quarta-feira, 12 de março de 2014

Lição 11 CPAD - 1° Trimestre 2014

Título: Uma jornada de fé — A formação do povo de Israel e sua herança espiritual
Comentarista: Antônio Gilberto
 
TEXTO ÁUREO: “E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra” (Ap 5.10).
 
VERDADE PRÁTICA: Cristo nos fez reis e sacerdotes, para anunciarmos as virtudes do seu Reino.
 
 

INTERAÇÃO

No Antigo Testamento o sumo sacerdote exercia o ofício sagrado de ir ao Templo e entrar para oferecer sacrifício por ele e por toda a nação. Logo, seu sacrifício não era único ou perfeito. O ministério sacerdotal araônico apontava para Cristo, nosso Sumo Sacerdote eterno, Jesus Cristo é o único Sumo Sacerdote perfeito e suficiente. Ele é o único representante entre Deus e o homem. Assim como Jesus é o Sumo Pastor; nós os crentes, também fomos feitos sacertodes. A nossa função é a de servir a Igreja e a Cristo com amor.
 

OBJETIVOS: Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • Explicar o sacerdócio em Israel.
  • Elencar os elementos da indumentária sacerdotal.
  • Compreender o papel atual dos ministros da Igreja de Cristo.
 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Para concluir o terceiro tópico da lição, leia com a sua classe, a primeira epístola do apóstolo Paulo a Timóteo 3.1-7. Use a lousa para elencar as qualidades necessárias para quem deseja exercer o Santo Ministério: (1) Ser irrepreensível; (2) marido de uma só mulher; (3) vigilante; (4) sóbrio; (5) hospitaleiro; (6) apto para ensinar; (7) não dado ao vinho; (8) não espancador; (9) não cobiçoso de torpe ganância; (10) moderado, não contencioso, não avarento; (11) governe bem a própria casa tendo os filhos em sujeição, com toda modéstia; (12) que não seja novo na fé; (13) não soberbo; (14) tenha bom testemunho dos que estão fora da igreja. Conclua dizendo que tais características resultam do caráter regenerado pela mensagem do Evangelho.
 

INTRODUÇÃO

Palavra Chave: Sacerdócio: Ofício, o ministério e a função do sacerdote.
 
O capítulo 28 de Êxodo trata da chamada divina para o sacerdócio em Israel. O povo precisava aprender a adorar a Deus. Era necessário que homens chamados por Deus cuidassem da prática do culto ao Senhor no Tabernáculo e também através da congregação de Israel. Logo, o Senhor separou a tribo de Levi para o serviço no Tabernáculo e para o santo ministério sacerdotal. Os levitas serviam a Deus e auxiliavam os sacerdotes. Assim, todo sacerdote em Israel era levita, mas nem todo levita era sacerdote como veremos na lição.




I. O SACERDÓCIO (ÊX 28.1-5)
 
1. O sacerdote.
Deus ordena que Moisés separe Arão e seus filhos para o ministério sacerdotal. O sacerdote deveria não somente pertencer à tribo de Levi, mas era preciso que fosse um descendente de Arão, que teve o privilégio de ser o primeiro sacerdote de Israel. Pertenciam à classe sacerdotal em Israel o sumo sacerdote, os sacerdotes e também os levitas.
O sacerdócio de Arão apontava para Cristo, nosso Sumo Sacerdote eterno (Hb 6.20). Arão era um ser humano e, portanto, um pecador que carecia de se apresentar diante de Deus com sacrifícios pelos seus próprios pecados. Mas Cristo é perfeito e seu sacrifício por nós foi único, completo e aceito pelo Pai.
 
2. O ministério dos sacerdotes.
Quais eram as funções de um sacerdote? Sua principal missão era apresentar o homem pecador diante do Deus santo. Eram, especificamente, três as obrigações básicas do sacerdote: “santificar o povo, oferecer dons e sacrifícios pelo povo e interceder pelos transgressores”. Eles também atuavam como mestres da lei (Lv 10.10,11). O sacerdócio de Arão apontava para Cristo, nosso único mediador diante de Deus. Como Sumo Sacerdote, Cristo intercede diante do Pai por nós (1Tm 2.5).
 
3. O sumo sacerdote.
As nações que estavam ao redor dos hebreus já conheciam o serviço sacerdotal. Os sacerdotes não receberam nenhuma herança de terras quando as tribos entraram na Terra Prometida, pois a sua recompensa era servir ao Todo-Poderoso. Eles eram sustentados pelas ofertas e os sacrifícios levados ao Tabernáculo. Viviam de modo simples e dependiam única e exclusivamente da obediência e fidelidade do povo ao trazer seus dízimos (Nm 18.3-32).


II. A INDUMENTÁRIA DO SACERDOTE

 
1. A túnica de linho e o éfode (Êx 28.4-28).
As vestes do sacerdote deveriam ser santas (Êx 28.3). Eles não poderiam se apresentar diante do Senhor de qualquer maneira. O linho fino apontava para a pureza, perfeição e justiça de Cristo, nosso sacerdote. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “o éfode era um tipo esmerado de avental bordado, unido nos ombros e ligados por uma faixa na cintura”. No éfode havia duas pedras de ônix com os nomes das doze tribos. Arão deveria levar e apresentar diante de Deus as doze tribos de Israel. Cristo carregou sobre si os nossos pecados e os apresentou diante do Pai (1Co 15.3).
Sobre o éfode estava o peitoral contendo doze pedras preciosas com os nomes dos doze filhos de Israel. Esta peça ficava sobre o coração de Arão — o sumo sacerdote (Êx 28.15,17,21,29).
 

2. O Urim e Tumim (Êx 28.30).

 
Eram pedras que os sacerdotes utilizavam na hora de tomar decisões. Eles deveriam carregar estas peças junto ao coração, mostrando a importância delas. Isso nos mostra que nossas decisões devem ser tomadas de acordo com a Palavra de Deus.


III. MINISTROS DE CRISTO PARA A IGREJA
 
1. Chamados por Deus.
Os verdadeiros ministros da igreja são chamados e vocacionados pelo Senhor. O ministério pastoral não é simplesmente um cargo ou uma forma de se alcançar status seja ele qual for. Muitos querem viver da obra e não para ela. Quem exerce o santo ministério sem a direta chamada do Senhor — o Dono da obra — é um intruso e está profanando a obra de Deus.
 
2. Qualificações.
O sacerdote não podia se apresentar diante de Deus e da congregação de qualquer maneira. Um pastor deve sempre agir de modo a dar um bom testemunho (1Tm 3.7). O bom testemunho deve vir não somente dos que estão fora da igreja, mas especialmente pelos irmãos em Cristo. É preciso viver uma vida digna diante dos homens e também diante de Deus (1Tm 6.11,12). O pastor deve em tudo ser o exemplo (Tt 2.7).
 
3. Comprometidos com a Palavra.
Os sacerdotes também tinham a função de ensinar a Palavra de Deus. Da mesma forma, Paulo recomenda que o ministro seja apto para ensinar (1Tm 3.2). É preciso que seja alguém capacitado na Palavra. A missão dos ministros de Cristo consiste no serviço, na mordomia, isto é, na administração dos negócios de Deus e, sobretudo, em sua fidelidade e santidade.
 
CONCLUSÃO
Os sacerdotes levavam os israelitas até a presença de Deus. O sacerdócio de Arão apontava para o sacerdócio perfeito de Cristo. Atualmente, todos os que creem em Jesus e no seu sacrifício na cruz foram feitos, pela fé, reis e sacerdotes do Deus Altíssimo (1Pe 2.5,9). Você é um representante de Deus aqui na terra, e nessa posição, você tem levado outros até Cristo?
 

VOCABULÁRIO

Indumentária: Arte relacionada com vestuário; conjunto de vestimentas usadas em determinada época ou por determinado povo, classe social, profissão, etc.
Esmerado: Caprichoso, empenhado.
Clímax: Parte do enredo (de livro, filme, peça, etc.) em que os acontecimentos centrais ganham o máximo de tensão, prenunciando o desfecho; ápice.
 

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

GOWER, R. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2 ed., RJ: CPAD, 2012.
CARLSON, R.; TRASK, T. E. et al. Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005.
 

EXERCÍCIOS

1. Quem Deus ordenou que Moisés separasse para o sacerdócio?
R. Arão e os seus filhos.
 
2. O sacerdócio de Arão apontava para qual Sacerdócio?
R. O sacerdócio de Arão apontava para Cristo.
 
3. Qual era a principal função do sacerdote?
R. Sua principal missão era apresentar o homem pecador diante do Deus santo.
 
4. O que era o éfode?
R. O éfode era um tipo esmerado de avental bordado, unido nos ombros e ligados por uma faixa na cintura.
 
5. Quais as qualificações que você acredita que são indispensáveis àqueles que almejam o santo ministério?
R. Resposta pessoal.
 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Geográfico
 
“O Dia da Expiação
O dia 10 do mês de Tisri marcava o Dia da Expiação (Lv 16). Esse dia era de muitas formas um clímax do ano religioso judeu. Os sacerdotes ofereciam durante o ano inteiro sacrifícios a Deus, a fim de tornar o povo aceitável a Ele; mas os sacerdotes e seu equipamento foram cerimonialmente afetados pelo pecado e o Dia da Expiação foi instituído para promover uma ‘limpeza espiritual de primavera’, de modo que o caminho para chegar a Deus, mediante sacrifício, ficasse aberto por mais um ano. O sumo sacerdote era a única pessoa que podia fazer isso e nos dias do Novo Testamento, a fim de não haver erro, ele era cuidadosamente vestido pelos anciãos e praticava o ritual diariamente durante a semana anterior.
No Dia da Expiação, o sumo sacerdote era mantido acordado durante a madrugada, e quando chegava a manhã, era vestido com roupas brancas simples para dar início às cerimônias. Ele primeiro confessava os pecados das pessoas com a mão sobre o pescoço de um touro sacrificial, que havia sido morto e colhido o seu sangue. Dois bodes eram colocados à sua frente e sortes lançadas para ver qual deles devia ser de Deus e qual do povo. O bode de Deus era morto e seu sangue misturado com o do touro. Depois, sozinho, o sumo sacerdote entrava com incenso e brasas no Santo dos Santos. O incenso era queimado e quando ele enchia o lugar, acreditava-se que o sumo sacerdote era aceitável a Deus” (GOWER, R. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2 ed., RJ: CPAD, 2012, pp.321-22).
 

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Teologia Pastoral
 
“O Caráter do Servo do Senhor
Uma geração inteira levantou-se em oposição a todas as formas de organização instituídas, quer os credos e práticas estabelecidas fossem certos, quer não. A precipitação maléfica disso ainda é vista na oposição pública a qualquer autoridade: civil, religiosa ou organizacional. Pode ser que haja ocasiões em que se deva fazer oposição às instituições, mas o verdadeiro caráter não condena a autoridade só porque é autoridade. Deve haver padrões de caráter: para indivíduos e para organizações. Oposição arbitrária à autoridade, sem qualquer base ética ou moral, só conduz à anarquia e ao caos. A sociedade moderna não parece estar muito distante desse estado. De todas as pessoas, o ministro do Evangelho tem de ter uma definição clara do que seja o caráter para que seja modelado com nitidez.
 
O Caráter e Ação
O caráter nunca é comprovado por uma declaração escrita ou oral de convicções. É demonstrado pelo modo como vivemos, pelo comportamento, pelas escolhas e decisões. Caráter é a virtude vivida.
O caráter ruim ou o comportamento pouco ético tem sido comparado ao odor do corpo: ficamos ofendidos quando o detectamos nos outros, mas raramente o detectamos em nós mesmos. Os líderes espirituais sempre devem ser sensíveis ao fato de que suas ações falam muito mais alto do que as palavras ditas do púlpito. Visto que as ações que praticamos raramente são percebidas como provas de caráter defeituoso, fazem-se essenciais à introspecção e à auto-avaliação, não porque desejamos agradar ou evitar ofender os outros, mas porque a reputação e o caráter do ministro devem estar acima de toda repreensão (1Tm 3.2,7). Nossas palavras e pensamentos devem ser agradáveis perante a face de Deus (Sl 19.14), mas nossas ações revelam nosso caráter aos outros. As características do caráter exigido por Deus daqueles que querem habitar em sua presença são ações, e não um estado passivo de ser [...] (Sl 15)” (CARLSON, R.; TRASK, T. E. et al. Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005, pp.114-15).
 

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

A escolha de Arão e seus filhos para o Sacerdócio
Segundo a ordenação de Deus a Moisés, Arão e seus filhos, Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar deveriam ser separados e consagrados para o sacerdócio (Êx 28.1). Todavia, sabemos que Nadabe e Abiú morreram perante o Senhor ao oferecer fogo estranho. Então o sacerdócio ficou restrito aos descendentes de Eleazar e Itamar (Lv 10.1,2). Para ser um sacerdote não bastava ter nascido na família de Arão, pois havia várias restrições que impediam uma pessoa de exercer o sacerdócio. Para desempenhar tal nobre função eram necessárias certas exigências; o homem não poderia ter nenhum defeito físico (Lv 21.1-24). A lei exigia perfeição e tal perfeição apontava para Cristo, o homem perfeito.
O sacerdote tinha a função principal de conduzir o homem até Deus, todavia também exercia funções no tabernáculo e no ensino da Lei (Lv 10.10,11; Dt 33.10; 2Rs 17.27,28). O sacerdote não era um neófito. Ele precisava conhecer as leis civis e religiosas para exercer suas funções. Qualquer erro era pago com a própria vida. Isto nos mostra como é grande a responsabilidade daqueles que ministram na Casa de Deus. É necessário que os pastores sejam separados, tenham uma vida santa, conheçam a Palavra de Deus e estejam aptos para ensiná-la.
Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe “o sacerdócio hebreu incluía três classes básicas: o sumo sacerdote, os sacerdotes, e os levitas”.
O sacerdote deveria se apresentar diante de Deus com roupas santas, separadas para a ministração. Infelizmente, muitos pensam que porque estamos no tempo da graça podemos nos achegar a Deus de qualquer maneira. Puro engano! A Palavra de Deus nos ensina que sem santidade (separação do mundo) ninguém verá ao Senhor (Hb 12.14). Precisamos ser santos na nossa maneira de ser, vestir, falar e proceder.
Deus ordenou que se fizessem túnicas brancas e vestes íntimas (Êx 28.6-12) de linho puro para os sacerdotes. O linho puro e branco simbolizava a pureza, perfeição e justiça de Cristo, nosso Sumo Sacerdote. Todas as partes do corpo do sacerdote deveriam ficar cobertas. Somente os pés poderiam aparecer. Não podemos nos esquecer que Deus ordenou que Moisés tirasse as sandálias dos pés, pois no oriente esta era uma atitude de respeito. Os sacerdotes tinham ao todo umas oito peças de roupa para os rituais no tabernáculo. Segundo Victor Hamilton “quatro vestes só podiam ser usadas pelo sumo sacerdote: o éfode (Êx 28.6-12); o peitoral do juízo (Êx 28.15-30); o manto do éfode (Êx 28.31-35); uma mitra (Êx 28.36-38)”. Tanto as roupas como os rituais apontava para Cristo.
 
 
 

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