quinta-feira, 26 de maio de 2016

Lição 9 CPAD - 2° Trimestre 2016


Lições Bíblicas CPAD / Adultos

Título: Maravilhosa Graça — O Evangelho de Jesus Cristo revelado na carta aos Romanos

Comentarista: José Gonçalves




TEXTO ÁUREO: Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1).

 
VERDADE PRÁTICA: A nova vida em Cristo consiste em viver fervorosamente a vitória da cruz.

 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Romanos 12.1-12.

1Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.

2E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

3Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.

4Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,

5 assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.

6De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;

7se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;

8ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.

9O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.

10Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.

11Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;

12alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;

 
OBJETIVO GERAL: Mostrar que a nova vida em Cristo consiste em viver em santidade.

 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Apontar que precisamos viver a nova vida de maneira que agrade a Deus;

II. Explicar a necessidade de se usar os dons com sabedoria e humildade;

III. Compreender que como novas criaturas precisaram exercitar o amor, o serviço cristão e resistir a todo o mal.

 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, desejamos que o estudo da Epístola aos Romanos contribua para o seu crescimento e de seus alunos. Esta é a mais importante Carta de Paulo. Segundo Lawrence Richards, Romanos é “a pedra angular da teologia do Novo Testamento”.
Na lição de hoje estudaremos o capítulo doze. A partir desse capítulo o apóstolo Paulo passa a tratar de questões mais práticas. Como novas criaturas precisamos evidenciar a nossa fé mediante as nossas ações. Paulo mostra que depois de experimentar da graça divina não é mais possível viver segundo as normas ou a maneira de pensar deste mundo pecaminoso (Rm 12.1,2). O apóstolo também mostra que como novas criaturas, pertencemos a um corpo, o “Corpo de Cristo”. Cada membro desse Corpo recebeu dons e talentos e estes precisam ser usados com humildade, amor, sabedoria, contribuindo para o bem-estar de todos.

 
INTRODUÇÃO 
A conexão entre tudo o que Paulo escreveu anteriormente (capítulos 1 a 11) e o capítulo 12 de Romanos é feita por intermédio do uso da partícula grega oun, traduzida em português como, portanto, pois. Nesse contexto, o uso dessa partícula pode se referir a tudo aquilo que o apóstolo havia escrito anteriormente ou pode também se referir àquilo que ele escreveu na seção que compreende somente os capítulos 9 a 11. O fato é que esse texto não está fora de lugar. Paulo havia tratado em detalhes sobre a justificação pela fé e como Deus, em sua soberania, tratou com os gentios e judeus nesse processo. Agora ele quer que os crentes tomem consciência de que tudo isso tem implicações práticas na nova vida em Cristo.

 
PONTO CENTRAL: A nova vida em Cristo deve ser evidenciada mediante as nossas ações.

 
I. EM RELAÇÃO A MORDOMIA DA ADORAÇÃO CRISTÃ (Rm 12.1,2)

1. Uma exortação em forma de apelo.
“Rogo-vos”, conforme aparece na versão Almeida Revista e Corrigida, traduz o verbo grego parakaleo. Essa palavra tem, no original, o sentido de admoestar, encorajar e exortar. Os léxicos destacam que esse termo era usado no contexto militar quando um oficial queria exortar as tropas. As palavras introdutórias de Paulo são, portanto, um apelo exortativo. Os crentes deveriam levar em conta tudo o que ele havia ensinado até então e procurarem se ajustar à nova vida em Cristo. As doutrinas bíblicas, mesmo aquelas mais complexas, não devem promover apenas especulações teológicas, mas fomentar no crente a piedade cristã.


2. Uma palavra concernente ao corpo.
O apóstolo solicita aos crentes romanos [...] “que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1). Três coisas são ditas aqui sobre o corpo como instrumento de adoração. Em primeiro lugar, o corpo deve ser oferecido em sacrifício. A palavra grega usada aqui pelo apóstolo é thüsia, que significa sacrifício ou oferta. O paralelo é feito com o sistema de sacrifícios levítico do Antigo Testamento. Em segundo lugar, esse sacrifício, ao contrário daquele da Antiga Aliança, deve ser apresentado vivo e não morto. Em terceiro lugar, esse sacrifício deve ser santo. A ideia de algo que foi separado exclusivamente para o serviço de Deus. Assim fazendo, o crente terá a garantia que estará agradando a Deus na sua adoração.


3. Uma palavra concernente à mente.
Assim como o nosso corpo deve ser ofertado em sacrifício vivo a Deus, da mesma forma a nossa mente também precisa ser (Rm 12.2). Para que a adoração seja verdadeira ela precisa ser realizada por pessoas com a mente transformada. Essa transformação, como mostra o original metamorphousthe, de onde vem o vocábulo metamorfose, significa ser transformado em nossa mais profunda natureza interior.

 
SÍNTESE DO TÓPICO (I): Deus deseja que vivamos cada dia da nova vida para Ele.

 
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Até o capítulo 11, Paulo desenvolveu uma argumentação teológica acerca de algumas doutrinas pertinentes à Soteriologia Bíblica. A partir do capítulo 12, ele disseca essas doutrinas sobre a salvação em uma realidade prática. É o Cristianismo vivido e experimentado. É a vida cristã demonstrada através das relações pessoais com Deus, com os irmãos na fé, com as pessoas de fora, com as autoridades constituídas e com as responsabilidades para com a igreja. Não basta conhecer a Teologia do Pecado, da Justificação, da Santificação, teoricamente. É preciso ter experimentado isso tudo, para poder viver vitoriosamente no Espírito. Nos capítulos anteriores, Paulo apresenta o pecado e suas consequências, bem como, o plano de salvação. Já, a partir do capítulo 12, temos o plano da salvação na prática. O Evangelho não é apenas poder para salvar o homem dos seus pecados, mas é também, poder para viver diariamente uma vida vitoriosa e poderosa contra o pecado, contra o mundo e contra o Diabo. “Uma vez justificado pela fé, o crente é também capacitado para tornar-se prática, um vitorioso contra o pecado” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.133).
 

 

II. EM RELAÇÃO À MORDOMIA DO EXERCÍCIO DOS DONS (Rm 12.3-8)

1. Exercitá-los com moderação e humildade.
A palavra dons (gr. charismata) que aparece no versículo 6, é a mesma palavra usada por Paulo em 1 Coríntios 12.4 em referência aos dons espirituais. O mesmo amor de 1 Coríntios 13, que regulamentou o uso dos dons, deve ser aqui praticado. Paulo já havia falado muito sobre a graça (gr. charis) e é em nome dessa graça, que a ele foi dada, que pede moderação e humildade na mordomia dos dons espirituais. Ninguém que exercitasse os dons espirituais deveria achar que era alguma coisa independente da graça. É exatamente isso o que significa o vocábulo grego yperphroneo, traduzido aqui como “pensar de si mesmo além do que convém”.


2. Exercitá-los respeitando sua diversidade.
Paulo lembra aos romanos que a moderação e a humildade são indispensáveis no exercício dos dons. Ele também os faz recordar que Deus não quer exclusivismo no exercício dos dons (Rm 12.4). A individualidade deve ser respeitada, porque o Espírito usa pessoas, mas o individualismo deve ser rejeitado. Os dons são diversos, assim como diversos são os membros do corpo (Rm 12.5). Não existe um corpo formado somente por um membro, da mesma forma o Senhor não quer que os dons operem através de uma única pessoa (Rm 12.6). Todos têm seu lugar no corpo de Cristo.


3. Exercitá-los com esmero e regularidade.
Paulo escreve aqui no contexto de uma igreja local, e não tem a preocupação de separar os dons espirituais dos dons ministeriais. Aqui, os crentes querem sejam leigos quer sejam clérigos são convidados à prática dos dons espirituais (Rm 12.6-8). Os dons, portanto, devem ser exercidos com dedicação e regularidade. Eles são dádivas de Deus e precisam ser desempenhados no contexto da igreja.

 
SÍNTESE DO TÓPICO (II): Os dons são resultado da graça divina e devem ser usados com amor e humildade, beneficiando todo o Corpo de Cristo.


SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Paulo usou o exemplo do corpo humano para ensinar como os cristãos devem viver e trabalhar juntos. Assim como os membros do corpo funcionam sob o comando do cérebro, também os cristãos devem trabalhar juntos sob o comando e a autoridade de Jesus Cristo.
Deus nos dá muitas habilidades e dons para que possamos edificar a sua igreja. Para usá-los eficientemente, devemos: (1) entender que todas as nossas habilidades e todos os nossos dons vêm de Deus; (2) entender que nem todos são dotados das mesmas habilidades e dos mesmos dons; (3) saber quem somos e o que fazemos melhor; (4) dedicar nossas habilidades e nossos dons ao serviço de Deus, não para alcançar sucesso pessoal; (5) estar dispostos a empregar as habilidades e os dons que temos com todo o nosso coração, colocando tudo à disposição da obra de Deus, sem reter coisa alguma.
Os dons de Deus diferem quanto à sua natureza, poder e eficiência, de acordo com sua sabedoria e bondade, não conforme a nossa fé (12.6). Deus deseja conceder-nos o poder espiritual necessário para desempenharmos cada uma de nossas responsabilidades. Mas não podemos obter mais habilidades e dons mediante nosso esforço e nossa determinação para nos tornarmos servos ou mestres mais eficientes. Deus concede os dons à sua igreja, distribui a fé e o seu poder conforme a sua vontade. “Nossa tarefa é sermos fiéis e procurarmos formas de servir aos outros com aquilo que Cristo nos dá” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, p.1572).

 

 
III. EM RELAÇÃO À MORDOMIA DA PRÁTICA DAS VIRTUDES CRISTÃS (Rm 12.9-21)

1. Exercitar o amor.
Socialmente a palavra amor está muito desgastada e quase sempre é associada apenas a sentimentos. Todavia, não é esse o significado de ágape no Novo Testamento. O amor cristão é algo que brota de dentro, do caráter de uma pessoa regenerada e passa a moldar o seu comportamento (Rm 12.9,10). Dessa forma, o amor jamais pode ser algo fingido, isto é, praticado com hipocrisia. Ele é algo autêntico. Vê o outro antes de si mesmo.
 

2. Exercitar o serviço cristão.
Paulo aconselha os crentes em Roma a viverem a vida cristã com intensidade. Nada de apatia ou vagarosidade: “Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosa no espírito, servindo ao Senhor” (Rm 12.11). A palavra vagarosa traduz o termo grego okneros, que possui também o sentido de preguiçoso, descuidado e indolente. Ser fervoroso não significa ser fanático, mas ser alcançado pela graça e andar segundo ela. A expressão “no espírito” tanto pode estar no caso locativo grego, significando nosso espírito humano, como no instrumental, se referindo ao Espírito Santo. Independentemente do caso que Paulo tenha usado, o sentido é do Espírito Santo incendiando a vida do cristão fervoroso.


3. Exercitar a resistência ao mal.
Fechando essa seção, o apóstolo aconselha: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12.21). Em Romanos, encontramos o apóstolo Paulo se referindo ao mal (gr. kakos) quatorze vezes. Em Romanos 7.19,21, ele apresentou esse mal como sendo sinônimo da natureza adâmica pecaminosa e má, que quer conduzir o crente a fazer aquilo que ele desaprova. Essa é a razão da guerra interior. Em Atos 16.28 Paulo fala desse mal como um dano irreparável que uma pessoa pode causar a si mesma. Aqui esse mal aparece como uma força oposto ao bem, que procura impedir o viver cristão vitorioso. A recomendação bíblica é: “vença o mal com o bem”.

 
SÍNTESE DO TÓPICO (III): Como novas criaturas, o amor precisa moldar nosso comportamento e ser a razão do nosso serviço.

 
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

O serviço cristão em relação aos nossos irmãos na fé (12.9-21)

Nestes versículos está à base do serviço cristão que é o amor. Os deveres mencionados e todas as exortações devem estar debaixo do princípio do amor.

12.9 — ‘O amor seja não fingido’. A palavra ‘fingimento’ fica melhor traduzida por hipocrisia, que no grego é anupokritos. Na Versão Inglesa do Rei Tiago a expressão é: ‘sem dissimulação’. Portanto, o sentido real é que, a demonstração de qualquer sentimento para com as pessoas seja pura e ‘com toda a sinceridade’.

12.9 — ‘Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem’. Aborrecer o mal é negar tudo que possa prejudicar a outrem.

Podemos servir aos nossos irmãos na fé tendo uma atitude, não só de amor (v.9), mas pelo espírito fraterno desenvolvido entre todos (v.10), pelo favor do espírito e serviço a Deus (v.11), pela esperança e paciência (v.12), pela hospitalidade e a generosidade entre os domésticos da fé (v.13), pela participação sincera dos sentimentos dos outros (v.15), pelo perdão aos inimigos (v.16), pela retribuição do mal com o bem (v.17) e por viver em paz com todos (v.18).

12.9 — ‘Não vos vingueis a vós mesmos’. Em outras palavras, a vingança pertence a Deus, por isso, devemos deixar com Deus a vingança para com aqueles que nos maltratam. Somos frágeis e incapazes de fazer vingança com justiça. A expressão ‘daí lugar à ira’ não deve ser entendida como o dar razão à manifestação da ira, mas sim com o sentido de dar tempo à ira para que ela se extinga, isto é, deixá-la passar. “Também tem o sentido de ‘dar lugar à ira de Deus’, à vingança divina, uma vez que a ‘vingança pertence a Deus’” (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. RJ: CPAD, 2005, p.137).

 
CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos que o capítulo 12 de Romanos forma um conjunto de exortações a respeito do viver a nova vida em Cristo. Como observamos, essas exortações estão relacionadas a vários aspectos do viver cristão e envolvem a mordomia da adoração cristã, onde é mostrado o valor do corpo e da mente no serviço de Deus. Atenção é dada à mordomia dos dons espirituais, onde Paulo combate a apatia e o individualismo. A Igreja é o corpo de Cristo e como corpo ela deve viver. Por último o apóstolo exorta a respeito do exercício das virtudes cristãs, destacando a prática do viver cristão vitorioso.

 
PARA REFLETIR

A respeito da Carta aos Romanos, responda:

 
Qual o sentido original da palavra “rogo-vos”?
Resp: Essa palavra tem no original o sentido de admoestar, encorajar e exortar.

 

O que são as palavras introdutórias de Paulo?
Resp: As palavras introdutórias de Paulo são um apelo exortativo.

 

Segundo a lição, o que é necessário para que a adoração seja verdadeira?
Resp: Para que a adoração seja verdadeira ela precisa ser realizada por pessoas com a mente transformada.

 

Segundo Paulo, o que é indispensável no uso dos dons?
Resp: A moderação e a humildade são indispensáveis no exercício dos dons.

 

Segundo a lição, o que significa ser fervoroso?
Resp: Ser fervoroso significa ser alcançado pela graça e andar segundo ela.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 


 
A Nova Vida em Cristo

Aplicando a mensagem
Chegamos à seção bíblica em que o apóstolo Paulo passa a tratar sobre a aplicabilidade da doutrina. Os capítulos 12 a 16 de Romanos é a aplicação da mensagem que o apóstolo desenvolveu ao longo de toda a epístola (Rm 1 — 11).
Vivemos num tempo em que tudo o que se conhece o ser humano deseja aplicar na vida prática sem fazer uma reflexão sobre as implicações da aplicabilidade desse conhecimento. O tema das doutrinas bíblicas não foge desta ordem. É natural, após de havermos estudado, que se pergunte: qual o efeito prático que a doutrina da justificação pela fé tem para a vida?
O apóstolo começa a responder a pergunta a partir do assunto da santificação: “Mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento” (Rm 12.2). Ora, a base da santificação do crente é a sua união com Cristo, pois a partir dessa união foi que o crente rompeu com o pecado e andou em novidade de vida conforme a eficácia da ressurreição do nosso Senhor (Rm 6.4,10-11). Como o Espírito Santo é aquele com quem nós andamos; por intermédio dEle, somos instados a viver somente para Deus segundo a sua imperiosa vontade. Aqui, ocorre a vocação e o chamado para vivermos uma vida de santidade.


No culto racional e nas virtudes cristãs
Deste modo, o crente nascido de novo tem uma ética fundamentada na obra da redenção. A partir desta, somos chamados a cultuar o nosso Deus com entendimento e sabedoria (Rm 12.1), sendo instrumento disponível de Deus para abençoar a vida dos nossos irmãos por intermédio do uso dos dons (Rm 12.6-8). De modo que o amor suplanta e se torna a grande medida dessa instrumentalidade. Ou seja, fomos separados para amar sem fingimento; amar cordialmente uns aos outros; sermos intensos no cuidado com o outro e fervorosos no espírito; alegrando-se na esperança, sendo paciente na tribulação e perseverando em oração; comunicando a nossa necessidade ao outro; sendo unânime naquilo que importa; não ambicionando as coisas altas; não desejando o mal do outro; dando de comer e de beber ao inimigo; não devolvendo o mal com o mal, mas com o bem (Rm 12.9-21).
Viver esta santidade do amor não é fácil. Isto requer anular o nosso orgulho, soberba e prepotência. Fomos justificados gratuitamente pela fé em Jesus Cristo. Deus nos amou, apesar de nós. Então, não podemos pagar o mal na mesma moeda.
Em Cristo, somos chamados e convocados a ser amorosamente santos!



 

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