quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Lição 10 CPAD - 3° Trimestre 2016


LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - ADULTOS

Título: O desafio da evangelização — Obedecendo o ide do Senhor Jesus de levar as Boas-Novas a toda criatura

Comentarista: Claudionor de Andrade




TEXTO ÁUREO: [...] Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16.31).

 
VERDADE PRÁTICA: A salvação pela fé em Jesus deve ser pregada aos filhos e aos familiares não crentes, tanto por meio de palavras quanto por um testemunho bom, eficaz e amoroso.

 
OBJETIVO GERAL: Compreender que a salvação pela fé em Jesus deve ser pregada aos filhos e aos familiares não crentes.

 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I. Conscientizar de que os filhos precisam ser evangelizados;

II. Saber que o nosso maior desafio é evangelizar nossos cônjuges;

III. Mostrar que precisamos evangelizar nossos parentes.

 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Professor, procure enfatizar no decorrer da lição que a nossa família deve ser o nosso primeiro e mais importante campo missionário. De que adianta ganhar vidas para Cristo e ter a família longe do Salvador, sem salvação? Encontramos uma promessa de salvação para nossas famílias em Atos 16.31, porém como crentes temos que fazer a nossa parte: orar em prol da nossa família, jejuar, dar um bom testemunho e anunciar as Boas-Novas.
Incentive os alunos a realizarem o culto doméstico em seus lares. É importante adorar a Deus em família e orar unidos. Que nossos lares sejam uma extensão de nossas Igrejas. Você professor, tem cuidado com zelo de sua família? Tem sido um evangelista em seu lar? Então você não terá dificuldades para falar a respeito do tema desta lição.

 
INTRODUÇÃO
O evangelista Lucas narra a transformação operada pelo Evangelho no lar do carcereiro de Filipos. Responsável pela guarda de Paulo e Silas, o zeloso funcionário público foi profundamente tocado pelo testemunho dos missionários que, mesmo presos, oravam e cantavam ao Senhor. E, quando do terremoto que abalou os alicerces do cárcere, ele, tomado pelo medo, perguntou aos apóstolos: “Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?” (At 16.30).
Paulo e Silas foram precisos em sua resposta: “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16.31). A decisão do carcereiro abrangeu sua esposa e filhos que, naquela mesma noite, foram batizados. Nesta lição, veremos de que forma poderemos evangelizar os filhos, o cônjuge incrédulo e os vizinhos. O campo missionário começa em nossa casa.

 
PONTO CENTRAL: A família deve ser o nosso primeiro e mais importante campo missionário.

 
I. EVANGELIZANDO OS FILHOS
Os pais não podem acompanhar os filhos por toda a vida, mas devem assegurar-se de que eles, mediante a educação que receberam, tomarão boas decisões e não se desviarão jamais da fé.

1. Por meio do culto doméstico.
Este é o momento em que toda a família reúne-se para louvar a Deus, conhecê-lo mais intimamente e buscar a sua bênção. O culto doméstico deve ser diário e envolver a todos. Cada família marcará o horário mais apropriado.
As crianças que não sabem ler aprenderão ouvindo as histórias bíblicas e os cânticos. As maiores acompanharão a família na leitura alternada do texto sagrado. Durante o período de oração, que também deve contemplar a idade de cada filho, a esposa, ou o marido, apresentará pedidos ao Senhor, agradecendo pelas bênçãos já recebidas.


2. Através dos símbolos cristãos.
Os pais israelitas foram instruídos a fazer menção do Senhor aos filhos, e a narrar-lhes os feitos divinos em todas as ocasiões. Eles o faziam através de lembretes escritos, rituais e monumentos (Dt 6.6-9; Êx 12.25-27; Js 4.5-7).
Em nossa casa, as Bíblias, os hinários e os livros cristãos devem estar sempre visíveis e ao alcance das crianças. É importante que também haja boa música evangélica e filmes bíblicos. Que o Evangelho seja visto, ouvido e vivido em nosso lar.


3. Levando-os à igreja.
Se ir à casa de Deus não fosse importante, Elcana não se daria ao trabalho de levar consigo Ana e Penina, com todos os seus filhos e filhas, ao local de adoração (1Sm 1.3,4). Sozinho, ele subiria a Siló mais rápido e facilmente. Entretanto, sabia que toda a sua família precisava participar do culto ao Senhor. O próprio Jesus, embora Deus, era conduzido regularmente por seus pais ao Santo Templo (Lc 2.22, 41,42).
Levar os filhos à igreja não é simplesmente acompanhá-los até a porta e deixa-los lá, para buscá-los mais tarde. Também não é correto deixar o cônjuge e os filhos em casa e ir sozinho à igreja. Toda a família deve estar presente aos cultos e à Escola Dominical.


4. Tendo um viver cristão.
As crianças observam atentamente se agimos conforme o que ensinamos, ou se quebramos as regras por nós estabelecidas. Por isso, a melhor forma de ensinar-lhes a vida cristã é vivê-la cotidianamente. A boa conduta do crente, em casa, é útil para instruir os filhos, bem como para evangelizar os vizinhos. A nossa postura íntegra, contrastando com o estilo de vida deste mundo, haverá de atraí-los a Jesus. A atitude de Isaque quando da disputa dos poços certamente foi um testemunho vivo de paciência e mansidão para todos em sua casa (Gn 26.18-22).

 
SÍNTESE DO TÓPICO (I): Os pais são os responsáveis pela evangelização dos filhos.

 
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O ideal do Antigo Testamento é o de uma comunidade comprometida a viver para amar a Deus e os outros. A família deveria ser o foco da instrução. E o foco da família era o pai e a mãe que louvavam a Deus e levavam a sério suas palavras (Dt 6.5,6). Mães e filhas trabalhavam juntas no lar, enquanto os filhos trabalhavam com os pais. Os pais tinham muitas oportunidades para imprimir a Palavra de Deus em seus filhos, explicando as coisas e as escolhas que fizeram como respostas às Palavras de Deus.
As palavras eram faladas a respeito de Deus quando ‘sentados em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te’. Dessa maneira, a experiência diária era o contexto para se ensinar o significado da Escritura, pois a instrução da Lei de Deus acontecia na sala de aula da vida. O exemplo de pais comprometidos, a intimidade do amor da família, e a oportunidade de ver como as implicações da Lei de Deus eram seguidas, construíram juntos o mais poderoso projeto educacional jamais imaginado. Filo, escrevendo no tempo do Novo Testamento, diz que os filhos ‘são ensinados a crer em Deus, o único Pai e Criador do mundo, por assim dizer, desde o berço por seus pais, por seus professores, e por aqueles que os conduzissem, mesmo antes da instrução nas sagradas leis e costumes não escritos’” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10ª Edição. RJ: CPAD, 2012, p.123).

 
CONHEÇA MAIS

A liderança do marido (Ef 5.22,23)
Para estarmos seguros de não interpretarmos mal o conceito de liderança no casamento, como direito do marido de prevalecer sobre a esposa, Paulo especifica de que maneira a liderança do marido deve ser revelada. Especificamente, o marido é o cabeça como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela para que a santificasse (vv.25,26). A liderança no casamento deixa claro que o papel do marido é semelhante ao de Cristo, de sustentar e proteger sua esposa encorajando-a em direção ao crescimento pessoal e espiritual”. Para conhecer mais, leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.802.

 
II. EVANGELIZANDO O CÔNJUGE

Em vez de abandonar o marido, ou a esposa, o cônjuge salvo deve procurar ganhá-lo para Cristo, conforme orienta Paulo aos coríntios (1Co 7.12-14).

1. Trazendo a esposa a Cristo.
O marido crente ganhará a esposa para Cristo se agir conforme o modelo bíblico, amando-a e coabitando com ela com entendimento.

a) Amando-a como Cristo amou a Igreja (Ef 5.25). Jesus morreu por amor à igreja. Logo, o marido, à semelhança de Cristo, deve colocar os interesses da esposa à frente dos seus, e cuidar dela física, emocional e espiritualmente. Esposa alguma achará difícil submeter-se à liderança de um homem que lhe dedique tanta honra e apreço.

b) Coabitando com entendimento (1Pe 3.7). Como nova criatura, o esposo agirá segundo o caráter de Cristo, revelando as qualidades do fruto do Espírito (Gl 5.22). Ao permitir que o Espírito Santo lhe governe as atitudes, o marido será um exemplo de excelência cristã à esposa, atraindo-a Jesus.
 

2. Trazendo o esposo a Cristo.
O grande desejo da mulher salva, cujo marido ainda está no mundo, é ganhá-lo para Cristo. O apóstolo Pedro mostra o passo a passo dessa tarefa (1Pe 3.1-6).

a) Sujeitando-se a ele (vv.1a,6a). Ao submeter-se à autoridade do marido, “como Sara obedecia a Abraão”, a esposa demonstra obediência a Deus. Sua atitude dócil, mas sábia e prudente, convencerá o marido de que servir a Jesus traz harmonia ao lar. Agindo assim, a mulher cristã saberá como aconselhar o esposo, afastando-o de atitudes erradas e desastrosas.

b) Pelo porte cristão (vv.1,2). O porte cristão da esposa será revelado em palavras brandas, bom humor, atos de bondade e decisões inteligentes. Com tais qualidades, ela atrairá o marido a um encontro pessoal com o Senhor Jesus.

c) Sem palavras (v.1b). A melhor pregação da esposa crente é a sua conduta exemplar. Ela não irritará o esposo com falatórios e prédicas diárias; sua pregação sem palavras mostrará sua eficácia.

d) Pela beleza interior (vv.3-5). A esposa salva não deve descuidar de sua aparência. Sabe, porém, que o adorno capaz de conquistar o marido para Cristo é o “espírito manso e quieto”, que não se abala com as circunstâncias e vive em contentamento e gratidão.

 
SÍNTESE DO TÓPICO (II): O crente precisa obedecer aos princípios morais estabelecidos por Deus.

 

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Pedro ensina como uma esposa deve agir a fim de ganhar para Cristo o seu marido não salvo. (1) Ela deve ser submissa ao marido e reconhecer a sua liderança na família. (2) Ela deve conduzir-se de modo santo e respeitoso, com espírito manso e quieto. (3) Ela deve esforçar-se para ganhar o marido para Cristo, mais pelo comportamento, do que por suas palavras” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, p.1941).
A Palavra de Deus também apresenta ensinamentos para os maridos cujas esposas ainda não aceitaram a Cristo como Salvador. (1) Ame a sua esposa como Cristo amou a Igreja, ou seja, um amor altruísta e abnegado. (2) Coabite com sua esposa com entendimento, seja sábio em suas palavras e atitudes. (3) Suas ações devem ser coerentes com suas palavras. Viva aquilo que você prega.

 
III. EVANGELIZANDO OS PARENTES

Os parentes também podem ser alcançados para Cristo pelo bom testemunho e pela pregação do Evangelho.

1. Em tempos favoráveis.
Uma bênção recebida, ou uma data especial, é sempre um bom motivo para um culto em ações de graças no lar. Então, imitemos Cornélio, que, amando seus parentes e amigos, convidou-os à sua casa para ouvir o Evangelho através de Pedro (At 10.24).


2. Em tempos de crise.
O cerco à cidade de Jericó impeliu Raabe a reconhecer o Deus de Israel como o seu Senhor. Graças à firmeza de sua decisão, os seus pais, irmãos e outros parentes foram poupados da destruição (Js 6.23,24). Quando a família é assolada por doenças, morte ou escassez, o crente apontará Jesus como a única solução.

 
SÍNTESE DO TÓPICO (III): Evangelize seus parentes não crentes.

 
SUBSÍDIO DIDÁTICO

Professor, mostre aos alunos, utilizando o quadro abaixo, que para uma evangelização eficiente entre os parentes não crentes é necessário:

  

CONCLUSÃO
“Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa”. Firmado nessa promessa, o novo convertido orará pela salvação de toda a sua família. E, através de seu testemunho, demonstrará o que o Evangelho fará na vida de quem recebe Jesus como o seu Salvador.
A família salva buscará sempre uma oportunidade para falar de Cristo aos seus parentes e vizinhos. Não nos esqueçamos, igualmente, do fortalecimento espiritual de nossa família através do culto doméstico, do ensino bíblico e da frequência regular aos trabalhos da Igreja. E, dessa forma, ousemos afirmar como Josué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15).

 
PARA REFLETIR

A respeito da evangelização na família, responda:

1° Como os pais podem falar de Jesus aos filhos?
Resp: Por meio do culto doméstico, através dos símbolos cristãos e levando-os à igreja.

 

2° De que maneira o marido salvo pode conduzir a esposa a converter-se?
Resp: Amando-a como Cristo amou a Igreja e coabitando com entendimento.

 

3° O que a esposa salva deve fazer para levar o marido a Cristo?
Resp: Sujeitando-se a ele, pelo porte cristão e sem palavras.

 

4° De que forma a família cristã pode cumprir a grande comissão?
Resp: Crendo na promessa bíblica: “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa”. Orando pela salvação de toda a sua família e dando testemunho. Falando de Cristo aos seus parentes.

 

5° Cite exemplos de personagens bíblicos que trouxeram a família a Jesus.
Resp: Cornélio e o carcereiro de Filipos.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO


 

O Poder da evangelização na família
O primeiro grande desafio da evangelização, geralmente, se dá em nossa família. Ali, nossos pais, filhos, cônjuges ou outros parentes presenciarão o impacto da transformação que o Evangelho trouxe às nossas vidas. É no âmbito da família que surge a primeira experiência de proclamar a Jesus mediante tudo o que Ele é e representa para nós.
Em primeiro lugar, essa experiência de anúncio reflete a experiência de salvação em Cristo por intermédio do nosso comportamento. Ninguém melhor que a nossa própria família para constatar a transformação presente em nossa vida. Esse processo é que nos dá o álibi de explicar o que aconteceu para que as pessoas ficassem tão impressionadas com uma nova pessoa que se mostra diante delas. Muitas acham-se surpreendidas por isso.
Quando se tem a oportunidade e abertura para isso, um instrumento valioso para se evangelizar a família é o Culto Doméstico. Ali, cantamos ao Senhor, testemunhamos da sua graça, meditamos em sua Palavra e podemos perceber o caráter de Deus sendo forjado em nossa mente e coração. O encontro com a Palavra no seio da família pode ser um momento singular de evangelização familiar. Além da dinâmica do culto, mencionado por nós, os símbolos de nossa fé também chamam atenção de nossa parentela: o nosso hinário, a Bíblia Sagrada, os livros cristãos, os CDs de músicas que tocam a alma. Enfim, cada gesto, cada símbolo e cada momento presente no culto doméstico são uma belíssima oportunidade e privilégio de anunciarmos Jesus, nosso Rei, Senhor e Cristo.
Para além de evangelizar a nossa família, por intermédio do anúncio verbal da Palavra de Deus, outro instrumento bem relevante é o nosso testemunho no lar. Não há maneira mais eficaz de evangelizar a nossa família que por intermédio da nossa vida no lar. Do mesmo modo, uma palavra falada sem a confirmação do comportamento perde toda a sua relevância. Não se pode evangelizar em família sem o compromisso de demonstrar na prática de vida uma conversão sincera.
Hoje, não podemos nos dar ao luxo de falar ou pregar sem o compromisso com a nossa vida. A sociedade não respeita, nem muito menos aceita, um discurso dúbio, apenas para ganhar status e angariar novos adeptos. Em nossa família não há lugar para isso! O nosso compromisso é com a Palavra de Deus, anunciando o ano aceitável do nosso Senhor para sempre. Portanto, sejamos sal da nossa família! Sejamos luz em nossa casa!


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