quarta-feira, 28 de maio de 2014

Lição 9 CPAD - 2° Trimestre 2014

 
Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos

 
 Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima




TEXTO ÁUREO: Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11).

VERDADE PRÁTICA: Por meio do ministério pastoral, conduzimos as ovelhas ao Supremo Pastor, Jesus Cristo.

INTERAÇÃO
Atualmente, muitos são os modelos de liderança pastoral sugeridos sob os aspectos empresarial e meramente psicológico. Entretanto, o modelo de liderança para um pastor cristão deve estar centralizado sob o de Jesus de Nazaré. A vida do nosso Mestre é o melhor exemplo para um ministério integral: acolhedor, admoestador e servidor. Um modelo pastoral centrado na concepção empresarial pode até trazer resultados visíveis, mas para Deus será um verdadeiro fracasso. Seguir a liderança de Jesus de Nazaré pode parecer um grande fracasso, mas em relação a Deus é grande vitória. Qual você escolhe?

 
OBJETIVOS: Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

1. Reconhecer o papel fundamental de Jesus como o sumo pastor.

2. Classificar as características de um verdadeiro pastor.

3. Conscientizar-se da missão do ministério pastoral.

 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Caro professor, para o terceiro tópico da lição, e após o subtópico que conceitua a missão do pastor, use o esquema abaixo. Fale a respeito do aspecto múltiplo da missão pastoral. Na igreja local, o pastor é um guia espiritual do povo de Deus. Dele se espera maturidade, idoneidade e amor no trato com as coisas de Deus e ao rebanho. Por isso, conclua a lição desta semana afirmando a complexidade da função pastoral e como Deus leva a sério o pastor que cumpre o seu ministério. Em seguida, reúna os seus alunos para orarem pelo pastor local e pelos pastores de todo o mundo.
 


Palavra Chave: Pastor: Guia espiritual.


INTRODUÇÃO:  
Ser pastor sempre foi uma tarefa árdua. Muitas são as demandas internas e externas da igreja local, entre elas o cuidado para com as pessoas do rebanho, visita a enfermos, questões relacionadas a administração eclesiástica e o constante desafio de se dedicar à oração, à pregação e ao ensino da Palavra de Deus. O dia a dia pastoral é desafiador a quem é vocacionado por Deus para apascentar. Somente pela graça e o amor do Pai é possível encarar tão grande responsabilidade. Por outro lado, uma liderança madura e servidora é imprescindível ao desenvolvimento da igreja local. Assim, a lição de hoje abordará esse importante ministério.

 
I. JESUS, O SUMO PASTOR

1. Jesus é o pastor supremo.
A expressão “grande Pastor das ovelhas”, que aparece em Hebreus 13.20, refere-se diretamente à sublimidade do Senhor Jesus como pastor no Novo Testamento. Marcado pela humildade e despojamento da sua glória, Ele foi chamado “grande” em seu nascimento (Lc 1.32). O adjetivo “grande” enfatiza o quanto o Nazareno é incomparável e mediador da nova aliança de Deus com os homens. Jesus Cristo é o supremo pastor em todos os aspectos. Ele venceu a morte e libertou o homem da prisão do pecado. Ele é Deus!

 
2. O pastor conhece as suas ovelhas.
Em João 10.14, o adjetivo “bom” identifica Jesus como o pastor que por amor protege e cuida das ovelhas que lhe pertence. Por isso, Ele é o “bom Pastor”. Tal expressão designa ainda a intimidade entre o Sumo Pastor e as suas ovelhas. Estas não ouvem a voz de outro pastor. O bondoso Salvador conhece a sua Igreja por inteiro, e se relaciona com cada membro (Jo 10.5,15).

 
3. O pastor dá a vida pelas ovelhas.
Uma das principais fontes da economia israelita era o trabalho pastoril. Os pastores cuidavam das ovelhas para delas obterem o lucro diário. Este é o contexto de que se valeu o Senhor Jesus para referir-se ao ensinamento contido na expressão “o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11). Aqui, diferente dos pastores que garantiam o seu sustento no campo através do uso das ovelhas, o Mestre Jesus mostra a disposição em dar a própria vida pelo seu rebanho (Jo 10.15). Os verdadeiros pastores da igreja devem imitar o Sumo Pastor, Jesus. NEle não há jamais exploração alguma do rebanho, e isso deve servir de exemplo a todos aqueles que desejam ministrar à igreja do Senhor, tal como ensina a Palavra em 1 Pedro 5.2-4.

 
SINOPSE DO TÓPICO (I): Jesus, o Pastor Supremo, conhece as suas ovelhas e deu a sua vida por elas.

 
II. AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO PASTOR

1. Um caráter íntegro.
Entre outras coisas, o exercício pastoral envolve aptidão para ensinar, aconselhar e comunicar-se de forma clara com a igreja local. Porém, essas características não são validadas se o caráter do pastor não for íntegro. Uma das piores queixas que se pode ouvir acerca de um ministro é que sua palavra pastoral não se coaduna com a sua vida. Como pode o líder falar sobre honestidade e ser desonesto? De simplicidade e mostrar-se esbanjador? De humildade e comportar-se soberbo? A melhor palavra pastoral é a vida do pastor em sintonia com a mensagem do Evangelho que ele proclama (Mt 7.24-27; 23.2-36).

 
2. Exemplo para os fiéis e os infiéis.
O texto bíblico de 1 Timóteo 3.2,3, afirma que o bispo não deve ser dado ao vinho, espancador, cobiçoso de torpe ganância, contencioso ou avarento; a recomendação é que o obreiro seja moderado. A Igreja, o Corpo de Cristo, precisa contemplar em seu líder sinais claros do fruto do Espírito, tais como autocontrole, mansidão, bondade e amor. Estas características denotam idoneidade moral e maturidade espiritual. A mesma postura moral que o pastor atesta aos fiéis deve ser demonstrada, igualmente, aos infiéis (1Tm 3.7).

 
3. Exemplo para a família.
Não podemos esquecer que antes de ser exemplo para igreja local, e com os de fora, o ministro do Evangelho, em primeiro lugar, deve ser o exemplo para a sua própria família — sua primeira comunidade e igreja. Governar a própria casa com modéstia e equilíbrio, criando seus filhos com respeito (1Tm 3.4), é o testemunho que toda a família cristã deseja experimentar na convivência sadia com o pastor que é esposo, pai e avô. Portanto, todo obreiro deve cuidar bem do seu lar, pois sem o devido respaldo deste, o seu ministério jamais terá credibilidade.

 
SINOPSE DO TÓPICO (II): Do pastor espera-se um caráter íntegro; um exemplo para os fiéis, aos infiéis e a toda a sua família.

 
III. O MINISTÉRIO PASTORAL

1. A missão do pastor.
O termo pastor (do gr. poimēn) no Novo Testamento tem o significado de “apascentador de ovelhas”. De acordo com esta definição podemos afirmar que a principal missão de um ministro é cuidar das pessoas que receberam Cristo como Salvador, dando-lhes alimento espiritual através do ensino da Palavra de Deus, como encontramos no livro do profeta Isaías (Is 40.11). O verdadeiro pastor cuida das ovelhas com zeloso amor e compaixão, entregando-se totalmente às suas demandas.

 
2. Uma missão polivalente.
A missão pastoral também é múltipla, pois o ministério envolve o ensinamento, o aconselhamento, a evangelização e missões, bem como a pregação expositiva da Palavra de Deus, que é o seu mais importante empreendimento. Para além dessas responsabilidades, o pastor age como o bom conciliador e administrador eclesiástico dos bens e recursos humanos disponíveis para toda boa obra da igreja local. Está sob os seus cuidados a gestão eficiente e honesta dos bens materiais, patrimoniais e das finanças da igreja local.

 
3. O cuidado contra os falsos pastores.
Quando Deus levantou Ezequiel como profeta de Israel, Ele ordenou-lhe que repreendesse os pastores infiéis da nação. O Altíssimo considerava como falsos pastores os que apascentavam a si mesmo e não as ovelhas (Ez 34.2c); exploravam o rebanho e não o poupavam (34.3); não demonstravam amor pelas ovelhas, fazendo com que elas se dispersassem (34.4-6). O próprio Deus é contra os falsos pastores (Ez 34.8-10)! Ele inspirou o apóstolo Paulo a escrever para Tito quando da sua instrução pastoral ao jovem obreiro, que este retivesse “firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes. Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores [...] aos quais convém tapar a boca” (Tt 1.9-11).

 
SINOPSE DO TÓPICO (III): A missão do pastor é múltipla, pois ele cuida desde os assuntos espirituais até os mais terrenos.

 
CONCLUSÃO
O dom ministerial de pastor é concedido àqueles a quem Deus chama para servir ao seu precioso rebanho, a Igreja de Jesus. Esta acha-se espalhada nas igrejas locais que reúnem crentes oriundos de todos os lugares do mundo. Eles estão sob os cuidados de líderes para serem alimentados com a Palavra de Deus. O objetivo do ministério pastoral é fazer com que o rebanho do Senhor cresça na graça e no conhecimento do Evangelho de nosso Salvador (2Pe 3.18). Portanto, o pastor precisa da graça divina para não fracassar em seu ministério. Oremos pelos pastores, compreendamos as suas lutas e os apoiemos com amor e carinho.

 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

FERNANDO, Ajith. Ministério dirigido por Jesus. 1 ed., RJ: CPAD, 2013.
CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas (et all.). Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005.
MACARTHUR JR, John. Ministério Pastoral: Alcançando a excelência no ministério cristão. 4 ed., RJ: CPAD, 2004.

EXERCÍCIOS

1. A expressão “grande Pastor das ovelhas”, que aparece em Hebreus 13.20, está diretamente ligada a quê?
R. Ao valor que o Novo Testamento atribui ao Senhor Jesus.

 
2. De acordo com a lição, relacione as características do verdadeiro pastor.
R. Um caráter íntegro, exemplo para os fiéis e os infiéis e exemplo para a família.

 
3. Segundo o texto bíblico de 1 Timóteo 3.2,3, cite o que o pastor não pode ser.
R. O texto bíblico de 1 Timóteo 3.2,3 afirma que o bispo não pode ser dado ao vinho, espancador, cobiçoso de torpe ganância, contencioso ou avarento; a recomendação é que o obreiro seja moderado.

 
4. Qual o significado do termo “pastor” no Novo Testamento?
R. “Apascentador de ovelhas”.

 
5. Qual é a principal missão de um ministro?
R. Cuidar das pessoas que receberam a Cristo como salvador, dando-lhes alimento espiritual através do ensino da Palavra de Deus.

 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
 


Subsídio Teológico

Viver como Pedro: A Supervisão Pastoral (5.1-11)
Dirigindo-se aos ‘estrangeiros’ (1.2) que haviam sido dispersos entre povos infiéis, e frequentemente hostis, Pedro inicia sua carta com um imperativo à vida santificada baseada no exemplo de Deus Pai (1.3-2.10). Pelo fato de muitos de seus leitores poderem sofrer injustamente e de modo abusivo nas mãos de cruéis agentes do governo, senhores ou maridos, na parte central e mais importante de sua carta Pedro manda que se submetam à autoridade e sofram, mesmo sem merecer, segundo o exemplo de Cristo (2.11-4.13). Nesta seção final da carta, Pedro dirige-se aos presbíteros [pastores], responsáveis pelo pastoreio do rebanho de Deus (5.1-4). Escrevendo como um presbítero [pastor] mais experiente, Pedro é seu modelo de liderança sobre o povo de Deus (5.1-11). Termina os ensinamentos com uma série de obrigações aplicáveis não só aos presbíteros, mas também a todo o povo de Deus (5.5-11)” (STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 2: Romanos a Apocalipse. 4 ed., RJ: CPAD, 2009, p.921).

 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II



Subsídio Teologia Devocional

Prioridades na Vida do Pastor
Manter as prioridades em sua devida ordem é um dos maiores desafios que o pastor enfrenta. As muitas ocupações do pastorado constantemente pressionam os ministros a comprometer a oração, a vida devocional, a família e, às vezes, até o padrão moral exigido pela Palavra de Deus.

As prioridades do ministro do Evangelho devem estar nesta ordem: (1) seu relacionamento com o Senhor, (2) sua esposa e filhos e (3) seu ministério e trabalho. Acompanhe-me em alguns pontos de especial interesse no campo dessas três prioridades.

Seu relacionamento com o Senhor. Sua vida devocional é absolutamente decisiva. Anos atrás, pedi ao Senhor que pusesse em ordem meu horário, e Ele o fez. Todos os dias, das cinco às sete da manhã, estudo a Bíblia e oro. Tenho sido cuidadoso em observar esse tempo — o tempo mais precioso do meu dia. Meus pais deram-me o exemplo; seu devocional coincidia com as primeiras horas da manhã. Jesus dedicava as primeiras horas do dia à oração. O Salmista Davi disse: ‘Pela manhã, ouvirás a minha voz, ó Senhor; pela manhã, me apresentarei a ti, e vigiarei’ (Sl 5.3). Esta disciplina será fundamental em tudo o que você fizer e intentar realizar.

Seu relacionamento com a esposa e filhos. Alguns ministros ficam tão ocupados, que negligenciam as necessidades emocionais, alimentares e outras carências da família. Esposa e filhos podem ficar ressentidos contra o ministério, e mesmo contra Deus, tudo porque o chefe da família falhou em suprir-lhes as necessidades básicas. Isso é trágico. Já faz tempo que determinei que não vou ganhar para o Senhor os filhos dos outros e perder os meus. O Senhor nos tem ajudado — a mim e a Shirley — nessa prioridade. [...] Paulo instruiu a Timóteo: ‘Se alguém não sabe governar sua própria casa terá cuidado da igreja de Deus?’” (CARLSON, Raymond; TRASK, Thomas (et all.). Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005, p.17).

 
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO




O Ministério de Pastor
Na obra “Ministério Pastoral: Alcançando a excelência no ministério cristão”, do pastor norte-americano John Macarthur, Jr., editada pela CPAD; o autor relata este comentário: “Reconhecemos essas tendências alarmantes, crendo que as decisões tomadas nesta década reprogramarão a igreja evangélica até boa parte do século 21. Assim, a futura direção da igreja é uma preocupação preeminente e legítima. Sem dúvida, a igreja enfrenta um momento decisivo. O verdadeiro contraste entre os modelos ministeriais concorrentes não é o tradicional versus o contemporâneo, mas o bíblico e o não-bíblico” (p.22).

A que tendências alarmantes, Macarthur se refere? A oito respostas que emergiram de uma pesquisa realizada por John Seel, em 1995, nos Estados Unidos. Elas foram dadas por 25 líderes evangélicos de renome que foram entrevistados pelo pesquisador.

Dentre oito principais respostas surgidas na pesquisa (identidade incerta; desilusão institucional; falta de liderança; pessimismo em relação ao futuro; crescimento positivo, impacto negativo; isolamento cultural; solução política e metodológica como resposta), a que chama mais atenção é a “troca de orientação bíblica pela pesquisa de mercado no ministério”. Não por acaso, se vê muitos seminários teológicos trocando disciplinas fundamentais para uma sólida formação de um obreiro, como o hebraico, o grego, a hermenêutica, a exegese etc., por aquelas que enfatizam a gestão, a forma de crescimento de uma igreja local nos parâmetros do marketing e das estratégias meramente empresariais. Aqui, é à hora de a igreja fazer uma profunda reflexão sobre “Que modelo de ministério pastoral se quer exercer nos próximos anos”?

Com intuito de deixarmos em aberto esta reflexão, porque o espaço não permite irmos além, solicitamos ao prezado professor meditar nesta semana em todos os textos bíblicos possíveis — use as concordâncias bíblicas, dicionários bíblicos e bons comentários para lhe auxiliarem — em que Jesus aparece como o “Bom Pastor” de ovelhas. Em seguida, procure responder, à luz dos quatro Evangelhos, as seguintes perguntas: Qual o modelo ministerial de pastorado que o Senhor Jesus espera encontrar nos seus discípulos? Que molde de liderança se acha no agir de Jesus de Nazaré? É possível implantar esse ideal hoje? Qual seria o impacto para a igreja e a sociedade?
Boa aula!
 
 

sábado, 24 de maio de 2014

Vem ai a 68ª Escola Bíblica de Obreiros da Assembleia de Deus em São Paulo

 




A Lei da Palmada e o desafio cristão

  

Irmãos,

Estamos diante de uma situação delicada. Refiro-me ao Projeto de Lei 7.672 — também conhecido como a “Lei da Palmada” —, que desde 2010 tramitava no Congresso e foi aprovado na última quarta-feira pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Em resumo, é isso: os pais estarão proibidos de castigarem fisicamente os seus filhos. A invasão do estado (que é um governo) à soberania da esfera familiar (que também é um governo) caminha a passos cada vez mais galopantes em terra brasilis.

O apóstolo Paulo ensina que “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para
o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3.16-17). Ora, se é verdade que "A Escritura não pode falhar" (João 10.35), então é fato que essa proibição absurda produzirá o que países como a Suécia — o primeiro a instituir uma Lei da Palmada, em 1979 — está experimentando: uma geração de crianças mimadas e mal preparadas para a vida adulta. E isso é o mínimo, pois sabemos que efeitos muito mais devastadores para a sociedade poderão decorrer daí (criminosos de toda espécie, por exemplo).


"A Escritura não pode falhar"

Provérbios 29.15 diz que “a vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe”. Diz também que filhos corrigidos trazem “descanso” e “delícias” à alma dos seus pais (“Corrige o teu filho, e te dará descanso, dará delícias à tua alma” — Provérbios 29.17). A experiência sueca (e agora a do Brasil, daqui para a frente) poderia ser bem diferente caso esse preceito fosse aplicado.

A referida Lei tem o objetivo expresso de “estabelecer o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos físicos ou de tratamento cruel ou degradante”. Mas vejam como a definição que a alínea I do Parágrafo Único dá a “castigos físicos” é elástica:


Ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em sofrimento ou lesão à criança ou ao adolescente”.

Vocês concordam que um simples segurar o filho pelo braço (que é uso da força física) e lhe dar umas broncas poderá ser enquadrado como castigo físico, uma vez que poderá resultar em “sofrimento” para a criança? OK, vocês podem até não concordar que poderá resultar (e, de fato, poderá mesmo não resultar). Mas o fato é que, para o estado, i-ne-vi-ta-vel-men-te resultará, não tenham dúvida. Muita coisa (para não dizer tudo) poderá resultar em sofrimento para a criança: bastará o estado definir o quê. Aparentemente, é por amor aos menores que esse tipo de lei é pensado. Mas a Escritura, que, lembrando, “não pode falhar”, diz que privar a criança do castigo físico é, na verdade, odiá-la: “O que retém a vara aborrece [no hebraico, odeia] a seu filho, mas o que o ama, a disciplina” (Provérbios 13.24).

É evidente que não estou a defender aqui a violência contra as nossas crianças. Provérbios 19.18 alerta: “Castiga a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo”. O fato de achar essa lei absurda não significa que a violência contra a criança não existe. Sim, ela existe, e eu mesmo conheço casos e mais casos de pais que se excedem no castigo que infligem aos seus filhos quase “a ponto de matá-los”. Mas o fato é que o disparate dessa gente é tanto que rebatizaram a então Lei da Palmada para “Lei Menino Bernardo”, em homenagem a Bernardo Boldrini, que foi covardemente assassinado pelo pai e pela madrasta. Ou seja, "o pai que dá um tabefe na bunda de um moleque mal educado é rebaixado à condição de potencial psicopata que pode eventualmente matá-lo e dar um sumiço em seu corpo", como bem colocou Guilherme Macalossi. Querem exemplo maior de loucura?

A bancada evangélica no Congresso resistiu, mas não foi suficiente: a lei foi aprovada com unanimidade de votos. O marxismo, em sua guerra contra a família, acaba de ganhar mais uma batalha. Os pais serão ameaçados pelos próprios filhos, como já pude ouvir de um irmão da igreja em que sirvo.
  
O desafio que temos pela frente é grande, pois quando o estado legisla contra a Palavra de Deus nós somos chamados a resisti-lo (cf. Atos 5.29). A Escritura diz que a criança não é o anjinho que o pensamento politicamente correto. Pelo contrário, “a estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela” (Provérbios 22.15). Se de fato amamos as nossas crianças, deveremos desobedecer ao estado neste particular. Como está escrito, “não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno” (Provérbios 23.13-14). A única coisa que a Lei da Palmada fará é povoar o lugar que Deus preparou para o diabo e seus anjos.

Que Deus proteja as nossas famílias do deus-estado e nos dê a sabedoria necessária tanto para enfrentá-lo como também para educar as nossas crianças no Seu temor.
Para discussão: desobedecer ao estado mesmo correndo o risco de perder a guarda da criança? Qual a alternativa diante desse risco e do risco de repetir a experiência sueca (que já é a experiência de muitas famílias brasileiras)?

Fonte: Optica Reformata via http://bereianos.blogspot.com.br/




Câmara aprova Lei da Palmada e proposta vai ao Senado

 
Depois de mais de dois anos parado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) aguardando a votação da redação final, o projeto de lei do Executivo (PL 7672/10), conhecido como Lei da Palmada, foi aprovado no início da noite desta quarta-feira por unanimidade na CCJ. A proposta vai se chamar Lei Menino Bernardo, em homenagem a Bernardo, que foi encontrado morto, no Rio Grande do Sul, e cujos principais suspeitos são o pai e a madrasta.
O projeto altera o Estatuto da Criança e do Adolescente para estabelecer o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos físicos ou de tratamento cruel ou degradante. Encaminhado à Câmara pelo Executivo, em 2010, o projeto foi discutido e aprovado por comissão especial criada para analisar o seu mérito, no fim de 2011. Deveria seguir direto para o Senado, mas foram apresentados seis recursos para que ele fosse apreciado pelo plenário da Câmara. Esses recursos foram retirados e a proposta foi encaminhada à CCJ para a votação da redação final, no dia 14 de maio de 2012. Só hoje, mais de dois anos depois, a redação final foi aprovada.
"A proposição materializa, por fim, o crescente compromisso de sociedades contemporâneas que reconhecem que crianças e adolescentes têm direitos frente ao Estado e cabe a ele organizar ações para sua plena realização. A proposição, inegavelmente, aborda a realização de direitos que são inerentes a crianças e adolescentes e indispensáveis a sua dignidade e pleno desenvolvimento", diz um trecho da justificativa do projeto.
Em outro trecho, o Executivo argumenta que: "consideramos que a proibição, em si, não garantirá mudança das atitudes e práticas, mas a ampla conscientização do direito das crianças à proteção e de leis que reflitam esse direito é necessária. Nesse sentido, é premente estimular que os pais parem de infligir castigos violentos, cruéis ou degradantes, adotando intervenções apoiadoras e educativas, não punitivas".
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A proposta estabelece que pais e responsáveis que maltratarem seus filhos, crianças e adolescentes serão advertidos e terão que participar do Programa de Proteção à Família, que oferece cursos e tratamento psicológico ou psiquiátrico. A pessoa vítima do castigo vai receber tratamento especializado.
Nas discussões da matéria na parte da manhã, críticos da proposta alertaram sobre a preservação de direitos individuais e a interferência da lei na educação dos filhos. Enquanto defensores criticaram o apelido dado à lei. "Chamar o projeto de Lei da Palmada é uma maldade. A gente está falando de crianças que são queimadas e espancadas", disse o relator da matéria na CCJ, deputado Alessandro Molon (PT-RJ).


Agência Brasil
 
 
 

Dons Ministeriais


Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos
Título: Dons Espirituais e Ministeriais  
Prezados alunos e mestres da EBD Pedro José Nunes, próximas aulas das classes Jovens e Adultos, serão realizadas em sala única.
Após a aula teremos sorteio de brindes e aquele abençoado café da manhã.
Aguardamos a sua presença!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Lição 8 CPAD - 2° Trimestre 2014

 
Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos

Título: Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário

Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima

Data: 25 de Maio de 2014



TEXTO ÁUREO: Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério” (2Tm 4.5).

VERDADE PRÁTICA:O evangelista proclama o pleno Evangelho de Cristo com ousadia; é um arauto de Deus no mundo.

INTERAÇÃO
A grande tarefa da Igreja no mundo é pregar o Evangelho de Jesus de Nazaré. O ministério de evangelista foi concedido por Deus para que, com graça e paixão, as pessoas fossem tocadas pela mensagem do Evangelho. É um carisma de ordem ministerial que o nosso Pai do Céu dispensou ao seu povo. É urgente que a igreja no Brasil proclame o Evangelho simples aos quatro cantos deste país, apontando para temas acerca da salvação, do perdão do pecado em Jesus e do amor ao próximo. É bem possível haver frequentadores de uma igreja evangélica que nunca ouviram falar desses temas.

 
OBJETIVOS: Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

1. Estudar sobre o envio dos setenta.

2. Refletir sobre a tarefa inacabada da Grande Comissão.

3. Compreender o papel do evangelista em o Novo Testamento.

 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para concluir a aula desta semana, reproduza o esquema abaixo. Utilize-o para falar um pouco a respeito da vida de John Wesley, Jonathan Edwards e David Wilkerson. Naturalmente, houve muitos outros homens e mulheres de Deus que igualmente impactaram a própria nação e o mundo com a proclamação do Evangelho e o testemunho de amor ao próximo. Mas queremos neste pequeno espaço refletir um pouco sobre como Deus usou pessoas de forma poderosa para executar o chamado da Grande Comissão. Conclua enfatizando que Deus conta conosco também para dar continuidade a esta tão nobre tarefa.



 
Palavra Chave: Evangelista: Obreiro especialmente vocacionado, a fim de proclamar o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.

INTRODUÇÃO
O ministério de evangelista é dado por Deus à Igreja como um dom valioso. Por isso, o estudaremos procurando vislumbrar como o Senhor Jesus o considerou, e como esse dom ministerial por Deus concedido é tratado em o Novo Testamento, bem como sua destacada operação nas igrejas de Corinto e Éfeso. Temos de Jesus a ordem para pregar o Evangelho, e em sua multiforme sabedoria Deus dispõe para a igreja o poder necessário para proclamar o Evangelho com ousadia.

 
I. JESUS ENVIA OS SETENTA (Lc 10.1-20)

1. São poucos os que anunciam.
Quando Jesus enviou os setenta para anunciarem as boas novas do Reino de Deus na região da Galileia, Ele asseverou: “Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos” (v.2). São poucos porque, primeiramente, os discípulos não podem proclamar a si mesmos ou uma mensagem própria. Em segundo lugar, porque os discípulos do Senhor são enviados a falar única e exclusivamente de Jesus e do Reino de Deus, jamais de si mesmos. Lamentavelmente, ao longo dos séculos, muitos foram aqueles que na Seara do Senhor falaram em seu próprio nome e pregaram a sua própria mensagem. Os discípulos segundo o coração do Nazareno ainda são poucos, mas o Senhor continua a convocar obreiros para a sua seara (v.2b).

 
2. Enviados para o meio de lobos.
Proclamar o Evangelho num mundo contrário à mensagem do Reino de Deus certamente levaria os arautos de Cristo a serem perseguidos. Os setenta que Jesus enviou seriam rejeitados, perseguidos e até ameaçados de morte. A história da igreja nos mostra que pessoas pagaram com a vida por professar a fé em Cristo. Nas últimas décadas, mais cristãos foram mortos no mundo que em qualquer outra época da história da Igreja. Os verdadeiros evangelistas enfrentarão ainda muitas perseguições, sobretudo em países dominados por religiões anticristãs e fundamentalistas. Eles são comparados a cordeiros que se dirigem para o meio dos lobos (v.3).

 
3. Os sinais e as maravilhas confirmam a Palavra.
Os setenta discípulos receberam poder em nome de Jesus para pregar a mensagem do Reino de Deus com graça (vv.9,10; Mt 10.1,8). Quando voltaram da missão, os evangelistas, maravilhados e surpreendidos, diziam: “Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam” (v.17). Mas naquele momento Jesus falou-lhes de uma realidade que eles não compreendiam: aquele poder era para confirmar a Palavra do Reino, não a palavra do homem. O verdadeiro significado de desfrutar da alegria no Espírito não é primeiramente ver milagres, mas saber que através da exposição do Evangelho de poder temos os nossos nomes escritos nos céus (v.20).

 
SINOPSE DO TÓPICO (I): Jesus enviou os setenta para pregar a mensagem do Reino de Deus e deu-lhes poder para confirmar a Palavra.

 
II. A GRANDE COMISSÃO (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20)

1. O alcance da Grande Comissão.
A ordem dada por Jesus aos seus discípulos, após a sua ressurreição, foi: “ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mt 28.19,20). Esta ordem é chamada comumente de A Grande Comissão. É o apelo de Jesus para os discípulos anunciarem o Evangelho até as últimas consequências. Foi nesse “espírito” que o apóstolo Paulo encarou a tarefa da evangelização (1Co 9.16).

 
2. O mundo está dividido em dois grupos.
“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc 16.16). Aqui, o Evangelho de Marcos destaca que há dois grupos de pessoas diante da mensagem de Jesus: Os que creem e os que não creem. Acerca da salvação, os Evangelhos não se preocupam com nacionalidade, raça, sexo ou condição socioeconômica do homem (Gl 3.28). Não há judeu, não há gentio (Rm 3.9,10,23). Toda a humanidade é carente da graça de Deus e precisa decidir o seu futuro eterno crendo ou não no Evangelho.

 
3. A Grande Comissão hoje.
A tarefa da evangelização do mundo está inacabada. Apenas 33% da população mundial é composta por cristãos das várias confissões de fé. Há regiões em que número de cristãos está diminuindo, como na Europa. Recentemente, na Alemanha, cerca de 340 igrejas fecharam as portas; em Portugal, quase 300. A Holanda e a Inglaterra são países considerados “pós-cristãos”. Ainda na Europa, cerca de 1500 templos cristãos foram transformados em mesquitas, restaurantes, bibliotecas e casas de shows. Se a Igreja não experimentar um real e poderoso avivamento espiritual, em poucas décadas a Europa se tornará mulçumana ou o cristianismo não mais a influenciará. Precisamos reevangelizar o continente europeu.

 
SINOPSE DO TÓPICO (II): A Grande Comissão ordenada por Jesus de Nazaré ainda é uma tarefa inacabada.

 
III. O DOM MINISTERIAL DE EVANGELISTA

1. O conceito de evangelista.
O termo “evangelista” deriva do verbo grego euangelizo, isto é, transmitir boas novas (do evangelho). Como dom, refere-se àquele que é chamado para pregar o Evangelho. Foi concedido pelo Pai através de uma capacitação ministerial objetivando propagar o Evangelho de Cristo para toda a humanidade. O evangelista tem paixão pela salvação dos perdidos. Esmera-se por buscar da parte de Deus mensagens inspiradas para tocar os corações e quebrantar a alma dos pecadores.

 
2. O papel do evangelista.
O evangelista é, por excelência, o pregador das boas-novas de salvação. Através da sua mensagem, vidas são alcançadas e conduzidas a Deus. Muitas vezes, o evangelista torna-se um plantador de igrejas, como tem ocorrido em diversos lugares do Brasil e pelo mundo afora. Um evangelista cheio da graça de Deus poderá tocar corações com a mensagem do Evangelho de modo tão convincente que leva o povo a crer e acatar as boas-novas da salvação e ao Salvador Jesus.

 
3. A finalidade do ministério do evangelista.
Da mesma forma que o ministério do apóstolo e do profeta, o do evangelista tem por finalidade preparar os santos do Senhor para uma vida de serviço cristão, bem como à edificação do Corpo de Cristo (Ef 2.20-22). Por isso, espera-se desse obreiro que o fundamento do seu ministério seja Jesus Cristo, o nosso Senhor. Não pode haver outro fundamento, senão Cristo!
O evangelista deve também, em tudo, ser sensível à voz do Espírito Santo. A exemplo de Filipe, o obreiro deve ser obediente ao Senhor, seja para pregar a multidões, seja para falar a uma única pessoa (At 8.6,26-40). Outro aspecto importante desse ministério é a habilidade que o evangelista deve ter na transmissão das boas-novas. O arauto de Deus precisa ser capaz de responder à seguinte pergunta dirigida ao pecador: “Entendes o que lês?” (At 8.30).

 
SINOPSE DO TÓPICO (III): O papel do evangelista é exercer o ministério dado pelo Altíssimo como arauto de Deus.

 
CONCLUSÃO
O dom ministerial de evangelista é concedido por Deus a algumas pessoas conforme o propósito do Espírito Santo para o fortalecimento e a edificação das igrejas locais. Isto, porém, não significa desobrigar os crentes individualmente do labor da evangelização. Todo seguidor de Cristo, isto é, todo aquele que se acha discípulo de Jesus, tem em sua caminhada cristã o firme compromisso de propagar a mensagem do Evangelho. E deste compromisso não pode se apartar um único milímetro. Que Deus levante mais evangelistas para a sua grande seara!

 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

ARAÚJO, Carlos Alberto R. A Igreja dos Apóstolos. 1 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
FERNANDO, Ajith. Ministério dirigido por Jesus. 1 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo: no Antigo e Novo Testamento. 12 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

 
EXERCÍCIOS

1. Segundo a lição, qual a consequência para quem proclama o Evangelho num mundo contrário ao Reino de Deus?
R. Os arautos de Cristo serão perseguidos.

 
2. De acordo com a lição, qual o verdadeiro significado de desfrutar da alegria no Espírito?
R. O verdadeiro significado de alegria no Espírito não é ver milagres, mas saber que através da exposição do Evangelho temos os nossos nomes escritos nos céus (v.20).

 
3. O que é a Grande Comissão?
R. É o apelo de Jesus para os discípulos anunciarem o Evangelho até as últimas consequências.

 
4. Qual é o papel dos evangelistas?
R. O evangelista exerce o papel de pregador das boas novas de salvação. Através do seu anúncio, vidas são alcançadas e reconduzidas a Deus.

 
5. Qual a finalidade do ministério de evangelista?
R. Preparar os santos do Senhor para uma vida de serviço, bem como à edificação do Corpo de Cristo (Ef 2.20-22)

 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I




Subsídio Teológico

“A palavra [evangelista] é encontrada três vezes no Novo Testamento. Os evangelistas estão relacionados junto com os apóstolos, profetas, pastores e doutores, como aqueles que são chamados para compartilhar a construção da igreja (Ef 4.11ss). Filipe foi chamado de ‘o evangelista’ (At 21.8). Embora fosse um dos sete escolhidos para aliviar os apóstolos da tarefa de distribuir alimentos (At 6.5), ele foi especialmente notado por sua atividade evangelizadora. De Jerusalém, ele foi até Samaria e pregou com grande sucesso (At 8.4ss). Dali, foi enviado para evangelizar um oficial da corte etíope, que estava viajando para casa depois de visitar Jerusalém (At 8.26ss). Então pregou o Evangelho desde Azoto até Cesaréia, onde tinha sua casa (At 8.40; 21.8)” (PFEIFFER, Charles F.; REA, John; VOS, Howard F. (Eds.). Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2009, pp.725,26).

 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Teologia Pastoral

“O Evangelho do Reino
A mensagem de Jesus inclui um chamado ao arrependimento, semelhante ao de João Batista (Mc 1.4). Donald English adverte quanto ao perigo de entender o arrependimento de uma forma estreita demais, como os pregadores evangélicos o fazem geralmente. Ele declara: ‘Fundamentalmente isso significa uma mudança de direção, dar meia volta, mudar a mente’. Quando respondemos ao evangelho, mudamos a direção da nossa vida em que deixamos de confiar no ‘eu’ e outros ídolos para confiar em Deus.
Contudo, tanto João Batista quanto Jesus foram bem específicos em relação às coisas das quais as pessoas precisam se arrepender. João disse a distintas categorias de pessoas as diferentes maneiras como podiam expressar seu arrependimento. Ele disse para as multidões: ‘Quem tiver duas túnicas, que reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos, que faça da mesma maneira’. João Batista pediu aos publicanos para não coletar mais do que estavam autorizados a pegar. Disse aos soldados: ‘A ninguém trateis mal, nem defraudeis e contentai-vos com o vosso soldo’ (Lc 3.7-14). Jesus disse ao jovem rico para vender tudo o que tinha e dar o dinheiro aos pobres, para depois disso vir e segui-lo (Lc 18.22-25). As coisas específicas ajudam as pessoas a entender o que o arrependimento envolve.
Tanto João Batista quanto Jesus também foram diretos em advertir seus ouvintes das consequências de não se arrepender. Sabemos que a maioria das declarações da Bíblia sobre o inferno saiu dos lábios de Cristo. [Como] Paulo disse [...] (1Co 6.9,10).
Hoje, muitos de nossos ouvintes reagiriam de modo muito negativo se falássemos da maneira que Jesus e Paulo falavam. Desenvolvemos uma atitude em relação à nossa vida privada que quando os pregadores mencionam especificamente pecados que exigem arrependimento, eles são acusados de ser intrometidos e de estar, de algum modo, fazendo algo inapropriado” (FERNANDO, Ajith. Ministério dirigido por Jesus. 1 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.128).

 
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 
O Ministério de Evangelista
Houve um tempo no Brasil, como na América, que a Igreja Evangélica, principalmente a pentecostal, priorizava o ato de evangelizar. A igreja evangelizava com a graça de Deus e amor visível. Os agentes da evangelização sentiam dor na própria alma em ver pessoas gastando sua juventude naquilo que não traz plena felicidade. Era possível vê-los chorando em favor de uma vida. Angustiando-se pelas pessoas perdidas em pecados. Neste contexto, era possível observar ministros destacando-se por levar essa real experiência até as últimas consequências.
Quem nunca ouviu falar do grande evangelista do século recente, David Wilkerson? Além de verdadeiro profeta, ele ficou conhecido pela evangelização realizada na cidade de Nova Iorque, na Time Square, numa época onde as gangues de rua dominavam a cidade nova-iorquina. O livro “Entre a Cruz e o Punhal”, logo depois transformado em filme, conta a história desse grande evangelista que, pela graça do Pai, ganhou aquelas gangues para Cristo e plantou a maior igreja evangélica da localidade. Eis um exemplo real de um evangelista separado por Deus.
O Dom Ministerial do Evangelista foi repartido pelo Pai para que o arauto de Deus, através da mensagem centralizada na cruz de Cristo, ganhasse pessoas para o reino divino. Uma das maiores características de um evangelista é a sua paixão por pregar às pessoas. Não importa o número, se dezenas, centenas ou milhares. O que importa é pregar Jesus, o crucificado. Esta é a mensagem do bom evangelista.
Sabemos que hoje, pelo advento midiático, muitos evangelistas são tentados em mudar a mensagem da Cruz para uma pregação centralizada no homem. Temos de deixar bem claro a missão de um evangelista: pregar o Evangelho. Anunciar o ministério da reconciliação de Deus com o mundo, porque foi para isso que o Senhor enviou o Filho: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação” (2Co 5.19). Esta é a boa nova que o autêntico evangelista tem de proclamar.
Embora o Senhor nosso Deus separe uns para Evangelista e os dê a sua Igreja, o privilégio de anunciar o Evangelho para o ser humano é de todo aquele que se chama por discípulo de Jesus de Nazaré. Portanto, a distribuição desse dom ministerial deve despertar em nós a consciência do quanto Deus leva a sério esta tão nobre tarefa.