espírito Santo com o Pai e com o Filho revela a sua
divindade e a sua consubstancialidade com Eles.
3° O que o Credo Niceno-Constantinopolitano declara
sobre o Espírito Santo?
Resp: O Credo Niceno-Constantinopolitano declara: “E no Espírito Santo, o
Senhor e Vivificador, o que procede do Pai e do Filho, o que juntamente com o
Pai e o Filho é adorado e glorificado, o que falou por meio dos profetas”.
4° O que significa ser batizado em nome do Pai, e
do Filho e do Espírito Santo?
Resp: Isso significa ser o Espírito Santo objeto de nossa fé, pois em seu
nome somos batizados, indicando reconhecimento igual ao do Pai e do Filho.
5° Quais são os três elementos constitutivos da
personalidade no Espírito Santo?
Resp: Intelecto, pois Ele penetra todas as coisas (1Co 2.10,11), inteligência
(Rm 8.27), emoção, sensibilidade (Rm 15.30; Ef 4.30) e vontade.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A identidade do Espírito Santo
A concepção milagrosa de Jesus de
Nazaré é uma demonstração maravilhosa da divindade do Espírito Santo: “Descerá
sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua
sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de
Deus” (Lc 1.35). Conforme afirma o Credo Niceno-Constantinopolitano, o
“Espírito Santo é Senhor, doador da vida, procedente do Pai. O qual com o Pai e
o Filho juntamente é adorado e glorificado, o qual falou pelos profetas”. Logo,
não se trata de uma energia, ou emanação de alguma força ativa, mas de uma
pessoa divina que age de maneira maravilhosa na vida do ser humano: “E, quando
ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo: do pecado,
porque não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis
mais; e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado” (Jo 16.8-11).
O Espírito Santo é uma pessoa que confronta o ser humano a fim de convencê-lo a
crer em Jesus; que atua no sentido de gerar nele uma disposição para a retidão,
integridade e santidade; e traz a consciência de que todas as pessoas prestarão
contas a Deus de todos os atos que praticaram no mundo.
O Espírito promove santidade
Não por acaso a expressão
“Espírito Santo” consta nas Escrituras. Ora, a palavra “santo” significa
“puro”, “limpo”. Tudo o que é santo significa que foi separado por Deus para
fazer a Sua vontade, pois se torna propriedade exclusiva de Deus. Nesse
sentido, o Espírito é chamado “Santo” porque Ele é mencionado também nas Escrituras
como o Espírito de Deus, o Espírito do Senhor, o Espírito de santificação (Rm
1.4) para direcionar e guiar a nossa vida. Assim, pelo Espírito Santo, somos
conduzidos a vivermos uma vida de santidade e pureza. Nele não há mentira, pois
revela a verdade sobre Jesus (Jo 16.14) e sobre nós mesmos (Sl 51.16). Não
podemos mentir ao Santo Espírito, Ele conhece tudo em nossa vida e discerne o
desejo do nosso coração (At 5.1-6). Ele é Santo e Verdadeiro!
Atuação do Espírito em nossa consciência
Quão imensuráveis são as maldades
humanas?! Sem o auxílio divino, é impossível que a pessoa retroceda em suas
maldades. Mas o Espírito Santo não descansa em trabalhar em nossa consciência,
procurando que ela não se cauterize, isto é, fique indiferente aos seus apelos (1Tm
4.1-3). O Santo Espírito age para nos purificar e, assim, experimentarmos o
maravilhoso perdão de Deus, fruto do seu amor por nós.