terça-feira, 18 de novembro de 2014

Lição 8 CPAD - 4° Trimestre 2014


Lições Bíblicas CPAD / Jovens e Adultos
Título: Integridade Moral e Espiritual — O legado do livro de Daniel para a Igreja de hoje
Comentarista: Elienai Cabral
 
 
TEXTO ÁUREO: E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão” (Dn 7.27).
 
 
VERDADE PRÁTICA: Enquanto os impérios humanos caem, o Reino de Deus se expande através de Jesus Cristo.
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Daniel 7.3-8,13,14.
3 - E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar.
4 - O primeiro era como leão e tinha asas de águia; eu olhei até que lhe foram arrancadas as asas, e foi levantado da terra e posto em pé como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem.
5 - Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne.
6 - Depois disto, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas: tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio.
7 - Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrí­vel e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez pontas.
8 - Estando eu considerando as pontas, eis que entre elas subiu outra ponta pequena, diante da qual três das pontas primeiras foram arrancadas; e eis que nesta ponta havia olhos, como olhos de homem, e uma boca que falava grandiosamente.
13 - Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem: e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele.
14 - E foi-lhe dado o domínio e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem: o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino o único que não será destruído.
 
 
INTERAÇÃO
O texto bíblico que vamos estudar é o capítulo sete de Daniel. Antes, prezado professor, precisamos considerar algumas informações para obtermos êxito na preparação da aula. O nosso estudo sobre o livro de Daniel trata de um capítulo inteiro, por isso, você deverá fazer ao menos duas leituras ou mais, de preferência, utilizando versões diferentes. Um dicionário bíblico e um bom comentário lhe orientarão nos estudos. Muitas pessoas não compreendem o livro de Daniel por acharem-no difícil. É verdade que a obra do profeta é complexa, mas, igualmente, muito do que se diz ser complicado pode ser resolvido através de uma leitura atenta com o auxílio de uma versão contemporânea. E com a ajuda dos eruditos que, através dos dicionários e dos comentários bíblicos, disponibilizaram uma vida inteira de estudo para nos auxiliar.
 
OBJETIVOS: Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Descrever e explicar a visão dos quatro animais.
Identificar o clímax da visão do profeta.
Compreender a volta de Jesus à luz do capitulo sete de Daniel.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, no primeiro tópico da presente lição, os itens (1) e (2) estão estruturados assim: (1) A Visão e (2) Interpretação. O primeiro item é a descrição pura e simples da visão de Daniel de acordo com o texto bíblico. O segundo é a interpretação, isto é, a explicação da visão.
Sugerimos que você siga rigorosamente a leitura do texto bíblico de acordo com a estrutura da lição. Em seguida, afirme aos alunos que o capítulo sete de Daniel retrata uma grande parte da história antiga da civilização humana. A Palavra de Deus já falara dos acontecimentos históricos antes mesmo de eles acontecer. Boa aula!
 
Palavra Chave: Império: Forma de governo monárquico, cujo soberano tem o título de imperador ou de imperatriz.
 
INTRODUÇÃO
Na lição desta semana, veremos uma mudança narrativa no capítulo sete de Daniel. Agora estamos diante de uma série de quatro visões do profeta. É o “apocalipse do Antigo Testamento” apresentando quatro impérios simbolizados por quatro animais. A visão do capítulo dois foi dada a um rei pagão, Nabucodonosor, enquanto que a do capítulo sete, a um servo de Deus, o profeta Daniel.
Veremos que em Nabucodonosor, a visão revela o lado político dos impérios apresentados como uma grande estátua. Em Daniel, através dos quatro animais, ela revela o lado moral e espiritual desses impérios. Os fatos são os mesmos, mas os objetivos das duas visões têm finalidades distintas. No capítulo sete, Deus revela a Daniel o fim dos quatro impérios e o surgimento do reino eterno do Messias prometido.
 
I. A VISÃO DOS QUATRO ANIMAIS (Dn 7.1-8)
1. A visão.
Daniel recebeu a visão sobre os quatro animais no primeiro ano do rei Belsazar da Babilônia. É importante lembrarmos, aqui, que Belsazar não governou sozinho. Ele foi corregente com o seu pai, Nabonido. Veremos agora a primeira parte da visão de Daniel (vv.1-3):

a) O “leão com asas de águia” (v.4). O versículo quatro descreve um animal semelhante ao leão com asas de águia. Enquanto Daniel o contemplava, as asas do leão eram arrancadas. Posteriormente, o animal foi erguido da terra, posto de pé como um ser humano e, logo depois, ele recebeu um coração humano. O leão representava o império da Babilônia.

b) O urso (v.5). Daniel viu uma figura semelhante a um urso. Este fora erguido de um lado e tinha em sua boca três costelas. A este animal as pessoas diziam: “Levanta-te, devora muita carne”. O urso simbolizava o império Medo-Persa.
c) O leopardo com quatro asas (v.6). Outro animal era uma figura semelhante ao leopardo. Este possuía quatro cabeças e tinha quatro asas de aves em suas costas. Foi-lhe dado domínio. O leopardo simbolizava o império da Grécia.

d) Uma aparência indescritível (vv.7,8). “Terrível, espantosa e extremamente forte” era a figura do quarto animal. Ela tinha enormes dentes de ferro, comia e triturava o que encontrasse pelo caminho. Em sua cabeça havia ainda dez chifres. Enquanto Daniel prestava atenção nos dez chifres, um chifre pequeno surgiu entre os dez; mas três dos primeiros dez chifres foram arrancados pela raiz. No chifre pequeno havia também olhos como “olhos humanos” e uma boca que proferia “palavras arrogantes”. O animal, aqui descrito, simbolizava o império romano.
 
2. A interpretação.
O bloco dos versículos 9 a 14 revelam mais duas figuras: a do Ancião e a do Filho do Homem. Após este bloco de versículos, Daniel passa a narrar a interpretação dos animais dada a ele ainda na mesma visão (vv.15-27):
a) As figuras dos animais (15-18). As figuras representadas pelo leão, urso, leopardo e o quarto animal, significam quatro reis que se levantaram sobre a terra, isto é, o rei da Babilônia, o rei Medo-Persa, o rei da Grécia e o rei de Roma (v.17).
b) A ênfase no quarto animal (vv.23-27). O quarto animal foi o que mais chamou a atenção do profeta Daniel: “Então, tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros” (v.19). Daniel precedeu o tempo em que o império romano se tornara uma superpotência. Roma foi o império mais devastador da história do mundo. Era forte (ferro), pela sua força e eficácia administrativa, mas frágil (barro), dada a grande corrupção que ajudou a sepultar “um sonho chamado Roma”.
c) Os dez chifres e o pequeno chifre. Os dez chifres que saíam da cabeça do quarto animal prefiguravam dez reis advindos do antigo império romano. Mas outro rei, representado pelo pequeno chifre, se levantará após os dez reis e abaterá os três primeiros, arrancando-os tal como descreve a visão. Este pequeno chifre é o Anticristo escatológico tipificado na pessoa de Antíoco Epifânio, o qual estudaremos rapidamente na próxima lição e, com maiores detalhes, na lição 12.
 
SINOPSE DO TÓPICO (I): Em Daniel 7.1-8 o profeta recebe visões sobre os quatro animais que simbolizavam os quatros grandes impérios do mundo.
 
II. O CLÍMAX DA VISÃO PROFÉTICA
1. Tronos, “ancião de dias” e juízo divino (vv.9-14).
Entramos na segunda parte da visão de Daniel, que trata do julgamento celeste. O versículo nove nos diz: “foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou” (v.9). A figura de vários tronos tipifica um contexto de julgamento e justiça. A profecia nos fala que o juiz do julgamento é o “ancião de dias”, isto é, Deus é retratado no livro tendo cabelos brancos e vestido de branco. É aquele que Abraão reconheceu como o “Juiz de toda a terra” (Gn 18.25). O tribunal demonstrado no sétimo capítulo de Daniel revela que Deus julgará “o pequeno chifre” e decretará a sentença final contra o quarto animal (Roma) (vv.11,12). Aqui está o ápice da visão de Daniel, ou seja, o Altíssimo julgando as maldades, crueldades e perversidades das nações deste mundo!
 
2. O “Filho do Homem” (vv.13,14).
A expressão “filho do homem” ou, de acordo com os melhores manuscritos antigos, “filho de homem”, aparece mais de 80 vezes no livro de Ezequiel. A fórmula é regularmente traduzida como “homem” ou “ser humano”, pois na Bíblia trata-se de expressões sinônimas. Tanto em Daniel quanto em Ezequiel, “filho do homem” refere-se a um ser humano distinto que recebe de Deus a soberania celestial. Posteriormente, os santos apóstolos de Cristo identificaram “filho do homem” com a pessoa de Jesus de Nazaré (Mt 24.27,30). Em o Novo Testamento, Jesus introduziu o Reino de Deus no mundo como o próprio verbo divino feito carne, a plena revelação de Deus (Jo 1.1,14). Foi-lhe dado um nome que é sobre todo o nome e todo o poder sobre a Terra (Fp 2.9-11). Jesus Cristo virá pela segunda vez e instaurará o governo literal de Deus no mundo o reino milenar (Ap 20.2,6).
 
3. A Grande Tribulação (vv.24,25).
Segundo a visão conservadora-tradicional e evangélica, estamos diante de um texto que aponta para um tempo de grande sofrimento no mundo, especialmente em relação à nação de Israel. “O chifre pequeno”, advindo da região do quarto império, Roma, promoverá engano e assombro no planeta. Na linguagem neotestamentária, ele é o “Anticristo”, o blasfemador de Deus e dos seus preceitos. Por “um tempo, e tempos, e metade de um tempo”, o “Anticristo” terá autoridade no mundo. Esse período equivale a “três anos e meio”, ou “quarenta e dois meses” ou “mil e duzentos e sessenta dias” (Dn 12.7; 9.27; Ap 12.14; 7.14). Ele compreende a metade dos sete anos finais prescritos como a Grande Tribulação e o fim do “tempo dos gentios”. Nos primeiros “três anos e meio” o Anticristo fará acordos com Israel, mas não os cumprirá. Este é o período de grande poder e influência política desse líder mundial sobre o mundo e os judeus. Mas o Messias o dominará e quebrará o seu reino de mentira. O Anticristo será condenado e a plenitude do Reino de Deus será estabelecida para sempre!
 
SINOPSE DO TÓPICO (II): O clímax da visão profética de Daniel marca o advento da grande tribulação, do filho do homem e do juízo divino.
 
III. A VINDA DO FILHO DO HOMEM

1. A visão (vv.13,14).
Explicamos anteriormente a expressão “filho do homem” e vimos que ela fora atribuída pelos apóstolos a Jesus Cristo. O versículo 13 de Daniel afirma que o “filho do homem” voltará nas nuvens do céu. Este é o entendimento remontado em Atos 1.9-11 quando da afirmação dos santos anjos sobre a volta do Cristo de Deus: “E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. [...] [Os anjos] lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir”. Da mesma forma o apóstolo João escreveu no Apocalipse uma mensagem recebida do próprio Jesus: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o traspassaram” (Ap 1.7). O reino de Cristo será eterno, único e jamais perecerá (v.14).
 
2. “Os santos do Altíssimo” (v.18).
Para os primeiros leitores do livro de Daniel, a expressão “os santos do Altíssimo” era identificada por eles como o povo judeu que estava em cativeiro. Entretanto, de modo mais abrangente, e de acordo com Apocalipse 7.9-17, e a partir da revelação progressiva da Palavra de Deus ao longo da história bíblica, esses grupos de mártires e santos são os crentes advindos da Grande Tribulação, de todos os lugares, tribos e nações, que tiveram as suas roupas lavadas no sangue do Cordeiro.
 
3. A destruição do Anticristo (vv.26,27).
Deus intervirá na história dos judeus e trará juízo contra o Anticristo. Este será julgado e condenado para sempre. A sua destruição dar-se-á quando do final do segundo período de “três anos e meio” da Grande Tribulação. Mas a Igreja de Cristo, lavada e remida no sangue do Cordeiro, não passará pela Grande Tribulação. Antes de iniciar esse tempo de grande sofrimento, o Corpo de Cristo será tirado do mundo para estar para sempre com o Senhor.
 
SINOPSE DO TÓPICO (III): O profeta Daniel viu o dia em que virá o Messias e Ele julgará tanto os grandes quanto os pequenos.
 
CONCLUSÃO
Lamentavelmente, devido à multiplicação da “doutrina” da prosperidade, e de muitas igrejas e pregadores propalarem o “aqui e agora”, a profecia bíblica quanto ao futuro ficou de lado. Outros caem no erro de ensinar que as profecias de Daniel e do Apocalipse são alegorias e produtos de um tempo e de uma cultura sem conexão com a era atual. Estudemos a Palavra de Deus para não nos acharmos soberbos, deleitosos e não sejamos, pois, a Laodiceia contemporânea (Ap 3.14-22)!
 
VOCABULÁRIO
Clímax: Parte do enredo (livro, filme, peça etc.) em que os acontecimentos centrais ganham o máximo de tensão, prenunciando o desfecho; ápice.
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004.
GILBERTO, Antônio. Daniel & Apocalipse. RJ: CPAD, 2006.
 
EXERCÍCIOS
1. Quais são os animais que aparecem na visão de Daniel?
R. Um leão com asas de águia; um urso com três costelas na boca; um leopardo com quatro asas; um animal com uma aparência indescritível com dentes de ferro que comia e triturava tudo o que via no caminho.
2. De acordo com o que você aprendeu na lição, dê a interpretação de cada animal.
R. As figuras representadas pelo leão, o urso, o leopardo e o quarto animal, significam quatro reis que se levantaram sobre a terra, isto é, o rei da Babilônia, o rei Medo-Persa, o rei da Grécia e o rei de Roma.
3. Explique o significado dos dez chifres e o “pequeno chifre”.
R. Os dez chifres que saíam da cabeça do quarto animal prefiguravam dez reis advindos do antigo império romano. O pequeno chifre é o Anticristo escatológico.
4. Explique o que significa a expressão “filho do homem”.
R. A expressão “filho do homem” refere-se a um ser humano distinto que recebe de Deus a soberania celestial.
5. Como se dará a vinda do filho do homem?
R. O “filho do homem” voltará nas nuvens do céu.
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico “As Quatro Bestas”
Durante o primeiro ano do reinado de Belsazar, Deus revelou a Daniel um outro resumo dos impérios mundiais que estavam por vir. Por meio de um sonho e visões noturnas, Daniel viu o mar revolto (representando os povos da terra). Dele, subiam quatro grandes animais ‘diferentes uns dos outros’ (7.2-3). Os animais eram um leão, um urso, um leopardo e um outro não definido, que era ‘terrível, espantoso e sobremodo forte’ (7.7). Sobrepondo-se à profecia da estátua no sonho de Nabucodonosor, os animais representavam a Babilônia (o leão); a Medo-Pérsia (o urso); a Grécia (o leopardo), com seus quatro generais que dividiram o reino de Alexandre, o Grande, logo após sua morte; Roma (o quarto animal)” (LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.177).
 
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico “O Filho do Homem”
A Daniel foi concedida a visão celestial do Filho do Homem perante o tremendo e resplandecente trono do Deus Todo-Poderoso, o Ancião de Dias (Dn 7.9-14). Durante suas palavras no cenáculo, o Senhor Jesus disse a seus discípulos que Ele (o Filho do Homem) retornaria ao seio de seu Pai celestial, que o enviara para morrer pela humanidade (Jo 14.1-6,28; 16.28). Na verdade, sua volta para a glória foi testemunhada por aqueles fiéis discípulos. Os anjos lhe disseram: ‘Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir’ (At 1.11). Daniel pode ter testemunhado a ascensão do Senhor e sua entrada diante do trono de Deus, depois de morrer pelos pecados da humanidade. Daniel viu: ‘[...] eis que vinha com as nuvens do céu um como o filho do homem, e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele’ (Dn 7.13). Tanto a divindade como a humanidade de Cristo são vistas nas palavras que o identificam. Era o Filho de Deus (Sl 2.7) e o Filho do Homem que havia sido profetizado. Ser chamado de Filho do Homem mostra que Cristo não era apenas uma divindade, mas também um ser humano.
Ao Filho do Homem, ‘foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído’ (Dn 7.14). Trata-se, na verdade, de um quinto reino cuja duração será de mil anos na história da terra (Ap 20.4-9). Este reino, contudo, prosseguirá pela eternidade com a Nova Jerusalém e novos céus e nova terra, onde a paz e a justiça prevalecerão (Ap 21-22)” (LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.177).
 
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
Os Impérios Mundiais e o Reino do Messias
Prezado professor, a partir deste capítulo, o sete, iniciaremos outro gênero de narrações sobre o profeta Daniel e os seus amigos. Até o capítulo seis o gênero predominante no livro é classificado como história. Mas a partir do capítulo sete, o gênero que passa a dominar a obra é o das visões de Daniel. Uma série de visões dadas por Deus ao profeta é revelada a respeito do futuro do mundo e do Reino de Deus.
Orientações
Professor, para explicar didaticamente o primeiro tópico da lição recomendamos que ministrasse a aula de acordo com a descrição do tópico I: a descrição da visão e, posteriormente, a interpretação da visão. Descreva o primeiro animal, o segundo, o terceiro e o quarto. Então, em seguida, trabalhe a questão da interpretação destes animais. Leve em conta que a interpretação evangélica conservadora tende a compreender estes quatro animais como sendo os quatro impérios do mundo: Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. Estes impérios representam o período de tempo desde Daniel até a segunda vinda de Cristo. Considere também que os muitos intérpretes de Daniel tendem a colocar a profecia do capítulo 7 e 8 como uma continuação do capítulo 2. Lembra do que trata este capítulo? Os impérios são representados por uma grande estátua com cabeça de ouro; peito e braços de prata; ventre e quadris de bronze; pés de ferro e de barro. Entretanto, a estátua é derrubada por uma pedra. Esta pedra é o Reino de Deus destruindo toda a concepção humana de imperialismo. Além do primeiro, do segundo e do terceiro, o quarto animal traz algo bastante específico: “dez chifres” e um “chifre pequeno”. Quando o professor explicar estes elementos considere que ao longo dos anos muitas especulações foram feitas a respeito dessas duas figuras. Não vá além do que menciona o texto bíblico.
No passado, muitos crentes sinceros consideraram Hitler o pequeno chifre, isto é, o Anticristo. Outros consideraram Stalin o líder mundial. Alguns disseram que o Comunismo iria gerar o Anticristo. Outros ainda compreenderam que o papa João Paulo II era o Anticristo. A história provou que todas estas especulações não se sustentaram. Não sabemos a respeito do Anticristo porque simplesmente a sua identidade não foi ainda declarada. Ao que parece, nem saberemos. Não seremos arrebatados antes? Boa aula!
 
 

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