quarta-feira, 2 de julho de 2014

Lição 1 CPAD - 3° Trimestre 2014

 
Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos

 3º Trimestre de 2014

Título: Fé e Obras — Ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica

Comentarista: Eliezer de Lira e Silva

 Lição 1: Tiago — A fé que se mostra pelas obras

 

 
TEXTO ÁUREO: Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma” (Tg 2.17).

VERDADE PRÁTICA: A nossa fé tem de produzir frutos verdadeiros de amor, do contrário, ela se apresenta falsa.

HINOS SUGERIDOS: 18, 47, 93.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Tiago 2.14-26.

14 - Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura, a fé pode salvá-lo?
15 - E, se o irmão ou a irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano,
16 - e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?
17 - Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.
18 - Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.
19 - Tu crês que há um só Deus? Fazes bem; também os demônios o creem e estremecem.
20 - Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?
21 - Porventura Abraão, o nosso pai, não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?
22 - Bem vês que a fé cooperou com as suas obras e que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada,
23 - e cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.
24 - Vedes, então, que o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé.
25 - E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras, quando recolheu os emissários e os despediu por outro caminho?
26 - Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.


INTERAÇÃO
“Fé e obras: Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica” é o tema deste trimestre! Portanto, estudaremos a Epístola de Tiago. O comentarista é o pastor Eliezer de Lira e Silva, conferencista de Escolas Bíblicas e diretor do projeto missionário Ide Ensinai em Moçambique, África.
Ao ler a Epístola Universal de Tiago chegamos à conclusão de que o Evangelho não admite uma vida cristã acompanhada de um discurso desassociado da prática. A nossa fé deve ser confirmada através das obras. Caro professor, de maneira profunda, estude esta epístola, pois, temos um grande desafio: convencer os nossos alunos de que vale a pena levar estes ensinamentos até as últimas consequências.
 
 
OBJETIVOS: Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever as questões de autoria, local, data e destinatário da epístola.
Entender o propósito da epístola.
Destacar a atualidade da epístola.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para iniciar o estudo da Carta de Tiago sugerimos que reproduza o esquema abaixo na lousa, ou em cópias, conforme as suas possibilidades. O esquema é um esboço da epístola a ser estudada. Ele vai auxiliar na análise panorâmica da carta. Neste esquema ainda constam informações como: a estrutura da epístola, autoria, tema, data e uma consideração preliminar. Tenha uma boa aula!
 
ESBOÇO DA CARTA DE TIAGO
 
 

Considerações Preliminares: Tiago é classificada como “epístola universal” porque foi originalmente escrita para uma comunidade maior que uma igreja local. A saudação: “Às doze tribos que andam dispersas” (1.1), juntamente com outras referências (2.19,21), indicam que a epístola foi escrita inicialmente a cristãos judeus que viviam fora da Palestina. É possível que os destinatários fossem os primeiros convertidos em Jerusalém, que, após a morte de Estêvão, foram dispersos pela perseguição (At 8.1) até a Fenícia, Chipre, Antioquia da Síria e além (At 11.19).
 
 
Palavra Chave: Fé: Confiança absoluta em alguém. A primeira das três virtudes teologais: fé, esperança e amor.

INTRODUÇÃO
Neste trimestre, estudaremos a mensagem de Deus entregue aos santos irmãos do primeiro século por intermédio de Tiago, o irmão do Senhor. Assim pode ser resumida a Epístola universal de Tiago: uma carta de conselhos práticos para uma vida bem-sucedida e de acordo com a Palavra de Deus. A espiritualidade superficial, a ausência de integridade, a carência de perseverança e a insuficiência da compaixão para com o próximo são características que permeiam o caminho de muitos crentes dos dias modernos. O estudo dessa epístola é relevante para os nossos dias, pois contempla a oportunidade de aperfeiçoarmos o nosso relacionamento com Deus e com o próximo, levando-nos a compreender que a fé sem as obras é morta (Tg 2.17).

I. AUTORIA, LOCAL, DATA E DESTINATÁRIOS (Tg 1.1)
1. Autoria.
Em primeiro lugar, é preciso destacar o fato de que há, em o Novo Testamento, a menção de quatro pessoas com o nome de Tiago: Tiago, pai de Judas, não o Iscariotes, (Lc 6.16); Tiago, filho de Zebedeu e irmão de João (Mt 4.21; 10.2; Mc 1.19, 10.35; Lc 5.10; 6.14; At. 1.13; 12.2); Tiago, filho de Alfeu, um dos doze discípulos (Mt 10.3; Mc 3.18; 15.40; Lc 6.15; At 1.13) e, finalmente, Tiago, o autor da epístola, que era filho de José e Maria e meio-irmão do nosso Senhor (Mt 1.18,20). Após firmar os passos na fé e testemunhar a ressurreição do Filho de Deus, o irmão do Senhor liderou a Igreja em Jerusalém (At 15.13-21) e, mais tarde, foi considerado apóstolo (Gl 1.19). Pela riqueza doutrinária da carta, o autor não poderia ser outro Tiago, senão, o irmão do Senhor e líder da Igreja em Jerusalém.
 
2. Local e data.
Embora a maioria dos biblistas veja a Palestina, e mais especificamente Jerusalém, como local mais indicado de produção da epístola, tal informação é desconhecida. Sobre a data, tratando-se do período antigo da era cristã, sempre será aproximada. Por essa razão, a Bíblia de Estudo Pentecostal data a produção da carta de Tiago entre os anos 45 a 49 d.C., aproximadamente.
 
3. Destinatário.
“Às doze tribos que andam dispersas” (Tg 1.1). Há muito a estrutura política de Israel perdera a configuração de divisão em tribos. Assim, em o Novo Testamento, a expressão “doze tribos” é um recurso linguístico que faz alusão, de forma figurativa, à nação inteira de Israel (Mt 19.28; At 26.7; Ap 21.12). Todavia, ao usar a fórmula “doze tribos”, na verdade, Tiago refere-se aos cristãos dispersos na Palestina e variadas igrejas estabelecidas em outras regiões, isto é, todo o povo de Deus espalhado pelo mundo.

SINOPSE DO TÓPICO (I): O autor da epístola é Tiago, o meio-irmão de Jesus. A carta foi escrita provavelmente em Jerusalém, entre os anos 45 e 49 d.C. e dirigida aos cristãos dispersos da Palestina bem como as igrejas de outras regiões.
 
II. O PROPÓSITO DA EPÍSTOLA DE TIAGO
1. Orientar.
Em um tempo marcado pela falsa espiritualidade e egoísmo, as orientações de Tiago são relevantes e pertinentes. Isso porque a Escritura nos revela o serviço a Deus como a prática concreta de atitudes e comunhão: guardar-se do sistema mundano (engano, falsidade, egoísmo, etc.) e amar o próximo. Assim, através de orientações práticas, Tiago almeja fortalecer e consolar os cristãos, exortando-os acerca da profundidade da verdadeira, pura e imaculada religião para com Deus a qual é: a) visitar os órfãos e as viúvas nas tribulações; b) não fazer acepção de pessoas e c) guardar-se da corrupção do mundo (Tg 1.27).

2. Consolar.
Numa cultura onde não se dobrar a César, honrando-o como divindade, significava rebelião à autoridade maior, os crentes antigos foram impiedosamente perseguidos, humilhados e mortos. Entretanto, a despeito de perder emprego, pais, filhos e sofrer martírios em praças públicas, eles se mantiveram fiéis ao Senhor. Por isso, a epístola é, ainda hoje, um bálsamo para as igrejas e crentes perseguidos espalhados pelo mundo (Tg 1.17,18; 5.7-11).
 
3. Fortalecer.
Além das perseguições cruéis, os crentes eram explorados pelos ricos e defraudados e afligidos pelos patrões (Tg 5.4). Apesar de a Palavra de Deus condenar com veemência essa prática mundana, infelizmente, ela ainda é muito atual (Ml 3.5; Mc 10.19; 1Ts 4.6). A Epístola de Tiago não foge à tradição profética de condenar tais abusos, pois, além de expor o juízo divino contra os exploradores, o meio-irmão do Senhor exorta os santos a não desanimarem na fé, pois há um Deus que contempla as más atitudes do injusto e certamente cobrará muito caro por isso. A queda de quem explora o trabalhador não tardará (Tg 5.1-3).

SINOPSE DO TÓPICO (II): O propósito geral da epístola de Tiago era orientar, consolar e fortalecer a Igreja de Cristo que estava sendo perseguida.
 
III. ATUALIDADE DA EPÍSTOLA
 
 
1. Num tempo de superficialidade espiritual.
Outro propósito da epístola é levar o leitor a um relacionamento mais íntimo com Deus e com o próximo. A carta traz diversas citações do Sermão do Monte como prova de que o autor está em plena concordância com o ensino de Jesus Cristo. Tiago chama a atenção para a verdade de que se as orientações de Jesus não forem praticadas, o leitor estará fora da boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Portanto, a Igreja do Senhor não pode abandonar os conselhos divinos para desenvolver uma espiritualidade sadia e profunda.
 
2. Num tempo de confusão entre “salvação pela fé” ou “salvação pelas obras”.
O leitor desavisado pode pensar que a Epístola de Tiago contradiz o apóstolo Paulo quanto à doutrina da salvação mediante a fé. Nos tempos apostólicos, falsos mestres torceram a doutrina da salvação pela graça proclamada pelo apóstolo dos gentios (2Pe 3.14-16 cf. Rm 5.20—6.4). Entretanto, a Epístola de Tiago evidencia que não se pode fazer separação entre a fé e as obras. Apesar de as obras não garantirem a salvação, a sua manifestação dá testemunho da experiência salvífica do crente (Ef 2.10; cf. Tg 2.24).
 
3. Uma fé posta em prática.
Muitos dizem ser discípulos de Cristo, mas estão distantes das virtudes bíblicas. Estes não evidenciam sua fé por intermédio de suas atitudes. Os pseudodiscípulos visam os seus interesses particulares e não a glória de Deus. Precisamos urgentemente priorizar o Reino de Deus e a sua justiça (Mt 6.33). Tiago nos ensina, assim como João Batista (Lc 3.8-14), que precisamos produzir frutos dignos de arrependimento.

SINOPSE DO TÓPICO (III): Num tempo de superficialidade espiritual e de confusão entre “salvação pela fé” e “salvação pelas obras”, a epístola de Tiago é uma mensagem atual sobre a fé posta em prática.

CONCLUSÃO:
Como em toda a Escritura Sagrada, a Epístola de Tiago é um farol acesso e permanentemente atual. Ela nos alerta contra a mediocridade da vida supostamente cristã e nos exorta a fazer das Escrituras o nosso pão diário. Jesus Cristo sempre foi zeloso pelo bem estar do seu rebanho (Jo 10.10). Em todas as épocas Ele é o bom pastor que cuida das suas ovelhas (Jo 10.11). É do interesse do Mestre que os discípulos vivam em harmonia e amor mútuo, afim de não trazerem escândalo aos de dentro e, muito menos, aos de fora (1Co 10.32). E não nos esqueçamos: A religião pura e imaculada é a fé que se mostra através de nossas práticas e obras.
 
VOCABULÁRIO
Compatriota: Que se origina da mesma terra.
Dispersa: Espalhada, separada. Imaculada: Pura, sem qualquer mancha.
Pseudodiscípulos: Falsos discípulos.
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2007.
STAMPS, Donald C (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo Testamento. RJ: CPAD, 1995.

STRONSTAD, Roger; ARRINGTON, French L. (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2 ed., RJ: CPAD, 2004.

EXERCÍCIOS
1. Quem é o autor da Epístola de Tiago?
R. Tiago, filho de José e Maria e meio-irmão do nosso Senhor.

2. Quem são os destinatários da Epístola de Tiago?
R. Os cristãos dispersos na Palestina e variadas igrejas estabelecidas em outras regiões, isto é, todo o povo de Deus espalhado pelo mundo.

3. Segundo a lição, quais são os propósitos da Epístola de Tiago?
R. Orientar, consolar e fortalecer a Igreja de Cristo.

4. O que provam as várias citações do Sermão da Montanha na Epístola de Tiago?
R. Que o autor está em plena concordância com o ensino de Jesus Cristo.

5. Por que não podemos fazer separação entre a fé e as obras?
R. Porque apesar de as obras não garantirem a salvação, a sua manifestação dá testemunho da experiência salvífica do crente (Ef 2.10; cf. Tg 2.24).

 
 
 
 


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Bibliológico
“Deve ser observado que existem resultados mais abençoados e reais quando um indivíduo realmente confia no Senhor Jesus Cristo. Há não apenas uma mudança de posição diante de Deus (justificação), mas há o início da obra redentora e santificadora de Deus. Embora a transformação da vida não seja a base da salvação, ela é a evidência da salvação. E sem tal evidência (em maior ou menor grau) deve ser levantada uma questão quanto à autenticidade da fé do indivíduo. [...]
As boas obras de um cristão são o resultado e a evidência da autenticidade da sua fé. É o entendimento deste fato que resolverá o problema de alguns quanto a uma alegada discrepância entre Paulo e Tiago. Paulo certamente relaciona as boas obras com a fé (Ef 2.8-10). Fica claro que Tiago está falando da justificação diante dos homens (Tg 2.18 — ‘mostra-me’, ‘te mostrarei’; v.22 - ‘bem vês’; v.24 - ‘vedes’; v.26), e que a fé é provada pelas obras (v.22)” (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2009, pp.779,80).
 
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Tiago — Fé que se mostra pelas obras
O tema deste trimestre é “Fé e Obras: Ensino de Tiago para uma vida cristã autêntica”. Por isso, ao professor não poderá faltar algumas obras literárias para o bom desenvolvimento do trabalho educativo, como, por exemplo, várias versões da Bíblia (pelo menos quatro); um bom Dicionário Bíblico; um Dicionário Teológico e um Comentário Bíblico.
Por que usarmos diferentes versões bíblicas para interpretar cuidadosamente as Escrituras? Ora, apesar de boas e fieis ao original do texto bíblico, algumas versões apresentam, por exemplo, problemas de linguagem arcaica, que não se adequa à contemporaneidade da língua portuguesa (cf. Caridade / Amor — 1 Co 13). Quando comparamos as várias versões da epístola de Tiago, podemos compreender os textos de razoável dificuldade interpretativa. Por isso é que sugerimos ao menos quatro das muitas versões disponíveis em língua portuguesa: a ARC (Almeida Revista Corrigida); a ARA (Almeida Revista Atualizada); a NVI (Nova Versão Internacional); e outra (poder ser até mesmo uma tradução católica da Bíblia, como TEB — Tradução Ecumênica da Bíblia — ou a Bíblia de Jerusalém).
O Dicionário Bíblico lhe auxiliará para a compreensão de algum termo das Escrituras. Por exemplo, a carta de Tiago cita a palavra “obra”. Mas a que Tiago se refere ao usar o termo “obra”? Às Obras da Lei ou à “Ação de Misericórdia”? Os artigos de um bom Dicionário Bíblico (sugerimos o Dicionário Bíblico Wycliffe, editado pela CPAD) desenvolvem a exaustão os termos bíblicos dessa natureza.
Para compreendermos a linguagem teológica de uma palavra contextualizada à doutrinas bíblicas, o Dicionário Teológico muito lhe ajudará (sugerimos o Dicionário Teológico, editado pela CPAD). Dominarmos os conceitos doutrinários de Salvação, Lei, Graça etc., e os seus desdobramentos, é de grande relevância para quem estuda a Epístola de Tiago. Ademais, não podemos confundir os conceitos teológicos que, ao mesmo tempo, aparecem na carta de Tiago e nas de Paulo.
Por último, um bom Comentário da Epístola de Tiago (sugerimos O Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento, editado pela CPAD) para remontarmos o contexto histórico, social, cultural, econômico e exegese da epístola. Mas, antes de tudo, sugiro-lhe ler as treze lições do trimestre em uma única leitura. Este processo lhe ajudará a desenvolver o panorama do assunto de maneira mais eficaz. Faço votos de que você e a sua classe cresçam no estudo desta belíssima carta que é a Epístola de Tiago!
 
AUXÍLIOS COMPLEMENTARES

INTRODUÇÃO

Durante três meses iremos estudar a carta de Tiago que difere das outras cartas do Novo Testamento pelo seu estilo, conteúdo e apresentação. A carta demorou a ser incluída no cânon do Novo Testamento. Martinho Lutero descreveu-a como uma epístola de palha. Mas todos, que confiando em sua inspiração divina e no fato de que é a Palavra de Deus, serão ricamente compensados pela meditação e aplicação à vida de suas palavras. Agostinho confessou para Deus: “O que tuas Escrituras dizem, tu dizes!”. Kierkegaard tinha Tiago como sua Escritura predileta.
A carta de Tiago é um dos livros mais atuais e necessários para a igreja contemporânea. Tiago é comparado ao Sermão do Monte. Ele tem princípios práticos. Ele tange os grandes temas da vida cristã de forma clara, direta e rica. Tiago está preocupado com a prática do Cristianismo.
Para ele não basta ter um credo, fazer uma profissão de fé ortodoxa; é preciso viver de forma digna de Deus.
O estudo deste livro desafiará você a fazer um balanço de sua vida, um diagnóstico de sua experiência cristã. É impossível colocar-se diante do espelho deste livro sem identificar a necessidade de sermos corrigidos por Deus.
 
I. AUTORIA, LOCAL, DATA E DESTINATÁRIOS (Tg 1.1)
 
 
1. Autoria. O prefácio indica que o autor da Epístola de Tiago foi Tiago, servo de Deus, e do Senhor Jesus Cristo. Mas quem era esse Tiago? Dos quatro principais indivíduos que tinham esse nome no Novo Testamento, só dois foram apresentados como possíveis autores desta epístola — Tiago, filho de Zebedeu, e Tiago, o irmão do Senhor. O primeiro é um candidato improvável. Sofreu o martírio em 44 A.D., e não há nenhuma evidência de que ocupasse posição de liderança na igreja, que lhe desse a autoridade de escrever esta carta geral. Embora Isidoro de Sevilha e Dante achassem que ele foi o autor do livro, esta identidade não tem sido largamente aceita em nenhum período da igreja.
A opinião tradicional identifica o autor como sendo Tiago, o irmão do Senhor. A semelhança da linguagem da epístola com as palavras de Tiago em Atos 15, a forte dependência do escritor da tradição judia, e a consistência do conteúdo de sua carta com as notícias históricas que o Novo Testamento dá em relação a Tiago, o irmão do Senhor, tudo tende a apoiar a autoria tradicional.
 
 
2. Local e data. Muitas são as opiniões prevalecentes sobre a data de Tiago. Aqueles que aceitam a autoria tradicional costumam datá-la entre o meio dos anos quarenta e o começo de sessenta (exatamente antes da morte de Tiago). Já foi datada tardiamente, como 150 A.D., por aqueles que defendem a teoria do “Tiago desconhecido” ou de um pseudônimo.
Embora não possamos ser dogmáticos a respeito da época em que foi escrita, um número de fatores apontam para uma data mais precoce. As condições sociais reveladas na epístola, especialmente a separação aguda existente entre os ricos e os pobres, sugere uma data antes da destruição de Jerusalém. A escatologia revelada também aponta para uma data precoce. A expectativa da volta do Senhor aumenta de intensidade com o que foi encontrado em I e II Tessalonicenses.
A passagem mais difícil para datar o livro é a famosa passagem que fala da fé e das obras (Tg 2.14-26). Para entender estes versículos o leitor deve se familiarizar com certas fórmulas paulinas; por isso é difícil crer que o autor de 2.14-26 estivesse refutando Paulo. Isto envolveria uma quase inconcebível má interpretação da doutrina paulina da justificação pela fé. A passagem se explica melhor como ocasionada por uma má interpretação de Paulo, não da parte do autor da epístola, mas da parte dos seus leitores. Tal má interpretação teria mais provavelmente surgido bem no início do ministério de pregação pública de Paulo. De acordo com o livro de Atos, a primeira pregação pública mais extensa de Paulo aconteceu em Antioquia (Atos 11.26). O ministério de um ano aconteceu antes da visita por ocasião da fome em Jerusalém em cerca de 46 (cf. At 11.27-29; Gl 2.1-10) e a perseguição herodiana em 44. Quanto tempo se passou até que a má interpretação e a aplicação errônea da doutrina da justificação pela fé apresentada por Paulo chamasse a atenção de Tiago, não sabemos. A vista do fato dos judeus, cristãos e não cristãos, de todo o mundo mediterrâneo, estarem constantemente se movimentando para Jerusalém e fora dela, provavelmente não foi muito tempo depois. Uma data em cerca de 44 para a epístola, durante ou imediatamente à perseguição herodiana, se encaixaria melhor em todos os fatores conhecidos.
Embora um número de sugestões opostas tenham sido apresentadas de vez em quando, poucas são as dúvidas de que Tiago a escreveu na Palestina. Especialmente pelo colorido sugerido, o escritor indica que ele é um palestiniano (cf. 1.10,11; 3.11,12; 5.7).
 
 
3. Destinatário. Essa carta foi dirigida às “doze tribos dispersas” entre as nações (literalmente “na dispersão / Diáspora”; 1.1). Essa referência é claramente simbólica, se considerarmos que a estrutura tribal de Israel havia cessado de ser um conjunto literal de doze tribos desde pelo menos a conquista Assíria do Reino do Norte em 722 a.C. A questão que se apresenta, então, é: Até que ponto Tiago estende aos seus leitores os elementos metafóricos de sua designação?
A interpretação mais “literal” da saudação é que cópias dessa carta foram enviadas aos judeus (às “doze tribos”) que estavam vivendo fora da Palestina (“dispersos entre os gregos”; cf. Jo 7.35). No entanto, levando em conta que a carta obviamente não representa um tratado evangelístico destinado a converter os judeus ao cristianismo, esse entendimento pode ser rapidamente excluído. Os destinatários são apresentados como já possuindo a fé em Jesus Cristo (2.1) e, sendo assim, a linguagem a respeito das “doze tribos” é geralmente aceita como simbolizando a crença de que os cristãos são agora o povo de Deus, e formam o novo Israel ou o Israel espiritual.
Como deveríamos compreender a descrição literária de estarem “dispersos”? Sabemos que alguns dos primeiros cristãos consideravam-se como o povo escolhido de Deus, que havia sido “disperso” ou “espalhado” através de um mundo mau, e que ansiavam retornar ao seu lar espiritual ao lado de Deus (1Pe 1.1; cf. Fp 3.20; Hb 11.13; 13.14). Embora Tiago estivesse preocupado com as diferenças entre o que é “terreno” e o “que vem do alto” (3.15), ele não desenvolve especificamente essa imagem dos cristãos como alienígenas espirituais em um mundo cruel. Consequentemente, alguns intérpretes que adotam a opinião tradicional sobre a sua autoria sugeriram que a carta foi enviada de Jerusalém aos cristãos que haviam sido dispersos pela perseguição (cf. At 8.1; 11.19,20). Novamente, porém, a história da demora na aceitação da carta no cânon não vem em apoio a essa conclusão que, desde o início, foi amplamente divulgada.
Nossos comentários adotam a posição de que Tiago não só se referiu a seus leitores como uma “Diáspora” no sentido metafórico, mas que nessa carta ele também desenvolveu a metáfora de uma forma bastante particular. Tiago acreditava que seus leitores haviam se tornado “dispersos” por terem se “desviado da verdade” (5.19). Porém, como Tiago tinha conhecimento e preocupações muito especiais a respeito dos destinatários, é provável que a carta tenha sido dirigida a uma única congregação, com a qual mantinha um relacionamento pessoal.
As evidências já discutidas em relação à origem e à data da carta sugerem que essa congregação estava localizada em algum lugar da região da Palestina. Em vista da variedade das questões discutidas nessa breve carta — inclusive assuntos relacionados à classe rica, pobre e de mercadores (2.1-9,15,16; 4.13-15; 5.1-6) — a Igreja parece ter abrangido um significativo âmbito da sociedade, pelo menos em seus contatos, se não também no tocante a seus membros. Pode, inclusive, ter havido algumas tensões dentro da congregação a respeito de assuntos relacionados à posição social e autoridade (3.1,2; 4.1,11,12).
 
II. O PROPÓSITO DA EPÍSTOLA DE TIAGO
 
 
1. Orientar. Tiago observa que a fé precisa crescer juntamente com a estatura física do cristão. Não é possível que uma fé cresça sem que ela seja alimentada ao longo da vida pois, ao contrário, vai ficando subnutrida e raquítica com o mínimo de alimento que lhe é oferecida, ou até, chega a desfalecer no coração. Por isso esta carta traz verdadeiras orientações espirituais a fim de que os cristãos primitivos pudessem crescer a cada dia. Da mesma forma que, para chegar a uma faculdade é preciso cursar o Ensino Fundamental e Médio, a fim de que tenhamos conhecimentos básicos para acompanhar um curso superior, assim também acontecia com a vida daqueles cristãos, eles precisavam de ensinos básicos sobre o cristianismo e aprofundamento da fé, como veremos nas lições seguintes.
 
 
2. Consolar. A palavra “consolar”, aqui, (gr. paraklesis), significa colocar-se ao lado de uma pessoa, encorajando-a e ajudando-a em tempos de aflição. Tiago aqui desempenha esse papel, pois Ele envia esta epístola trazendo-lhes palavras de consolo. O apóstolo aprendeu, nas suas muitas aflições, que nenhum sofrimento, por severo que seja, poderá separar o crente dos cuidados e da compaixão do seu Pai celeste. DEUS, às vezes, permite que haja aflições em nossa vida, a fim de que, tendo experimentado seu consolo, possamos também consolar outros nas suas aflições. Nosso sofrimento não é primeiramente motivado por desobediência, mas constantemente causado por Satanás, pelo mundo e pelos falsos crentes, à medida que participamos da causa de CRISTO.
No Salmo 119.143, o salmista nos ensina que a palavra de Deus sempre é mais forte que a angústia: “Sobre mim vieram tribulação e angústia, todavia os teus mandamentos são o meu prazer”. A angústia está presente, mas a alegria na palavra de Deus é maior. Uma outra tradução diz: “Fiquei cercado por sofrimento e desespero, mas os teus mandamentos foram a minha grande alegria”. O poder de Deus também sempre é maior do que a angústia: “Se ando em meio à tribulação, tu me refazes a vida; estendes a mão contra a ira dos meus inimigos, e a tua destra me salva” (Sl 138.7). No Novo Testamento, Paulo confirma essa gloriosa verdade: “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?... Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem cousas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 8.35,38,39).
 
 
3. Fortalecer. Nos tempos do Império Romano, o culto aos deuses pagãos e ao imperador fazia parte da vida de todo o mundo. Dois problemas surgiam disto. Primeiro, porque eles não participavam dos rituais pagãos, mas tendiam a se isolar, os cristãos eram considerados anti-sociais. Quando a polícia imperial interessou-se por eles, eles se tornaram mais reservados, o que acrescentou ainda mais combustível à fogueira. Eles foram associados aos collegia — clubes ou sociedades secretas — e os líderes suspeitavam desses grupos, devido à ameaça de sedição. Em segundo lugar, visto como os cristãos não queriam participar das atividades religiosas que, conforme se acreditava, aplacavam os deuses, eles tornaram-se uma ameaça à própria felicidade da comunidade. Diante de tudo isso as perseguições começaram a surgir.
Uma das partes mais difíceis da vida cristã é o fato de que se tornar um discípulo de Cristo não nos torna imunes a provações e tribulações da vida. As provações e tribulações que Ele permite em nossas vidas fazem parte de tudo que coopera para o nosso bem. Portanto, para o crente, todas as provações e tribulações devem ter um propósito divino. O apóstolo escrevia a sua epístola também com o propósito de conscientizá-los desta verdade afim de que eles tivessem a sua fé fortalecida.
 
III. ATUALIDADE DA EPÍSTOLA
1. Num tempo de superficialidade espiritual. Parece que Tiago via a assustadora superficialidade espiritual do chamado povo de Deus em relação ao que está acontecendo no meio da Igreja Evangélica dos dias atuais. Num passado não muito distante, o crente era conhecido pelo seu vocabulário, pela forma de se vestir e pela sua postura ética. Hoje o que vemos é um grande número de pessoas dizendo-se cristãs, mas vivendo sem nenhum compromisso com Deus, interessadas apenas em seu bem estar, correndo atrás da prosperidade, não para abençoar outros irmãos, mas porque estão pensando apenas em si mesmas.
Escândalos após escândalos relacionados a dinheiro e sua gestão no ambiente da chamada “fé” aumenta o buraco da indiferença, do cinismo, da mornidão espiritual, do deboche, do escárnio, da irreverência, da falta de amor, da omissão e muitas vezes traz a morte da esperança.
A Igreja atual está cheia de um povo sem fidelidade a Deus, um povo sem Bíblia, sem compromisso com a verdade. O que muitos levam para a igreja é uma sacola contendo garrafa de água ou roupa de alguém para “benzer”. Consequentemente a igreja formada por este tipo de pessoas torna-se uma instituição sem doutrina, sem raízes, caracterizada pela rotatividade dos membros. A porta dos fundos acaba sendo maior que a da frente.
Infelizmente o que vemos são pessoas que sequer são religiosas, mas possuem uma ética comportamental melhor que a de muitos cristãos. O que vemos são empresários cristãos, dignos, evitando contratar seus “irmãos em Cristo”, em razão do mau testemunho que apresentam.
Jesus disse que o joio cresceria no meio do trigo. Tem joio demais na igreja de hoje. A liderança precisa tomar uma posição, voltar a refletir o temor de Deus. A liderança precisa voltar a profetizar “assim diz o Senhor” e não o que temos ouvido de muitos, “assim dizem os senhores”, grandes dizimistas ou detentores de algum tipo de poder natural.
Boa parte da liderança e crentes de hoje, estão trocando seu direito de primogenitura por um prato de lentilhas. São os vendilhões do templo, trocam o eterno pelo passageiro. A igreja está adoecida, em razão de sua própria promiscuidade e superficialidade espiritual.
Precisamos devolver o lugar da Bíblia na Igreja. Mas Bíblia pura; precisamos voltar à Palavra, precisamos de líderes que tenham coragem de dizer: isto é pecado! A Igreja precisa ser uma igreja pura, que reflita o amor de Deus. Formada por verdadeiros redimidos, por gente comprometida com Deus, que ama mais a Cristo que a própria vida e não mais a própria vida que Cristo.
 
 
2. Num tempo de confusão entre “salvação pela fé” ou “salvação pelas obras”. As escrituras ensinam claramente que somos salvos (justificados) pela fé em Cristo e o que Ele fez na cruz. Somente essa fé nos salva. Porém, não podemos parar aqui sem averiguar o que Tiago diz em Tiago 2.24: “Vedes então que é pelas obras que o homem é justificado, e não somente pela fé”.
Tiago começa essa parte usando um exemplo de alguém que diz ter fé, mas não tem obras. “Que proveito há, meus irmãos se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura essa fé pode salvá-lo?” (Tg 2.14). Em outras palavras, Tiago está tratando de uma fé morta, uma fé que não é nada mais do que um pronunciamento verbal, uma confissão pública vinda da mente, que não vem do coração. É vazia, sem vida e sem ação. Ele começa com essa negação, e demonstra o que uma fé vazia significa (versículos 15-17, palavras sem ações).
Em suma, Tiago está examinando dois tipos de fé: uma que leva a obras de Deus, e uma que não leva. Uma é verdadeira, outra é falsa. Uma é morta, outra é viva; daí “a fé sem as obras é estéril” (Tg 2.20). Porém, ele não está contradizendo os versículos acima que dizem que salvação e justificação são alcançadas somente pela fé.
Além disso, note que Tiago cita o mesmo versículo que Paulo cita em Romanos 4.3 juntamente com vários outros versículos que lidam com justificação pela fé. Tiago 2.23 diz: “E creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça, e foi chamado amigo de Deus”. Se Tiago estivesse tentando ensinar uma doutrina sobre fé e obras que estivesse em contradição com os outros escritores do Novo Testamento, ele não teria usado Abraão como exemplo. Logo, podemos ver que justificação é somente pela fé, e que Tiago estava falando a respeito de uma fé falsa, e não de uma fé verdadeira, quando ele diz que não somos justificados somente pela fé.
 
 
3. Uma fé posta em prática. A mensagem de Tiago é direta, objetiva e acima de tudo prática. Diferente das epístolas de Paulo, Pedro e João, a carta de Tiago não inclui saudações pessoais. As exortações começam no segundo versículo e continuam até o último.
Os temas abordados nos cinco capítulos de Tiago são diversos, todos focando a importância de viver a prática da fé:
 
  •   Capítulo 1: Enfatiza as atitudes certas diante de provações e tentações e chama os leitores a serem praticantes, e não apenas ouvintes, da palavra do Senhor.
  •   Capítulo 2: Aborda dois assuntos: (1) a condenação de preconceitos socioeconômicos na igreja e (2) a necessidade de obras que demonstram a autenticidade da fé.
  •   Capítulo 3: Apresenta uma das advertências mais fortes do Novo Testamento sobre o uso errado da língua e nos chama a buscar a sabedoria divina.
  •   Capítulo 4: Condena várias atitudes carnais que atrapalham o serviço a Deus.
  •   Capítulo 5: Encerra a epístola com várias instruções que exigem uma perspectiva eterna e espiritual, e não materialista e carnal.
 
Encontramos em Tiago instruções simples, diretas e valiosas. Tratando das provações, ele disse: “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança” (Tg 1.2-3). Sobre a obediência à palavra de Deus, Tiago escreveu: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tg 1.22). E para combater a noção de salvação pela fé sem a obediência, acrescentou: “Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente... Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta” (Tg 2.24,26).
Tiago mostrou sua preocupação com o perigo de alguém abandonar a fé em Cristo, e encerrou a carta com orientações sobre o resgate dos desviados: “Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados” (Tg 5.19-20).
Do começo ao fim, o livro de Tiago apresenta instruções práticas que podem e devem ser aplicadas em nossas vidas a cada dia.
 
CONCLUSÃO
Para a fé funcionar, devemos deixar Deus obrar a sua verdade dentro de nós! Não é o suficiente saber o que o Senhor diz e concordar com Ele. Um campo inculto é aquele em que não há lavoura, nem plantio, ou colheita, e Deus não deixa que Seus campos permaneçam vazios.
Fé em ação é um como a terra que está sendo lavrada, plantada e colhida pela Palavra e pelo Espírito de Deus. Para a fé funcionar, devemos estar dispostos a entrar em ação. Deus tem uma grande colheita, mas poucos trabalhadores. O Senhor da seara está à procura de pessoas que estão dispostas a testar a sua fé por sair para o campo e trabalhar com Ele. E não nos esqueçamos: A religião pura e imaculada é a fé que se mostra através de nossas práticas e obras, pois fé é um encontro com Jesus Cristo, com Deus, e dali nasce e leva ao testemunho. É isso que o Apóstolo quer dizer: uma fé sem obras, que não envolva, que não leve ao testemunho, não é fé. São palavras e nada mais que palavras.


 
 
 
 

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