Lições
Bíblicas CPAD / Adultos
Título: Jesus, o Homem Perfeito — O Evangelho de Lucas,
o médico amado
Lição 8: O poder de
Jesus sobre a natureza e os demônios
Data: 24 de Maio de 2015
TEXTO ÁUREO:“E disse-lhes: Onde está a vossa fé? E eles, temendo, maravilharam-se,
dizendo uns aos outros: Quem é este, que até aos ventos e à água manda, e lhe
obedecem?” (Lc 8.25).
Abaixo, os objetivos
específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por
exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I. Destacar o aspecto
sobrenatural da pessoa de Jesus.
II.
Apresentar a realidade bíblica da existência dos demônios.
III.
Explicar o aspecto limitado dos demônios.
IV. Mostrar que a obra
de Jesus é oposta à dos demônios.
Caro professor, sobre a pessoa de Jesus, a Bíblia diz: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.5-8). Esse texto ressalta a dimensão humana de Jesus, o Deus que se tornou homem. Entretanto, a sua natureza humana não se confunde com a divina: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.9-11). Assim, a presente lição objetiva demonstrar o poder de Jesus Cristo sobre a Criação e sobre os demônios. Ele, o Filho, estava presente quando da criação de todas as coisas (Jo 1.1-3).
Nesta lição, estudaremos os relatos que mostram o poder de Jesus sobre as forças da natureza e, também, sobre os demônios. Até aqui os discípulos já tinham visto Jesus curando doentes e libertando pessoas oprimidas pelo Diabo. Todavia, eles ainda não haviam visto o Mestre dominando as forças da natureza, nem tampouco alguém que andava nu e vivia nos sepulcros ser devolvido ao seu convívio familiar.
Estes fatos ocorreram quando Jesus acalmou uma tempestade e libertou o endemoninhado gadareno. Em ambos os relatos, vemos as manifestações do poder e da misericórdia de nosso Senhor, que sempre procurou o bem do homem, nem que para isso fosse necessário repreender as leis físicas do Universo ou quebrar o poder de Satanás.
1. Poder
sobre a natureza.
Até este ponto, Lucas já havia
mostrado Jesus exercendo poder sobre demônios e enfermidades (Lc 4.31-44).
Agora, ele o mostra exercendo o seu poder sobre as forças da natureza (Lc
8.23-25).A tempestade surge, aqui, como uma força impessoal revelando que a harmonia original da criação se perdeu. Nesse momento, ela se levanta como uma força poderosa que precisa ser detida. Ao receber a voz de comando do Filho de Deus, as forças descontroladas da natureza param. Jesus põe ordem no caos. A cena foi tão dramática para os discípulos, que arrancou deles a pergunta: “Quem é este que até aos ventos e a água manda?”.
2. Poder
sobre os demônios.
Se a natureza é uma força
impessoal, o mesmo não pode se dizer do Diabo. A Bíblia mostra que ele é um ser
pessoal, isto é, dotado de personalidade. Jesus e seus discípulos tiveram que
enfrentá-lo muitas vezes. Ainda quando descrevia o relato da tentação de
Cristo, Lucas informa que Satanás ausentou-se de Jesus “por algum tempo” (Lc
4.13). Jesus derrotou o Diabo na tentação do deserto, mas depois disso teve
outros embates com ele. De fato, a Escritura registra vários casos de pessoas
oprimidas e possessas de demônios que tiveram um encontro com Jesus e seus
discípulos (Lc 4.33-37,41; 6.18; 7.21; 8.27; 9.39; 10.17-19; 11.14; 13.11). Em
todos os casos, tais pessoas foram libertas e Satanás derrotado.Prezado professor, importa ressaltar neste tópico o aspecto divino e humano de Jesus. Divino porque Ele dá ordem à Criação. Embora achado na forma de homem, Jesus Cristo controlou a tempestade, revelando não apenas o seu lado divino, mas humano também. Nosso Senhor sente compaixão das pessoas que necessitam do seu socorro. Ele compungiu-se com a situação do jovem possesso por demônios, pois desejou trazê-lo de volta ao seu estado de juízo perfeito. Jesus devolveu aquele jovem para ele mesmo, para a sua família e para a sociedade.
Outro ponto importante a destacar neste tópico é que o apaziguamento da tempestade é a primeira de uma série de quatro milagres no capítulo 8 de Lucas: Jesus apazigua a tempestade (8.22-25); liberta o endemoninhado de Gadara (8.26-39); ressuscita a filha de Jairo (8.40-42,49-56); e cura a mulher com fluxo hemorrágico (8.43-48).
1. Uma
realidade bíblica.
A Bíblia desconhece a
ideia de um Diabo mitológico ou que é um produto da cultura humana. Nas
Escrituras, Satanás e seus demônios são mostrados como seres reais. Uma das
mais poderosas armas usadas pelo Diabo é tentar mostrar que ele não existe. A
Bíblia, no entanto, trata Satanás e seus demônios como seres dotados de
pessoalidade. O próprio Cristo enfrentou pessoalmente Satanás no deserto e o
derrotou (Lc 4.1-13). Jesus também revelou que o Diabo possui um reino e que
trabalha de forma organizada (Lc 11.18). Tal reino é tão “organizado” que o
apóstolo Paulo mostra que esse reino maligno está organizado de forma
hierárquica (Ef 6.10-12).
2. Uma
realidade experimental.
Na Palestina do primeiro
século, a presença de pessoas oprimidas ou possuídas por demônios era uma
realidade do dia a dia. No Evangelho de Lucas, encontramos dezenas de textos
mostrando essa verdade (Lc 4.41; 6.18). Lucas diz que Jesus curou muitos de
moléstias (Lc 7.21). Além disso, registra ainda que Jesus repreendeu espíritos
imundos (Lc 9.42); e que via a queda de Satanás em cada demônio que era expulso
(Lc 10.17,18). À luz da Bíblia, não há, pois, como negar a realidade dos
demônios.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, após expor o respectivo tópico,
sugerimos que faça as seguintes considerações: um homem possesso por demônio
foi reduzido a um nível subumano. Ele andava nu, e vivia em lugares lúgubres.
Os demônios entraram em sua personalidade a ponto de distorcê-la e torná-la
descontrolada quanto à realidade espiritual. Eles tiraram toda a sua sanidade
e, quando o tomavam, não havia quem pudesse contê-lo. Ele esmiuçava todas as
correntes que intentavam dominá-lo.Por fim, mostre neste tópico que a Bíblia fala claramente sobre a realidade do mundo espiritual e da forma de o Diabo trabalhar. Mas com olhar de amor e de misericórdia, o nosso Senhor está disponível a salvar-nos de tal realidade sombria.
1. Jesus e
a oposição dos demônios.
O caso da libertação
do endemoninhado, que ocorre logo após Jesus acalmar a tempestade, é um dos
muitos relatos que mostra como os demônios entraram em rota de colisão com
Jesus: “Que tenho eu contigo Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me
atormentes” (Lc 8.28), disse o espírito maligno. Isso era esperado que
acontecesse por causa da própria natureza da missão de Jesus, que é destruir as
obras do Diabo (1Jo 3.8). Essa missão também foi confiada aos seus discípulos
(Mt 10.1; Lc 9.1) e posteriormente posta em prática por sua igreja (At 5.16;
8.6,7).
2. Jesus e
a libertação de endemoninhados.
Quando questionado sobre ter
curado no sábado uma mulher com um espírito de enfermidade, Jesus respondeu: “E
não convinha soltar desta prisão, no dia de sábado, esta filha de Abraão, a
qual há dezoito anos Satanás mantinha presa?” (Lc 13.16). O verbo grego
traduzido como “libertar” é luo, e significa, nesse contexto,
“livrar de laços”, “desamarrar”, “tornar livre”. Jesus veio para libertar os
cativos do Diabo. Essa libertação é, também, tida como uma cura ou livramento
do poder do mal (Lc 6.18). A palavra “curados” traduz o grego therapeuo, de onde vem o vocábulo português
terapia, e significa “sarar”, “curar”, “restaurar a saúde”. Ao libertar dos
demônios, Jesus trata, também, de todos os efeitos colaterais (Lc 10.19).Quer as forças descontroladas sejam pessoais ou impessoais, Jesus possui poder sobre todas elas. Em um mundo que nos parece inóspito, onde forças sobrenaturais se mostram maiores do que nós, temos a confiança que Deus está no controle de tudo.
Lúgubre: relativo à
morte, aos funerais; que evoca a morte; fúnebre, macabro.
Sobre os
ensinos do Evangelho de Lucas, responda:
1° De que forma a lição retrata o poder absoluto de Jesus?
Resp: Essa pergunta busca ressaltar como o texto bíblico demonstra Jesus absolutamente poderoso. Nesse sentido, a imagem dEle dominando a natureza e libertando o endemoninhado retrata fielmente tal poder.
Resp: Sim, pois a Bíblia trata Satanás e os demônios como seres dotados de pessoalidade.
Resp: Como seres criados. Tanto Satanás quanto seus demônios possuem poderes limitados. E também, seres imundos e perversos.
Resp: Não. A Bíblia mostra que eles são seres espirituais e reais.
Resp: Significa sarar, curar, restaurar a saúde. Jesus tem poder para restaurar a nossa saúde física, emocional e espiritual.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
O poder de
Jesus sobre a natureza e os demônios
O Evangelho de Lucas inicia o
capítulo 8 apresentando as mulheres que financiavam o ministério de Jesus e dos
seus discípulos: Maria, chamada Madalena; Joana, mulher de Cuza, procurador de
Herodes; Suzana, e muitas outras (8.1-4). Essas mulheres haviam sido curadas
por Jesus de enfermidades e de espíritos malignos, como Maria Madalena, que
havia sido expelido sete demônios. Ou seja, os quatro primeiros versículos
abrem o capítulo 8 expondo os milagres de Jesus em relação às mulheres e, por
isso, elas passaram a servir a Jesus com os seus bens.Além de relatar brevemente o financiamento das mulheres, pois o seu ministério de pregação do Reino de Deus estava em pleno vapor, o Evangelho de Lucas passa a narrar a Parábola do Semeador para a multidão que o seguia (8.4-15), denotando a mensagem do Reino que devia ser propagada em todos os cantos do mundo. Em seguida, o nosso Senhor contou outra parábola, a da Candeia (8.16-18), ressaltando o aspecto iluminador de quem entende a mensagem do Reino de Deus.
Depois, Lucas passou a narrar o breve evento da família de Jesus (8.19-21). O relato demonstra o quanto Jesus estava focado em seu ministério. De modo que, quando disseram a Ele que a sua mãe e os seus irmãos estavam querendo vê-lo, de pronto o nosso Senhor replicou: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a executam” (Lc 8.21). A sua Palavra e seu ministério ungido pelo Espírito Santo refletem a sua autoridade, pois Jesus falava exatamente como um homem, que não apenas tinha, mas era de autoridade. As pessoas viam isso nEle, e se encantavam com suas palavras.
A partir do versículo 22, o evangelista passa a narrar 4 milagres que Jesus Cristo fez com o objetivo de as pessoas reconhecerem a sua natureza divina. Que além de curar enfermos, Ele perdoa pecados, livrando-nos de toda a culpa. Os milagres são: a tempestade apaziguada (8.22-25); o endemoninhado gadareno (8.26-39); a ressurreição da filha de Jairo (8.40-42,49-56); a cura da mulher com fluxo hemorrágico (8.43-48). Ora, se o capítulo 8 inicia descrevendo as mulheres que foram curadas por Jesus e o nosso Senhor pregando à multidão, e encerra com milagres extraordinários, qual a intenção do Evangelista Lucas? Apresentar Jesus, não como um homem comum, mas como alguém que tem todo o poder sobre a Criação e, até mesmo, seres espirituais.
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