quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Lição 4 CPD - 4° Trimestre 2016


LIÇÕES BÍBLICAS CPAD / ADULTOS

Título: O Deus de toda provisão — Esperança e sabedoria divina para a Igreja em meio às crises

Comentarista: Elienai Cabral




TEXTO ÁUREO: E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim, caminharam ambos juntos” (Gn 22.8).

VERDADE PRÁTICA: A declaração de Abraão se cumpriu plenamente quando Cristo morreu na cruz para perdão dos nossos pecados.

 
OBJETIVO GERAL: Ressaltar a provisão de Deus no monte do sacrifício.

 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
 
I. Mostrar que é necessário ter fé para subir ao monte do sacrifício;

II. Compreender que a fé de Abraão o fez vencer a provação no monte do sacrifício;

III. Explicar que Jesus é o Cordeiro de Deus que subiu ao monte do sacrifício por amor a nós.

 
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, estudaremos a respeito da prova mais difícil enfrentada pelo patriarca Abraão. Ele durante anos enfrentou a crise da esterilidade de sua esposa e teve que esperar anos até que se cumprisse a promessa do seu herdeiro. O Deus que lhe deu de forma milagrosa um filho, seu único herdeiro, pede para que esse filho seja oferecido em sacrifício. Isso nos mostra que embora o Senhor nos ame, Ele também nos prova. Abraão foi provado e revelou o quanto amava a Deus. O Senhor era mais importante para ele do que o seu Isaque. Nunca permita que nada ocupe o lugar de Deus em seu coração.

 
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a respeito do teste mais difícil que Abraão poderia experimentar. Veremos também que Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, morreu em nosso lugar para a nossa salvação.
Deus estava provando a fé de Abraão, bem como o seu amor e fidelidade. Em meio à provação, Abraão não duvidou do poder sustentador de Jeová-Jirê, o Deus que provê. O Senhor pediu que Abraão sacrificasse o seu único filho, o filho da promessa. Pela fé, Abraão obedeceu à ordem de Deus indo ao lugar do sacrifício com seu filho Isaque.

 
PONTO CENTRAL: Pela fé Abraão pôde ver a provisão de Deus no monte do sacrifício.

 
 I. FÉ PARA SUBIR O MONTE DO SACRIFÍCIO

1. Abraão é provado.
Abraão faz parte da galeria dos heróis da fé (Hb 11). Ele é conhecido como o “pai da fé”. A prova a que Abraão fora submetido parece um paradoxo diante do Deus amoroso, justo e que jamais aceitaria um sacrifício humano. Deus pediu a Abraão algo fora do comum, visto que sacrifícios humanos eram praticados nas religiões pagãs. Mas o desafio foi feito e Abraão teria de provar sua lealdade e seu amor ao Senhor. Em outras ocasiões Abraão falhou como homem e desobedeceu a Deus, mas Ele não o abandonou. O Senhor via em Abraão qualidades que eram superiores às suas fraquezas. E o patriarca precisava aprender a depender de Deus. As dificuldades e provações fizeram com que Abraão desenvolvesse uma intimidade maior com o Senhor. Abraão já havia experimentado alguns momentos de frustração e amargura que lhe fizeram avaliar melhor suas decisões para com Deus.


2. No limite da capacidade humana.
O apóstolo Paulo, escrevendo aos coríntios, declarou: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1Co 10.13). A prova a que Abraão fora submetido fez com ele chegasse ao máximo da sua capacidade espiritual e emocional.


3. Um pedido difícil.
O pedido de Deus parecia ser ilógico, impróprio, irracional e impossível de ser aceito. Deus havia pedido, em holocausto, o seu único filho, “o filho da promessa”. Tem-se a impressão de que Deus estava pedindo a devolução de algo que dera ao seu amigo. Abraão, entretanto, em momento algum se negou a obedecer a Deus. Quantas vezes, em meio às dificuldades e provações, dizemos para Deus que não podemos obedecê-lo, que não podemos suportar o que Ele nos pede. Deus não quer o nosso mal, pois nos prova para que o conheçamos melhor.



 SÍNTESE DO TÓPICO (I): É necessário ter fé para subir o monte do sacrifício.

 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

A prova no limite da capacidade humana (1Co 10.13)
Abraão chegou ao máximo de sua capacidade emocional e intelectual para aceitar o desafio que Deus lhe fizera. Foi-lhe pedido algo impossível mediante a lógica do propósito divino para sua vida. Deus lhe pediu em holocausto ‘o filho da promessa’. Além da relação espiritual da existência desse filho, com a relação emocional familiar entre Abraão e Isaque e sua mãe, o velho Abraão não podia entender as razões de Deus. Era como se Deus estivesse pedindo devolução de algo que havia dado a Abraão. Isto se tornou um desafio a sua lógica, a sua racionalidade. Era, de fato, uma prova que superava todas as demais experimentadas pelo velho patriarca. Abraão pareceu chegar ao limiar da prova, do desânimo, da desistência. Na infinita sabedoria divina, somos conduzidos, às vezes, ao limite de nossa resistência para aprendermos a confiar no exaurível poder de sustentação de Deus. Quantas vezes confessamos nossas limitações e dizemos: ‘Não posso mais!’, ‘Não aguento mais!’, ‘Estou sem forças para reagir!’. Então Deus entra em ação e suaviza o nosso sacrifício. Ele não deixa que nossas resistências estourem sem que saibamos que Ele nos prova para que o conheçamos melhor (CABRAL, Elienai. Abraão: As experiências de nosso pai na fé. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2002, pp.173-74).

 
II. PROVAÇÃO NO MONTE DO SACRIFÍCIO

1. Amor, obediência e fé no monte do sacrifício.
Esses três elementos eram a essência da prova a que Abraão estava sendo submetido. O primeiro elemento era o seu amor para com Deus. O Senhor queria provar se Ele estava em primeiro lugar no coração de Abraão. Deus tem de estar em primeiro lugar em nossos corações. Abraão amava o seu filho Isaque, mas obedecendo a Deus, deixou claro que era o Senhor que ocupava o primeiro lugar em sua vida. O segundo elemento era a obediência. Abraão prontamente obedeceu ao pedido que o Senhor lhe fizera, mesmo não compreendendo o porquê de tal petição. O terceiro elemento envolvido nessa prova era a fé. Se antes, em algumas circunstâncias, Abraão vacilou, como no caso de ter um filho com Agar, agora, amadurecido pelas crises, ele confia plenamente em Deus. Abraão confiou que Deus seria capaz de operar um milagre.


2. O clímax da prova.
Depois de três dias de viagem, Abraão, Isaque e os moços que estavam com eles chegaram à terra de Moriá (Gn 22.4). Os dois moços ficaram ao pé do monte, e Abraão e seu filho tomaram a lenha e o cutelo e subiram ao monte do sacrifício (Gn 22.4-6). Na subida, o pai e o filho conversavam. Isaque não sabia como seria feito esse sacrifício, pois eles não tinham consigo um animal (um cordeiro) para o holocausto. Isaque perguntou ao seu pai: “[...] Onde está o cordeiro para o holocausto?” (Gn 22.7), e Abraão, de forma incisiva e confiante, respondeu: [...] “Deus proverá para si o cordeiro [...]” (Gn 22.8).


3. O momento decisivo da prova.
O caminho da obediência pode parecer o mais difícil, mas não impossível, porque Deus age no momento certo. O pai e o filho chegaram ao local do sacrifício. Abraão conhecia a fidelidade de Deus, e por isso não se desesperou. Isaque era um filho obediente, um menino de fé. Ele aceitou ser amarrado e colocado sobre a lenha. Abraão levantou o cutelo para imolar Isaque, mas o anjo do Senhor bradou forte e não deixou que ele o fizesse. Bem perto deles havia um cordeiro substituto. A intervenção divina na terra de Moriá (Gn 22.11,12) mostra que um dia, no Calvário, Jesus morreu em nosso lugar. Ele nos substituiu na cruz, morrendo por nossos pecados. Na verdade, Abraão viu, pela revelação da fé, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

 
SÍNTESE DO TÓPICO (II): Todo crente é provado pelo Senhor no monte do sacrifício.


SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Moriá”
Este termo se aplicava à região onde Abraão ofereceu Isaque (Gn 22.2), e ao local do Templo de Salomão (2Cr 3.1). Alguns desafiaram esta identificação devido às variantes textuais em 2 Crônicas 3.1, e por causa de sua proximidade a Berseba. Entretanto, com um jumento carregado, Abraão poderia ter levado 3 dias para viajar 80 quilômetros de distância até Moriá (Gn 22.4). Não há opositores e nenhuma razão adequada para se duvidar de que o monte Moriá (Gn 22.2), a eira de Araúna, o jebuseu (2Sm 24.16), e o local do Templo de Salomão (2Cr 3.1) sejam praticamente idênticos (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2009, p.1307).

 
CONHEÇA MAIS



Cordeiro
Por todo o Antigo Testamento, o cordeiro é tido como o animal preferido para o sacrifício. É o mais frequentemente especificado na lei levítica do sacrifício. Assim, é apropriado que o inocente, inofensivo cordeiro seja o principal símbolo sacrificial do Antigo Testamento. Jesus, o inocente Cordeiro de Deus, ofereceu-se como sacrifício por nós. Ele tomou nosso lugar, como o carneiro de Gênesis 22 tomou o lugar de Isaque. “Através do seu sofrimento, o inocente Filho de Deus expiou nossos pecados e nos tornou limpos” (Jo 1.29,36; 1Pe 1.19). Para conhecer mais leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.38.

 
III. JESUS, O CORDEIRO DE DEUS NO MONTE DO SACRIFÍCIO

1. O sacrifício do Cordeiro de Deus (Jo 1.29).
O Deus que proveu um cordeiro para substituir Isaque no monte do sacrifício é o mesmo que enviou seu Filho para nos substituir na cruz do Calvário. Deus entregou seu Cordeiro, Jesus Cristo, para morrer por nós. O sacrifício de Jesus foi necessário para o perdão dos nossos pecados.


2. A reconciliação mediante o sacrifício do Cordeiro.
O sacrifico de Jesus nos reconciliou com Deus. O sacrifício de Jesus Cristo foi único e definitivo para a nossa reconciliação com Deus (Ef 2.16). Jesus, o Cordeiro de Deus, é o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2). Sem Ele estaríamos perdidos, longe de Deus e condenados ao inferno. Temos um Criador que nos ama e que não negou dar o seu Unigênito para que tivéssemos a vida eterna.


3. A justificação mediante o Cordeiro de Deus.
Jesus, o Cordeiro de Deus, assumiu o castigo que era nosso. Ele tomou sobre si a nossa condenação. Na cruz, Cristo cumpriu a nossa pena, justificando-nos perante o Pai. Ele nos libertou da lei do pecado. Uma vez livres e justificados pela fé, temos paz com Deus (Rm 5.1).

 
SÍNTESE DO TÓPICO (III): Jesus é o Cordeiro de Deus que foi imolado por nós no monte do sacrifício.

 
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

Deus proverá (Gn 22.8)
Deus proverá” (hb. Jeová-jiré), é uma expressão profética da providência divina de um sacrifício substituto, um carneiro (v.13). O cumprimento pleno da declaração de Abraão realiza-se quando Deus provê seu Filho Unigênito para ser o sacrifício expiador no Calvário, para a redenção da humanidade. Daí, o próprio Pai celestial fez aquilo que ele determinou que Abraão fizesse (Jo 3.16).
Isaque era um jovem nessa ocasião, perfeitamente capaz de resistir a seu pai, se assim quisesse. Mas, em total submissão a Deus e obediência ao seu pai, permitiu ser amarrado e deitado sobre o altar, assim como Jesus foi voluntariamente até à cruz.
As Escrituras dizem que Abraão ‘foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque’ (Tg 2.21). Isto é, a fé de Abraão manifestou-se em sincera obediência a Deus. “O lado oculto da verdadeira fé salvadora, inevitavelmente se manifestará numa vida de obediência” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.64).

 
CONCLUSÃO:  
Creia que Deus provê todas as nossas necessidades, em qualquer hora e lugar, desde que estejamos dispostos a reconhecer sua soberania e suprema vontade. Aprendemos com Abraão que é perfeitamente possível viver uma vida em consonância com as exigências divinas.

 
PARA REFLETIR

A respeito da provisão de Deus no monte do sacrifício, responda:

 
1° Deus nos dá tentação além do que podemos suportar? Confirme a resposta com uma referência.
Resp: Não. O apóstolo Paulo escrevendo aos coríntios declarou: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1Co 10.13).

 

2° O que Deus pediu a Abraão?
Resp: Deus pediu que ele sacrificasse seu único filho como oferta.

 

3° Quantos dias Abraão e Isaque tiveram que caminhar até chegar à terra de Moriá?
Resp: Acredita-se que eles caminharam durante três dias.

 

4° Qual a resposta de Abraão a Isaque quando perguntou a respeito do animal para o sacrifício?
Resp: “Deus proverá para si o cordeiro” (Gn 22.8).

 

5° Quem é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo?
Resp: Jesus Cristo.

 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

 


 
A provisão de Deus no Monte do Sacrifício
Um pai cheio de amor pelo seu filho sobe ao monte Moriá para entregá-lo a fim de obedecer a Deus. Isaque era o filho da velhice de Abraão e de Sara. Foi uma promessa feita por Deus quando eles não podiam gerar filhos. Mas num belo dia, Deus o pediu de volta. Entregá-lo a Deus significava sacrificar literalmente a vida do pequenino filho de Abraão. É claro que Deus nunca aceitou sacrifícios onde o ser humano era a vítima. É bom lembrar de que quando Deus deu a ordem a Abraão para entregar o seu filho não havia nenhum sistema de lei, nenhum código de preceitos promulgado por Moisés no livro do Êxodo. A relação de Abraão com o Eterno era face a face, ele e Deus somente. De modo que o sacrifício imposto por Deus a Abraão era para prová-lo, como Jesus Cristo foi provado na tentação do deserto. De antemão, Deus estava provendo um cordeiro para tomar o lugar de Isaque.

A história de Abraão torna-se uma metáfora em que Deus proveu o Santo Cordeiro para a humanidade inteira. O Pai entregou o seu único Filho em favor do ser humano caído. Foi a grande reconciliação entre Deus e o ser humano: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longes, já pelo sangue de Cristo chegaram perto. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio, na sua carne, desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e, pela cruz, reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades” (Ef 2.13-16). Deus proveu o seu Filho como verdadeiro Cordeiro para nos reconciliar com Ele mesmo, sem imputar os nossos pecados e lançá-los em nosso rosto (2Co 5.19).
A maior necessidade que havia no coração humano, Deus a preencheu quando enviou o seu único Filho para morrer na Cruz em nosso lugar. A doutrina bíblica da Expiação de Cristo humilha por inteiro qualquer esforço do ser humano para salvar-se. Só Deus poderia suprir essa necessidade humana. Só o Pai poderia promover meios de não mais sermos achados perdidos, condenados e mortos para sempre. Por isso. Cristo chama todos os homens ao Arrependimento, pois a Expiação de Cristo só tem eficácia para o ser humano que se arrepende e crê no Filho de Deus.
Cristo Jesus é a maior provisão de Deus para o problema do pecado do ser humano!
 
 
 

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