Título: A Obra da Salvação — Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida
Comentarista: Claiton Ivan Pommerening
TEXTO ÁUREO: “E o Verbo
se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do
Unig?nito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14).
VERDADE PRÁTICA: O nascimento de Jesus Cristo se deu dentro do plano
divino para salvar a humanidade.
OBJETIVO GERAL: Mostrar
que o nascimento de Jesus Cristo se deu dentro do plano divino para salvar a
humanidade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Apresentar como se deu o anúncio do nascimento do Salvador;
II. Explicar a respeito da concepção do Salvador;
III. Mostrar que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós”.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado(a)
professor(a), na lição de hoje estudaremos a respeito do nascimento de Jesus, o
Filho Unigênito de Deus que veio ao mundo por amor e com a infalível missão de
salvar a humanidade pecadora. O ministério terreno de Jesus teve início com o
seu nascimento na cidade de Belém, cumprindo as profecias do Antigo Testamento.
Depois de retornarem do Egito seus pais se estabeleceram na cidade de Nazaré,
na Galileia, onde Jesus cresceu.Jesus se fez homem, deixou parte da sua glória, se humilhou e se fez maldição por nós para que pudéssemos ter comunhão com o Pai e ter então direito legal à vida eterna. Como homem perfeito, Jesus é o nosso exemplo em todas as esferas da vida, por isso, precisamos olhar para Ele e seguir sempre os seus passos. Olhe firmemente para o Salvador e não permita que as dificuldades e tribulações da vida embacem os seus olhos e o leve a perder o alvo da vida cristã: Jesus, o Salvador.
INTRODUÇÃO
Deus não abandonou o ser humano
no pecado. Por isso, o nascimento de Jesus marca o início de uma nova era para
a humanidade, em que a promessa de perdão e de salvação, por intermédio de sua
encarnação, posterior crucificação e morte, foi efetuada por Ele na cruz a fim
de nos redimir.
1. No Antigo Testamento (Lc 24.27).
O Antigo Testamento dá
abundantes predições sobre a vinda do Messias ao mundo: na queda dos nossos
primeiros pais, a vinda do Salvador foi apontada (Gn 3.15); no sangue de
animais no umbral das portas na noite da Páscoa (Êx 12.1-13); no êxodo do povo
judeu do Egito (Êx 12.37-51; 13.17-22); nos 26 salmos messiânicos (Sl 2.7;
16.10; 22.1ss; 35.19; 72.1ss; 118.22 e outros); na volta do exílio babilônico;
e nos profetas, especialmente o livro de Isaías, denominado o livro messiânico
do Antigo Testamento (Is 9; 11; 50).
2. Anunciado pelos anjos.
O anjo Gabriel apareceu a Maria
e lhe deu instruções de como ela conceberia milagrosamente o menino Jesus (Lc
1.30-38). Quando os anjos anunciaram o nascimento do Salvador aos pastores,
estes foram tomados de grande alegria e glória do Senhor (Lc 2.9), pois ao
ouvirem palavras tão alentadoras e o coral de anjos cantando foram
imediatamente à procura do Salvador (Lc 2.13-18).
3. Desfrutado pela humanidade.
A visita dos pastores e dos sábios
simboliza toda a raça humana à procura de Deus. Essa visita não se deu num belo
palácio ornado de ouro, mas numa simples manjedoura cheia de animais e palha;
um lugar inóspito para o grande Rei e Salvador. Mas foi ali que Deus mostrou-se
em toda sua singeleza e simplicidade, quando foi ao encontro do homem pecador
uma vez perdido e entregue ao opróbrio do pecado (Jo 1.9).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
No Evangelho de João temos um
retrato inigualável de nosso Senhor. Ele é tão preciso quanto os retratos dos
outros Evangelhos, apesar de suas diferenças em estrutura e propósito. E ele
nos lembra que, em Jesus Cristo, Deus não só revelou aos judeus como seu
Messias, aos romanos como seu Homem de Ação ideal, e aos gregos como verdadeiro
modelo de humanidade. Em Jesus Cristo, Deus se revelou em seu Filho, como
absolutamente a única resposta para as necessidades mais profundas e universais
de uma humanidade perdida.‘No princípio, era o Verbo’ (Jo 1.1). É provável que João, conscientemente, tenha duplicado as palavras de Gênesis 1.1, ‘No princípio... Deus’. O ‘princípio’, em cada caso, nos transporta para o passado além da Criação, em uma eternidade que só era habitada por Deus, o agente ativo em todas as coisas que existia como Deus e com Deus.
Isto é enfatizado no texto pelo uso do termo em, ‘era’ e ‘estava’. João usa este termo três vezes neste versículo, o tempo imperfeito do verbo eimi, em vez de uma forma do verbo egeneto. Eimi e em simplesmente descrevem a existência contínua; ageneto significa ‘tornar-se’. No princípio o Verbo, como Deus, já desfrutava de existência infinita, sem início e sem fim. A tradução de Knox exibe o sentido deste verbo, quando ele traduz a frase seguinte: ‘Deus tinha o Verbo morando consigo’” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2012, pp.193,195).
CONHEÇA MAIS
Encarnação
Quando na plenitude dos tempos
(Gl 4.4), o anjo Gabriel comunicou a Maria que ela seria o instrumento da
encarnação de Jesus, disse-lhe: ‘Em teu ventre conceberás e darás à luz um
filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus’ (Lc 1.31). [...] Jesus, o ‘Deus bendito
eternamente’ (Rm 9.5), fez-se homem. Esse mistério chama-se encarnação. A
Bíblia diz: ‘grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne’
(1Tm 3.16). A doutrina da encarnação de Jesus excede tudo o que o entendimento
humano possa compreender; porém, desse milagre depende a substância do
Evangelho da salvação e a doutrina da redenção”. Para conhecer mais leia Teologia
Sistemática, de Eurico Bergsten, CPAD, pp.48-49.
II. A CONCEPÇÃO DO SALVADOR
1. Um plano concebido desde a fundação do mundo.
Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus que foi morto desde a fundação do
mundo (Ap 13.8), pois antes de o homem pecar, o Pai, em sua presciência, já
havia provido um salvador. Isso significa que, quando o ser humano pecou, Deus
não foi pego de surpresa. Entretanto, em seu eterno amor pela humanidade, o
Altíssimo havia planejado o resgate dos pecadores mediante o advento da pessoa
de seu Filho, Jesus Cristo (Ap 13.8).
2. O nascimento do Salvador.
O nascimento do Salvador é um
evento emblemático e simbólico acerca do propósito que Ele veio realizar:
salvar o mundo (Jo 3.16). Para isso o Filho nasceu longe de casa, peregrinou
para Belém sem acomodações adequadas, num ambiente inóspito e extremamente
humilde (Lc 2.1-7). Isso foi a demonstração da humildade divina, pois o Filho
se esvaziou de sua glória para habitar de maneira humilde entre os homens (Fp
2.7). Que belo gesto de doação de si mesmo, pois não poderia haver maior
entrega para mostrar esta verdade: Deus é amor (1Jo 4.8)
3. Um roteiro divino de vida.
Desde a fundação do mundo, Jesus
foi o Salvador e, a partir de seu nascimento, essa realidade foi confirmada (Lc
2.10,11): Ele foi concebido por uma virgem, o que atesta o fato milagroso de
ser o Filho de Deus incriado e gerado como homem pelo Espírito Santo (Lc 1.35);
Jesus nasceu num contexto de pobreza, o que mostra sua humilhação e serviço aos
desafortunados (Lc 4.18-21); o Filho de Maria cresceu numa família, o que
mostra a importância que Deus dá à célula mater da sociedade (Lc 2.40). Assim,
o ministério terreno de Jesus seria abrangente (Lc 2.49), mostrando que o Reino
de Deus já havia chegado à Terra (Lc 10.9,11).
O Nascimento Virginal
Provavelmente, nenhuma doutrina
cristã é submetida a tão extenso escrutínio quanto a do nascimento virginal, e
isto por duas razões principais. Primeiro, esta doutrina depende, para a sua
própria existência, da realidade do sobrenatural. Muitos estudiosos, nestes
últimos dois séculos, têm desenvolvido um preconceito contra o sobrenatural; e
esse preconceito tem influenciado seu modo de analisar o nascimento de Jesus. A
segunda razão para a crítica do nascimento virginal é que a história do
desenvolvimento de sua doutrina nos leva para muito além dos simples dados que
a Bíblia fornece. A própria expressão ‘nascimento virginal’ reflete essa
questão. O nascimento virginal significa que Jesus foi concebido quando Maria
era virgem, e que ela ainda era virgem quando Ele nasceu (e não que as partes
do corpo de Maria tenham sido preservadas, de modo sobrenatural, no decurso de
um nascimento humano).Um dos aspectos mais discutidos do nascimento virginal é a origem do próprio conceito. Alguns estudiosos têm procurado explicá-la por meio de paralelos helenísticos. Os enlaces que os deuses e deusas mantinham com seres humanos, na liturgia grega da antiguidade, são alegadamente os antecedentes da ideia bíblica. Mas essa teoria certamente desconsidera a aplicação de Isaías 7, em Mateus 1.
Isaías 7, com sua promessa de um filho que nascerá, é o pano de fundo do conceito do nascimento virginal. Muitas controvérsias têm girado ao redor do termo hebraico ’almah, conforme usado em Isaías 7.14. A palavra é usualmente traduzida por ‘virgem’, embora algumas versões traduzam por ‘jovem’. No Antigo Testamento, sempre que o contexto oferece nítida indicação, a palavra significa uma virgem com idade para casamento" (HORTON, Stanley M. 1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, p.322).
III. “O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS”
1. A
encarnação do “Verbo”.
A Bíblia afirma, reiteradas vezes, que o Filho de Deus se tornou “carne”
(1Tm 3.16; 1Jo 4.2; 2Jo v.7; 1Pe 3.18; 4.1), ou seja, uma pessoa inteira, de
carne e osso, em pleno uso de suas funções psíquicas. Sobre isso, o apóstolo
Paulo escreveu que Jesus realizou a reconciliação “no corpo da sua carne” (Cl
1.21,22), isto é, quando se fez “carne” e habitou entre os homens, assumiu a
humanidade juntamente com as fragilidades próprias dela. Por esse motivo, as
Escrituras revelam que o nosso Senhor chorou em público (Jo 11.35), admitiu
perdas e sentiu saudades (Jo 11.36), experimentou dor (Mt 27.50), sentiu tristeza
de morte (Mt 26.38), sentiu-se cansado (Jo 4.6), teve sede (Jo 19.28), teve
dificuldades familiares (Jo 7.3-5), foi tido como louco (Mc 3.21), mostrou que
a privacidade e a oração são períodos essenciais para a sobrevivência
espiritual (Mc 1.35; 6.30-32,45,46; Lc 5.16).
2. A humilhação do servo.
A humilhação de Jesus teve
início com o esvaziamento de sua glória para tomar a forma de servo e culminou
com o sofrimento na cruz (Fp 2.7,8). Sua humilhação está relacionada aos seus
sofrimentos, como ao ser perseguido, desprezado pelas autoridades, discriminado
(Jo 1.46), silenciado diante de seus acusadores, açoitado impiedosamente,
injustamente julgado diante de Pilatos e Caifás e, finalmente, morto. Assim se
cumpriu cada detalhe da profecia a respeito do Servo Sofredor (Is 53).
3. O exemplo a ser seguido.
Quando andou na Terra, Jesus nos
ofereceu o melhor exemplo, fazendo a vontade do Pai e amando o próximo com um
amor sem igual (Jo 4.34; Lc 4.18,19). Logo, a partir da vida do Salvador, somos
estimulados a priorizar o Reino de Deus, a pessoa do Altíssimo em todas as
áreas de nossa vida, não permitindo que nada tome o seu lugar em nosso coração.
Assim, somos instados a amar o próximo na força do mesmo amor que o Pai tem por
nós (Mc 12.30,31).
O Verbo se Fez Carne
Ao encarnar, Cristo se tornou:
(1) o Mestre perfeito — a vida de Jesus nos permitiu perceber como Deus pensa
e, por conseguinte, como devemos pensar (Fp 2.5-11); (2) o Homem perfeito —
Jesus é o modelo do que devemos tornar-nos. Ele nos mostrou como viver e nos dá
o poder para trilhar esse caminho de perfeição (1Pe 2.21); (3) O sacrifício
perfeito — Jesus foi sacrificado por todas as iniquidades do ser humano; sua
morte satisfez as condições de Deus para a remoção do pecado” (Bíblia de Estudo
Aplicação Pessoal. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2006, p.1414).
CONCLUSÃO
As boas novas do Evangelho se
materializaram em Jesus quando de seu nascimento em Belém. Sua obra salvadora
foi profetizada ao longo de todo o Antigo Testamento, anunciada pelos anjos aos
pastores e ecoa, de forma abrangente, por todo o Universo. Ele se encarnou, se
humilhou, e finalmente, triunfou gloriosamente mediante a sua ressurreição
para, assim, nos garantir a salvação.
A respeito da salvação e o advento do Salvador,
responda:
1° Como os pastores receberam o nascimento de
Jesus?
Resp: Quando os anjos anunciaram o nascimento do Salvador aos pastores, estes
foram tomados de grande alegria e glória do Senhor.
2° Qual foi o plano concebido por Deus desde a
fundação do mundo?
Resp: Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus que foi morto desde a fundação do mundo,
pois antes de o homem pecar, o Pai, em sua presciência, já havia provido um
Salvador.
3° O que a Bíblia afirma sobre a doutrina da
encarnação?
Resp: A Bíblia afirma, reiteradas vezes, que o Filho de Deus se tornou
“carne”, ou seja, uma pessoa inteira, de carne e osso, em pleno uso de suas
funções psíquicas. Sobre isso, o apóstolo Paulo escreveu que Jesus realizou a
reconciliação “no corpo da sua carne” (Cl 1.21,22), isto é, quando se fez
“carne” e habitou entre os homens, assumiu a humanidade juntamente com as
fragilidades próprias dela.
4° Como aconteceu a humilhação de Jesus?
Resp: A humilhação de Jesus teve início com o esvaziamento de sua glória para
tomar a forma de servo e culminou com o sofrimento na cruz (Fp 2.7,8). Sua
humilhação está relacionada aos seus sofrimentos, como ao ser perseguido,
desprezado pelas autoridades, discriminado (Jo 1.46), silenciado diante de seus
acusadores, açoitado impiedosamente, injustamente julgado diante de Pilatos e
Caifás e, finalmente, morto.
5° Qual foi o exemplo de Jesus para nós humanos?
Resp: Quando andou na Terra, Jesus nos ofereceu o melhor exemplo, fazendo a
vontade do Pai e amando o próximo.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
A salvação e o advento do Salvador
Não há nada mais significativo
nos Evangelhos do que a narrativa do advento de Jesus. Com advento nos
referimos ao processo de encarnação do Deus Filho. Jesus é achado Filho de Deus
em que sua concepção foi obra do Espírito Santo. As Escrituras afirmam que
Maria, sua mãe, o concebeu virginalmente (Lc 1.26-35). Sobre esse milagre, diz
o importante documento dos primeiros cristãos: “Creio em Jesus Cristo, seu
único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo;
nasceu da virgem Maria” (Credo Apostólico). O Deus Trino operou na encarnação
do verbo divino!Diferentemente dos deuses pagãos, o Deus da Bíblia buscou se revelar à humanidade como igual com ela. Sem deixar de ser divino e, igualmente, sem deixar de ser humano, pois as suas duas naturezas, humanas e divinas, não se misturam nem se separam; mas antes, se mostram como duas entidades que comungam da mesma natureza, propósito e missão. Foi pelo Filho que o Pai se deu a conhecer de uma vez por todas (Hb 1.1). Em Jesus, Ele se relaciona com os seres humanos de maneira amorosa, misericordiosa e justa (Mt 9.13). Logo, por meio de Cristo, o Pai chamou um povo e revelou-se a ele. Esse povo agora não tem mais características étnicas, geográficas ou culturais, pois em Jesus toda a parede que fazia separação entre judeus e gentios foi derrubada (Ef 2.14-16). A salvação anunciada pelo advento do nosso Salvador e experimentada por milhares de pessoas ao longo da história continua disponível hoje. É a tão bela e graciosa salvação provida por Cristo! Por isso amamos Jesus; vivemos em Jesus; devemos estar sempre em Cristo, o autor e consumador da nossa fé!
A Igreja Cristã, ao longo desses 21 séculos de história, crê no evento de Cristo no mundo. Tendo no advento, crucificação, morte e ressurreição de Jesus a certeza de que é possível o ser humano ter uma nova vida com Deus mesmo num mundo decaído, onde habita pessoas de natureza decaída. A Palavra de Deus revela que fomos alcançados pela graça de Deus, um favor imerecido, uma provisão salvífIca maravilhosa e graciosa para nós. Tudo isso ocorreu a partir da obra salvífica de Jesus prenunciada em seu advento. Assim, a partir do que em teologia denominamos de “evento Cristo”, como o apóstolo Paulo, podemos dizer: “Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” (1Co 15.54,55). Cristo, o advento glorioso!
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