sábado, 21 de maio de 2016

Lição 8 CPAD - 2° Trimestre 2016


Lições Bíblicas CPAD - Adultos

Título: Maravilhosa Graça — O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos

Comentarista: José Gonçalves

 
 


TEXTO ÁUREO: Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!(Rm 11.36).

 
VERDADE PRÁTICA: A eleição da graça é formada no presente por gentios e judeus nascidos de novo, bem como, no futuro, pela conversão da nação de Israel.

 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Romanos 9.1-5; 10.1-8; 11.1-5.

Romanos 9

1 — Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo):

2 — Tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração.

3 — Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne;

4 — Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas;

5 — Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!

 
Romanos 10

1 — Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação.

2 — Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento.

3 — Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus.

4 — Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.

5 — Ora, Moisés descreve a justiça que é pela lei, dizendo: O homem que fizer estas coisas viverá por elas.

6 — Mas a justiça que é pela fé diz assim: Não digas em teu coração: Quem subirá ao céu (isto é, a trazer do alto a Cristo)?

7 — Ou: Quem descerá ao abismo (isto é, a tornar a trazer dentre os mortos a Cristo)?

8 — Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos,

 
Romanos 11

1 — Digo, pois: porventura, rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum! Porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim.

2 — Deus não rejeitou o seu povo, que antes conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra Israel, dizendo:

3 — Senhor, mataram os teus profetas e derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma?

4 — Mas que lhe diz a resposta divina? Reservei para mim sete mil varões, que não dobraram os joelhos diante de Baal.

5 — Assim, pois, também agora neste tempo ficou um resto, segundo a eleição da graça.

 
OBJETIVO GERAL: Compreender a “sorte” de Israel no plano da salvação.

 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
 
I. Mostrar a eleição de Israel dentro do plano da redenção;
 
II. Analisar o tropeço de Israel dentro do plano da redenção;
III. Explicar a restauração de Israel dentro do plano da redenção.

 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, no decorrer da lição ressalte a soberania de Deus na história da redenção. Mostre que os israelitas foram escolhidos pelo Senhor para receberem o Messias, independente das obras dos patriarcas. Contudo, Deus não queria trazer somente favores e privilégios para os judeus, mas Ele desejava, por intermédio deles, abençoar todas as famílias da terra. Israel não compreendeu essa verdade, nem o plano da redenção de Deus, rejeitando o Salvador. Os judeus acreditavam que por serem descendentes de Abraão e ser também o “povo escolhido de Deus”, não necessitavam de salvação. Eles rejeitaram o Messias, porém, Deus não os rejeitou e por sua misericórdia fez com que nós, “zambujeiros”, fossemos enxertados na oliveira (Rm 11.17).
O Israel de hoje, segundo Lawrence Richards, “a comunidade da aliança escolhida por Deus, é composta de gentios bem como de Judeus que creem nas promessas de Deus sobre Jesus”.

 
INTRODUÇÃO
Paulo discorreu a respeito da Doutrina da Salvação nos capítulos 1 a 8 da Epístola aos Romanos. Veremos nesta lição que nos capítulos 9, 10 e 11, ele abre um parêntese para tratar a respeito da “sorte de Israel” no plano da salvação. Aprendemos com estes capítulos que Deus tem um plano especial para com Israel e que a rejeição deles é apenas temporária até se cumprir a plenitude dos gentios, quando todo o Israel será salvo.

 

PONTO CENTRAL: Deus tem um plano especial para com Israel.

 
I. A ELEIÇÃO DE ISRAEL DENTRO DO PLANO DA REDENÇÃO (Rm 9.1-29)
 
 
1. O anseio de Paulo e a incredulidade de Israel.
O apóstolo deixa explícito a elevada estima que possuía por seus compatriotas. Ele abre o seu coração para expressar seus sentimentos em relação ao seu povo (Rm 9.1-5). Ele desejava que todos, assim como ele, entendessem o plano perfeito da salvação revelado em Jesus Cristo. Esse desejo de Paulo se intensifica quando ele lembra os crentes romanos de que aos judeus foi dada a adoção, a glória, os pactos, a Lei, o culto e as promessas. Paulo também os faz recordar que deles (dos judeus) também descendem os patriarcas e o próprio Cristo! Mas, apesar de todas essas bênçãos, o entendimento do povo judeu continuava, e continua, endurecido.
 

2. Os eleitos e as promessas de Deus.
O argumento de Paulo em Romanos 9.6-13 revela que as promessas de Deus relativas à nação de Israel não falharam, mesmo que a maioria deles as tenha rejeitado. As promessas terão seu fiel cumprimento através dos judeus remanescentes, dos gentios que abraçaram a fé e do Israel que será restaurado no futuro. Essa porção das Escrituras é uma das mais debatidas entre os teólogos. As posições se polarizam quando o debate é entre determinismo e livre-escolha. Todavia, Paulo não está se referindo a eleição individual, mas coletiva. O exemplo dos irmãos Jacó e Esaú, dado para ilustrar o argumento do apóstolo, deixa isso evidente (Rm 9.10-13). A citação que Paulo faz de Jacó e Esaú, nesse texto, é tirada do livro do profeta Malaquias 1.2-4. Basta uma olhada nessas passagens para ver que o profeta não estava se referindo às pessoas ou aos indivíduos “Jacó” e “Esaú”, que nessa época já haviam morrido há muito tempo, mas a grupos ou povos. Isso é demonstrado em Malaquias 1.4, onde Esaú é identificado com Edom, um povo e não um indivíduo. Fica, portanto, evidente à luz desse contexto que a predestinação é corporativa, isto é, de um grupo, povo, ou nação, e não de pessoas.
 

3. Eleição, justiça e soberania de Deus.
Nos versículos 14 a 29, do mesmo capítulo nove, Paulo responde as indagações sobre a justiça de Deus e sua soberania. Deus não poderia ser acusado de ter sido injusto com Israel por eles se acharem no estado em que se encontravam. Paulo toma Faraó para exemplificar sua argumentação. O apóstolo afirma que o endurecimento do coração de Faraó ocorreu quando este resistiu à vontade de Deus (Êx 7.14,22; 8.15,32; 9.7). Da mesma forma, Israel foi endurecido porque não aceitou a justificação que lhe foi dada através de Jesus Cristo. O exemplo extraído da metáfora do vaso do oleiro serve para fundamentar mais ainda a argumentação em favor da justiça e da misericórdia de Deus. O argumento determinista que vê os “vasos de ira” e “vasos de misericórdia”, como sendo uma referência aos salvos e condenados, cai diante da exposição do próprio texto. Deus suportou os vasos da ira e eles se tornaram, por si mesmos, objetos da ira de Deus; mas os vasos de misericórdia participarão da glória de Deus, através da fé, pela graça de Deus, e não como resultado das suas próprias obras.

 
SÍNTESE DO TÓPICO (I): Deus em sua justiça e soberania escolheu a Israel para fazer parte do seu plano redentivo.

 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO

A Tristeza de Paulo (9.1-3)
Nestes versículos o apóstolo Paulo declara seu amor por sua gente, os judeus. Ele começa declarando: ‘Em Cristo digo a verdade, não minto’. Visto que era conhecido como judeu zeloso, sua conversão a Cristo o torna antipático para os judeus, que o viam como ‘um traidor de sua gente’. Entretanto, Paulo garante que seus sentimentos são sinceros e que sua consciência tinha o testemunho do Espírito Santo (v.1). Esse texto mostra que sua consciência agia sob a orientação iluminada do Espírito Santo.
No versículo 2, Paulo ainda declara dizendo: ‘Que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração’. É uma expressão de profundo sentimento de amor e respeito pela sua gente, e não de traição. A despeito da hostilidade dos judeus contra a pregação do Evangelho e contra a sua pessoa, Paulo diz que, se fosse possível ele mesmo ser separado de Cristo, para salvar ‘seus parentes segundo a carne’, ele o faria por amor a eles. Essa linguagem é bem típica de quem ama profundamente e é capaz de dar a sua vida para salvar outras.
Por que essa tristeza de Paulo para com seus irmãos de sangue? A resposta é simples e objetiva: o repúdio do povo judeu para com Jesus Cristo. Sua tristeza tem duas razões específicas: Primeira, Paulo declara que os judeus são seus ‘parentes’ segundo a carne, mas não querem ser seus irmãos segundo o espírito. Segunda, pelo fato de que os judeus, possuindo privilégios especiais como nação, rejeitaram o ‘privilégio maior’, que é a salvação em Cristo” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.104).
 

 
 
II. O TROPEÇO DE ISRAEL DENTRO DO PLANO DA REDENÇÃO (Rm 9.30 — 10.21)

1. Tropeçaram em Cristo.
Partindo do princípio de que a igreja de Roma era formada em sua maioria por gentios, a parte judaica teria dificuldade de entender porque os gentios haviam sido aceitos por Deus enquanto a maioria dos judeus não. Paulo argumenta que o tropeço de Israel se deve ao fato de não terem crido em Jesus, o Messias prometido (Rm 9.30-33). O que deveria ser solução para eles tornou-se em tropeço. Por outro lado, os gentios, ao crerem na graça de Deus, foram justificados, visto que a sua justificação veio em decorrência da fé e não dos seus méritos.
 

2. Tropeçaram na lei.
Nesse ponto, o apóstolo realça algo que ele já vinha argumentando desde o capítulo 3. Os judeus, ao buscarem a sua justiça própria através da Lei, acabaram por rejeitar a justiça de Deus que vem através de Jesus Cristo (Rm 10.1-4). Querer agradar a Deus, seguindo os preceitos da Lei, era andar na direção errada, visto que Cristo é o fim da lei (Rm 10.4).
 

3. Tropeçaram na Palavra.
O evangelho de João já havia mostrado que Jesus veio para o que era seu, mas que os seus não o receberam (Jo 1.12). Aqui Paulo mostrará que a rejeição de Israel aconteceu, não por falta de aviso, mas porque não quis ouvir aquilo que Deus havia planejado para ele. Endureceram seus corações e tropeçaram na Palavra (Rm 10.14-21). Por outro lado, os gentios responderam positivamente a essa mesma Palavra e, por isso, foram aceitos.

 
SÍNTESE DO TÓPICO (II): O tropeço de Israel não invalidou o plano de redenção de Deus para com o seu povo.
 

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
A rejeição judaica da justiça pela fé em Deus abriu espaço para um número muito grande de gentios a serem enxertados na árvore enraizada na antiga aliança de Deus com Abraão. Esta não deveria ser objeto de orgulho gentio, mas de advertência. Nunca abandone o princípio de salvação pela graça através da fé” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.747).

 
III. A RESTAURAÇÃO DE ISRAEL DENTRO DO PLANO DA REDENÇÃO (Rm 11.1-32)

1. Israel e o remanescente.
Os teólogos chamam a atenção para a importância que a doutrina de um “remanescente” possui dentro da cultura judaica (Rm 11.1-10). De fato, os profetas que se levantaram contra a apostasia e o formalismo religioso acreditavam que Deus tinha uma reserva formada por aqueles que eram fiéis (Am 2.12; 5.3; Is 1.9; 6.9-13; Sf 3.12,13; Jr 23.3). Em Romanos 11.1-10, Paulo, que se considerava um dos remanescentes, cita o exemplo de Elias. Para Paulo, da mesma forma que Elias se manteve fiel no meio do Israel apóstata, assim também havia um remanescente que se mantinha fiel através de Jesus Cristo.
 

2. Israel e o enxerto gentílico.
Israel não conseguira entender que o plano de Deus para a salvação incluía também os gentios (Is 9.6). Tropeçaram ao não aceitarem a justiça de Deus manifestada em Jesus Cristo. Foi graças a esse tropeço, argumenta Paulo, que os gentios entraram como um enxerto no plano da salvação. Os gentios, portanto, não deviam assumir uma posição de orgulho, mas de temor. Eles não eram os ramos naturais, mas faziam parte da “oliveira brava” (Rm 11.11-24). Se Deus não havia poupado os ramos naturais, muito menos pouparia os ramos enxertados.
 

3. Israel e a restauração futura (11.25-32).
Embora Paulo se entristecesse com a situação espiritual de seus compatriotas judeus, a sua posição em relação a eles é de esperança e não de desespero (Rm 11.25-32). Paulo estava convencido de que no futuro Israel será salvo. Para ele, isso terá seu cumprimento quando se completar a “plenitude dos gentios”. A rejeição dos judeus trouxe a justificação ao mundo gentílico. Quando Deus cumprir seu propósito para com os gentios cumprirá também suas promessas de restauração para todo o Israel.

 
SÍNTESE DO TÓPICO (III): Deus não rejeitou Israel, e todos que creem na graça de Jesus Cristo serão restaurados.

 
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

Gentios e judeus (11.11-21)
A rejeição judaica da justiça pela fé em Deus abriu espaço para um número muito grande de gentios a serem enxertados na árvore enraizada na antiga aliança de Deus com Abraão. Esta não deveria ser objeto de orgulho gentio, mas de advertência. Nunca abandone o princípio de salvação pela graça através da fé.

 
Todo o Israel será salvo (11.25,26)
Paulo lança seus olhos ao passado para as promessas feitas a Israel por Isaías (59.20; cf. Jr 31). A conversão em massa de gentios a Cristo não significa que Deus repudiara as palavras dos profetas do Antigo Testamento. Somente quando todos os gentios forem convertidos é que o foco da história voltará a se concentrar em Israel (11.29)” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.747).

 
CONCLUSÃO
Como vimos, os capítulos 9 a 11 de Romanos demonstram a soberania de Deus na história da redenção. Revela que o propósito de Deus concernente à eleição jamais poderá ser frustrado. Diante disso, a atitude deve ser de temor, não de jactância. A história de Israel, seu antigo povo, bem como a inclusão dos gentios no plano da salvação, mostra que Deus respeita as escolhas, mesmo que estas se revelem danosas para aquele que as fez. Em todo caso, o arrependimento e a fé são os caminhos que darão acesso ao portão da graça de Deus.

 
PARA REFLETIR

A respeito da Carta aos Romanos, responda:

1° Os patriarcas e o Cristo descendiam de que povo?
Resp: Os patriarcas e o próprio Cristo descendiam dos judeus.

 

2° As promessas de Deus em relação a Israel falharam com a rejeição deles?
Resp: As promessas de Deus relativas à nação de Israel não falharam, mesmo que a maioria deles as tenha rejeitado.

 

3° Segundo a lição, por que Israel foi endurecido?
Resp: Israel foi endurecido porque não aceitou a justificação que lhe foi dada através de Jesus Cristo.

 

4° Paulo se considerava um dos remanescentes?
Resp: Sim, ele se considerava um dos remanescentes.

 

5° Como os gentios passaram a fazer parte do plano da salvação?
Resp: Como os judeus tropeçaram ao não aceitarem a justiça de Deus manifestada em Jesus Cristo, os gentios entraram como um “enxerto” no plano da salvação.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 


Israel no Plano da Redenção
E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles e feito participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti” (Rm 11.17,18). Infelizmente, não são poucos dentro da igreja evangélica que esquecem essa advertência e reverberam a ideia equivocada da Teologia da Substituição. Penso ser importante usar este espaço para falar um pouco da origem dessa teologia, pois pode haver alguém da sua classe que desconhece esse tema e lhe faça algumas perguntas.
A questão do papel do povo judeu hoje no plano de Deus tem despertado sentimentos variados nos cristãos do mundo atual em relação ao Israel contemporâneo. Tais sentimentos atrelam-se ao método adotado na interpretação bíblica ao longo da história eclesiástica. Assim, o método alegórico foi importantíssimo para o surgimento da Teologia da Substituição.
A destruição de Jerusalém, a Cidade de Deus, no ano 70 d.C, foi um acontecimento crucial para a eficácia desse método. No século IV, o clero cristão era constituído por bispos ocidentais e orientais influenciados pelo método alegórico — ele uniu-se ao império romano, mediante Constantino, o imperador de Roma. Esses clérigos consideraram a destruição de Jerusalém um sinal de que Deus havia rejeitado o povo judeu.
 
Neste contexto, a Teologia da Substituição ganhou força dentro do Cristianismo. A igreja romana advogou para si o título de o “Novo Israel de Deus”. E, a exemplo de outras tradições cristãs, passou a julgar os judeus como “O povo rebelde que matou Jesus” e para sempre fora rejeitado por Deus. Por isso, o estudioso Arnold Fruchtenkbaum conceitua a Teologia da Substituição como corrente que rejeita o moderno Estado de Israel como cumprimento da profecia bíblica. Neste caso, todas as profecias sobre o povo judeu já foram cumpridas e, por isso, não se deve esperar nenhuma restauração futura de Israel (cf. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. CPAD, 2008, p.372). Ora, algumas respostas sobre a profecia bíblica deveriam responder a estas questões: Qual o público alvo da profecia bíblica? Cumpriu-se toda? A quem Deus prometeu uma terra localizada no Oriente Médio? À Igreja ou a Israel? Tal promessa se cumpriu plenamente? Então, o estudioso sério das Escrituras pensará muito antes de afirmar que a Igreja substituiu Israel.
 
 
 

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