sexta-feira, 29 de março de 2013

Jesus é a Nossa Páscoa!

 
 
Jesus é a Nossa Páscoa!
Aleluia! Ele ressuscitou!
"Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós"
I Co 5.7b

Agradecimentos



Prezados amados em Cristo,
A Paz do Senhor,
Em primeiro lugar agradeço ao nosso Senhor, pois tudo o que faço aqui é dedicado a ELE.
Agradeço a todos os professores e alunos que fizeram parte da nossa Escola Dominical neste primeiro trimestre de 2013.
Você que ainda não é aluno, estamos orando por você, venha fazer parte da EBD.
É na Escola Bíblica Dominical que começamos a caminhar na palavra de DEUS.


terça-feira, 26 de março de 2013

Lição 13 CPAD - 1° Trimestre 2013


Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos
 Lição 13: A morte e Eliseu
 
 


TEXTO ÁUREO: E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés” (2 Rs 13.21).

VERDADE PRÁTICA: O último milagre relacionado à vida de Eliseu demonstra o poder e o exemplo de um homem que ama e teme a Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2 Reis 13.14-21.

 14 - E Eliseu estava doente da sua doença de que morreu; e Jeoás, rei de Israel, desceu a ele, e chorou sobre o seu rosto, e disse: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!

15 - E Eliseu lhe disse: Toma um arco e flechas. E tomou um arco e flechas.

16 - Então, disse ao rei de Israel: Põe a tua mão sobre o arco. E pôs sobre ele a sua mão; e Eliseu pôs as suas mãos sobre as mãos do rei.

17 - E disse: Abre a janela para o oriente. E abriu-a. Então, disse Eliseu: Atira. E atirou; e disse: A flecha do livramento do SENHOR é a flecha do livramento contra os siros; porque ferirás os siros em Afeca, até os consumir.

18 - E disse mais: Toma as flechas. E tomou-as. Então, disse ao rei de Israel: Fere a terra. E feriu-a três vezes e cessou.

19 - Então, o homem de Deus se indignou muito contra ele e disse: Cinco ou seis vezes a deverias ter ferido; então, feririas os siros até os consumir; porém agora só três vezes ferirás os siros.

20 - Depois, morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, as tropas dos moabitas invadiam a terra, à entrada do ano.

21 - E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés.


INTERAÇÃO

Nesta última lição do trimestre estudaremos os derradeiros dias do profeta Eliseu. Ele foi um homem fiel ao Senhor até o fim dos seus dias. Todavia, como homem ele era mortal. Não temos como escapar, um dia enfrentaremos a morte. Porém, ela não nos assusta. Eliseu começou bem seu ministério profético e o encerrou também com excelência. Ele viveu todos os seus dias como servo do Senhor e com certeza pode declarar como o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia [...]” (2 Tm 4.7). Que quando chegar o nosso dia, possamos também declarar estas mesmas palavras.

 

OBJETIVOS

 Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

Conscientizar-se sobre a brevidade da vida e a eternidade de Deus.

Compreender a natureza da profecia final de Eliseu.

Explicar o propósito do último milagre de Eliseu.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor para a aula de hoje sugerimos que você reproduza o quadro abaixo conforme as suas possibilidades. Utilize-o para concluir a lição, fazendo um resumo geral da vida de um dos maiores profetas do Antigo Testamento, Eliseu. Conclua enfatizando que o último milagre relacionado à vida de Eliseu demonstra o poder e o exemplo de um homem que ama e teme a Deus.

 

ELISEU / Pontos fortes e êxitos

    •    Foi sucessor de Elias como profeta de Deus.

   •    Teve um ministério que durou mais de 50 anos.

   •    Teve um grande impacto sobre quatro nações: Israel, Judá, Moabe e Síria.

   •    Foi um homem íntegro que não tentou enriquecer-se à custa dos outros.

   •    Fez muitos milagres para ajudar aqueles que estavam sofrendo necessidades.

 

Lições de vida

    •    Aos olhos de Deus uma medida de grandeza é a disposição para servir aos pobres como também aos poderosos.

   •    Um substituto eficaz não só aprende com o seu mestre; também constrói sobre as realizações de seu mestre.

 

COMENTÁRIO

 INTRODUÇÃO 

Nesta lição, acompanharemos os últimos passos do profeta Eliseu. Constataremos que Eliseu foi, de fato, um gigante espiritual. Mas, como todos os homens, estava sujeito às limitações comuns a todos os mortais — nasceu, cresceu, envelheceu e morreu. Fica, portanto, em destaque o fato de que os homens fazem história, mas Deus é o Senhor da história.

 
I. A DOENÇA TERMINAL DE ELISEU

1. A velhice de Eliseu.

Um bom tempo já se havia passado desde a última aparição do profeta de Abel-meolá no registro bíblico (2 Rs 9.1). De fato, entre os capítulos 9 e 13 de 2 Reis, há um intervalo de aproximadamente quarenta anos. Os estudiosos acreditam que, por essa época, Eliseu deveria estar com a idade aproximada de oitenta anos.

Eliseu fora chamado ainda jovem para o ministério profético, mas agora estava velho e doente. Às vezes, idealizamos de tal forma os homens de Deus, que acabamos nos esquecendo de que eles também são humanos. Envelhecem, adoecem e também morrem. O texto bíblico deixa bem patente o lado humano do profeta. Fora um grande homem de Deus e ainda o era, mas ainda assim era um homem.

2. O sofrimento de Eliseu.

O mesmo texto que trata da doença e velhice de Eliseu fala também do seu sofrimento (2 Rs 13.14,20). Eliseu estava doente, e isso sem dúvida causava-lhe algum sofrimento. Eliseu envelheceu e padeceu.

Mas o foco aqui não é o sofrimento em si, mas como Deus trata o profeta nesse momento de sua vida e como ele responde a isso. Mesmo alquebrado pela idade, Eliseu continuava com o mesmo vigor espiritual de antes. Possuía ainda a mesma visão da obra de Deus. Em nada a doença, ou quaisquer outras coisas, impediu-o de continuar sendo a voz profética do Deus de Israel.

 
II. A PROFECIA FINAL DE ELISEU

1. A ação de Deus na profecia.

Hoje está na moda o jargão: “Eu profetizo sobre a tua vida”. Embora muito bonito e vestido de roupagens espirituais, tal jargão não passa de orgulho e afetação humana. Isso por uma razão bem simples: nenhuma profecia, que se ajuste ao modelo bíblico, tem seu ponto de partida no querer humano, mas na vontade soberana de Deus (2 Pe 1.20,21).

Eliseu, por exemplo, refletindo os desígnios divinos, dizia ao profetizar: “Assim diz o Senhor” (2 Rs 2.21; 3.16). A expressão “flecha do livramento do SENHOR” (2 Rs 13.17) possui sentido semelhante. A profecia tem sua origem em Deus e não no homem. Eliseu não profetizou para depois se inspirar, mas foi primeiramente inspirado para depois profetizar (2 Rs 3.15).

2. A participação humana na profecia.

Vimos que uma profecia genuinamente bíblica tem sua origem em Deus. Todavia, a Escritura mostra também que existe a participação do homem nesse processo. É o que vemos em 2 Reis 13.14-19. A indignação de Eliseu quanto à relutância do rei Jeoás de Israel em continuar a atirar as suas flechas, símbolo do livramento do Senhor contra os sírios, é bastante significativa. Deixa clara a decepção do profeta com a falta de discernimento e perseverança do rei. Faltou fé a Jeoás! Ele pensava certamente tratar-se de uma mera cerimônia na qual ele teria apenas uma participação técnica. A sua vitória seria do tamanho da resposta que ele desse ao profeta. Deveria ter ferido a terra cinco ou seis vezes, mas fez apenas três.

Uma fé tímida obtém uma vitória igualmente tímida. Em o Novo Testamento, o Senhor Jesus irá por em destaque essa verdade (Mt 9.29).

 
III. O ÚLTIMO MILAGRE DE ELISEU

 
1. A eternidade e fidelidade de Deus.

É interessante observarmos que o último milagre de Eliseu deu-se postumamente. Eliseu já estava morto quando ocorre algo que desafia a razão humana (2 Rs 13.20,21). Essa passagem revela pelo menos dois aspectos dos atributos de Deus — Deus é eterno. Ele não morre quando morre um homem de Deus, nem tampouco deixa de cumprir a sua Palavra quando as circunstâncias parecem dizer o contrário.

Ao permitir que o toque nos restos mortais de Eliseu desse vida a um morto, Deus mostrava ao rei Jeoás que a morte de Eliseu não iria impedir aquilo que há algum tempo ele havia prometido a ele. Deus é fiel e zela pela sua Palavra para a cumprir.

2. A honra de Eliseu.

Além da fidelidade e da eternidade de Deus, que ficam bem patentes nesse último milagre de Eliseu, há ainda mais uma lição que o texto deixa em relevo. Aqui é possível perceber que, mesmo morto, o nome de Eliseu continuaria a ser lembrado como um autêntico homem de Deus.

Elias subiu ao céu vivo, Eliseu deu vida mesmo estando morto. Os intérpretes destacam que esse milagre, envolvendo os restos mortais de Eliseu, mostra que o Senhor possui planos diferenciados para cada um de seus filhos. Portanto, não devemos fazer comparações nem questionar os atos divinos (Jo 21.19-23). A Bíblia fala de homens, cujas ações continuam falando mesmo depois de haverem morrido (Hb 11.4).

 
IV. O LEGADO DE ELISEU



1. Legado socio-cultural.

Já estudamos que Eliseu supervisionava as escolas de profetas (2 Rs 6.1). Esse sem dúvida foi um dos seus maiores legados. Todavia, Eliseu fez muito mais; teve uma participação ativa na vida espiritual, moral e social da nação. Enquanto Elias era um profeta do deserto, Eliseu teve uma atuação mais urbana. Eliseu tinha acesso aos reis e comandantes militares, e possuía influência suficiente para deles pedir algum favor (2 Rs 4.13). Como povo de Deus, não podemos viver isolados, mas aproveitar as oportunidades para abençoar os menos favorecidos.

2. Legado espiritual.

Há uma extensa lista de obras e milagres operados através do profeta Eliseu. Sem dúvida, eles demonstram seu grande legado. Podemos enumerar alguns: abertura do Jordão (2 Rs 2.13,14); a purificação da nascente de água (2 Rs 2.19-22); o azeite da viúva (2 Rs 4.1-7); o filho da sunamita (2 Rs 4.8-37); a panela envenenada (2 Rs 4.38-41); a multiplicação dos pães (2 Rs 4.42-44); a cura de Naamã (2 Rs 5.1-19) e o machado que flutuou (2 RS 6.1-7).

 
CONCLUSÃO

Assim termina a vida do profeta Eliseu. Um grande homem de Deus que nunca deixou de ser servo. Começou pondo água nas mãos de Elias (2 Rs 3.11), um gesto claro de sua presteza em servir, e foi exaltado por Deus. Mesmo sem ter escrito uma linha, levanta-se como um dos maiores profetas bíblicos de todos os tempos. Devemos imitá-lo em sua vida de serviço e amor a Deus.

 
EXERCÍCIOS

 1. Faça um breve comentário sobre a velhice de Eliseu.

R. Resposta pessoal.

 
2. Por que Eliseu se indignou contra o rei?

R. Por que o rei não agiu com discernimento e fé.
 

3. De acordo com a lição, qual o propósito do milagre operado postumamente por Eliseu?

R. Demonstrar a fidelidade de Deus e o valor do profeta Eliseu.

 
4. Cite dois dos legados do profeta Eliseu.

R. Cultural e espiritual.

 
5. Cite pelo menos três obras do legado de Eliseu.

R. Abertura do Jordão (2 Rs 2.13,14); a purificação da nascente de água (2 Rs 2.19-22); o azeite da viúva (2 Rs 4.1-7).

 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
 

Subsídio Bibliográfico

 
“Joás visitou Eliseu devido ao grande respeito que tinha pelo profeta, que estava próximo de falecer. Sua saudação: ‘Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros!’, foi a exclamação que o profeta pronunciou na ocasião em que Elias foi levado ao céu (2 Rs 2.12). O fato de Joás utilizar esta expressão é uma indicação de que ele reconhecia a proximidade da morte de Eliseu. A ordem relacionada ao uso do arco e das flechas estava relacionada com a Síria, que era a nação que oprimia Israel. Uma flecha lançada em direção ao oriente simbolizava a vitória em Afeca; as setas lançadas ao solo simbolizavam a vitória de Israel sobre a Síria.

Eliseu se indignou muito contra Joás, por saber que confiar e se apoiar em outras nações era uma atitude errada. Era necessário ter uma completa confiança em Deus para que fossem ajudados contra as nações estrangeiras que procuravam oprimir Israel. O poder miraculoso associado aos ossos de Eliseu tinha a finalidade de mostrar a Joás que o poder do Deus de Israel seria manifestado sobre a Síria, mesmo após a morte do profeta” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 2, 1 ed., RJ: CPAD, 2005, pp.360-61).

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 
A morte de Eliseu

 
Aqui chegamos ao fim de todos os homens, mesmo aqueles que possuem um ministério tão marcante quanto o de Eliseu: a morte. Tal qual Elias, Eliseu conheceu o fim do seus dias. Desta lição, podemos tirar pelo menos duas grandes lições:

Eliseu morreu de uma doença. O detalhe da Palavra de Deus não nos permite ter equívocos: “Eliseu estava doente da sua doença de que morreu” (2 Rs 13.14). Esse verso pode deixar constrangidos os proponentes da confissão positiva, que alegam que um crente não pode ficar doente, e se estiver doente, é porque não tem fé ou está em pecado. Eliseu era um homem de Deus. Era um homem de fé. Realizou muitos milagres. Mas quando chegou sua hora de partir, esse momento ocorreu porque o profeta ficara doente e a doença o levou. Entende-se que Eliseu já era um homem de idade avançada, e que naturalmente seu organismo, como o de outras pessoas dessa fixa etária, ficou propenso a fraquezas e doenças. Foi um fato natural.

Precisamos entender dois princípios claros: a) que a nossa obrigação é orar ao Senhor pedindo cura, e é Ele quem manda a cura para o seu povo, conforme a sua vontade; b) Em sua soberania, Deus pode permitir que nossa partida para estar com Ele se dê de diversas formas, inclusive por meio de doenças. Ainda que isso ocorra, não podemos pensar que a morte, para o cristão, é uma punição, mas sim uma promoção para estar lado a lado com o Senhor. Deus tem uma forma de tratar com cada pessoa. Elias foi levado ao céu, vivo; Eliseu passou pela morte, mas ambos estão com o Senhor.

Eliseu teve um ministério respeitado. Ao longo de sua vida, Eliseu teve contato direto com a escola de profetas em seus dias. Foi um homem que viu milagres em seu ministério, trouxe orientações a governantes e gozava da honra de outros profetas. E mesmo depois de morto, realizou um milagre de ressurreição. Este último fato não nos permite crer que podemos rogar a “santos homens e mulheres” para que nos ajudem em nossas dificuldades, pois se observarmos a narrativa dessa ressurreição, não foi feito nenhum pedido ao “santo Eliseu” para que ele ressuscitasse o homem morto que foi jogado em sua cova. O fato simplesmente aconteceu pelo poder de Deus, e não pela súplica direcionada a um profeta que estava no céu e poderia interceder pelo morto a Deus. Nossas orações devem ser para o Senhor, e não para pessoas consideradas santas. Nosso único intercessor é o Senhor Jesus Cristo, o próprio Filho de Deus, e ninguém mais.




quinta-feira, 21 de março de 2013

Lição 12 CPAD - 1° Trimestre 2013


Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos

Lição 12: Eliseu e a Escola dos Profetas

TEXTO ÁUREO: Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” (2 Tm 2.1,2).

VERDADE PRÁTICA: A escola de profetas objetivava a transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra.

Palavras Chave: Escola de Profetas: Instituição de ensino do Antigo Testamento cujo objetivo era a transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra.

 
 


INTERAÇÃO

Professor já no Antigo Testamento pode perceber que a educação religiosa tinha um lugar de destaque entre os israelitas. As Escolas de Profetas são uma prova desta verdade. Estas instituições não tinham como propósito ensinar os alunos a profetizarem. A profecia é um dom divino, por isso, somente o Senhor pode ensinar os seus servos quanto ao profetizar. Todavia, um dos objetivos era passar às gerações mais novas a herança cultural e espiritual da nação. Na lição de hoje, estudaremos acerca da Escola de Profetas sob quatro perspectivas: a instituição, os objetivos, o currículo e a metodologia. Boa aula!


ESCOLAS DE PROFETAS:
1° - OBJETIVOS: A transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através de sua Palavra.

2° - CURRÍCULO: Em especial o livro de Deuteronômio, pois especificava que princípios e preceitos regiam a aliança de Jeová com o seu povo; aprendizado prático.

3° - METODOLOGIA: Ensino através do exemplo.
 

COMENTÁRIO

introdução

Por diversas vezes, vemos a expressão “filhos dos profetas” aparecer nos livros de Reis. Os filhos, ou discípulos, dos profetas estavam radicados em Betel, Jericó e Gilgal (2 Rs 2.3,5, 7,15; 4.38). O contexto dessas passagens não deixa dúvidas de que esta expressão pode ser entendida como sinônimo para escola de profetas.

O fato serve para mostrar que a educação religiosa, ou formal, já recebia destaque no antigo Israel. Ressalvamos que as escolas de profetas não tinham como propósito ensinar a profetizar. Isso é uma atribuição divina. Todavia, era um testemunho vivo de que o povo de Deus, em um passado tão distante, preocupava-se em passar às gerações mais novas sua herança cultural e espiritual. Por isso, vejamos nessa lição, a Escola de Profetas sob quatro perspectivas.



I. A INSTITUIÇÃO DAS ESCOLAS DE PROFETAS

1. Noção de organização e forma.

O texto de 2 Reis 6.1 mostra que essas Escolas de Profetas possuíam uma estrutura física. Eles viviam em comunidade e, portanto, careciam de espaço físico não somente para habitar, mas também onde pudessem ser instruídos: “Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face nos é estreito. Vamos, pois, até ao Jordão, e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um lugar, para habitar ali”.

Observa-se nesse texto que a estrutura acabou ficando inadequada e um espaço maior foi reclamado. Para que se tenha uma educação de qualidade necessita-se de uma estrutura adequada. Não podemos educar sem primeiro estruturar!



2. Noção de organismo e função.

As escolas de profetas estavam sob uma supervisão e, portanto, possuíam um líder espiritual que lhes dava orientação.

Os estudiosos acreditam que as escolas de profetas surgiram com Samuel (1 Sm 10.5,10; 19,20) e, posteriormente, consolidaram-se com a monarquia nos ministérios de Elias e Eliseu.

No texto de 2 Reis 6.1, verificamos que os discípulos dos profetas estavam sob a orientação de Eliseu e era com este profeta que buscavam instrução. Eliseu não era apenas um homem com dons sobrenaturais capaz de prever o futuro ou operar grandes milagres, mas também um profeta que possuía uma missão pedagógica.

 
II. OS OBJETIVOS DAS ESCOLAS DE PROFETAS

1. Treinamento.

O texto de 2 Reis 2.15,16 mostra que fazia parte do treinamento das escolas dos profetas trabalhar sob as ordens do líder, obtendo assim permissão para a execução de cada tarefa.

Em outras situações observamos que os filhos dos profetas, quando já treinados, podiam agir por conta própria em determinadas situações (1 Rs 20.35). Na igreja o discipulado ocorre quando aquele que foi ensinado compartilha com outro o seu aprendizado.

 2. Encorajamento.

Os expositores bíblicos observam que Eliseu não limitava o seu ministério à pregação itinerante e a operação de milagres, mas agia também como um supervisor das escolas de profetas. Ele fornecia instrução e encorajamento aos jovens que ali estavam.

O contexto de 1 e 2 Reis não deixa dúvidas de que Elias e Eliseu muito se preocuparam em transmitir às gerações mais novas o que haviam aprendido do Senhor. Nessas escolas, portanto, esses alunos eram encorajados a buscar uma melhor compreensão da Palavra de Deus. Não há objetivo maior para um educador do que encorajar o educando a buscar a excelência no ensino.

 
 III. O CURRÍCULO DAS ESCOLAS DE PROFETAS

 1. A Escritura.

Acompanhando o ministério de Elias, vemos que a Palavra de Deus fazia parte do conteúdo ensinado nas escolas de profetas. Dele, Eliseu recebeu essa herança. Quando se encontrava no monte Sinai, Elias queixou-se de que os israelitas haviam abandonado a aliança divina, destruído os locais do verdadeiro culto e matado os profetas do Senhor (1 Rs 19.10).

A Palavra de Deus, em especial o livro de Deuteronômio, especificava que princípios e preceitos regiam a aliança de Jeová com o seu povo. A Palavra de Deus era e é essa aliança! Assim como Elias, Eliseu também estava familiarizado com as implicações do concerto divino. Era a Palavra de Deus que ele ensinava aos seus discípulos. É a Palavra de Deus que nós também devemos ensinar hoje.


2. A experiência.

Elias e Eliseu eram homens experientes e partilhavam com os outros os que haviam aprendido do Senhor (2 Rs 2.15, 19-22; 4.1-7 42-44). No entanto, no contexto bíblico, a experiência não está acima da revelação divina conforme se encontra registrada na Bíblia. A Palavra de Deus é quem julga a experiência e não o contrário. Elias, por exemplo, afirmou que suas experiências tiveram como fundamento a Palavra de Deus (1 Rs 18.36).

Os mais jovens devem ter a humildade de aprender com os mais experientes e os mais experientes não devem desprezar os saberes dos mais jovens. O aprendizado se dá através do processo de interação e a experiência faz parte desse processo.



 IV. A METODOLOGIA DA ESCOLA DE PROFETAS

1. Ensino através do exemplo.

As Escolas de Profetas seguiam o idealismo hebreu concernente à educação. Havia uma relação entre professor e aluno na comunidade onde viviam. A educação acontecia também na sua forma oral e o exemplo era um desses métodos adotados no processo educativo. Não há como negar que Eliseu ensinava através do exemplo. Há vários relatos sobre os milagres de Eliseu, nos quais se percebe que o aprendizado acontecia através da observação das ações do profeta.

Geazi, discípulo de Eliseu, sabia que seu mestre era um exemplo de honestidade. Em o Novo Testamento, Jesus Cristo colocou-se como o exemplo máximo a ser seguido e Paulo se pôs como um modelo a ser imitado (Mt 9.9; 1 Co 11.1).

2. Ensino através da Palavra.

Eliseu não deixou nada escrito. O que sabemos dele é através do cronista sagrado. Mas esse fato não significa que o profeta não usasse a Palavra de Deus em sua vida devocional e também como instrumento de instrução nas Escolas de Profetas.

A forma como Eliseu julgava o comportamento dos reis, aprovando-os, ou reprovando-os, não deixa dúvidas de que usava a Palavra de Deus escrita para discipular os alunos das Escolas de Profetas. Eliseu, por exemplo, mediu a iniquidade de Acabe através da piedade de Josafá. Acabe era um rei mau porque não andava conforme a Palavra de Deus, enquanto Josafá era estimado por fazer o caminho inverso.

 
CONCLUSÃO

 Através do ministério de Eliseu, observamos que as Escolas de Profetas eram dedicadas ao ensino formal. Ali era ensinada a Palavra de Deus. Esse fato, por si só, é de grande relevância para nós, porque demonstra a preocupação do homem de Deus em passar a outros o conhecimento correto sobre o Deus único e verdadeiro.

Os tempos mudam e a cultura também. Hoje, sabemos que a educação secular possui grande importância e, infelizmente para muitos, é a única forma de educação existente. Não podemos negligenciar a educação secular, mas não podemos de forma alguma perder de vista a dimensão espiritual do conhecimento divino, que se encontra na Bíblia Sagrada.

EXERCÍCIOS

1. Segundo a lição, o que podemos aprender sobre o aspecto institucional da Escola de Profetas?

R. Que a educação possui forma e função.

2. Destaque dois dos objetivos da Escola de Profetas.

R. Treinamento e encorajamento.

3. De acordo com a lição, que conteúdos faziam parte do currículo da Escola de Profetas?

R. A Escritura e a experiência.

4. Cite dois dos métodos educacionais usados na Escola de Profetas.

R. Ensino através da palavra e do exemplo.

5. O que podemos observar através do ministério de Eliseu?

R. Observamos que as escolas de profetas eram dedicadas ao ensino formal.



AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Bibliográfico

“Escolas Hebraicas

[...] Os profetas prestaram uma assistência à instrução religiosa do povo através de suas pregações públicas. As referências a um grupo de profeta em Ramá sob o comando de Samuel, e possivelmente em Gibeá, mesmo tendo sido chamadas de escolas de profetas não devem ser consideradas como as mais recentes escolas de escribas que caracterizavam o judaísmo. Estas foram ocasionadas em sua maior parte pelo declínio do sacerdócio sob o comando de Eli e seus filhos, e novamente durante a monarquia (1 Sm 10.5,10; 19.20), e também da necessidade que o povo tinha de receber a instrução religiosa.

Estas associações de profetas não devem ser consideradas como monásticas, mas, na verdade, existiram com o propósito de trazer à tona uma maior influência religiosa sobre sua época.

Presume-se que, no tempo de Esdras, as instituições religiosas tenham sido um esforço escolástico entre os judeus (Ed 7.10). ”Associadas ao crescimento das sinagogas e outras instituições pós-exílicas, a educação primária, como um padrão de ensino, viria a tornar-se compulsória, conforme revelado no Talmude” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.665).

 
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

Eliseu e a Escola de profetas

Os profetas não eram pessoas preguiçosas. Eles decidiram ampliar o local em que estavam vivendo, e para isso, não se puseram a orar e profetizar em nome do Senhor: eles se puseram a trabalhar. Não é certo que uma pessoa que detenha um dom espiritual se utilize dele para não trabalhar, não ter uma vida produtiva, ou para ficar dependendo de terceiros para sua subsistência. Dons são dados para a edificação da igreja e não para estabelecer distinções entre quem tem e quem não tem. Os profetas que cercavam Eliseu colocaram “a mão na massa” e foram trabalhar para que tivessem um espaço maior para viverem. E foi em um momento desses, em que esses homens estavam trabalhando, que Deus fez um grande milagre por intermédio de Eliseu: fez flutuar o ferro de um machado, que um dos alunos daquela escola deixou cair sem querer no rio.

Não podemos prever que tipos de adversidades podem ocorrer quando estamos trabalhando para o Senhor, mas podemos ter a certeza de que Deus estará sempre com conosco. Fazer flutuar o ferro de um machado não foi um ato de demonstração de poder com objetivos pessoais, mas uma oportunidade de mostrar o quanto Deus honra a fé de seus servos.

Geazi e Eliseu. Eliseu demonstrou o poder de Deus com milagres realizados, mas também ensinou pelo seu próprio exemplo. Geazi era seu aluno, e convivia com o profeta, vendo milagres. Não é exagero dizer que Eliseu aprendeu muitas coisas com o convívio que teve com Elias, e Geazi também observou os atos de Eliseu. Mas aqui cabe uma observação: Ao passo que Eliseu aprendeu coisas com Elias e teve um ministério frutífero, Geazi optou pelo caminho oposto. Na ocasião em que esteve com o capitão siro Naamã, Geazi demonstrou que não estava apto para o ministério profético, pois foi seduzido pelos presentes que Naamã, já curado, ofereceu a Eliseu. Nessa ocasião, vendo Geazi que Eliseu rejeitou os presentes de Naamã, cobiçou-os e foi atrás do siro, contando-lhe uma história piedosa.

Porque Deus julgou Geazi de forma tão severa? Primeiro, porque ele foi um homem cobiçoso. Segundo, porque ficou indignado de ver Naamã ser curado e não pagar nada pela cura que recebeu. Terceiro, porque Geazi mentiu para obter os presentes que Naamã daria a Eliseu. Quarto, não podemos usar os dons que Deus nos concede para lucrar de forma pessoal. Que essas observações nos sirvam de exemplo, para que não sejamos julgados por Deus por conta de tais manifestações de infidelidade.