quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Feliz Aniversário

 



Prezados  Alunos e Professores,
Próximo Domingo 03 de Fevereiro de 2013, após a Escola Bíblia  Dominical,
teremos nossa comemoração com os aniversariantes do mês de Janeiro.
Venha prestigia-los !
 
 





Depressão

 
Um Homem de Deus em Depressão
 



Sentir-se abatido de tempos em tempos é algo normal que faz parte da vida. Mas quando o vazio e o desespero tomam conta do seu dia-a-dia, tornando-se permanente, afetando-lhe a motivação e o sentido da vida, pode ser depressão.

A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si.

É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado. O crente não está imune a esse mal e precisa de tratamento tanto quanto qualquer mortal. Aprendemos com Elias três importantes ensinamentos:

(1) Nós não somos super-heróis, devemos aprender a discernir nossas limitações.

(2) Palavras são sementes, devemos aproveitar o melhor delas.

(3) Nossos olhos precisam estar fixos no Senhor da glória! N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2.8),

sábado, 26 de janeiro de 2013


“BBB é a prova da decadência de nossa civilização”,
diz Walter McAlister

Pastor da igreja Cristã Vida Nova faz críticas ferozes ao reality show da Globo

 
A 13ª edição do reality show Big Brother Brasil iniciou-se com o costumeiro desfile de beldades e corpos malhados na “casa mais vigiada do Brasil”, segundo o slogan da própria TV Globo.

As cenas do programa mostram, mais uma vez, os conchavos e estratégias dos brothers, dispostos a tudo para ganhar o prêmio de R$ 1,5 milhão, passando pelas costumeiras discussões e brigas e chegando até a mostrar os hábitos de (ou falta) higiene dos confinados no espaço cenográfico.

O programa, intensamente criticado pela grande maioria dos evangélicos, encontra apoio de alguns que se valem da passagem bíblica de I Tessalonicenses 5:21, de “examinar tudo e reter o bem”. Mas, para o pastor Walter McAlister, bispo primaz da igreja Cristã Vida Nova, isso não passa de “um pretexto esfarrapado para quem não tem o que fazer e se entretém com algo absurdamente estúpido”.

Para o líder religioso, os que assistem ao reality cometem “um pecado inenarrável contra seu cérebro e sua alma”. Ele diz que “examinar tudo e reter o que é bom” é diferente de procurar no lixo algo que se possa reutilizar.

Ele explica que a passagem paulina é um mandato cristão, o que é diferente de se viver na miséria cultural. “Culturalmente a grande maioria vive na miséria absoluta. Não leem, não pensam, e vivem a piolhos da cabeça uns dos outros – algo bem próprio de primatas menos desenvolvido”, diz, contundente.

McAlister diz que não acompanha programas de televisão há anos, mas conhecendo o teor do reality, acredita que ele seja uma prova da decadência de nossa civilização. Em sua ácida critica, ele o qualifica de “absurdamente estúpido”.

“É uma prova clara e evidente da decadência desta nossa civilização. Assistir pessoas não fazerem nada de útil, até que cada um seja eliminado ao bel-prazer do público é o cúmulo da imbecilidade. Quem assiste algo assim está sendo feito de palhaço. É a barbarização de uma cultura que consegue se entreter contemplando o próprio umbigo.”

Ele continua sua análise mordaz dizendo que assistir algo como o BBB é “simplesmente à morte do raciocínio. Este só é cultivado pela leitura e pela interação racional entre pessoas que pensam. Estamos ficando com o QI de um quiabo”, diz.

Concluindo, Mc Alister traça um cenário sombrio do atual momento da sociedade e suas formas de entretenimento.

“As colunas desta civilização estão caindo. Este programa não é a razão, é a prova de que estamos vivendo o fim de uma era”.

Fonte: Gospel Prime

 












terça-feira, 22 de janeiro de 2013

REVISTA EBD JOVENS E ADULTOS 2° TRIMESTRE 2013 CPAD


FIQUE POR DENTRO DO TEMA DA REVISTA EBD JOVENS E ADULTOS 2° TRIMESTRE 2013 CPAD
"A FAMÍLIA CRISTÃ NO SÉCULO XXI:
PROTEGENDO SEU LAR DOS ATAQUES DO INIMIGO"
 


Confira as Lições:

Lição 1 - Família, Criação de Deus

Lição 2 - O Casamento Bíblico

Lição 3 - As Bases do Casamento Cristão

Lição 4 - A Família Sob Ataque

Lição 5 - Conflitos na Família

Lição 6 - A Infidelidade Conjugal

Lição 7 - O Divórcio

Lição 8 - Educação Cristã, Responsabilidade dos Pais

Lição 9 - A Família e a Sexualidade

Lição 10 - A Necessidade e a Urgência do Culto Doméstico

Lição 11 - A Família e a Escola Dominical

Lição 12 - A Família e a Igreja

Lição 13 - Eu e Minha Casa Serviremos ao Senhor

Lição 4 CPAD - 1° Trimestre 2013

 
Data: 27 de Janeiro de 2013

TEXTO ÁUREO: “Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo lhe não respondeu nada” (1 Rs 18.21).

VERDADE PRÁTICA: O confronto entre Elias e os profetas de Baal marcou definitivamente a separação entre a verdadeira e a falsa adoração em Israel.


INTRODUÇÃO

O confronto de Elias com os profetas de Baal, conforme narrado no décimo oitavo capítulo do livro de 1 Reis, foi um dos fatos mais significativos da história bíblica. Mais significativo ainda foi a vitória que o profeta de Tisbe obteve sobre os falsos profetas: significou a continuidade da existência de Israel como povo a quem Deus havia escolhido para cumprir seu propósito salvífico com a humanidade.
Nesta lição, estudaremos como o profeta Elias foi usado pelo Senhor para confrontar os falsos profetas com seus falsos deuses, fazendo com que o povo de Deus abandonasse a falsa adoração.

I. CONFRONTANDO OS FALSOS DEUSES

1. Conhecendo o falso deus Baal.

Baal era uma divindade cananeia (1 Rs 16.31). Por diversas vezes fizemos referência a esse fato, mas aqui iremos conhecer mais detalhadamente esse falso deus, e assim entender porque ele causava tanto fascínio no mundo cananeu e também em Israel. A palavra Baal significa proprietário, marido ou senhor.
Os estudiosos observam que esse nome traz esses significados para demonstrar que a divindade pagã exercia controle e posse não somente sobre o lugar onde se encontrava, mas também sobre as pessoas. Os profetas estavam conscientes de que não se podia admitir tal fato entre o povo de Deus, e por isso levantaram suas vozes em protesto contra a divindade pagã (1 Rs 21.25,26).

2. Identificando a falsa divindade Aserá.

A crença cananeia dizia que El seria o deus principal, isto é, o pai dos outros deuses, e Aserá era a deusa-mãe. O texto bíblico de 1 Reis 18.17-19, faz referência a essas duas divindades. A palavra poste-ídoloneste texto é a tradução do termo hebraico `ashera ou Aserá, e mantém o significado de bosque para adoração de ídolos. Aserá, conhecida também como Astarote ou Astarte, era uma deusa ligada à fertilidade humana e animal e também da colheita. No texto bíblico observamos que ela exerceu uma influência grandemente negativa entre o povo de Deus (Jz 2.13, 3.7; 1 Rs 11.33). Assim entendemos o porquê da resistência profética a esse culto.

II. CONFRONTANDO OS FALSOS PROFETAS

1. Profetizavam sob encomenda.

Os fatos ocorridos no reinado de Acabe vêm mais uma vez confirmar uma verdade: nenhum sistema é profético, nenhum profeta pertence ao sistema. O texto de 1 Reis 18.19 destaca essa verdade. Os profetas de Baal eram, de fato, profetas, mas comiam da mesa de Jezabel. Eram profetas, mas possuíam seus ministérios alugados para Acabe e sua esposa. Eles profetizavam o que o rei queria ouvir, pois faziam parte do sistema estatal de governo. Nenhum homem de Deus, nem tampouco a igreja, podem ficar comprometidos com qualquer esquema religioso ou político. Se assim o fizerem, perdem suas vozes proféticas (1 Rs 22.13,14).

2. Eram mais numerosos.

Acabe e sua esposa, Jezabel, haviam institucionalizado a idolatria no reino do Norte. Baal e Aserá não eram apenas os deuses principais, mas também os oficiais. O culto idólatra estava presente em toda a nação, de norte a sul e de leste a oeste. Dessa forma, para manter a presença da religião pagã na mente do povo, a casa real necessitava de um grande número de falsos profetas. O texto sagrado por diversas vezes destaca esse fato (1 Rs 18.19). E Elias pôs isso em evidência na presença do povo (1 Rs 18.22). Não havia verdade, autenticidade e tampouco qualidade no falso culto, mas apenas quantidade.

III. CONFRONTANDO A FALSA ADORAÇÃO

1. Em que ela imita a verdadeira.

O relato do capítulo 18 de 1 Reis revela que a adoração a Baal possuía rituais que tinham certa semelhança com o ritual hebreu. Usavam altar, havia música, danças e também havia sacrifícios. Elias, porém, sabia que aquela religião falsa, apesar de suas crenças e rituais, jamais conseguiria produzir fogo (1 Rs 18.24). O teste seria, portanto, a produção de fogo!
Observamos que os profetas de Baal ficaram grande parte do dia tentando produzir fogo e não conseguiram (1 Rs 18.26-29). Uma das marcas do culto falso é exatamente a tentativa de copiar, ou reproduzir, o verdadeiro. Encontramos ainda hoje dezenas de religiões e seitas tentando produzir fogo santo e não logram qualquer êxito. Somente o verdadeiro culto a Deus faz descer fogo do céu (1 Rs 18.38)!

2. No que ela se diferencia da verdadeira.

A adoração verdadeira se diferencia da falsa em vários aspectos. O relato do capítulo 18 de 1 Reis destaca alguns que consideramos essenciais. Em primeiro lugar, a adoração verdadeira firma-se na revelação de Deus na história (1 Rs 18.36). Abraão, Isaque e Jacó, foram pessoas reais assim como foram reais as ações de Deus em suas vidas. Em segundo lugar, verdadeira adoração distingue-se também pela participação do adorador no culto. Elias disse: “E que eu sou teu servo” (1 Rs 18.36). A Bíblia diz que Deus procura adoradores (Jo 4.24). Israel havia sido uma nação escolhida pelo Senhor (Êx 19.5). Elias invocou, como servo pertencente a esse povo, os direitos da aliança. Em terceiro lugar, ela diferencia-se pela Palavra de Deus, que é o instrumento usado para concretizar os planos e propósitos de Deus (1 Rs 18.36).

IV. CONFRONTANDO O SINCRETISMO RELIGIOSO ESTATAL

1. O perigo do sincretismo religioso.

O dicionário da língua portuguesa de Aurélio define o vocábulo sincretismo como “a fusão de elementos culturais diferentes, ou até antagônicos, em um só elemento, continuando perceptíveis alguns sinais originais”. Essa definição ajusta-se bem ao culto judeu no reino do Norte durante o governo de Acabe. A adoração verdadeira havia se misturado com a falsa e o resultado não podia ser mais desastroso. Esse problema da “mistura” do culto hebreu com outras crenças foi uma ameaça bem presente ao longo da história de Israel (Êx 12.38; Ne 13.3). O sincretismo religioso foi uma ameaça, ainda o é e sempre o será. A fé bíblica não pode se misturar com outras crenças!

2. A resposta divina ao sincretismo.

O texto sagrado diz que logo após o Senhor ter respondido com fogo a oração de Elias (1 Rs 18.38), o profeta de Tisbe deu instrução ao povo: “Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou” (1 Rs 18.40). Parece uma decisão muito radical, mas não foi. O remédio para extirpar o mal precisava ser tomado. A decisão de Elias não foi tomada por sua própria conta, mas seguia a orientação divina dada pelo Senhor a Moisés. A lei deuteronômica dizia que era necessário destruir todos aqueles que arrastassem o povo de Deus para a idolatria (Dt 13.12-18; 20.12-13).


CONCLUSÃO
O desafio do profeta Elias contra os profetas de Baal foi muito além de uma simples luta do bem contra o mal. Ele serviu para demonstrar quem de fato era o Deus verdadeiro e, portanto, merecedor de toda adoração. Foi decisivo para fazer retroceder o coração do povo até então dividido. Mostrou que o pecado deve ser tratado como pecado e que a decisão de extirpá-lo deve ser tomada com firmeza.
A luta contra a falsa adoração continua ainda hoje por parte dos que desejam ser fiéis a Deus. Não há como negar que ao nosso redor ecoam ainda os dons advindos de vários cultos falsos, alguns deles travestidos da piedade cristã. Assim como Elias, uma igreja triunfante deve levantar a sua voz a fim de que a verdadeira adoração prevaleça.


sábado, 19 de janeiro de 2013

Responsabilidades Básica do Professor Cristão


 
Escrito por Pb Francikley Vito 
 
 

Responsabilidades Básicas do Professorado Cristão (II)

 
 

O professor cristão é, em sentido lato, um profeta, um propagador ou lembrador das verdades de Deus; e, por assim ser, ele tem uma tripla responsabilidade: Uma responsabilidade em relação a Deus, a quem devemos de prestar contas (Hb 4.13; IPe 4.5); responsabilidade em relação a si mesmo e, por fim, mas não menos importante, uma responsabilidade em relação aos seus alunos, que é o objeto último do seu ensino.

Aquilo que chamamos em outra oportunidade de “sua responsabilidade em relação ao seu semelhante” que é, como diz as Escrituras, imagem de Deus (Gn 1.26). O ambiente da sala de aula é um lugar de relações humanas e, no caso cristão, um lugar de maturação, de crescimento. Esse é o ambiente de “trabalho” do professor. Trabalho esse que é exercido com oração, amor e dedicação ao chamado que Deus, em sua graça, entregou a cada um que exerce o magistério cristão. Uma vez que “a relação entre professor e aluno ganha contornos de relevância como parte integrante” no processo de ensino e aprendizagem, cabe então pensar quais são as responsabilidades do professor cristão em relação ao seu aluno em sentido global.
 
Deve conhecer o conteúdo base do seu ensino
A Bíblia é a Palavra revelada de Deus e, por isso, a base de todo o ensino cristão. De outro modo poderíamos dizer que todo o ensino cristão que não tem a Bíblia como sua bússola a indicar a direção a ser seguida, não é digno de ser chamado por esse nome; nada mais é do que fábulas e retóricas persuasivas para conduzir ao engano, como bem disse o apóstolo (Tt 1.14). Quando o professor cristão se volta para as Escrituras, faz com que o seu aluno seja santificado pela verdade e tenha uma “firme consolação” (Hb 6.18, Jo 17.17). A não centralidade da Palavra no ensino cristão certamente acarretará, entre outras coisas, em nanismo espiritual, ou seja, “pequenez anormal do tamanho com relação à média dos indivíduos da mesma idade”, em nosso caso, espiritual; isso acontece “porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). Assim cabe ao professor encharcar o seu aluno da “boa Palavra de Deus”(Hb 6.5). Isso, porém, só será possível se o professor for conhecedor e estudante das Escrituras. Como disse Paulo a Timóteo, seu filho na fé, o professor deve ter cuidado de si “mesmo e da doutrina [...] porque, fazendo isto” ele salvara tanto a ele mesmo como aqueles que o ouve (ITm 4.16). No antigo Testamento temos a exortação que o próprio Deus faz ao líder Josué:
 
Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares. Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. (Josué 1.7-8)
Tais palavras devem servir ao educador que professa e ensina a fé baseada na revelação de Deus como uma espécie de exortação confortante. O pastor e teólogo cristão John Stott entendeu bem a importância da Palavra para o povo de Deus. Disse ele:
 
A Igreja depende da Bíblia em muitos aspectos [...] o Criador sempre sustenta aquilo que ele cria; e, desde que deu vida a Igreja, ele mantém sua existência. E mais, tendo-a criado através da sua Palavra, ele a sustenta e nutre pela sua Palavra. Sem ela as Igrejas não podem florescer. As igrejas precisam ouvir a Palavra de Deus constantemente [...] A comunidade cristã cresce rumo à maturidade em Jesus Cristo apenas quando ouve e recebe a Palavra de Deus, crê nela, a absorve e lhe obedece. (Stott, 1993, pp. 70, 72-73)
Compreender a centralidade da Bíblia para o ensino cristão é de suma importância para aqueles que querem exercer o seu ministério para com a Igreja de Deus. Isso não significa, contudo, que o professor deve desprezar qualquer outra ferramenta na prática educativa; pelo contrário, o educador cristão deve ser sensível àqueles instrumentos metodológico que proporcione aos alunos “uma situação que os induza a um esforço intencional, a uma atividade visando a certos resultados queridos e compreendidos” (Nérici, 1992, p. 168); no contexto cristão, esse resultado pretendido e que o educando (o aluno) cresça “em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4.15). O conteúdo base do ensino cristão é a Bíblia, voz de Deus aos homens de todos os lugares e em todo o tempo.
 
Deve conhecer métodos de ensino
Compreender e conhecer as Escrituras são exigências sem a qual não há um verdadeiro ensino cristão; contudo, tão importante quanto conhecer a Palavra de Deus é conhecer métodos que sirvam de ferramentas para o claro e objetivo ensino dos oráculos de Deus. O resultado desse conhecimento é que, quando dominamos os métodos de ensino, esses métodos trazem uma boa impressão à mente e ao coração do aluno, para levá-lo a expressar-se educativamente, e, consequentemente, ao amadurecimento cristão. Para o teólogo cristão Antônio Gilberto, “método é um caminho na ministração do ensino pelo professor, para este atingir um determinado alvo na aprendizagem do aluno. Portanto, o método não é um fim em si mesmo. O professor deve conhecer a fundo não só aquilo que vai ensinar, mas também como ensiná-lo. É aqui que os métodos e os acessórios de ensino são de grande utilidade” (Gilberto, 2011). De modo simples, poderíamos dizer que: ensinar requer domínio do assunto ao qual se ensina e de técnicas para expor aquele conteúdo. Para isso é preciso que o professor cristão tenha um conhecimento, ainda que mínimo, de Didática, que é a área teórica que “investiga os fundamentos, condições e modos de realização da instrução e do ensino.” (Lebâneo, 1992). No nosso caso, de ensino religioso. Temos, então, que o professor precisa conhecer os instrumentos didáticos para corroborar o seu ensino da Palavra revelada de Deus; tal conhecimento nos é fornecido pela pesquisa e leitura de materiais de apoio para o aperfeiçoamento do ato docente.
 
Há aqui uma questão fundamental:
Como motivar professores que, durante anos e anos vêm avalizando um modelo retrógrado e decadente de ensino na Escola Dominical, onde impera o famoso "faz-de-conta": Ele faz-de-conta que ensina e o aluno que aprende; a igreja faz-de-conta que tudo está bem, quando, de fato, nada, está bem. Se um professor está há anos envolvido neste "faz-de-conta" terrível, vai precisar de muita paciência e atenção por parte dos líderes e do pastor para ter resgatado seu potencial de educador [...] Washington Roberto Nascimento identificou o profeta com o jequitibá, árvore forte e milenar; quanto ao sacerdote, comparou-o ao eucalipto, planta frágil e fugaz. Disse que um eucalipto nunca se transformará em jequitibá, a menos que dentro dele haja um jequitibá adormecido. O mesmo podemos dizer do professor acomodado a um sistema retrógrado: se houver nele um educador adormecido, poderá se transformar num professor dinâmico e criativo. (Dornas, 2002, p. 41)
A transformação do professor de um eucalipto em um jequitibá, portanto, se dará quando dois requisitos fundamentais forem alcançados, a saber: 1) quando houver uma pré-disposição docente para o aperfeiçoamento no ministério do ensino da Palavra, para o crescimento e aperfeiçoamento dos santos e 2) quando houver condições intrínsecas, uma chamada especial de Deus, para que aquele indivíduo desempenhe o ministério de mestre, de ensinador (Ef 4.11; ICo 12.29). Aqueles que foram dados à Igreja como mestres, devem desenvolver em si um “senso de dever” que os levem “a orientar a aprendizagem de outrem para que alcance objetivos que sejam úteis à sua pessoa [à Igreja] ou à sociedade ou mesmo ambos” (Nérici, 1992).
 
Deve conhecer o seu tempo
Umas das ilustrações mais usadas para representar o educador, e principalmente o educador cristão, é um guia (Rm 2.19). Como guia, o professor é alguém que oriente, que conduz outros mostrando a eles o caminho a ser seguido, um modelo; mas para ser um condutor o professor precisa, como a própria ilustração deixa transparecer, conhecer a realidade do caminho, o que os teóricos tem chamado de “contextualização do ensino”, ou seja, levar o aluno a refletir e encontrar a sua realidade para nela agir de maneira consciente, eficiente e responsável. A necessidade de conhecer a realidade em que está inserido é fundamental no homem, principalmente naquele que tem como chamado ensinar a outros. Não havendo essa consciência de realidade o homem andará como que em um quarto escuro sem saber para onde ir; isso para o professor cristão seria uma verdadeira catástrofe, pois ele “precisa ter percepção clara e bem definida do propósito do seu ensino. Só assim poderá ter êxito em seu trabalho.” (Pearlman, 1995). Cada época traz consigo suas peculiaridades, por isso é tão importante uma leitura consciente da realidade cultural da qual fazemos parte. Como bem disse Veith, Jr.
 
Para aproveitar as oportunidades e evitar armadilhas, os cristãos devem empreender um processo contínuo de ‘conhecer o tempo’ (Rm 13.11). A Igreja sempre teve de confrontar sua cultura e existir em tensão com o mundo. Ignorar a cultura é arriscar-se à irrelevância; aceitar a cultura sem críticas é arriscar-se ao sincretismo e à infidelidade. (1999, p. 6)
Quando se propõe a olhar cuidadosamente o seu tempo, o professor tem a oportunidade de fazer do seu aluno um cristão consciente das dificuldades que sua fé enfrenta e enfrentarão diante das idéias, crenças e filosofias contemporâneas (do nosso tempo); fugindo, assim, da tentação de praticar um ensino “para as nuvens” que não atenda às necessidades do educando. A educação cristã “deve levar o indivíduo a atuar na realidade porque é dela e nela que ele vive” (Nérici, 1992). Esse encontro com a realidade deve instar o educador cristão a cumprir o seu ministério, isto é, pregar a Palavra, repreender, exortar e falar das verdades eternas em todo o tempo; “porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”(II Tm 4.3-4). O esforço do professor para examinar a sua realidade será, sem dúvida, de grande ajuda para o seu aluno e para ele próprio como um agente de Deus para transformação e amadurecimento cristão.
O educador cristão precisa ter como exemplo maior em sua prática educativa o Senhor Jesus que é o mestre por excelência; Ele não apenas ensinava com palavras, mas com ações e exemplos (IPe 2.21). O professor cristão tem que fazer do seu trabalho docente uma necessidade e uma missão (Jo 4.34); pois só assim conseguirá dar “frutos bons”. John Dewey (1859-1952), filósofo, psicólogo e educador, em seu livro “Como Pensamos” (1910 traduzido para o português em 1959), faz uma comparação entre ensinar e vender. Diz ele: “Ridicularizaríamos um negociante que dissesse ter vendido grande quantidade de mercadorias, embora ninguém houvesse comprado coisa alguma. Entretanto, há professores que pensam ter realizado um bom dia de trabalho educacional sem levar em conta o que seus alunos aprenderam”. O professor, principalmente o cristão, não deve se conformar em passar conteúdos aos seus alunos; antes, assim como seu mestre Jesus, deve ele esforçar-se em oração e aconselhamento para que seus alunos coloquem em prática aquilo que aprenderam, melhorando assim a suas vidas em relação a Deus, à família, à Igreja e à sociedade.
 
Referencias Bibliográficas
A BÍBLIA ONLINE <http://www.bibliaonline.com.br> Acesso em novembro de 2011.
DORNAS, Lécio. Socorro! Sou Professor da Escola Dominical. São Paulo: Hagnos, 2002.
GILBERTO, Antônio. Métodos e Acessórios de Ensino. Disponível em < http://www.cpad.com.br/escoladominical/posts.php?s=50&i=655> Acesso em agosto de 2011.
LIBÂNEO, José C. Didática. São Paulo: Cortez, 1992.
NÉRICI, Imídio G. Didática Geral Dinâmica. São Paulo: Atlas, 1992.
PEARLMAN, Myer. Ensinando com Êxito na Escola Dominical. São Paulo: Vida, 1995.
VEITH, Jr. Gene Edward. Tempos Pós-Modernos. São Paulo: Cultura Cristã, 1999.
STOTT, John R. W. A Bíblia: O Livro para Hoje. São Paulo: ABU, 1993.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Lição 3 CPAD - 1° Trimestre 2013

 

Lição 3: A longa seca sobre Israel
Data: 20 de Janeiro de 2013
TEXTO ÁUREO: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14).

VERDADE PRÁTICA : A longa seca sobre Israel teve como objetivos disciplinar e demonstrar a soberania divina sobre os homens.



INTRODUÇÃO

A longa seca predita pelo profeta Elias e que teve seu fiel cumprimento nos dias do rei Acabe (1 Rs 17.1,2; 18.1,2) é citada em o Novo Testamento pelo apóstolo Tiago: “Elias [...] orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra” (Tg 5.17). A seca é um fenômeno climático e como tal é imprevisível. Todavia, no contexto do reinado de Acabe ela ocorreu não somente como algo previsível, mas também anunciado. Não era um fenômeno simplesmente meteorológico, mas profético. Aqui veremos como se deu esse fato e como ele revela a soberania de Deus não somente sobre a história, mas também sobre os fenômenos naturais.


I. O PORQUÊ DA SECA

1. Disciplinar a nação.

O culto a Baal financiado pelo estado nortista afastou o povo da adoração verdadeira. O profeta Elias estava consciente disso e quando confrontou os profetas de Baal, logo percebeu que o povo não mantinha mais fidelidade ao Deus de Israel: “Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o” (1 Rs 18.21). De fato a palavra hebraica as’iph, traduzida como pensamentos, mantém o sentido de ambivalência ou opinião dividida. A idolatria havia dividido o coração do povo. Para corrigir um coração dividido somente um remédio amargo surtiria efeito (1 Rs 18.37).


2. Revelar a divindade verdadeira.

Quando Jezabel veio para Israel não veio sozinha. Ela trouxe consigo a sua religião e uma vontade obstinada de fazer de seus deuses o principal objeto de adoração entre os hebreus. De fato observamos que o culto ao Senhor foi substituído pela adoração a Baal e Aserá, principais divindades dos sidônios (1 Rs 16.30-33). A consequência desse ato foi uma total decadência moral e espiritual. Baal era o deus do trovão, do raio e da fertilidade, e supostamente possuía poder sobre os fenômenos naturais. A longa seca sobre o reino do Norte criou as condições necessárias para que Elias desafiasse os profetas de Baal e provasse que tal divindade não passava de um deus falso (1 Rs 17.1,2; 18.1,2, 21,39).
Deus não precisa provar nada para ser Deus, mas os homens costumam responder favoravelmente quando suas razões são convencidas pelas evidências.


II. OS EFEITOS DA SECA

1. Escassez e fome.

A Escritura afirma que “a fome era extrema em Samaria” (1 Rs 18.2). A seca já havia provado que Baal era um deus impotente frente aos fenômenos naturais e a fome demonstrou à nação que somente o Senhor é a fonte de toda provisão. Sem Ele não haveria chuva e consequentemente não haveria alimentos. O texto de 1 Reis 18.5 revela que até mesmo os cavalos da montaria real estavam sendo abatidos. O desespero era geral. A propósito, o texto hebraico de 1 Reis 18.2 diz que a estiagem foi violenta e severa. A verdade é que o pecado sempre traz consequências amargas!


2. Endurecimento ou arrependimento.

É interessante observarmos que o julgamento de Deus produziu efeitos diferentes sobre à casa real e o povo. Percebemos que à semelhança de Faraó (Êx 9.7), o rei Acabe e sua esposa, Jezabel, não responderam favoravelmente ao juízo divino. Acabe, por exemplo, durante a estiagem confrontou-se com o profeta Elias e o acusou de ser o perturbador de Israel (1 Rs 18.17). Quem resiste à ação divina acaba por ficar endurecido!
Por outro lado, o povo que não havia dado nenhuma resposta ao profeta Elias quando questionado (1 Rs 18.21), respondeu favoravelmente ante a ação soberana do Senhor: “O que vendo todo o povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!” (1 Rs 18.39). O Novo Testamento alerta: “[...] se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração” (Hb 3.7,8).


III. A PROVISÃO DIVINA NA SECA

1. Provisão pessoal.

Há sempre uma provisão de Deus para aquele que o serve em tempos de crise. Embora houvesse uma escassez generalizada em Israel, Deus cuidou de Elias de uma forma especial que nada veio lhe faltar (1 Rs 17.1-7). A forma como o Senhor conduz o seu servo é de grande relevância. Primeiramente, Ele o afasta do local onde o julgamento seria executado: “Vai-te daqui” (1 Rs 17.3). Deus julga e não quer que o seu servo experimente as consequências amargas desse juízo! Em segundo lugar, o Senhor o orienta a se esconder: “Esconde-te junto ao ribeiro de Querite” (1 Rs 17.3). Deus não estava fazendo espetáculo; era uma ocasião de juízo. Em terceiro lugar, Elias deveria ser suprido com aquilo que o Senhor providenciasse: “Os corvos lhe traziam pão e carne” (1 Rs 17.6). Não era uma iguaria, mas era uma provisão divina!


2. Provisão coletiva.

Ficamos sabendo pelo relato bíblico que além de Elias, o profeta de Tisbe, o Senhor também trouxe a sua provisão para um grande número de pessoas. Primeiramente encontramos o Senhor agindo através de Obadias, mordomo do rei Acabe provendo livramento e suprimento para os seus servos: “Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água” (1 Rs 18.4). Em segundo lugar, o próprio Senhor falou a Elias que Ele ainda contava com sete mil pessoas que não haviam dobrado os seus joelhos diante de Baal: “Eu fiz ficar em Israel sete mil” (1 Rs 19.18). Deus cuida de seus servos e sempre lhes prove o pão diário.


IV. AS LIÇÕES DEIXADAS PELA SECA

1. A majestade divina.

Há alguns fatos que devemos atentar sobre a ação do Deus de Elias, conforme registrado nos versículos do capítulo 17 do primeiro livro dos Reis. Antes de mais nada, a sua onipotência. Ele demonstra controle sobre os fenômenos naturais (1 Rs 17.1). Em segundo lugar, Deus mostra a sua onipresença durante esses fatos. Elias, ao se referir ao Senhor, reconheceu-o como um Deus sempre presente: “Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” (1 Rs 17.1). Em terceiro lugar, Ele é onisciente, pois sabe todas as coisas, quer passadas, quer presentes, ou futuras. O profeta disse que não haveria nem orvalho nem chuva, e não houve mesmo! (1 Rs 17.1).


2. O pecado tem o seu custo.

Quando o profeta Elias encontra-se com Acabe durante o período da seca, Elias responde ao monarca e o censura por seus pecados: “Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins” (1 Rs 18.18). Em outras palavras, Elias afirmava que tudo o que estava acontecendo em Israel era resultado do pecado. O pecado pode ser atraente e até mesmo desejável, mas tem um custo muito alto. Não vale a pena!

CONCLUSÃO
 A longa seca sobre o reino do Norte agiu como um instrumento de juízo e disciplina. Embora o coração do rei não tenha dado uma resposta favorável ao chamamento divino, os propósitos do Senhor foram alcançados. O povo voltou para Deus e o perigo de uma apostasia total foi afastado.
A fome revelou como é vão adorar os deuses falsos e ao mesmo tempo demonstrou que o Senhor é um Deus soberano! Ele age como quer e quando quer. Fica, pois a lição que até mesmo em uma escassez violenta a graça de Deus revela-se de forma maravilhosa.


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Lição 2 CPAD - 1° Trimestre 2013

 
Lição 2: Elias, o tisbita

TEXTO ÁUREO: “E ele lhes disse: Qual era o trajo do homem que vos veio ao encontro e vos falou estas palavras? E eles lhe disseram: Era um homem vestido de pelos e com os lombos cingidos de um cinto de couro. Então, disse ele: É Elias, o tisbita” (2 Rs 1.7,8).

VERDADE PRÁTICA: A vida de Elias é uma história de fé e coragem. Ela revela como Deus soberanamente escolhe pessoas simples para torná-las gigantes espirituais.

 
 





LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

1 Reis 17.1-7.
1 - Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o SENHOR, Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra.
2 - Depois, veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo:
3 - Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão.
4 - E há de ser que beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem.
5 - Foi, pois, e fez conforme a palavra do SENHOR, porque foi e habitou junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão,
6 - E os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã, como também pão e carne à noite; e bebia do ribeiro.
7 - E sucedeu que, passados dias, o ribeiro se secou, porque não tinha havido chuva na terra.


INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos mais detalhadamente os fatos relacionados à vida e à obra de um dos maiores personagens da história sagrada. Elias aparece nas páginas da Bíblia como se viesse do nada. De fato a Escritura silencia sobre a identidade de seus pais e também de sua parentela; diz apenas que ele era tisbita, dos moradores de Gileade! Parece muito pouco para um homem que irá ocupar um grande espaço na história bíblica posterior.
Todavia é esse homem enigmático que protagoniza os fatos mais impactantes na história do profetismo de Israel. Isso acontece quando denuncia os desmandos do governo dos seus dias e desafia os falsos profetas que infestavam o antigo Israel. Elias é um modelo de autenticidade e autoridade espiritual a quem devemos imitar.


I. A IDENTIDADE DE ELIAS

1. Sua terra e sua gente.


O relato sobre a vida do profeta Elias inicia-se com uma declaração sobre a sua terra e seu povo: “Então, Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade” (1 Rs 17.1). Estas palavras põem no cenário bíblico uma das maiores figuras do movimento profético. Elias era de Tisbe, um lugarejo situado na região de Gileade e a leste do rio Jordão. Esse lugar não aparece em outras passagens bíblicas, mas é citado somente no contexto do profeta Elias (1 Rs 21.17; 2 Rs 1.3,8; 9.36). Elias se tornou muito maior do que o meio no qual vivia. Na verdade, não foi Tisbe que deu nome a Elias, mas foi Elias que colocou Tisbe no mapa!
Davi, Pedro, Paulo, também construíram uma história cheia de sentido e significância. Todos nós deveríamos imitá-los e viver de tal modo que a nossa história se tornasse um testemunho para a posteridade.

2. Sua fé e seu Deus.

O nome do profeta Elias já revela algo de sua identidade, pois significa Javé é o meu Deus ou aindaJavé é Deus. Elias era um israelita e como tal professava sua fé no Deus verdadeiro que através da história havia se revelado ao seu povo. Com o desenrolar dos fatos, vemos o profeta afirmando essa verdade. Por exemplo, quando desafiava os profetas de Baal, Elias orou: “Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo” (1 Rs 18.36). Deus era o Senhor dos patriarcas; da nação de Israel e Elias era um servo dEle! Deus era o Senhor de Abraão, um dos maiores personagens da história bíblica, mas Elias estava consciente de que Ele também era o seu Deus!
Assim como Elias, o crente deve saber de forma precisa quem é seu Deus para que dessa forma possa ter uma fé viva e não vacilante.


II. O MINISTÉRIO PROFÉTICO DE ELIAS

1. Sua vocação e chamada.

A vocação e chamada de Elias foram divinas da mesma forma como foram as vocações e chamadas dos demais profetas canônicos. Esse fato é logo percebido quando vemos o profeta Elias colocar Deus como a fonte por trás de suas enunciações proféticas: “Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” (1 Rs 17.1). Em outra passagem bíblica, Elias diz que suas ações obedeciam diretamente a uma determinação divina (1 Rs 18.36). Somente um profeta chamado diretamente pelo Senhor poderia falar dessa forma.
De uma forma geral, todo cristão foi chamado para a salvação, porém, alguns foram chamados para tarefas especiais. É a nossa vocação e chamada quem nos habilita para a obra do Senhor.

2. A natureza do seu ministério.

A natureza divina e, portanto, sobrenatural do ministério do profeta Elias é atestada pela inspiração e autoridade que o acompanhavam. A história do profeta Elias é uma história de milagres. É uma história de intervenções divinas no reino do Norte. Encontramos por toda parte nos livros de Reis as marcas da inspiração profética no ministério de Elias. Isso é facilmente confirmado pelo escritor bíblico quando se refere à morte de Jezabel (2 Rs 9.35,36). Assim como Elias predisse, aconteceu! Elias possuía inspiração e autoridade espiritual.
De nada adianta possuir um ministério marcado pela popularidade e fama se ele é carente de autoridade e poder divino.


III. ELIAS E A MONARQUIA

1. Buscando a justiça.


Na história do profetismo bíblico observamos a ação dos profetas exortando, denunciando e repreendendo aos reis (1 Rs 18.18). O livro de 1 Reis mostra que o profeta Elias foi o primeiro a atuar dessa forma. Na verdade, as ações dos profetas revelam uma luta incansável não somente em busca do bem-estar espiritual, mas também social do povo de Deus. Quando um monarca como o rei Acabe se afastava de Deus, as consequências poderiam logo ser percebidas na opressão do povo. A morte de Nabote, por exemplo, revela esse fato de uma forma muito clara (1 Rs 21.1-16). Acabe foi confrontado e denunciado por Elias pela forma injusta como agiu!

2. A restauração do culto.

Como vimos, os monarcas bíblicos serviam tanto de guias políticos como espirituais do povo. Quando um rei não fazia o que era reto diante do Senhor, logo suas ações refletiam nos seus súditos (1 Rs 16.30). A religião, portanto, era uma grande caixa de ressonância das ações dos reis hebreus. Nos dias do profeta Elias as ações de Acabe e sua mulher Jezabel sofreram oposição ferrenha do profeta porque elas estavam pulverizando o verdadeiro culto (1 Rs 19.10). Em um diálogo que teve com Deus, Elias afirma que a casa real havia derrubado o altar de adoração ao Deus verdadeiro e em seu lugar levantado outros altares para adoração aos deuses pagãos. Como profeta de Deus coube a Elias a missão de restaurar o altar do Senhor que estava em ruínas (1 Rs 18.30).


IV. ELIAS E A LITERATURA BÍBLICA

1. No Antigo Testamento.

Até aqui vimos que os dois livros de Reis e uma porção do livro das Crônicas trazem uma ampla cobertura do ministério profético de Elias. O Antigo Testamento mostra que com Elias tem início a tradição profética dentro do contexto da monarquia. Foi Elias quem abriu caminho para outros profetas que vieram depois. Mas Elias não possuía apenas um ministério de cunho profético e social, seu ministério também era escatológico. Malaquias predisse o aparecimento de um profeta como Elias antes “do grande e terrível dia do Senhor” (Ml 4.5).

2. No Novo Testamento.

Em o Novo Testamento encontramos vários textos associados à pessoa e ao ministério do profeta Elias. Jesus identifica João, o batista, como aquele que viria no espírito e poder de Elias (Lc 1.17; Mt 17.10-13). No monte da transfiguração, o evangelista afirma que Elias e Moisés falavam com o Salvador acerca da sua “partida” (Mt 17.3; Lc 9.30,31). Quando o Senhor censurou a falta de fé em Israel, ele trouxe como exemplo a visita que Elias fizera à viúva de Sarepta (Lc 4.24-26). No judaísmo dos tempos de Jesus, Elias era uma figura bem popular devido aos feitos miraculosos, o que levou alguns judeus acharem que Jesus seria o Elias redivivo (Mt 16.14; Mc 6.15; 8.28).


CONCLUSÃO

Os comentaristas bíblicos observam que os capítulos 17-22 do livro de 1 Reis, que cobrem o período do reinado de Acabe, mostram que o declínio religioso termina com arrependimento ou julgamento divino. De fato, observamos que a mensagem profética de Elias visava primeiramente a produção de arrependimento e não a manifestação da ira divina. Isso é visto claramente quando Acabe se arrepende e o Senhor adia o julgamento que havia sido profetizado para os seus dias (1 Rs 21.27-29). Fica, pois, a lição para nós revelada na história do profeta Elias: a graça de Deus é maior do que o pecado e suas consequências. Fomos alcançados por essa graça!