terça-feira, 15 de abril de 2014

Meninas continuam a serem mutiladas no Egito

Igrejas egípcias estão mobilizando ministérios femininos visando combater este abuso
 
 
 
No dia 10 de março, uma menina de 11 anos que vivia em uma aldeia em Dakahlia morreu de complicações da Mutilação Genital Feminina (MGF).
Soheir não foi a primeira, nem será a última a ter uma morte dolorosa e desnecessária este ano no Egito.
 
No Egito, milhões de meninas como Soheir continuam a ser submetidas à prática da mutilação genital feminina, um tipo bruto de cirurgia que altera e desfigura os órgãos genitais femininos.  MGF é reconhecida internacionalmente como uma violação dos direitos humanos de meninas e mulheres, mas continua a ser praticada no Egito na crença de que irá manter as meninas sexualmente puras antes do casamento. 
Igrejas egípcias estão mobilizando ministérios femininos visando combater este abuso culturalmente imposto. Através de seminários de sensibilização, estudos bíblicos e grupos de oração, as mulheres que frequentam aprendem a ver e valorizar a si mesmas e seus corpos através dos olhos de Deus. O simples fornecimento destas informações pode ter efeitos notáveis. 
Tomemos por exemplo Nagat*, uma mulher idosa, sábia, com uma forte vocação em seu coração para lutar pelos direitos das mulheres.  Ela participou de diversas reuniões de mulheres na igreja da aldeia, onde aprendeu sobre os danos da MGF, e abraçou a verdade do Espírito Santo como único poder para criar corações puros e vidas e corpos santificados. Nagat se lembrou da sua própria experiência, a dor, a ferida infectada, e os efeitos que tiveram um impacto duradouro sobre o seu casamento. Do jeito que puder, ela deseja salvar o máximo de meninas deste procedimento bárbaro.
Nagat relatou parte de sua história: "Eu recebi essa mensagem e comecei a conversar com as mães das meninas todos os dias nas fazendas, no mercado, na igreja e pelo rio, assegurando-lhes que a pureza vem do coração que conhece a Jesus como Salvador." Ela as encorajou para não permanecerem sob o jugo do mundo, e que através da amizade e amor com suas filhas, elas poderiam ter mais efeito do que fisicamente desfigurando-as.
Nagat era analfabeta, mas sua paixão e inspiração levaram cristãs e muçulmanas a ouvi-la. Ela manteve-se firme contra os moradores que a acusaram de querer corromper as meninas e minar tradições. Apesar das ameaças e perigos, Nagat, pela graça de Deus, conseguiu remover completamente a MGF de sua aldeia.
Dezenas de aldeias no Alto Egito agora têm níveis muito mais baixos de MGF por causa de mulheres corajosas como Nagat. No entanto, há muito trabalho ainda a ser feito. Nagat e mulheres como ela precisam ter a coragem renovada, do apoio através de constante oração e encorajamento.
 
Pedidos de oração
- Ore pelos trabalhadores do Ministério de Mulheres, que viajam longas horas e são confrontados com a oposição ao informar os moradores sobre os efeitos negativos da MGF. Peça por coragem e proteção. 
- Interceda por sabedoria para os líderes serem capazes de darem a orientação certa, e por graça para que as mulheres e meninas tenham confiança e se abram para eles. 
- Clame para que as centenas de aldeias ainda não alcançadas tornem-se informadas e cessem todas as práticas de MGF.

Fonte: Portas Abertas



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